Diário - Vierkenes

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Aliócha
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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

9/1/2020, 03:07
Amigos Vitrola e Rott, obrigado pelas mensagens. Felizmente me encontro em um estado bem diferente hoje.

Vim compartilhar minhas vitorias recentes com vocês.

Estou em um excelente e incrivel momento do meu desenvolvimento. Eu ja buscava isso, desde de que vim pra essa cidade, mas ainda estava preso e com medo, sem capacidade de realização. Porem, nos últimos 10 dias, eu finalmente conseguir fazer o que eu sempre quis: estou trabalhando por conta própria e com o que gosto. As vezes eu tenho receio de ser reconhecido aqui, mas o que posso dizer é que se trata de um trabalho criativo e independente. Esse é o trabalho que gosto e que me torna feliz. Nele posso me desenvolver mais e viver em harmonia. Sinto que é o caminho que devo seguir e que vai me dar paz. Consegui ganhar 150 reais em 3 dias de trabalho. Fora a satisfação de sentir que estou verdadeiramente contribuindo pro mundo, e sendo reconhecido por isso.

Eu nunca tive uma experiencia de trabalhar de carteira assinada. Faria se fosse necessário, mas eu acho que é muito melhor investir no que realmente gosto do que trabalhar pra um estabelecimento ou pra outra pessoa.

Esse trabalho vai me fazer crescer muito. Vai me libertar. Me dar dinheiro e me encher de satisfação plena. Me deixar feliz. Entao vou seguir nisso.

Estou a 10 dias em hard mode. O mais legal é que esse trabalho exige bastante de minha energia e sensibidade, então eu tenho certeza que quanto mais eu avançar no reboot, mais potente vai ficar meu trabalho. E agora no hard mode o quanto der, ja nao tenho mais dúvidas. Cair seria desastroso: acho que me tornei sensível, e senti muito forte o clima de p em mim, na ultima queda. Impossível ficar daquele jeito. P é o fim, puta que pariu. Isso mata a vida.

Por enquanto é isso, amigos. Agora minha vida tem um proposito, entao eu vou sair do fórum e viver.

Até a próxima.


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9/1/2020, 13:25
vierkenes escreveu:Amigos Vitrola e Rott, obrigado pelas mensagens. Felizmente me encontro em um estado bem diferente hoje.

Vim compartilhar minhas vitorias recentes com vocês.

Estou em um excelente e incrivel momento do meu desenvolvimento. Eu ja buscava isso, desde de que vim pra essa cidade, mas ainda estava preso e com medo, sem capacidade de realização. Porem, nos últimos 10 dias, eu finalmente conseguir fazer o que eu sempre quis: estou trabalhando por conta própria e com o que gosto. As vezes eu tenho receio de ser reconhecido aqui, mas o que posso dizer é que se trata de um trabalho criativo e independente. Esse é o trabalho que gosto e que me torna feliz. Nele posso me desenvolver mais e viver em harmonia. Sinto que é o caminho que devo seguir e que vai me dar paz. Consegui ganhar 150 reais em 3 dias de trabalho. Fora a satisfação de sentir que estou verdadeiramente contribuindo pro mundo, e sendo reconhecido por isso.

Eu nunca tive uma experiencia de trabalhar de carteira assinada. Faria se fosse necessário, mas eu acho que é muito melhor investir no que realmente gosto do que trabalhar pra um estabelecimento ou pra outra pessoa.

Esse trabalho vai me fazer crescer muito. Vai me libertar. Me dar dinheiro e me encher de satisfação plena. Me deixar feliz. Entao vou seguir nisso.

Estou a 10 dias em hard mode. O mais legal é que esse trabalho exige bastante de minha energia e sensibidade, então eu tenho certeza que quanto mais eu avançar no reboot, mais potente vai ficar meu trabalho. E agora no hard mode o quanto der, ja nao tenho mais dúvidas. Cair seria desastroso: acho que me tornei sensível, e senti muito forte o clima de p em mim, na ultima queda. Impossível ficar daquele jeito. P é o fim, puta que pariu. Isso mata a vida.

Por enquanto é isso, amigos. Agora minha vida tem um proposito, entao eu vou sair do fórum e viver.

Até a próxima.


Olá Vierkenes, saudações!!!

Espero que não desista do fórum e dar uma força nos diários dos companheiros. Todos precisamos uns dos outros pra sair dessa.

Boa sorte no empreendimento...

Deus te ajude!



Aliócha
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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

9/1/2020, 22:33
Coragem, meu caro, eis um bom nick pra esse empreendimento do reboot. Precisamos mesmo dessa virtude. Parabéns pela excelente escolha do nome!

Nao pensei em abandonar o fórum. O eu quis dizer é que antes levava uma vida vazia e ociosa, e eu ficava muito tempo aqui no forum. Isso é contra produtivo. Mas agora eu tenho uma atividade, muito nobre, que me preenche e da sentido pra minha vida. Entao eu nao tenho porque ficar direto aqui no forum. Agora eu trabalho e sou útil. Eu sirvo as pessoas e sou reconhecido por isso. Esse é o caminho da cura.

Se não falo nos diários dos companheiros, é por falta de internet. Tenho só um celular e nao tenho internet em casa. Isso cria outra relação, e nao tenho tempo ou interesse de ficar na rua, postando. Meus próprios posts são feitos da rua,com WiFi de estabelecimentos!

Quanto mais eu trabalhar, mais eu vou crescer. Sigo na falta de uma namorada e de afeto, mas o fato de estar trabalhando e sendo útil diminui em uns 70% essa sensação. Agora estou tranquilo, e sei que as coisas virão na hora certa. Importante mesmo é eu continuar servindo! E se eu servir bem e de coração, uma hora serei recompensado com o melhor. Nao tenho duvidas disso.

Devo retornar no dia 20 pra mais um post.

Forte abraço pra todos e mantenham-se firmes.

Bom reboot pra todos!

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Aliócha
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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

15/1/2020, 09:41
Dia 17 do reboot. Hard mode quebrado hoje. Já explico.

Ia postar no dia 20, mas senti necessidade de desabafar um pouco.

Primeiro, fico feliz em saber que não sou mais viciado como antigamente. 20 dias é absolutamente normal pra mim, já não sofro de muitos dos sintomas que me trouxeram aqui, minha vida melhorou 1000% desde de que descobri esse fórum, e um vasto etc.

Por outro lado, ainda não consegui romper completamente alguns comportamentos e condicionamentos, que embora estejam mais controlados, podem me levar a cair em algum momento.

Esses dias estive muito doente, e esses momentos são sempre muito arriscados pra mim, especialmente no início da tentativa, como é o caso. Incrível como meu estado mental piora quando estou doente, quando me deixo facilmente abater por pensamentos, sentimentos, fico pensando nos fracassos do passado, etc. Depois de muito "manguear", e de não me levar muito a sério - estive doente, mas não estive me cuidando, ao contrário, até beber eu bebi, só pra vocês terem ideia - hoje acordei consideravelmente melhor que nos dias anteriores. Ainda não estou 100%, mas acho que dá pra voltar ao normal. É bom que eu não repito os mesmos comportamentos, porque eu já vi que não dá pra fazer certas coisas. Nesse sentido, a doença é benéfica, porque ela nos força a parar com comportamentos e condutas errôneas, a força. Se não dá, não dá, não tem jeito. Não quero ficar de novo como fiquei esses dias.

A doença abalou meu estado mental, e as minhas faltas vieram a tona, assim como a frustração. Eu nem vou falar muito disso, porque quem acompanha meu diário já está cansado de saber, talvez até de saco cheio. Dia desses tava numa praia aqui, vendo mulheres de bikini e...não é que eu senti desejo ou tesão, mas me senti frustrado por não ter muita ideia do que é o contato, do que é ter uma mulher perto de mim, tocar na pele, até mesmo de forma sexual ou afetiva. Ao ver casais então, a coisa piora. Realmente não sei bem o que é isso. Eu não estava bem, daí senti isso com mais intensidade. Na verdade, eu sinto isso sempre, mas varia, quando to caminhando bem, eu fico tranquilo na maior parte do tempo.

Mas a uns dias atrás eu obtive uma grande vitória, meus amigos. Foi algo muito simples e singelo, que pra muitos aqui não significa nada, mas pra outros pode significar tudo. Vai da experiência e da vida de cada um, afinal de contas, cada um aqui está superando um desafio e uma questão particular, apesar do vício ser comum. Espero que meu relato ilumine alguém que passe por problemas semelhantes aos meus.

Estava trabalhando na rua, quando reparei que uma menina que trabalha em uma das lojas estava olhando bastante pra mim. Eu olhei pra ela de volta, achei ela bonita e com cara de simpática, mas ficou por isso mesmo. Quando fui pra casa, pensei que ela podia ter sorrido pra mim ou algo do tipo, me senti bem com isso, mas não levei nada adiante e não pensei mais no assunto. No dia seguinte, ela veio até mim e perguntou do meu trabalho, eu respondi tudo, ela me disse umas palavras boas, falou que minha iniciativa era bacana e falou pra eu continuar. Me senti bem com isso, mas de novo não levei nada adiante. Dias depois fui invadido pelo sentimento de frustração - vocês já sabem, 30 anos, só beijei uma mulher na vida, que foi com quem perdi a virgindade, e não fiquei com ninguém desde então, nisso já vai mais de 2 anos. Aí estava andando na rua, com esses pensamentos na cabeça, quando ela passou por mim, e aí eu vi claramente que ela sorriu pra mim de um modo diferente. Eu percebi que ela tava interessada em mim de algum modo.

A vitória bem simples que obtive vem a seguir. Depois disso, retornei pro mesmo ponto, perto de onde ela trabalhava. Ainda conversamos um pouco, na rua mesmo. Quando eu tava indo embora, pensei que devia falar com ela, pedir o telefone dela, ou algo do tipo. Fiquei com vontade de entrar e comprar alguma coisa na loja, só pra ter uma desculpa pra entrar lá e trocar umas palavras com ela. Depois a gerente chegou, e me senti um pouco intimidado - antes ela tava sozinha e a loja tava vazia. Até que tive uma ideia muito boa. Escrevi umas frases bonitinhas e fofinhas num papel, colocando meu número embaixo com um " =)", fui até ela na maior elegância e segurança do mundo, olhei no olho dela, disse que era pra ela. Ela disse que "ia ler com carinho" e me respondia depois.

Caras, isso parece muito simples pra boa parte aqui, mas eu sei que isso é um desafio muito grande pra muitos outros. Acho que vale a pena falar mais sobre isso, pra que vocês entendam porque me sinto vitorioso com algo tão simples.

Primeiro, que eu senti que precisava falar com ela de qualquer jeito. Ela me atraiu de alguma forma. Segundo que, momentos antes de escrever as frases, eu senti um frio na barriga. E aí eu pensei: "cara, isso é viver!!!". É sério, acho que não tem sensação melhor no mundo do que essa. Durante 90% de minha vida, eu sentia esse frio na barriga e paralisava, ou então retrocedia, ao invés de vencer essa barreira. Daí eu não tinha realmente como obter vitória ou como saber o que é bom. Mas quando senti esse frio....eu me senti feliz pra caramba. Me lembrei da ex namorada, com ela foi semelhante, e me lembrei também das maravilhas que vivi por ter dado um passo além desse momento. Outra coisa importante: eu não fiquei pensando no que fazer. Eu simplesmente escrevi e entreguei, sem me preocupar com consequências, julgamentos, nem nada do tipo. É assim que um homem de verdade age. Eu nem sei se vou ficar com ela, e se não ficar, tudo bem. Só o fato de ter agido com plena harmonia e integridade comigo mesmo já elevou muito minha alto estima. Se eu agisse sempre assim, não iria demorar nem um pouco pra eu ter uma boa noite de sexo, ou até arranjar uma namorada.

Esse tipo de coisa é vital pra mim. A questão aqui não é fazer sexo: é muito mais do que isso. Pra mim tem a ver com ASSUMIR MEU DESEJO. Sim, é isso mesmo que vocês leram. Um homem - ou mulher, rs - de verdade assume plenamente seu desejo. Durante a maior parte de minha vida, eu não fui capaz de fazer isso. Mas daí que eu percebi que a chave pra curar essas minhas questões sexuais é justamente essa. É claro e óbvio a razão pela qual eu cheguei aos 28 anos virgem: não era capaz de dizer pra mim mesmo e pro outro o que eu de fato queria. É bem simples!

A história ainda continua um pouco. Entreguei a mensagem, com muita elegância. Fiquei achando que foi um excelente começo, que eu consegui deixar subentendido, de forma bonita e simpática, que eu tinha interesse nela. Ela demorou 2 ou 3 dias pra responder, dai me mandou uma mensagem. Eu vi a mensagem, mas não respondi na hora - admito que quis fazer um pouquinho de mistério, mas não muito. Depois fiquei doente. Como meu estado mental e auto estima foram abalados pela doença, e eu não tava me sentindo nada bem, achei melhor esquecer ela um pouco e responder depois. Mas aí que ontem de noite eu me peguei pensando nela. Não fiquei fantasiando nem nada, embora admita que tenha me imaginado beijando ela, e que seria absolutamente maravilhoso e divino. Do nada, senti vontade de responder a mensagem, do meu jeito, como eu sou, e deixando claro meu interesse nela. Eu pensei que isso era o mais fundamental: deixar totalmente claro que eu tenho interesse nela. Eu senti que eu precisava fazer isso com urgência. Senti como se minha vida dependesse disso. Quantas mil vezes eu não fiz isso e virei o amiguinho gay de dezenas de mulheres? Ou ainda, acabei "segurando vela" pra amigos mais safos? Ou pior: deixei de expressar sentimentos profundos de afeto e sexualidade, por causa disso? Quantas mulheres me acharam, na época, totalmente covarde por isso?

Bom, foda-se o passado. Admito que essas coisas ainda me atormentam as vezes, mas a dica é: TEMOS QUE OLHAR PRA FRENTE! Não se preocupem que as melhores oportunidades ainda estão por vir. Eu acredito firmemente nisso.

De modo que eu sinto a necessidade extremamente urgente de me afirmar enquanto homem. De dizer o que eu realmente quero, sem meias palavras, sem medo. Isso pra mim é uma das coisas mais importantes da minha vida nesse momento. Eu não quero mais sangrar por causa dessas coisas, como sangrei por anos e anos a fio. Não quero mais ser um covarde. Não quero engolir nada. Não quero deixar de falar nada. Não quero ser dominado pelo medo. Foda-se. Espero que a partir daqui, seja meu ponto de virada. Eu não sou mais o cara que eu era. Agora é crescer, assumir quem eu sou. E sair desse pensamento tolo, escroto, covarde e vil de frustração, medo e insatisfação.

Pra terminar a história: eu ia responder a mensagem, mas o celular deu problema. Eu senti uma necessidade urgente e vital de responder, mas não consegui. Fiquei no celular, tentando fazer isso, me lembrou um pouco o auge do vício, hehe, mas a situação era bem diferente. Acabei desistindo em um momento. Pensei que teria que levar o celular numa assistência no dia seguinte, ou pedir ajuda pra alguém.

O final do relato: dormi inquieto, meio doente, achando que toda a minha situação de vida em relação a isso já tinha chegado no limite. Fiquei pensando: "nunca mais vou negar o desejo por uma mulher, se eu sentir algo, vou falar mesmo, na cara de pau, ou do jeito que for!" Pela manhã, já perto de acordar, eu estava tendo sonhos pornográficos. Nem foram eróticos, foram pornográficos mesmo! Parecia um vídeo "solo". E aí acabei ejaculando, sem me tocar. Totalmente involuntário. Sujei o lençol e tudo. Acordei meio zumbi, me limpei, voltei a dormir. Só fui raciocinar direito quando acordei de forma definitiva. Acho que foi a primeira vez que aconteceu isso comigo. Uma polução matutina, já que isso aconteceu umas 6 horas da manhã. Bom, não queria ter ejaculado, mas como realmente não foi voluntário, não tem muito o que fazer. Fiquei pensando se as imagens que me vieram na cabeça poderiam ser algum vídeo que vi a muito tempo atrás, ou se simplesmente criei na minha mente. Enfim.

Então foram 17 dias em hard mode, com uma polução matutina, no dia 17.

Acho que já relatei o suficiente por hoje.

Pra terminar, é bom lembrar: não importa qual seja a situação ou estado da pessoa, as coisas SEMPRE MELHORAM COM REBOOT. O que isso quer dizer? Que qualquer tipo de frustração, estado negativo ou qualquer outra coisa tende a desaparecer com o passar do tempo no reboot. Que o sentimento de frustração, como eu já falei aqui mais de uma vez, SOME COMPLETAMENTE com um bom reboot. É preciso superar só essa primeira barreira - que pode variar de pessoa pra pessoa, pra mim é a partir do dia 50 - e as coisas mudam como num passe de mágica. Caras, era maravilhoso me ver livre dessas coisas.

To firmão nessa porra! Nada vai me derrubar nisso!

Bom reboot pra todos! Mantenham-se firmes, lembrem-se que é só seguir que a melhora e a benção vai vir! Vale a pena todos os esforços!

Abraços, e que Deus nos abençoe nessa caminhada!

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15/1/2020, 10:58
Muito bom ler seu relato cara. Continua nos atualizando ae...

Siga firme!!!

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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

15/1/2020, 23:23
"Dia 17 do reboot. Hard mode quebrado hoje. Já explico"

Cara, na minha opinião você não quebrou o hardmode,
a situação que ocorreu com você foi algo natural do seu corpo,
você não tinha como controlar, foi uma eliminação natural.

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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

16/1/2020, 07:03
vierkenes escreveu:Dia 17 do reboot. Hard mode quebrado hoje. Já explico.

Ia postar no dia 20, mas senti necessidade de desabafar um pouco.

Primeiro, fico feliz em saber que não sou mais viciado como antigamente. 20 dias é absolutamente normal pra mim, já não sofro de muitos dos sintomas que me trouxeram aqui, minha vida melhorou 1000% desde de que descobri esse fórum, e um vasto etc.

Por outro lado, ainda não consegui romper completamente alguns comportamentos e condicionamentos, que embora estejam mais controlados, podem me levar a cair em algum momento.

Esses dias estive muito doente, e esses momentos são sempre muito arriscados pra mim, especialmente no início da tentativa, como é o caso. Incrível como meu estado mental piora quando estou doente, quando me deixo facilmente abater por pensamentos, sentimentos, fico pensando nos fracassos do passado, etc. Depois de muito "manguear", e de não me levar muito a sério - estive doente, mas não estive me cuidando, ao contrário, até beber eu bebi, só pra vocês terem ideia - hoje acordei consideravelmente melhor que nos dias anteriores. Ainda não estou 100%, mas acho que dá pra voltar ao normal. É bom que eu não repito os mesmos comportamentos, porque eu já vi que não dá pra fazer certas coisas. Nesse sentido, a doença é benéfica, porque ela nos força a parar com comportamentos e condutas errôneas, a força. Se não dá, não dá, não tem jeito. Não quero ficar de novo como fiquei esses dias.

A doença abalou meu estado mental, e as minhas faltas vieram a tona, assim como a frustração. Eu nem vou falar muito disso, porque quem acompanha meu diário já está cansado de saber, talvez até de saco cheio. Dia desses tava numa praia aqui, vendo mulheres de bikini e...não é que eu senti desejo ou tesão, mas me senti frustrado por não ter muita ideia do que é o contato, do que é ter uma mulher perto de mim, tocar na pele, até mesmo de forma sexual ou afetiva. Ao ver casais então, a coisa piora. Realmente não sei bem o que é isso. Eu não estava bem, daí senti isso com mais intensidade. Na verdade, eu sinto isso sempre, mas varia, quando to caminhando bem, eu fico tranquilo na maior parte do tempo.

Mas a uns dias atrás eu obtive uma grande vitória, meus amigos. Foi algo muito simples e singelo, que pra muitos aqui não significa nada, mas pra outros pode significar tudo. Vai da experiência e da vida de cada um, afinal de contas, cada um aqui está superando um desafio e uma questão particular, apesar do vício ser comum. Espero que meu relato ilumine alguém que passe por problemas semelhantes aos meus.

Estava trabalhando na rua, quando reparei que uma menina que trabalha em uma das lojas estava olhando bastante pra mim. Eu olhei pra ela de volta, achei ela bonita e com cara de simpática, mas ficou por isso mesmo. Quando fui pra casa, pensei que ela podia ter sorrido pra mim ou algo do tipo, me senti bem com isso, mas não levei nada adiante e não pensei mais no assunto. No dia seguinte, ela veio até mim e perguntou do meu trabalho, eu respondi tudo, ela me disse umas palavras boas, falou que minha iniciativa era bacana e falou pra eu continuar. Me senti bem com isso, mas de novo não levei nada adiante. Dias depois fui invadido pelo sentimento de frustração - vocês já sabem, 30 anos, só beijei uma mulher na vida, que foi com quem perdi a virgindade, e não fiquei com ninguém desde então, nisso já vai mais de 2 anos. Aí estava andando na rua, com esses pensamentos na cabeça, quando ela passou por mim, e aí eu vi claramente que ela sorriu pra mim de um modo diferente. Eu percebi que ela tava interessada em mim de algum modo.

A vitória bem simples que obtive vem a seguir. Depois disso, retornei pro mesmo ponto, perto de onde ela trabalhava. Ainda conversamos um pouco, na rua mesmo. Quando eu tava indo embora, pensei que devia falar com ela, pedir o telefone dela, ou algo do tipo. Fiquei com vontade de entrar e comprar alguma coisa na loja, só pra ter uma desculpa pra entrar lá e trocar umas palavras com ela. Depois a gerente chegou, e me senti um pouco intimidado - antes ela tava sozinha e a loja tava vazia. Até que tive uma ideia muito boa. Escrevi umas frases bonitinhas e fofinhas num papel, colocando meu número embaixo com um " =)", fui até ela na maior elegância e segurança do mundo, olhei no olho dela, disse que era pra ela. Ela disse que "ia ler com carinho" e me respondia depois.

Caras, isso parece muito simples pra boa parte aqui, mas eu sei que isso é um desafio muito grande pra muitos outros. Acho que vale a pena falar mais sobre isso, pra que vocês entendam porque me sinto vitorioso com algo tão simples.

Primeiro, que eu senti que precisava falar com ela de qualquer jeito. Ela me atraiu de alguma forma. Segundo que, momentos antes de escrever as frases, eu senti um frio na barriga. E aí eu pensei: "cara, isso é viver!!!". É sério, acho que não tem sensação melhor no mundo do que essa. Durante 90% de minha vida, eu sentia esse frio na barriga e paralisava, ou então retrocedia, ao invés de vencer essa barreira. Daí eu não tinha realmente como obter vitória ou como saber o que é bom. Mas quando senti esse frio....eu me senti feliz pra caramba. Me lembrei da ex namorada, com ela foi semelhante, e me lembrei também das maravilhas que vivi por ter dado um passo além desse momento. Outra coisa importante: eu não fiquei pensando no que fazer. Eu simplesmente escrevi e entreguei, sem me preocupar com consequências, julgamentos, nem nada do tipo. É assim que um homem de verdade age. Eu nem sei se vou ficar com ela, e se não ficar, tudo bem. Só o fato de ter agido com plena harmonia e integridade comigo mesmo já elevou muito minha alto estima. Se eu agisse sempre assim, não iria demorar nem um pouco pra eu ter uma boa noite de sexo, ou até arranjar uma namorada.

Esse tipo de coisa é vital pra mim. A questão aqui não é fazer sexo: é muito mais do que isso. Pra mim tem a ver com ASSUMIR MEU DESEJO. Sim, é isso mesmo que vocês leram. Um homem - ou mulher, rs - de verdade assume plenamente seu desejo. Durante a maior parte de minha vida, eu não fui capaz de fazer isso. Mas daí que eu percebi que a chave pra curar essas minhas questões sexuais é justamente essa. É claro e óbvio a razão pela qual eu cheguei aos 28 anos virgem: não era capaz de dizer pra mim mesmo e pro outro o que eu de fato queria. É bem simples!

A história ainda continua um pouco. Entreguei a mensagem, com muita elegância. Fiquei achando que foi um excelente começo, que eu consegui deixar subentendido, de forma bonita e simpática, que eu tinha interesse nela. Ela demorou 2 ou 3 dias pra responder, dai me mandou uma mensagem. Eu vi a mensagem, mas não respondi na hora - admito que quis fazer um pouquinho de mistério, mas não muito. Depois fiquei doente. Como meu estado mental e auto estima foram abalados pela doença, e eu não tava me sentindo nada bem, achei melhor esquecer ela um pouco e responder depois. Mas aí  que ontem de noite eu me peguei pensando nela. Não fiquei fantasiando nem nada, embora admita que tenha me imaginado beijando ela, e que seria absolutamente maravilhoso e divino. Do nada, senti vontade de responder a mensagem, do meu jeito, como eu sou, e deixando claro meu interesse nela. Eu pensei que isso era o mais fundamental: deixar totalmente claro que eu tenho interesse nela. Eu senti que eu precisava fazer isso com urgência. Senti como se minha vida dependesse disso. Quantas mil vezes eu não fiz isso e virei o amiguinho gay de dezenas de mulheres? Ou ainda, acabei "segurando vela" pra amigos mais safos? Ou pior: deixei de expressar sentimentos profundos de afeto e sexualidade, por causa disso? Quantas mulheres me acharam, na época, totalmente covarde por isso?

Bom, foda-se o passado. Admito que essas coisas ainda me atormentam as vezes, mas a dica é: TEMOS QUE OLHAR PRA FRENTE! Não se preocupem que as melhores oportunidades ainda estão por vir. Eu acredito firmemente nisso.

De modo que eu sinto a necessidade extremamente urgente de me afirmar enquanto homem. De dizer o que eu realmente quero, sem meias palavras, sem medo. Isso pra mim é uma das coisas mais importantes da minha vida nesse momento. Eu não quero mais sangrar por causa dessas coisas, como sangrei por anos e anos a fio. Não quero mais ser um covarde. Não quero engolir nada. Não quero deixar de falar nada. Não quero ser dominado pelo medo. Foda-se. Espero que a partir daqui, seja meu ponto de virada. Eu não sou mais o cara que eu era. Agora é crescer, assumir quem eu sou. E sair desse pensamento tolo, escroto, covarde e vil de frustração, medo e insatisfação.

Pra terminar a história: eu ia responder a mensagem, mas o celular deu problema. Eu senti uma necessidade urgente e vital de responder, mas não consegui. Fiquei no celular, tentando fazer isso, me lembrou um pouco o auge do vício, hehe, mas a situação era bem diferente. Acabei desistindo em um momento. Pensei que teria que levar o celular numa assistência no dia seguinte, ou pedir ajuda pra alguém.

O final do relato: dormi inquieto, meio doente, achando que toda a minha situação de vida em relação a isso já tinha chegado no limite. Fiquei pensando: "nunca mais vou negar o desejo por uma mulher, se eu sentir algo, vou falar mesmo, na cara de pau, ou do jeito que for!" Pela manhã, já perto de acordar, eu estava tendo sonhos pornográficos. Nem foram eróticos, foram pornográficos mesmo! Parecia um vídeo "solo". E aí acabei ejaculando, sem me tocar. Totalmente involuntário. Sujei o lençol e tudo. Acordei meio zumbi, me limpei, voltei a dormir. Só fui raciocinar direito quando acordei de forma definitiva. Acho que foi a primeira vez que aconteceu isso comigo. Uma polução matutina, já que isso aconteceu umas 6 horas da manhã. Bom, não queria ter ejaculado, mas como realmente não foi voluntário, não tem muito o que fazer. Fiquei pensando se as imagens que me vieram na cabeça poderiam ser algum vídeo que vi a muito tempo atrás, ou se simplesmente criei na minha mente. Enfim.

Então foram 17 dias em hard mode, com uma polução matutina, no dia 17.

Acho que já relatei o suficiente por hoje.

Pra terminar, é bom lembrar: não importa qual seja a situação ou estado da pessoa, as coisas SEMPRE MELHORAM COM REBOOT. O que isso quer dizer? Que qualquer tipo de frustração, estado negativo ou qualquer outra coisa tende a desaparecer com o passar do tempo no reboot. Que o sentimento de frustração, como eu já falei aqui mais de uma vez, SOME COMPLETAMENTE com um bom reboot. É preciso superar só essa primeira barreira - que pode variar de pessoa pra pessoa, pra mim é a partir do dia 50 - e as coisas mudam como num passe de mágica. Caras, era maravilhoso me ver livre dessas coisas.

To firmão nessa porra! Nada vai me derrubar nisso!

Bom reboot pra todos! Mantenham-se firmes, lembrem-se que é só seguir que a melhora e a benção vai vir! Vale a pena todos os esforços!

Abraços, e que Deus nos abençoe nessa caminhada!

Que desabafo cara. Primeiramente parabéns por sua evolução, por ver quão mal pode fazer a PMO, e segundo, obrigado, esse relato me faz pensar muito sobre minha vida e quanto de coisa me atrasei por causa da PMO.

Paz e Bem!!

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Aliócha
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23/1/2020, 10:38
Primeiro, as respostas.

Coragem, valeu pela resposta. Voltei aqui pra contar como tá meu processo. Sempre bom ver você aqui, me faz lembrar que devemos ter coragem pra combater o vício e conseguir tudo o que queremos. Sem medo.

Rott: vou considerar que estou no hard mode, então. Curioso que acho que foi a primeira vez que aconteceu polução comigo...e com apenas 17 dias, sendo que já fiquei mais tempo do que isso tranquilamente. Bom, vamos que vamos. Reboot segue.

Balboa, fico feliz que tenha refletido com meu texto. Além de lembrar do mal que a P traz, creio que outra lição importante que falo aqui é sobre superar o medo. Caras, não deixem de fazer o que vocês tem vontade de fazer, isso é muito terrível. E também, não tenham medo do sucesso que o reboot traz. Em breve nos vemos todos no pódio.

Headbanger, meu mano, acho que você exagerou um pouco no comentário, kkk. Eu nem conheço ela, na verdade. Só tenho um interesse mesmo. Vou falar mais sobre adiante.

Dia 25 do reboot

Tudo seguindo normalmente até aqui.

Sentimentos de frustração voltaram a aparecer. Na realidade, eu convivo com isso desde sempre. Honestamente, me considero um herói, porque isso pesa pra caralho. E eu não vivo assim a 6 meses, nem a 1 ano, mas a uns 14 anos ou mais. É foda.

Eu tenho uma vantagem em relação a alguns que vejo aqui. Eu não ligo a mínima para expectativas. Eu não penso em ficar com A ou B, ou então, se eu der em cima de alguém, eu não fico pensando na resposta. Eu não ligo a mínima pra resposta. Meu problema não é tanto a consequência, mas a ação. Isso é fundamental. O que eu preciso é AGIR. Se vai rolar algo ou não, é mera consequência da ação. E como eu sou um cara boa pinta - apesar de um tanto quanto doente, pois sempre acabo me isolando de alguma forma - eu sei que essa consequência viria de forma muito natural. Contanto, é claro, que eu aja. Vivi minha vida inteira calado e sem falar nada. Ou mudo isso, ou vou passar mais 10 anos sem transar.

Estive pensando o quanto sexo é bom. É bom pra caralho. É maravilhoso. É transcendental. Acho que gozar dentro, sem camisinha e com alguém que eu tinha uma conexão excelente foi uma das melhores sensações de minha vida. Não consigo imaginar um momento melhor do que esse. Eu fico pensando como é absurdo e extremo que eu tenha me negado esse prazer por tanto tempo. Eu me neguei o melhor da vida. Isso é horrível.

Pra quem tá lendo aqui e tá achando que tudo se resume a sexo, é porque não entendeu bem a coisa. Pra mim significa SE PERMITIR A VIVER. Oras, se algo é bom - e poderia ser qualquer coisa, desde transar até viajar, andar de barco, comer em um restaurante bacana e mais caro de vez em quando, etc - porque não fazer? As coisas boas da vida exigem coragem. Temos que ser bons com a gente mesmo. Nos amar. Entender que a gente merece e pode ter tudo do bom e do melhor. Porque pensar o contrário? Porque ser mesquinho com a gente mesmo?

Dia desses estava no rio e fui invadido por um sentimento muito bonito, mas que infelizmente durou pouco tempo. Era de manhã, e eu não tinha fumado nenhum cigarro - eu fumo muito. Aí veio na minha mente, de uma hora pra outra, que eu não precisava fumar porque eu não estava mais me sufocando.

Eu me sufoquei e me reprimi de modo brutal e violento. É curioso, porque eu acho que é muito mais comum sufocar e reprimir os outros. Mas eu fiz isso comigo mesmo, de forma bastante violenta. Quando a gente sufoca o outro ou a gente mesmo, a gente fica oprimido. O peito pesa. Não respira direito. É um peso terrível, muita angústia. A gente acaba ficando preso quando impede e acorrenta o outro ou a gente mesmo. Acho que é por isso que eu fumo tanto.

Mas aí, eu pensei por um momento que eu não precisava ser assim. Pensei que podia respirar de forma livre. Que podia fazer o que eu quisesse. Que não devia ligar a mínima pra interpretação que os outros iriam fazer dos meus atos - cada um tem seu motivo pra agir do jeito que achar melhor. A gente até julga, e isso é relativamente normal, mas o bom mesmo é a gente não ligar pro julgamento dos outros. Acho que o que realmente interessa é fazer o que nós achamos certos. Se estamos sendo honestos com a gente mesmo, o resto é o resto. Fiquei pensando nessas coisas e me sentindo muito bem. Achei que estava perto da cura. Mas aí regredi uns passos, voltei a me sufocar, voltei a me sentir preso. E voltei a fumar.

Preciso resolver essas coisas, até mesmo pra seguir adiante no reboot. Isso é fundamental pra mim.

Continuo sem ficar com ninguém. Meu celular quebrou e não consegui falar com a menina. Ela trabalha o dia todo, eu não vejo ela na rua nem nada. Da última vez que falei com ela, eu disse que a gente podia sair no dia de folga dela. Ela disse que tinha interesse, e que ia me ligar. Eu sinto que ela tem algum interesse em mim, não tenho certeza se necessariamente sexual. Mas eu acho que a gente pode se dar bem. Bom mesmo é que eu consegui demonstrar que eu tenho interesse em ficar com ela, e isso é maravilhoso. Como eu disse antes, eu não penso no resultado, eu penso na ação. Eu quero agir, somente. E o mais legal é que se eu fizer isso sempre, uma hora vai dar certo. É realmente engraçado que só agora, aos 30 anos, eu esteja entendendo algo que meus amigos e as outras pessoas que eu conheço já faziam na adolescência, com 14, 15 anos. Bom, cada um é um. A gente tem que aprender a não se comparar muito, e entender que nosso percusso é único. Cada história é uma história.

Não vou me masturbar de propósito, pra acumular energia. Eu quero muito ficar "um cavalo" com essa energia. Eu quero MUITO ter um orgasmo com penetração. Foda-se, eu quero experimentar isso de novo. Só experimentei uma vez - passei 6 meses transando com a ex, com uma ER violenta, e deu nisso. Eu nem sei o que é um orgasmo direito.

Espero que eu vá me curando aos poucos dessa minha doença, que consiste em esticar as coisas até o limite máximo, sem ceder. Esse comportamento com certeza poderia me levar de volta a pornografia.

O sentimento de frustração está brutal, mas eu sei que preciso de mais tempo de reboot pras coisas se esclarecerem. 25 dias é muito pouco. É a partir do dia 50 que eu começo a colher benéficos mais sólidos e a ter real clareza das coisas. Me sinto maravilhoso quando passo do dia 50.

Vou seguir na fé com o reboot.

Estou vivendo sem internet, sem tv, etc, e isso está sendo vital. Acho que se eu estivesse com acesso a alguma coisa, já teria caído. Ficar no contato íntimo 0 por anos e mais anos a fio me causa uma dor muito grande, e com certeza eu já teria "me drogado" de alguma forma pra acabar com essa dor. Sabemos que não adianta nada, nem resolve, mas eu não tenho maturidade emocional suficiente pra lidar com isso sóbrio. E ainda não consegui resolver o problema. Na verdade, bom mesmo é resolver a parada, ao invés de ficar suportando.

Eu não mereço nem quero viver assim. Devagar, as coisas melhoram. Cada dia que passa eu tenho mais entendimento das coisas. Estou me esclarecendo. O próprio tempo faz isso. É só lembrar dos tempos sombrios de antes do fórum, ou de como cheguei aqui.

Fico por aqui.

Bom reboot pra todos!

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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

27/1/2020, 14:11
Retorno aqui no dia 29 do reboot pra falar mais algumas coisas, e sobre outros aspectos de minha vida.

Bom, vou começar pela parte afetiva/sexual. Prometo falar de outras coisas nesse post, kkk.

Esses dias conheci uma italiana aqui na cidade. Ela é absurdamente atraente e bonita - vulgo gostosa - mas eu não pensei em nada inicialmente. Ela é uma mulher mais velha e experiente, eu consegui sentir isso, e admito que fiquei intimidado. Eu pensei: "uma mulher dessas não vai querer ficar com um moleque como eu". Nem é questão de auto estima nem nada, é que ela realmente me passou a impressão de experiência, de quem sabe o que quer, e que não perde tempo. Conversando com ela, percebi que ela também era muito inteligente. Fiquei surpreso com a erudição dessa mulher! Ontem de noite estava com ela e mais uns amigos, quando a mesma começou a falar, exatamente com essas palavras, que ela era muito puta e adorava dar a boceta (sim, ela falou assim mesmo!). Que tinha um namorado na Itália, mas que gostava mesmo era de transar com os brasileiros, que os brasileiros tinham muito mais pegada. Disse que já tinha transado com muitos caras desde de que chegou no meu estado e na cidade, e que estava tudo muito divertido.

Caras, eu acabei ficando excitado com essa conversa dela. E o corpo dela é absurdo. Além de excitação, eu também senti frustração, não tanto com o fato deu não pegar ela - ela não é pro meu bico - mas ao ver que algumas coisas são muito normais pras outras pessoas, mas não existem pra mim. Vi a reação dos outros ao redor, homens e mulheres, e vi que eu era o único que estava me sentindo constrangido com o papo. Todos os outros estavam rindo e achando engraçado, ou algo do tipo. Eu me senti constrangido. Acho que devo ter chegado até a abaixar os olhos em algum momento. Não sei se esse relato acrescenta algo ao meu diário, mas senti vontade de relatar.

A outra questão, que ainda envolve um pouco dessa parte sexual e afetiva é mais complexa.

Estou, se não me engano a uns 4 meses nessa cidade. Vou falar um pouco sobre emprego e trabalho, mas tem outra coisa antes. Bom, eu estou morando sozinho em um casa tem uns 3 meses. É uma casa pra 1 pessoa, com quintal amplo, e que fica num lugar um pouco isolado. Eu gosto bastante da casa, na época que peguei ela achei que me serviria perfeitamente, pros meus propósitos aqui e tudo mais. Porém, é nessa casa que eu vejo que eu sou uma pessoa adoecida. Estou a 3 meses na casa, e garanto aos senhores que nesses 3 meses, NINGUÉM além de mim colocou os pés na casa. Sabem, eu fico pensando que as pessoas tem amigos, recebem visitas, conhecidos, desconhecidos, parentes. Hospedam pessoas. Ou recebem uma mera visita, pra perguntar como está, tomar um café, beber uma cerveja. Jogar conversa fora um pouco e ir embora depois. Fora alguém pra ficar de vez em quando, uma namorada, amante, ficante ou seja lá quem for. Transar um pouco, dormir na casa e ir embora no dia seguinte. Essas coisas são normais, e eu vejo que a maioria das pessoas que conheço tem essas práticas. Mas quando eu constato que estou a 3 meses na casa e que absolutamente ninguém colocou os pés lá além de mim, eu fico achando que tem alguma coisa de errado. Eu não queria ser assim. Isso me faz mal. Considero um tipo de doença. Acho que eu podia ter um plano ultra secreto do governo no meu quintal, que ninguém ia saber.

Daí que recentemente, uma amiga de longa data chegou aqui na cidade. Eu jamais esperaria ver ela aqui - ela tava em são paulo fazendo faculdade e nunca mais tinha visto ela por essas bandas. Tem 14 anos que eu conheço ela, e é aí que entra parte dos meus conflitos. Vejam a história: conheci ela na adolescência, através de um amigo em comum. Me dei bem com ela logo de cara, acabei ficando amigo dela também. E vivi muitos momentos especiais, eu, ela e esse amigo em comum. Me apeguei bastante aos dois, tenho carinho e afeto por eles, ficava na casa deles sempre. Não demorou muito pra surgir a questão do desejo - e isso eu era um adolescente, de 15 anos, mais ou menos. Rapidamente eu percebi que havia uma forte tensão sexual entre nós dois. Ela sentia desejo por mim, eu sentia desejo por ela. Eu sempre achei ela muito atraente. Poderia até descrever algumas situações, algumas até meio humilhantes. Vocês podem imaginar que tipo de situação é, meu diário está cheio desses relatos. Lembro que uma vez eu tive que ficar na casa dela por certos motivos, a gente tava dormindo no mesmo quarto, era o único lugar que eu podia ficar. Eu via que ela me olhava muito. Eu me lembro claramente que ela tava de saia uma noite, as vezes ela abria as pernas mais, não sei se era de propósito - acho que era, mulher faz isso quando quer seduzir ou chamar a atenção do cara - e eu olhava. Eu vi que ela percebeu que eu olhava, ela continuou fazendo a mesma coisa. Eu fiquei excitado caras. Tava o maior clima. Eu devia ter transado muito com essa mulher a mais de 10 anos atrás. Mas devido aos meus bloqueios e problemas sexuais gravíssimos, não aconteceu nada. Eu ainda fiquei mais dias na casa dela, mas eu percebi que conforme os dias iam passando, a tensão ia aumentando. Eu fiquei com a impressão que ela tava muito afim de transar comigo, e como não rolava, ela foi ficando frustrada ou algo do tipo. Até que o clima pesou um pouco, ela começou a me tratar de forma mais seca e grossa. Eu vi que não ia dá pra ficar mais lá e acabei indo embora.

Minha vida tem milhares de situações como essas. Vou logo ao ponto atual.

Ela chegou aqui na cidade pra ficar. Inicialmente eu nem pensei nessas coisas, pois antes de tudo, eu a considero minha amiga. Dei todo o apoio a ela aqui, afinal ela acabou de chegar, ainda está se aclimatando, fazendo amigos, construindo relações, etc. Dei dicas pra ela, apresentei ela aos meus amigos, ajudei ela como pude. Agora ela tá mais a vontade, já conseguiu estabelecer os contatos na cidade, etc. Então eu deixei ela seguir a vida dela. Como a cidade é pequena, e a gente é bem amigo, a gente sempre se encontra e fica junto por muito tempo. Eu gosto dela, da companhia dela, e fico feliz de ter uma pessoa próxima e em quem confio e posso contar por aqui.

Mas em um momento, essas questões do desejo por ela ressurgiram. A um tempo atrás li o diário de um companheiro aqui que já está avançado no processo, e ele falou algo sobre as paixonites da adolescência. Que ele não sente mais nada por elas, e é realmente amigo apenas, sem nenhum desejo. O contato com ela me fez pensar nessas coisas. Eu fiquei me perguntando: "será que estou pensando nas frustrações do passado, e trazendo isso pro presente? Será que hoje já não é outro momento, outras ideias, outras relações?" Fiquei com isso na cabeça. Acabei concluindo que eu sinto sim desejo por ela, sempre senti. Eu nunca expressei isso pra ela, e isso é algo que pesa, afinal são mais de 10 anos conhecendo e convivendo com ela, e isso nunca foi dito ou exposto. Se fosse alguém que eu tivesse acabado de conhecer seria fácil. Mas o fato de ser alguém que conheço a muito tempo dificulta tudo. E eu não só sinto desejo por ela, como tenho um carinho e um afeto muito grande por ela. Se dependesse apenas de mim, eu encheria essa menina de carinhos e beijinhos por horas a fio. E transaria com ela. Eu gosto demais dela.

Bom, isso tudo me atormentou um pouco. Com o convívio constante, essas coisas começaram a pesar um pouco. Lembro do post anterior, em que eu disse que nunca mais iria negar o desejo por uma mulher. Sabem, eu adoraria transar com ela, mas se não acontecer, eu ficaria absolutamente satisfeito em falar ou expressar isso pra ela de alguma forma. O que eu não quero de jeito nenhum que aconteça é que algo fique entalado na minha garganta, que algo fique por falar. Isso seria como a morte pra mim. Eu acho que não suporto mais passar por isso.

Ontem a gente foi pra um show que teve aqui na cidade. As vezes ela me faz carinho físico. Bom, isso é normal pra boa parte das pessoas, mas pra mim é algo....excepcional, excitante, raro, confuso. Quando ela me toca de forma carinhosa, eu sei que não é com intuito sexual - é um afeto de amigos - mas isso é algo que mexe muito comigo. Eu me tornei altamente sensível a esse tipo de contato. Passei tanto tempo sem isso que um simples toque desse me desperta muitas sensações. Ontem ela ficou passando a mão pelo meu rosto, nossas pernas ficaram encostadas, etc. Como eu disse, o intuito e a sensação do momento não eram sexuais, mas o fato de ter esse tipo de toque faz com que eu queira mais. Eu sinto vontade de tocar nela também. E isso me levaria a querer tocar ela ainda mais, até o ponto sexual.

Já falei bastante. Mas o fato é que dia desses essa menina me chamou pra ir morar com ela. Ela estava morando com mais dois amigos que eu conhecia, ela tava até ficando com um deles - e eu não ligo que ela fique com ninguém, não tenho nada contra quem consegue expressar seu afeto e sua sexualidade naturalmente. Claro, pelo meu percusso com isso, eu sempre me sinto estranho, deslocado, e as vezes frustrado quando presencio essas coisas. E pior ainda quando é alguém que eu também sinto desejo. Mas nunca permiti que isso interferisse na vida dos outros. Por mim, eu posso me frustrar o quanto for, mas jamais vou interferir na vida do outro. Cada um faz o que quer, e que todo mundo seja livre. Essa é uma regra básica de minha conduta. Esses dois caras foram embora, e ela me chamou pra ir morar com ela.

Ontem, no show, eu senti de forma muito clara que se eu morasse com ela, ou se eu tivesse situações de intimidade com ela - como dormir no mesmo quarto, por exemplo - esse desejo iria se manifestar. Eu sinto bastante desejo por ela, não dá pra negar isso. O que eu preciso fazer é: 1)dar em cima dela na cara dura, kkk 2)expressar ou falar isso de algum modo. O que eu não posso fazer de jeito nenhum é sentir isso e ficar calado. Isso não é uma possibilidade pra mim. Se ela me recusar, vai ficar tudo certo, porque a gente se conhece a muito tempo, eu respeito muito ela, e pra mim continuaria tudo absolutamente normal entre nós. Eu lidaria com isso tranquilamente, e aposto que ela também.

Agora, a morte pra mim seria ficar com essas coisas na cabeça e no coração, e deixar isso passar. Isso é a causa de todo meu sofrimento. Isso é uma forte raiz do meu vício em pornografia.

Pensando sobre a proposta de ir morar com ela, eu achei que vai ser bom pra mim e topei. Evidentemente, não pensei em nenhuma dessas coisas quando aceitei ir morar com ela. Pensei de modo racional e sem ilusões. Estou cansado de morar sozinho em uma casa isolada. Acho que isso não está me fazendo bem. Morar com alguém - poderia ser outra pessoa - vai me fazer bem. Cada um tem um quarto, então não preciso ficar vendo ela trocar de roupa, haha. Vai me fazer bem. E o resto é o resto.

Apenas pra terminar esse assunto, se eu transar com ela - vejam bem, estou apenas colocando como uma possibilidade - seria aquele sexo poderoso e transformador. E porque eu digo isso? Porque o afeto e o carinho que eu sinto por ela é muito grande. Eu tenho certeza que conseguiria expressar um calor intenso, união, um sentimento muito puro e forte, muito autêntico. Muito forte. O que eu sinto por ela é muito forte. Quando eu falo que sinto falta de sexo, é mais dessas coisas a que me refiro. É a minha referência, afinal de contas, a única parceira que eu tive, eu tinha sentimentos muito fortes. Eu não sei o que é fazer sexo com alguém de forma casual, fria ou sem sentimentos. A marca que ficou em mim foi realmente de algo transcendental e muito caloroso. É por isso que falei no post anterior que sexo é a melhor sensação do mundo. Sexo com um parceiro por quem você tem afeto e amor é a melhor sensação do mundo. Não tenho dúvidas disso. Já sexo sem sentimento, com uma prostituta, por exemplo, deve ser parecido com uma cerveja gelada em um bar. Não pretendo experimentar isso - prefiro a cerveja no bar, hehe.

Falei demais. Ia falar de outras coisas, mas é isso que está na minha cabeça agora.

Pra finalizar, depois de alguns experimentos pra ganhar dinheiro, decidi retornar a procura por um trabalho formal. Vou voltar a distribuir currículos. Em um próximo post, eu paro de falar dessas questões afetivas e sexuais, e falo de outras coisas. Como trabalho, por exemplo.

Por hoje é só.

Até a próxima!

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Aliócha
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Diário - Vierkenes - Página 26 Empty Re: Diário - Vierkenes

27/1/2020, 22:31
Pois é, meu chapa. Isso se chama doença - vejo isso como uma doença de natureza psicológica. Fruto de décadas de agressões na parte sexual, brutal e severa repressão de sentimentos por muitos e muitos anos de forma contínua. Feridas profundas vindas da infância, e que não foram curadas ainda.

A raiva é normal. Eu não sinto raiva - reajo de outras formas - mas a raiva é uma reação comum em casos de doença.

Sim, ela sabe que eu sinto desejo por ela - da pra perceber essas coisas sem erro pelo olhar. Mas ela não está se divertindo com isso. Ela nunca se aproveitou disso pra me usar. Tem muitas mulheres que fazem isso, talvez ela faça com outros caras, mas ela nunca agiu assim comigo. Ela espera sim uma atitude minha, mas não que eu seja o cara especial pra ela. Bom, ela tem os problemas dela também. Terminou um relacionamento a 4 anos, e desde então não se entrega emocionalmente a ninguem. Fica transando com caras aleatórios, e até hoje, 4 anos depois, ela olha diariamente o Facebook desse ex namorado, que provavelmente não liga a mínima pra ela. Ela tá totalmente presa e iludida com isso, e não está disponível emocionalmente. Eu diria que ela transaria comigo, mas sem a entrega que eu busco e gostaria. Seria muito difícil acessar isso nela, não sei se ela se permitiria. Talvez pra ela fosse só mais uma foda. E depois de transar, ela iria direto pro Facebook do cara, afundar na ilusão. Bom,cada um com sua doença. Pra mim seria muito bom fazer sexo com ela.

Antes de tudo, somos amigos. E isso pra ela não é impeditivo, ela faz sexo com amigos também, se a vontade surgir.

Se eu vou ser homem ou não, só o tempo dirá. Creio que chegará minha hora. Fui ferido e agredido brutalmente nessa parte de minha vida, e isso me tornou um cara covarde, que não assume seu desejo nem quem realmente é. Estou na busca da cura disso a anos.

Eu quero ir morar com ela. E decidi isso sem pensar em ilusões ou vantagens indevidas. Cansei de ficar nesse bunker em que estou. Acho que morar com ela pode me fazer mudar de perspectiva aqui na cidade e isso vai ser bom pra mim no momento.

Por outro lado, prevejo 3 possibilidades. 1) a proximidade constante com ela vai me levar a uma situação favorável a expressão do meu desejo. Isso pode se intensificar muito se houver carinho e contato físico entre nós. 2) Vou estar próximo dela e continuar bloqueado e impedido. Isso vai tornar minha vida um inferno e seria a continuação do que vivi minha vida inteira. Não vou conseguir me expressar e isso vai ter consequências trágicas sobre mim. Vou virar um alcoólatra e talvez até recaia em pornografia, o que realmente poderia acontecer se a tensão for muito grande. 3) vou morar com ela, mas mantendo um certo distanciamento dela. Não ser frio ou indiferente, mas saber quando estar com ela e quando cair fora. Sem um convívio muito intenso. Nesse caso, naturalmente ela traria alguém pra casa pra transar, e eu imagino até que ela me incentivaria a fazer o mesmo. Poderia me apresentar a alguma amiga dela ou algo do tipo. Falar algo bom pra mim, que aumentasse minha confiança.

Pra terminar a conversa sobre ela, mais duas coisas. 1)somos amigos e temos uma relação de amizade, porém existe uma certa tensão sexual,e eu sinto isso. 2)não estou apaixonado por ela - mas se rolasse algo, poderia me apaixonar rapidamente.

Eu falei pra ela, depois de nosso reencontro aqui, sobre meus problemas. Falei do meu vício em pornografia. Ela me perguntou se quando eu ia pra casa dela, 10 anos atrás, eu tinha me masturbado o dia todo e eu disse que sim. Ela se disse chocada, e que jamais suspeitaria disso, pelo nosso convívio. Falei pra ela que isso é muito comum, e que tem muitos caras que são viciados, mas escondem isso de todos. Ela me parabenizou pela minha batalha e disse que espera que eu me livre definitivamente disso. Falei também pra ela que perdi a virgindade aos 28, que tenho dificuldades com isso, etc. Ela riu, disse não acreditar. Me perguntou como eu aguento isso. Se eu me sinto muito frustrado, etc. Bom, foi uma conversa amistosa - eu confio nela. Ela tambem me contou um pouco sobre os desafios dela.

Chega de falar dessa menina. Vamos ver o que vai acontecer nos próximos capítulos.

Falando de outras coisas da vida, estou um tanto quanto perdido...

Preciso continuar meu trabalho autônomo, mesmo que isso não me de dinheiro. Eu não ganho só dinheiro com esse trabalho: ele me faz crescer enquanto pessoa. Eu fui muito desafiado pra chegar nisso, foi um longo percusso. Dei o primeiro passo, que foi muito difícil. Achei que depois do primeiro, o resto seria fácil, mas tive mais momentos de fraqueza.

Preciso continuar e a aprimorar isso. É importante pra mim, mesmo com pouco retorno.

Optei, em minhas reflexões, em ir atrás de emprego formal mesmo. Eu quero ficar nessa cidade no longo prazo. Consegui ganhar algum dinheiro com pequenas coisas, mas não tanto quanto eu precisava. Minha mãe não tem problemas em me bancar, mas me sinto constrangido em ficar pedindo. É importante que eu trabalhe e gere minha renda. Posso ate fazer um pé de meia. Enfim.

Já tô sabendo de uns lugares que tá precisando de gente.

Isso pode parecer ridículo, mas já estou com dias suficientes pra começar a trabalhar com o público. Cada um é um, mas quando eu consumo porn,fico de tal jeito que desvio o olhar, olho pra baixo. Isso quando não saio correndo das situaçoes. Pra mim, no meu caso,a pornografia me impede de trabalhar.

Curioso que quando cheguei aqui, pensei: "as duas coisas que mais preciso aqui são um emprego e fazer sexo". Estou a 4 meses aqui e não fiquei com ninguém. Também não consegui um emprego. Consegui um trabalho, que me fez um bem danado e tal, mas senti esses dias a falta de um emprego mesmo.

Por enquanto é isso. Daqui a pouco, dia 30 do reboot. É só o início do jogo.

Obrigado a quem acompanha. Bom reboot pra todos!

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28/1/2020, 07:38
Cara, nesse último relato dá p/ ver bem que você tem problemas com ansiedade, e sei bem como é isso. Porque digo isso? No relato você diz que tem 3 probabilidades p/ ocorrer quando for morar com a moça e com crtz isso ocorre em quase todos os momentos da sua vida; o cálculo de possibilidades a ocorrer caso tome uma atitude, e se caso ocorrer uma das 1° possibilidades vem mais uma série de outras possibilidades e isso vai fazendo que na hora do momento planejado sua mente fique em 2 locais ao mesmo tempo, no momento em si (falar com a moça, por exemplo) e no plano de atitudes a serem tomadas que você pensou anteriormente, e daí você fica com medo de ocorrer algo que não pensou ou com medo de ocorrer o pior que pensou.

O fato é que nós não podemos saber o que vai ocorrer no futuro, pode acontecer algo ruim? Sim, pode, mas veja, isso é a vida, com altos e baixos, você irá sim passar por coisas ruins e chatas, isso tem que ser internalizado em ti, você tem que aceitar correr riscos, aceitar a enfrentar momentos ruins, não é pq passou coisas ruins no passado que obrigatoriamente o isenta de passar coisas ruins no futuro, simplesmente pq isso não vai acontecer.

Então cara, o que me ajudou muito foi praticar mindfulness (prática de colocar a mente no momento presente e não no passado nem no futuro), passar a fazer as coisas que tenho que fazer sem planejar na mente, simplesmente ir e deixar acontecer naturalmente (no começo dá insegurança, mas no fim você ver que é o que te traz segurança: não planejar na mente), ler o livro a arte de ligar o foda-se (esse é uma mão na roda p/ nós ansiosos). Um possível exemplo que eu possa dá, no seu relato mesmo, é que você disse à garota que tinha problemas com PMO, cara na real, isso é difícil p/ caralho um homem falar p/ qualquer pessoa e acredito falar p/ uma mulher é pior ainda, e você tinha planejado falar isso antes? Ou simplesmente aconteceu?

Irmão, espero ter feito a leitura correta do que possa estar ocorrendo contigo heheheh Espero de alguma forma ter de ajudado.

Paz e Bem!
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29/1/2020, 10:19
Dia 31 do reboot.

Senti necessidade de falar algumas coisas aqui. Sobre seu post, caro Balboa, vou deixar pra responder no final, no último parágrafo.

Vamos ao relato.

Ontem saí na rua movido a muita angústia. Depois de um tempo andando por aí, vi que minha saída não tinha nenhum fim útil e que era totalmente ilusório. Me senti andando em círculos. Acabei indo em um lugar que vende lanches e comi um desses sanduíches com hambúrguer e tal. Um alimento que pode até soar gostoso, mas que na realidade é péssimo, faz com que a gente se sinta pior. É parecido com porn, hehe - parece gostoso, é prazeroso, mas faz muito mal. Depois ainda fui beber uma cerveja. 40 minutos depois senti os efeitos disso e achei que agi com muita ignorância. Não pensei sobre, nem escolhi isso, simplesmente comi e bebi, como se meu cérebro estivesse desligado. Como um animal que não tem nenhum controle ou racionalidade sobre seus impulsos. Exatamente como na época em que eu consumia porn.

Parei pra pensar sobre meus motivos pra agir assim. Alguma dor ou alguma falta. A parte sexual e afetiva me pesa muito: eu realmente queria beijar mais na boca, fazer mais sexo, ter aqueles momentos de intimidade e carinho com mais frequência. São coisas boas que fazem um bem danado e que eu quase não tenho. Mas para além disso, eu também pensei outra coisa. Pensei que quando eu digo que sinto falta de sexo, talvez não seja exatamente sexo que eu queira dizer, mas sim amor.

Eu só posso me basear na minha experiência. Não sei se outras pessoas sentem isso - vocês podem me ajudar com essa questão.Mas o fato é que o que eu experimentei com a ex namorada foi o que houve de mais forte e poderoso na minha vida, enquanto sensação. Não sei explicar como aconteceu isso, o que é isso, mas realmente era um prazer tão elevado e transcendental que eu, literalmente, me sentia nas nuvens, perto de Deus. E isso evidentemente não era só sexo. Eu poderia transar com 20 mulheres diferentes, e não sentir isso. Sentir prazer sim, gozar, me sentir muito bem. Mas essa sensação a que me refiro, não. Isso não tem nada a ver com o corpo. É outra coisa.

Percebi que desde então, é como se eu pautasse minha vida em busca de sentir isso de novo. Talvez pareça estupido e obsessivo. Talvez seja um grande erro - e agora eu vejo que deve ser realmente. Ilusão, ou então um modo muito errado de agir. Deveria agir pensando em outras coisas, e uma hora isso aconteceria naturalmente. É um erro grave agir pensando nisso como meta. Isso só gera ilusão e frustração. Isso me prende e me ata. Exatamente o que a pornografia fez comigo durante 14 anos.

De modo que creio ter constatado um erro grave de ação, uma razão ilusória na minha existência, que só me gera frustração e angustia. Espero conseguir desconstruir isso.

Em relação a ex namorada, o que tive com ela foi muito, mas muito forte. Deve ter quase 2 anos que não falo nem vejo ela. Eu sinto vontade de ver e falar com ela um dia, mas só se acontecer naturalmente e por acaso. Ela me bloqueou de todos os meios virtuais - não tenho como enviar mensagem pela internet pra ela. Eu feri profundamente ela. Inclusive com meu vício em porn. Eu fico pensando que quando eu me envolver com alguém desse jeito novamente, tenho que estar livre disso. Até mesmo se eu encontrasse ela, pra poder dizer de forma clara: "eu nunca fui esse homem vil que vê pedaços de carne por aí. Viciado, sim, mas isso nunca matou minha capacidade de amar,nem minha empatia por outro ser, homem ou mulher. Quando eu estava com você, eu estava 100% com você. Você ajudou a me curar. Só depois de você minha luta ganhou sentido. Sou outro depois de você passar pelo meu caminho". Diria algo assim pra ela.

Talvez alguns achem isso besteira, mas só depois de experimentar essa sensação - o amor sexual - que minha luta contra a pornografia ganhou sentido. Não me refiro a uma pessoa, mas ao sentimento. Quando me lembro de que ao penetrar ela, eu sentia todo meu ser acolhido - meu corpo e minha alma - envolvidos e acolhidos calorosamente. Muito desejo e muita vontade de estar junto. Fora todo o resto da relação - se falo mais do sexo, é porque foi o que me marcou mais. Depois de passar e experimentar isso, aí sim eu pude lutar com toda força contra o porn.

Mudando de assunto, essa noite sonhei que consumia muito porn na frente de um computador. A sensação não foi de excitação, embora tenha vindo uns flashes de vídeos. A sensação foi de profunda tristeza e de desespero. Acordei me sentindo um lixo, como se realmente tivesse recaído. Cheguei a cogitar se eu teria me masturbado durante a noite, mas não, isso não aconteceu.

Sigo empenhado na luta, e agora afim de aprimorar o reboot. 30 dias: estou de volta ao jogo. O caminho é longo, não dá pra vacilar. Tem que aprimorar ao máximo. Ainda tenho muito o que melhorar.

Sobre o que o Balboa falou: acertou na mosca. É exatamente isso. Algo um tanto quanto obvio, mas fundamental: quantas vezes nos recusamos a ver o obvio, especialmente quando nos impede de conseguir nossos objetivos?

O bom em relação a isso é que tenho feito leituras de algumas coisas do oriente (o Gita, mais especificamente), e quanto mais avanço na leitura, mais vejo que é impossível seguir nesse caminho apenas pelo caminho da mente. Ao contrário, é preciso desligar a mente um pouco pra ter progresso e paz. Isso tudo pra mim é muito difícil, mas acho que minha hora vai chegar. Em algum momento, vou me dedicar a domar minha mente, porque vai ficar claro que ela é a razão de todo meu sofrimento. Tais leituras vão me levar a isso em algum momento.

Em relação a falar do vício em porn pra menina, eu não planejei isso. Bom, entendo que seja difícil falar sobre isso pra uma mulher, mas eu gosto muito dessa atitude. Recomendo a todos que façam isso, caso a relação permita e caso a outra pessoa tenha discernimento e compreenssao pra entender nossa batalha. Pra mim, expor isso pra pessoas próximas tem um efeito benéfico. É uma atitude oposta a "fechar a janela do quarto". Faz a luz entrar. Somos sinceros e honestos com a gente mesmo. Vemos que não precisamos mentir, nem nos envergonhar de nossas falhas e defeitos. E ainda podemos receber palavras de apoio e incentivo, como foi meu caso. O lance é sair da obscuridade e não mentir nem ter vergonha: ao contrário, é uma honra combater esse inimigo. É assim que vejo as coisas.

Voltei a ficar meio obsessivo com o fórum, então vou dar um tempo de no mínimo 10 dias do meu diario.

Bom reboot pra todos!

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29/1/2020, 13:08
E ae vierkenes,

Essa sensação que você descreveu que você teve com sua ex é algo que eu quero muito experimentar, pois não é o primeiro que vejo falando dessa sensação, e me parece ser sensacional ter isso com alguém que você gosta. Apesar de já ter tido um relacionamento, não consegui sentir isso, espero que encontre alguém no futuro que me faça sentir essa sensação. Antes que eu me esqueça, parabéns pelos 30 dias.
Abraço

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Meu diário:

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1/2/2020, 01:39
FirmeForte: obrigado pela visita ao meu diario.

É curioso, porque eu conheço caras que namoram e que nunca sentiram isso. Isso me recorda do fato de que eu perdi a virgindade com 28 anos, e achava que me sentia frustrado por causa disso. Em parte é verdade, porque é bom fazer sexo com alguém que você tem uma conexão bacana no momento, só por uma noite mesmo. Mas por outro, nem tanto, porque eu sei de caras que fazem sexo regularmente e são tão frustrados quanto eu. Eu só entendo essas coisas agora.

O fato é que com porn, não existe vida sexual saudável nem satisfação. O cara pode ser casado com o amor da vida dele, mas não adianta: com porn sempre dá merda.

Quanto a encontrar alguém, sua hora vai chegar. Esse é o tipo de coisa que só acontece na hora certa. Não tem como a gente ir atrás de alguém que a gente ame: elas simplesmente aparecem na nossa vida.

Dia 33 do reboot.

Estou me sentindo um pouco viciado no fórum. No geral, isso não é bom, mas não foi ruim hoje. Li vários diários e até fiz uns posts.

Ler essas coisas me faz pensar que não existe mais espaço pra porn na minha vida. Estou começando minha vida agora - só com 100 dias ou mais pra saber o que é viver bem, essa é a verdade! Enquanto houver um minimo de entrega a isso, é sinal de que ainda não nos mostramos ao mundo o que realmente somos.

Eu sinto que as coisas estão caminhando bem, contanto que eu continue longe da minha cidade natal e da casa dos meus pais. Lá eu não era eu. Eu não conseguia ter uma vida própria. Ser autentico e livre. Eu sempre fui muito infeliz na casa de minha família e na gloriosa capital do estado.

Então agora eu sigo meu caminho. Assim como sigo sem pornografia.

Isso me faz pensar que ainda não me estabilizei do jeito que eu quero. Eu ainda trago sérias sequelas emocionais e psicológicas daquele lugar - muitas das quais impedem e atrapalham muito minha vida. Eu sei que se eu permanecer mais tempo aqui, eu vou me curar dessas coisas. Vou conseguir trabalhar normalmente em qualquer lugar, vou conseguir fazer sexo normalmente, e principalmente, vou conseguir me manter bem longe de pornografia. Talvez parar com o porn seja o mais importante: com porn eu com certeza perderia uma namorada e não conseguiria ficar nem 2 dias trabalhando.

Depois de ler vários relatos, me assustar o poder destrutivo do porn. Não seria exagero dizer que é a pior droga, com danos equivalentes ou piores do que o álcool ou a cocaína, por exemplo. Esse troço devia vir com um aviso, um anúncio dizendo: "o consumo regular desse material pode te deixar BROXA". Fora todos os outros danos. São muitos.

Por um momento, fiquei até com vontade de virar um militante anti pornografia, hehe. Alertar pra todo mundo que eu puder dos danos disso. Tenho amigos que cresceram comigo e tem a mesma idade que consomem regularmente até hoje.

Mudando de assunto, hoje encontrei por acaso a namorada de um amigo. Ficamos conversando, ela se abriu bastante pra mim. Ela é muito bonita, mas eu nunca senti desejo por ela. Hoje por um instante, olhando ela de certo ângulo - nada sexual, só olhando pra ela mesmo - eu senti um pouco do meu lado homem. Não chegou a ser desejo, mas um pouco dessa energia primitiva, diante de uma mulher. Não sei se ficou claro.

É curioso, porque hoje li aqui um cara que disse "eu não sabia quem eu era". Realmente, tem que ir mais longe no caminho do reboot pra descobrir do que a gente é capaz.

Se eu ficasse com alguém, mesmo que de forma casual, isso me faria bem. Se acontecer e for bacana, não vou negar. Mas ao mesmo tempo, eu sei que algumas coisas só vão se esclarecer mais tarde. Lá pro dia 60 em diante. Qualquer ideia equivocada em relação a sexo vai ser resolvida.

Por outro lado, com o tempo de reboot, a tensão sexual vai aumentando. Talvez esse tipo de situação que aconteceu com essa namorada de meu amigo fique mais frequente. Essa é uma força muito poderosa e difícil de lidar. Ainda bem que no aperto, da pra se masturbar, mas é melhor ir no hard mode o quanto der.

Eu ainda tenho sérios problemas psicológicos com essas coisas, mas estou sentindo que atingi um grau em que uns bons 90 dias seriam o suficiente pra eu me satisfazer sexualmente com alguém, assim como dar muito prazer, tudo numa boa. Honestamente, tenho pouca experiência sexual, mas me considero bom de cama. Com certeza, durante essa tentativa, as coisas vão dar certo pra mim do ponto de vista sexual. Estou sentindo isso.

Estou me libertando e acredito que chegarei aos 90 dias ou mais nessa tentativa.

Ainda em relação a isso, a moça que falei uns posts atrás respondeu minhas mensagens! Isso faz com que eu me sinta bem, porque eu já deixei claro que tenho interesse nela, ela correspondeu de algum modo, e estamos conversando. Bom, eu me sinto bastante atraído por ela. Eu quase não a vejo na rua, e isso me atrai ainda mais. Não sei o que ela faz fora do trabalho. Talvez ela trabalhe muito e simplesmente descanse no resto do tempo. Só o fato de ter essa relação - que ainda não deu nada - aumenta minha auto estima e diminui minha frustracao. Afinal, eu claramente expressei desejo por estar junto de uma mulher, e ela claramente deu continuidade a esse contato!

Eu já disse a ela que podemos fazer algo em seu dia de folga. Ela disse que topa. E enquanto esse dia não chega, eu vou tocando o resto da vida.

Estou adiando procurar emprego formal, mas preciso fazer isso. Receio estar em uma zona confortável por estar sendo bancado, mas é bom lembrar que quero ficar aqui no longo prazo e nunca mais quero voltar a morar com minha família. Lá tem 3 smart tv diferentes com internet, fora o computador que fiquei 14 anos no vício! O mesmo computador! Eu sinto vontade de jogar ele pela janela, ver ele todo estilhaçado!

Procurar emprego ou trabalho é muito importante. Não é vital - tenho casa e comida - mas é o único modo pelo qual posso me desenvolver e realmente assumir as rédeas de minha vida.

As tentativas de ganhar dinheiro por conta própria não deram muito certo. Vou continuar, por gosto e pra complementar a renda. Mas não é suficiente - ou eu não estou fazendo com tanta habilidade. Um emprego me daria mais segurança e estabilidade pra mim aqui, no momento.

Fora isso, sinto necessidade urgente de um propósito pro corpo. Isso faz muita falta.

Decidi também que vou parar de beber regularmente. Eu tava reparando que tava sempre tomando uma cerveja - apenas uma lata, uma quantidade pequena. Nada comparado a situação de antes, em que eu só via sentido na vida depois de mais de 1 litro de cerveja no bar. Pior ainda quando constatei que muitas vezes fazia isso por frustração. Ok, 1 lata de cerveja quase todo dia não vai me trazer graves danos, mas ao mesmo tempo é o suficiente pra embotar um pouco os sentidos. Hoje de manhã eu pensei: será mesmo que não consigo lidar com isso sem me chapar, ainda que seja de leve? Bem melhor seria eu lidar com isso sóbrio. Eu iria aprender bem mais com minha dor, iria ainda mais longe na minha cura.

Acho que escrevi o suficiente por hoje.

Até a próxima!

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3/2/2020, 18:06
Dia 36 do reboot

Notei um aumento considerável da ansiedade nesses dias. Estou realmente muito ansioso.

Falta de paz mental está muito grande. Eu sofro com isso desde sempre e é muito ruim. Quando vou tomar vergonha na cara e começar a domar minha mente através da meditação? Eu sei que esse é o caminho pra paz e pra auto realização em todos os sentidos, mas não comecei ainda com a prática curativa. A falta de controle mental é causa de grandes infortúnios. Todo problema está na mente...(até mesmo uma possível queda, pois antes do ato, certamente nos deixamos levar por um pensamento, o qual leva a ação).

Estou sentindo vontade de ver minha família. Eu até gosto deles, mas sei que não devo fazer isso, pelo menos não agora. Lá é certo que meu estado iria piorar muito. Eu preciso me fortalecer no meu caminho aqui, ficar firme. Ou é isso, ou vou ser arrastado por paranóias, hábitos e estilo de vida que não são meus. Meu irmão consome pornografia, na smart tv, quando ele tá sozinho em casa. Não tenho condições de ficar em tal ambiente. Admito que eu deveria ser mais tolerante com os outros - e se de repente ele achar que não tem nada de errado nisso, mesmo informado das possíveis consequências? Mas eu não quero de jeito nenhum estar perto dessas coisas, estar numa casa em que isso é normal e cotidiano. Cada um na sua, já disse um grande sábio.

Em pleno dia 36, estou passando por aquela fase em que tudo tá bem ruim, em que as coisas parecem que vão desmoronar. O bom é que eu, com minha experiência, sei que depois desse período, vem a estabilidade. Devo atravessar com bravura isso tudo, permanecer muito firme agora. Daqui a uns dias, mesmo que eu passe pelo maior tormento, as coisas vão se estabilizar.

36 dias não são nada pra mim, que quero uma vida longe disso. Não vou me deixar levar por uma simples tempestade ou passageiro mal estar. A vida me reserva desafios e momentos bem piores pela frente e o negócio é permanecer firme, ou então nunca vou ter o gosto e a glória de me ver livre dessa merda.

Me encontro lidando com uma velha conhecida, a estagnação. Fora os severos bloqueios emocionais, que me causam um tormento muito grande. Admito que a situação está muito melhor do que já esteve, mas ainda é um quadro grave, a meu ver. Eu me trato com terapias alternativas. Infelizmente interrompi o tratamento devido a falta de acesso aos remédios - aqui é um interior bem pequeno. Mas amanhã vou viajar pra uma cidade próxima, providenciar o que preciso pra minha cura.

Ontem fiz uma sessão de calistenia. Isso se mostra absolutamente fundamental a essa altura do campeonato. Notei que estava o tempo todo ereto, mas não por excitação, mas simplesmente pela falta de direcionamento da energia física. Calistenia + corrida + capoeira, eis a chave do sucesso. Estou sem tênis, mas vou comprar amanhã também. Essas coisas são fundamentais pra saude. Fazem a energia circular, acabam com a estagnação, eliminam fissuras. Fora o esporte (capoeira) o qual desenvolve inúmeras habilidades e nos fortalecem pra vida, literalmente.

Aqui eu não vivo tão opresso e nem tão preso, e posso ir mais longe nessas praticas. Isso é parte do meu compromisso com o reboot.

Frustração sexual voltou com tudo. Mesmo que eu tenha motivos para isso, eu sei que é algo que tende a sumir, ou ao menos se tornar administrável com o reboot.

Hoje eu fiquei sabendo que a mina que eu tô interessado ficou com outra mulher. Ela provavelmente é bissexual. Me senti frustrado, não com o fato dela ter ficado com outra pessoa - como eu já disse inúmeras vezes, eu não sinto inveja de quem tem uma vida sexual e afetiva normal. Eu me sinto frustrado porque eu NUNCA estou nesse lugar. Eu tenho 30 anos, sempre vejo meus amigos ficando com outras pessoas, relatando experiências, falando de ficar com fulano ou sicrano. Eu não me sinto mal por eles darem vazão a isso, eu me sinto mal por nunca estar nesse lugar. Eu não tenho nenhum relato, caso, experiência, nem nada pra relatar. Não tenho nenhum rolo nem nada do tipo. Eu não tenho nada a falar em uma conversa sobre sexo, ou sobre alguém que tô interessado ou algo do tipo. Me sinto muito mal por isso. Não porque quero ser igual aos outros, mas porque eu verdadeiramente me sinto mal por essa falta.

Ainda sobre isso, hoje minha amiga com quem vou morar junto abriu a porta só de calcinha pra mim. Não me pertubei por isso. Somos próximos e íntimos, ela não viu problema nisso, e é até bom, essa sensação.

Meu grande problema não é ver uma mulher de calcinha. Meu grande problema é não expressar meu desejo quando eu o sinto. Eu posso ver uma mulher nua e não sentir nenhum desejo por ela. Não vejo problema nisso. Eu não senti desejo por ela naquele momento. Porém, a grande questão em relação a ela é que o excesso desse convívio íntimo pode me levar a sentir desejo. Eu não sou de ferro! Talvez ela sentisse desejo por mim, se me visse constantemente nu!

A questão aqui é: 1)honestidade para comigo mesmo, acima de tudo 2) expressão do que está dentro de mim.

Eu diria que pela relação que eu tenho com ela, poderiamos acabar em uma "foda amiga". Também conhecida como "amizade colorida". Sexo entre dois amigos, com muito carinho e afeto - eu gosto muito dela - mas ao mesmo tempo sem um envolvimento emocional e sexual profundo. Uma "foda" dessas faria bem a nós dois, estabelecidos todos os limites. Eu não poderia me apegar a ela, nem ter ciúmes, nem nada do tipo.

O negócio é ser livre e seguir a natureza. O que não esta com NADA é negar a natureza. Aí é problema. Sentiu desejo? Se joga! Não sentiu desejo? Segue tranquilo e não liga a minima pros que os outros dizem.

Ainda sobre isso, apenas pra terminar, a cada dia que passo eu percebo que criei conceitos e concepções rígidas em relação a sexo. Talvez o fato deu ter consumido porn durante tanto tempo tenha feito com que eu me sentisse impuro, e isso fez com que eu buscasse apenas relações puras e transcendentais, aquelas onde ha manifestação de amor. Admito que essas coisas ainda me deixam confuso, e não há parâmetros para tal - existem desde os homens que transam com prostitutas até os que preservam a virgindade até o casamento, e nenhum deles está errado! Cada um é cada um e não existe erro: o que realmente importa é seguir sua própria natureza.

Eu jamais faria sexo com uma GP, sob nenhuma hipótese, mas me pergunto constantemente: será que 1 ou 2 transas com alguém bacana, casual e com quem eu tenha uma boa conexão no momento não me dariam bem?

O que eu realmente queria era uma namorada,pra ter uma partilha intensa, mas parece que só agora eu entendo certas coisas que me disseram.

O amor sexual - energia profunda, revolucionária e capaz de curar tudo - só pode vir do auto amor. É por isso que companheiros mais experientes dizem: foque no seu desenvolvimento, mulher é consequencia. Só agora eu vejo a verdade dessas palavras.

Jesus disse: ame ao próximo como a você mesmo. Não a mais nem a menos, mas como a ti mesmo.

Se envolver com pessoas com graves problemas emocionais, que não se amam, pode ser bom por um curto período de tempo, mas depois essas relações se mostram tóxicas e venenosas. O sexo pode ser muito apaixonado, mas as feridas que ficam podem peerdurar por muito tempo.

O fato é que só ampliando nossa capacidade amorosa com a gente mesmo,na solidão, é que podemos realmente ser amorosos com a gente mesmo. Quem tem um foco fixo e é determinado em seu auto desenvolvimento, tenha certeza de que em algum momento será abençoado com uma companheira ou companheiro a altura de seus esforços. Mera consequencia.

O que não dá é o cara estar mergulhado no porn, sem ligar a minima pra si mesmo, ficar desejando uma namorada, achando que é a solução de seus problemas. Eu perdi uma mulher que eu amava por causa disso. Se soubessem o tamanho da dor, jamais pensariam essas coisas. Ilusões da idade, ou de quem nunca atingiu metas altas, pra ver claro.

Pra terminar, esses dias tive contato com pessoas que mexem com enteogenos. Pretendo, em breve, tomar o chá da ayhuasca, e honestamente, acho que pode me ajudar muitíssimo nos meus desafios. Infizmente cedi ao álcool, estou escrevendo esse post direto de um bar, sozinho, como nos tempos em que eu era escravo, infeliz e quando não conseguia passar dos 15 dias limpo. Mas continuo com o propósito de parar de beber, especialmente perto do ritual, quando farei, sem falta, jejum de carne, masturbação e drogas, por pelo menos 4 dias. A experiência promete ser das mais proveitosas pra minha pessoa. Vai me abrir caminhos e me fazer evoluir muito, assim acredito.

Fico por aqui.

Bom reboot pra todos!!

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5/2/2020, 19:23
Dia 38 do reboot

Postando de novo pra dizer: ter 30 anos de idade e não saber o que é uma vida sexual é muito foda. Só quem passa por isso sabe como é.

Quase abandonando meus ideais e transando com uma GP. Isso não é bom, e qualquer idiota sabe disso, mas pra uma pessoa profundamente adoecida, é o que me resta. Pior que na cidade que eu tô, não tem GP.

Melhor do que transar com uma GP é abordar alguma mulher. Infelizmente, esse estado de frustração continua deixa o cara bem grosso e insensível. No meu estado, uma GP era melhor.

Eu sempre reprovei muito esse ideário machista e essa grosseria dos homens que só querem sexo. Mas depois de ter vivido a vida inteira assim - perder a virgindade aos 28, namorar por 6 meses, e mais 2 anos sem tocar em uma mulher - o que me resta a dizer é que uma boa boceta, uma gozada e tchau estaria muito bom pra mim.

Ainda pior do que isso, acreditem, e ficar na rua fazendo carinho nos cachorros. Claro, não tem nada de errado nisso, é bom e saudável, é fofo e bonito. Mas fazer isso por não conseguir fazer o mesmo com uma pessoa, honestamente, me parece o fim!

Isso é MUITO triste.

Eu tenho a grande vantagem de saber exatamente porque me tornei assim. Não cabe falar aqui, mas meu caso é muito grave. Ao dizer invés de ter um saudável orgasmo, eu tive durante minha vida inteira, "anti orgasmos". Nada de relaxamento e bem estar, só porrada e tensão! Tensão contínua! Não tesão, mas tensão! Não confundir!

Só não falo a imbecilidade e bestialidade completa de que retornaria a pornografia porque eu sei que os danos disso vai muito,mas muito além! Acho que eu devia estar nas mãos do demônio quando consumia pornografia! Se continuo acorrentado, pelo menos não é do ladinho do capiroto, bolando maquinações e querendo que todo mundo se foda!

Caras, eu não aguento mais essa merda. Eu nem sei como consegui chegar até aqui.

Não tenho vontade nenhuma de consumir porn, mas to me chapando com álcool. Como não se chapar, quando minha energia mais poderosa está bloqueada? Quando não sei direito o que é bem estar e relaxamento? Quando não sei o que é tranquilidade?

Eu sou um louco, um pirado. Eu podia ter feito mil merdas na minha vida - extremismos, atos violentos, misoginia, drogas mais pesadas. Mas como Deus é sábio, me deu uma natureza boa. Eu raramente despejo ódio e rancor contra os outros. As pessoas gostam de mim e dizem que eu tenho uma boa energia. Isso é verdade, mas se eu permanecer mais muito tempo assim - mais 1 ano, por exemplo - uma nuvem negra vai se apossar de novo de mim!

Antes deu namorar, eu vivia com mil demônios ao meu redor. Totalmente entregue a frustração. Cínico, descrente. Entregue ao álcool e a pornografia, por completo.

Depois da ex namorada, minha vida mudou por completo. Da água pro vinho. Antes de conhecer ela, eu nunca tinha passado dos 30 dias. E já estava a 2 anos no fórum!

Ela terminou comigo por causa do porn. Principalmente por causa dos olhares fantasiosos - ela era muito ciumenta e não podia suportar isso.

O olhar fantasioso por causa do porn desapareceu, viva! Mas meu caso é diferente! Cresci, minha vida inteira, achando que eu não podia tocar uma mulher! Porra, mesmo sem o porn,como não olhar, se o olhar é literalmente, o único meio de contato?

Na época eu expliquei essas coisas pra ela. Ela, evidentemente, não tinha a mínima ideia do que é passar a vida inteira - 10 anos ou mais - sem tocar em um homem. Mas na hora do término, ela não levou nada disso em consideraçao. Eu posso ter errado, mas minha situação que é muito específica e delicada, justificava esses meus erros. Se ela me amasse, ela teria ficado comigo. Se tivesse um minimo de reflexão e compreensão, conversaria comigo numa boa.

Eu devia amar mesmo muito ela, porque, de dezenas de mulheres que já deram mole pra mim - algumas, literalmente, dispostas a esfregar a boceta na minha cara por sexo - ela foi a única pra quem eu me abri.

Eu falo dela, mas o problema não é ela, o problema sou eu. Eu tenho consciência disso.

Postar aqui não vai mudar minha situação em nada. Mas aqui posso despejar um pouco da minha frustração e insatisfação sem ser julgado. Lê quem quer.

Algumas pessoas já disseram que eu exagero e que a vida tem outras coisas e tal. Elas são hipócritas até o osso, porque eu sei que elas não tem a mínima ideia do que é passar por isso. Só aceito esse tipo de fala de quem realmente sabe como é a situação! Qualquer outro é um filho da puta hipócrita, e merecia um cinto de castidade permanente, pra aprender na marra o que é isso, antes de falar merda.

Sabem, isso não tem nada a ver com porn. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A pornografia me impediu de trabalhar! A pornografia destruiu minha vida em todos os sentidos, menos no sentido sexual, porque eu nunca tive uma vida sexual! Essa parte eu deixo pra quem sofre de DE. Eu costumo dizer que se eu tiver problema com DE por causa de porn, não faz a mínima diferença, porque eu não faço sexo mesmo. Mas no resto, destruiu completamente.

Firme e forte no reboot. Mas pra ser realmente honesto, não vejo perspectiva de cura completa e sólida enquanto eu não resolver esse problema. Imagina eu com 100 dias longe de porn. Energia sexual no pico. E sem sexo.

O post ficou bem pessimista, mas é isso aí. Uns dias melhores, outros piores.

Se eu tiver a oportunidade de transar com uma GP, vou sem frescura. Não é bom, mas melhor do que passar 5, 10 anos sem saber o que é sexo.

É isso ai.

Bom reboot pra todos!

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5/2/2020, 20:29
Sabe Virknes, eu acompanho seu diario a um tempo sem deixar mensagens aqui, vi sobre seus flertes e tals e seus ''ideais'' sobre não transar com GP, mas cara é o seguinte, vc diz que isso é machista e blá blá blá, vc ta se privando de uma relação sexual só por causa de moralidade que a sociedade e vc msm impôs sobre vc.
Veja o ser humano nasce com 3 necessidades, comer, sobreviver e sexo. Negar isso é negar sua natureza, Veja. Por quê nós ouvimos muitos casos de padres que abusam sexualmente de crianças?? É por que eles foçam a natureza a fazer algo que claramente vai contra a natureza humana e da vida cara. Sexo não é só prazer, é uma necessidade que o ser humano tem. vc fica nessa falando que não vai transar com GP pq se não vc irá sentir que a objetificando a mulher e tals, mas veja bem, por que uma mulher transa com um homem??? é pra agradar a ele ou pq ela quer gozar?? acha que mulheres não vê homens como ''objetos'' tbm?? usando ela vai na balada e vê um cara ''gostoso'' ela quer transar com ele simplesmente pq é ''gostoso'' são as chamadas ''periguetes''. Então cara vc não ta cometendo crime nenhum e nem atentado contra a moralidade do ser humano, o crime que vc ta cometendo é negar a natureza humana. Falo por experiência própria. Estou quase sucubindo a loucura, só esou esperando umas 2 semanas longe da PMO pra ir num puteiro e da vazão a minha natureza reprimida mano. Vc está se privando de viver, assim como eu... por conta de falsa moralidade mano.
Com certeza vc vai se sentir frustrado dps de ir numa GP, mas ao msm tempo poderá se sentir aliviado e mais leve, olhe só os seus relatos, vira e meche é falando sobre sexo. e pq vc se priva tanto de sexo?? sendo pago ou gratis a maior finalidade do sexo e é extravasar o sentimento, vejo se vc for numa balada e ter que escolher entre uma gordinha ou uma gostosa pra transar? é lógico que irá querer a gostosa, vc eu e qualquer outro homem né?? então de uma forma ou de outra nós só cobiçamos aquilo que é atraente, e isso não é objetificação, é só a natureza agindo. flws.
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6/2/2020, 01:49
Vou responder você e falar mais algumas coisas.

Sinto que estou claramente abusando do fórum esses dias. Se isso me ajudar a não cair, não vou me sentir culpado por estar enchendo o saco de vocês.

Estou a beira de uma queda. Não quero isso. Não quero isso de jeito nenhum. Posso até ser um cara infeliz e frustrado, mas não quero ser um infeliz frustrado viciado em porn. Eu realmente já tive o suficiente dessa invenção demoníaca que é a pornografia. Não quero cair de novo nas garras do capiroto.

Bom, respondendo ao Heitor, não vou transar com uma GP porque aqui não tem. Se tivesse disponível eu realmente iria agora mesmo, sem brincadeira. Mas não tem.

Fico aqui pensando o seguinte. Primeiro, que eu sou o tipo de cara que não precisa de GP. Vira e mexe tem mulher dando mole pra mim. Eu sou um cara legal. Não sou super gostoso, mas sou um cara bacana. Meu problema é de outra natureza.

Segundo, que transar com uma GP - o que não vai acontecer porque não tem aqui - poderia ser bom pra eu exercitar o que eu nunca tive: pegada. Seria ótimo: chegaria, com todo o respeito (sempre) ja colocando o dedo nela e dizendo "vem cá, chupa meu pau". Sem ser grosso, porque eu não sou e nem tenho essa necessidade, mas com FIRMEZA. Isso que é o importante. Sem medo nem receio nenhum de chupar os peitos dela. Passando a mão por todo o corpo dela. E finalizando com chave de ouro o programa.

O mais bizarro disso tudo (e tem a ver com o que o Heitor falou) é que se fosse uma civil que rolasse uma atração em uma festa, por exemplo, ela provelmentr ADORARIA que eu fizesse exatamente a mesma coisa que relatei com a GP.

Mas algum conceito ou ideia profundamente equivocada na minha mente não me permite enxergar esse tipo de coisa.

Quero relatar um dos únicos momentos de tesão que tive em minha vida. Estava viajando de ônibus com a ex namorada e estava meio vazio. Uma hora ela pegou minha mão e colocou no joelho dela. Eu, que cresci como um retadardo, um inútil, incompetente pra vida, fiquei com a mão no joelho dela. E só isso! Mas aí ela pegou minha mão e subiu, até chegar "lá". Olhei pra ela, vi que o ônibus tava vazio e comecei o processo. Ocorreu tudo bem, e foi um desses momentos em que a vida tem graça e sentido, em que me senti vivo.

Eu não sei onde andei com a cabeça pra não ser capaz de entender e viver algo tão simples. Me sinto um lixo, um alienado, um lunático, um louco. Eu simplesmente não entendi nada da vida. Minha compreensão das coisas foi gravemente distorcida. Perdi muito tempo, mesmo depois que comecei o reboot. Ainda bem que sempre é tempo de recomeçar.

Me lembrei da minha amiga, que já citei várias vezes aqui. Acho que ela tem muito a me ensinar. Na verdade, acho que estou cercado de pessoas que estão me indicando o caminho.

Sabem, eu nunca tive uma educação religiosa, apesar de seguir algumas coisas. Nunca fui adepto do celibato religioso - concordo com o Heitor e acho que isso é arriscado e perigoso pra 99% das pessoas. Nesse sentido religioso, acho que o erro que eu cometi foi pensar e agir sempre na verdade e na luz, esquecendo a sombra.

Isso é bem típico do catolicismo e de outras religiões monoteístas. Eu devia ler mais Nietzsche e entender que a vida tem um pouco de Deus e um pouco do Diabo. Fora meus ideais de pureza, que embora possam fazer sentido em alguns momentos e contextos, estão me prejudicando, e isso é a prova de que não entendi bem a coisa.

Sabem, enquanto eu fico aqui pensando que sou puro e honesto, a menina que eu tô afim tá levando dedada no cu e pica na boceta, e gemendo de prazer. Talvez com um cara que seja mais pilantra e mais desonesto do que eu. Mas com quem ela tá? Eu posso ser bom, mas sou covarde. Meu pecado nunca foi a maldade, mas a covardia. Acho que as mulheres preferem os caras pilantras do que os covardes. Os pilantras são melhores na hora do sexo, e todo mundo gosta de sexo. Sexo é bom pra caralho, e tem que ser um tanto louco e pirado pra preferir estar do lado de alguém meditando do que transando..

Em resumo, vivi esse tempo todo no mundo da lua, essa é verdade.

Minhas ideias e conceitos espirituais não são falsos - realmente não os considero assim. Tem muita coisa boa, útil e fortificante nisso tudo. Acho que meu problema é que eu desequilibrei a balança, talvez tenha radicalizado um pouco a coisa.

Muito idealismo e nenhuma prática vão me levar a passar fome. Não dá pra viver de luz. O mundo não é ideal e perfeito. As pessoas mentem e usam as outras. O que não significa que elas sejam más.

Bom, eu tava com um pouco de fissura e postar diminuiu. Eu nem vou me masturbar, porque não tava sentindo vontade de M, tava sentindo necessidade de estímulo mesmo.

Caras, eu espero que eu consiga sair da escravidão mental de conceitos e ideias erroneas. De possíveis distorções e fanatismos. Espero estar mais conectado a realidade das coisas. Espero parar de pensar e agir. Dançar quando ouvir o tambor e seguir o ritmo do corpo, não da mente. Não ter medo nenhum de agir, não ligar a minima. Aprender a ser cara de pau. Entender que eu posso ir falar com qualquer pessoa. Um amigo uma vez me disse: " rapaz, quando você ver alguém que te chame a atenção, homem ou mulher, vá falar com ela! Ela é uma pessoa como você, e talvez até esteja querendo esse contato!"

Bom, vou ficando por aqui. É realmente uma pena que meu problema não é só o reboot - senão eu ia atingir 100 dias e transar pra caralho. Infelizmente ainda tenho um longo caminho pra percorrer.

Espero conseguir dar um tempo do fórum. Espero resistir ao sentimento de frustração, enquanto travo essa batalha que é totalmente mental. Espero esquecer a mente! Espero usar o corpo.

Sinto que não posso beber, ou serei perigosamente tentado pelas fissuras.

Será que conseguirei ir mais longe nessa tentativa, com tudo isso que relatei?

Ou ajo, ou posso cair de novo nas garras do demônio. Pornografia pra mim é isso - sofrimento autêntico e puro, tortura dilacerante, mal estar e frustração continua que só aumenta, nunca diminui.

E eu luto contra dois demônios: parece que a covardia também é capaz de nos nesse lugar.

O momento é crítico, amigos. Isso ultrapassa os preceitos do reboot, assim como a capacidade de ajuda do fórum.

Mas prometo não decepcionar vocês.

Em ultimo, eu excluo o spin e travo o celular todo.

Bom reboot pra todos!

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6/2/2020, 20:09
Vim postar mais hoje, pra fechar esse ciclo dos últimos dias de forma otimista.

Hoje obtive uma grande vitória. Eis o relato.

Estava com minha amiga com quem vou morar junto. A chamarei de M.

Conheço M desde a adolescência e sempre senti desejo por ela. Após passar o dia todo na companhia dela - incluindo ficar no quarto dela, com embalagens de camisinha abertas espalhadas pelo chão, fomos dar uma volta. Falamos de muitas coisas - incluindo sexo e outros assuntos mais íntimos. Em um momento, ela colocou a mão no meu ombro e disse: "olha vierkenes, eu odeio poetas. Pra um cara ficar comigo, é muito mais fácil ele chegar e dizer que quer me dar uns beijos do que usar palavras rebuscadas". Bom, eu não sei se isso foi uma indireta pra mim, ou se ela falou por falar. Meia hora depois, me vi do lado dela, com meu coração batendo rápido. Pensei: "agora é a hora de agir diferente, independetemente dos resultados. Ou é isso ou é me ver acorrentado nós mesmos padrões de sempre, incluindo o porn. O negócio é agir diferente. Graças a Deus que hoje eu consigo!"

Então eu virei pra ela e disse: "eu sinto muito tesão por você. Tenho um carinho e um afeto muito grande por você. Eu faria sexo oral por horas em voce, na tranquilidade. Prometo não me apegar a você, porque eu sei que você não quer compromisso com ninguém. Eu estou disponível pra voce".

Basta 10 minutos de leitura do meu diario pra entender o passo gigante que eu dei, com essas poucas palavras.

Ela desconversou. Disse: "nao sei o que dizer, a gente vai morar junto e tal".

Eu fiquei muito satisfeito com isso. Senti um alívio muito grande por dizer essas palavras. Diria até que incalculável.

Senti que abri uma brecha pra um possível sexo entre nós. Nada muito romântico e ideal. Uma noite de sexo, com muito carinho e um orgasmo no final seria perfeito pra mim.

Senti tambem que posso falar coisas semelhantes pra quem quer que seja. O negócio é o papo reto. Honesto, como eu sempre gostei. Se eu quiser mesmo fazer um sexo gostoso com alguns mulher, não tem motivo nenhum pra eu não falar isso. Aí sim, eu vou estar sendo 100% honesto comigo mesmo! Só agindo assim o reboot vai dar certo pra mim!

Portanto, estou muito satisfeito com minha atitude. Isso afastou minha fissura, me aproximou de mim mesmo, e foi mais um passo na vitória contra o vício. Foi algo totalmente fundamental pra mim.

Agora quem acha que eu falo demais de sexo, a meu ver, não entendeu completamente a coisa. Pra mim, no meu caso específico, se abrir pro sexo é se abrir pra vida!

Minha auto estima foi agredida de modo muito extremo durante meu percusso. Isso me impediu de muitas coisas. Mas tá na hora de virar o jogo!

Até pouco tempo atrás eu me via impedido de trabalhar, lidar com o público, etc.

Mas graças a minha evolução, e principalmente, graças ao reboot, chegou a hora deu dar minha cara a tapa nessa cidade. Eu estou pronto!

Sem falta e sem hesitar, vou sair por aí e perguntar por trabalho. Lidar com o público. Eu preciso MUITO disso. Isso vai me acrescentar demais. Além de ganhar dinheiro.

Bom, agora vou mesmo dar um tempo do meu diario.

As coisas estão se encaminhando.

Firme e forte, porque com porn, é só merda e fracasso. Não adianta! Com porn a gente perde TUDO!

Bom reboot pra todos!

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6/2/2020, 20:54
Francos cumprimentos, insigne Vierkenes! Maravilha ver sua evolução. Ia comentar no seu Diário a respeito do seu post anterior, para falar que muito me identifico com suas passagens a respeito do que já comentamos sobre nossas mentes agitadas e desejar força a você na guerra, quando você vem reportar essa interessante experiência. Maravilha ver que está se libertando, meu caro. Que está sendo capaz de superar seus traumas e aos poucos se encaminhando para uma vida plena. Não quero falar muito para sua mente inquieta não se confundir, bem sei o que é isso, e também porque (muito devido ao já citado) não seria por ora muito capaz como um todo de expor aquilo que lhe daria como dica.

De todo modo, meu sincero incentivo de um bom Reboot e de uma vida plena daqui por diante.

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8/2/2020, 18:35
Dia 41 do reboot

Sérios traumas impedem e muito o progresso do reboot. Já vi pessoas que rapidamente alcançaram os 90 dias: são, sem sombras de dúvidas, pessoas saudáveis, com boas relações, vida emocional equilibrada e sexo regular. Os que demoram anos pra ficar mero 90 dias são os fracos de espírito (esses costumam sumir do fórum e se contentam com a vida medíocre de cair de 4 em 4 dias), ou os que têm sérios problemas. Os segundos são heróis, que merecem nossos aplausos. Lembro de um usuário aqui que tinha esquizofrenia e vícios em várias drogas. Lutava bravamente contra o vício. Acho que nunca mais postou, mas ele não parecia o tipo que se entregaria a isso. Espero que esteja bem em seus desafios.

O importante mesmo é continuar tentando se manter longe disso, não interessa que tipo de situação ou trauma tenha acontecido. Vício em porn é infernal, e todo mundo aqui sabe disso.

Eu, honestamente, me encontro em tal estado - a vários dias, na verdade - que sinto que estou contando os dias pra cair. Hoje mesmo, pensei que cair é questão de tempo, amanhã ou daqui a uns dias.

Agora a pouco estava num lugar movimentado, com algumas pessoas conhecidas. Me senti profundamente isolado. Minha pele se arrepiou, provavelmente um clamor urgente do meu organismo por contato físico. Tive pensamentos misoginia, coisas do tipo: "olha só aquela vagabunda de shortinho, essa puta com o rabo pra cima, ao invés de estar rebolando no meu pau".

Eu fico triste com tais pensamentos. Faz um tempo que não os tenho, e se tenho, não é mais por consumir pornografia demais, mas por ter a sexualidade ferida em profundidade, e um sentimento de frustração que, honestamente, não sei como consigo suportar por tanto tempo assim, de forma contínua.

Caras, vou continuar longe dessa merda de porn, mesmo que frequentemente pense que é impossível eu me curar do vício com tais traumas alojados no corpo e na mente.

Estou falando mais do mesmo. Talvez achem que o diário tá repetitivo. Estou postando, literalmente, pra não cair hoje. E assim o farei quantas vezes forem necessárias.

Tenho planos de parar de beber, mas não consigo. É impossível pra mim, no momento, lidar com isso totalmente sóbrio. Pelo menos diminui a quantidade e a frequência, o que já é um grande ganho.

Meus flertes nunca dão certo, KKK. Minha amiga não quis saber de mim, embora eu tenha sentido que pode acontecer em algum momento. Outra mina que tentei dar em cima é lésbica, vi ela de mãos dadas com outra mulher na rua. Eu senti que a gente poderia ter alguma relação boa, até de amizade mesmo. Mas não vou puxar papo com ela. Não quero amigas, quero uma mulher pra fazer sexo.

Como disse no post anterior, aqui não tem GP. Se tivesse, já teria recorrido a isso a alguns dias.

A dor por causa disso é tão grande que parece que me impede de focar em outras coisas. Parece que tudo perde o sentido, quando percebo que já vivo assim a anos, e que cada dia é mais um dia em falta de algo tão importante.

Eu devia estar confiante com as mulheres por causa do reboot. Mas acho que tô deixando os maus pensamentos me dominarem. Hoje olhei pra algumas mulheres atraentes na rua, e pensei: "você nunca teve isso, é melhor nem olhar. Sabe, aqueles peitos são maravilhosos, seria maravilhoso pegar neles, mas eu tenho 30 anos e não sei bem o que é isso. Não é pra mim. Deixa isso pras pessoas normais, pros que sabem o que é viver, pros homens que sabem ser homens. Garotos de 14 anos sabem ser homem do ponto de vista sexual, e eu não sei. Algo deu muito errado comigo. Não suporto essa merda e vou beber". É mais ou menos assim que tá minha cabeça hoje.

Mas caras, decidi que, não importa o que ocorrer, eu não vou consumir pornografia. Vai tomar no cu. Decidi que posso passar o diabo, ficar 10 anos sem sexo, transar com GP ou só me masturbar. Posso estar só e isolado como for, não vou cair!

Na prática, não funciona assim, pois enquanto eu tiver adoecido, meu cérebro não souber o que é prazer de verdade, e eu continuar com esse sentimento pesado de frustracao, infelizmente, nessas condições, a queda é um risco real.

É amigos, tá muito complicado. Beber está se tornando um risco cada vez maior pra mim, pois estou que o álcool, nessas condições, me aproxima perigosamente de uma queda com pornografia. E o pior é que não me sinto preparado pra eliminar essa muleta agora. Não estou conseguindo.

Cair seria extremamente desastroso. Eu já atingi um grau ótimo de auto estima e auto confiança aqui, com esses dias de reboot. Eu estava me sentindo muito bem 10 dias atrás, foi só de uns dias pra cá que essa nuvem negra se aproximou de mim. Espero que isso passe.

Infelizmente, considero meu caso muito grave. Meus problemas psicológicos aparentemente não são quebrados com o reboot. Alguém sem esses problemas estaria interessado touro com 100 dias, plena confiança, capaz de dar em cima de qualquer mulher, etc. Eu não. Mesmo com 100 ou 200 dias, eu seria capaz de continuar na mesma.

O reboot não é a coisa mais importante do mundo pra mim. Mais importante é eu desbloquear minha energia de vida e viver! O reboot não é garantia disso. Se eu estivesse livre desse bloqueio, no meu atual estado de desenvolvimento, eu tenho certeza que atingiria facilmente marcas de 100, 150 dias.

A meta é 90, e eu vou chegar lá. Estou firmemente determinado.

Até a próxima!

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13/2/2020, 00:10
Dia 46 do reboot

Uma boa marca. Mas sinto que grandes dificuldades me esperam nessa primeira etapa de 90 dias. Estou certo que o diabo vem me tentar em pessoa, e preciso estar forte pra resistir. Acima de tudo, saber que cada tentação vencida significa mais força, e mais forte eu vou mais longe. Esse é um princípio básico da coisa.

Não tenho tido fissuras - tive uma leve uns dias atrás, mas resisti bem.

Tenho me masturbado mais do que o normal. Lembrem-se, eu não pego absolutamente ninguém, eu mal sei o que é beijar na boca ou sexo. Isso realmente dificulta e muito meu processo. Eu sinto falta dessas coisas, e como não tenho, acabo me masturbando ocasionalmente. O que eu temo em relação a isso é que eu sei que esse ímpeto ou impulso sexual vai começar a aumentar bastante a partir daqui. Espero, com fé em Deus, que meu desenvolvimento, meu auto conhecimento e meu percusso ate aqui permitam que eu de livre vazão à minha sexualidade.

Estou firme rumo aos 90 dias. E espero também, de coração, me aliviar um pouco desse maldito sentimento de frustração sexual que tanto me atormenta.

De ontem pra hoje distribui cerca de 20 currículos. Estava com uma postura confiante e tudo o mais. Fico feliz por me ver assim. A pouco tempo atrás eu me sentia totalmente inútil, um incapaz. Parece que esses sentimentos desapareceram: me sinto pleno e confiante pra fazer qualquer coisa. Não tenho experiência de emprego formal, mas estou realmente muito disposto a trabalhar e a aprender. Minha hora chegou, só falta surgir a vaga. Eu vou atrás, sem problemas hehe.

Isso, é claro, eu devo ao reboot. Se estivesse com 5 dias, já sabem: olhar pra baixo e sair correndo. Passar mal se for uma mulher atraente. Pensar merda o tempo todo. Me perguntando o que tô fazendo numa entrevista. Pensando merda do entrevistador - se for mulher entao, um completo desastre. Olhar pros peitos dela e me sentir constrangido. Gaguejar bastante e travar. Sair no meio da entrevista, angustiado, ir pra casa bater uma. Muito porn na cabeça, vocês sabem como é. Esse vício é fodido.

Rapazes, já dei como decretada minha liberdade em relação a isso. Tenho outras coisas que me prendem e me fazem sofrer, é verdade, mas esse inferno que relatei acima....nunca mais!

No mais, vim morar com minha amiga, conforme o relatado. Somos amigos, então a convivência é boa. Agora me sinto livre e pleno com ela: já não guardo nenhum segredo. Ela não me quis, e a vida segue. Pelo menos ela pode falar bem de mim pras amigas dela, kkk. Tenho certeza que ela faz isso por mim. Esse convívio vai ser muito benéfico pra mim, pois estava realmente isolado na outra casa. O foda vai ser ouvir ela fazer sexo. Já explico: por causa dos meus traumas, eu me sinto profundamente incomodado de presenciar ums transa - ouvir é um modo de presenciar. Eu me sinto muito mal, me lembro que eu não sei o que é isso, que é algo muito bom, e que eu simplesmente não tenho! Ouvir o ato alheio me deixa em desespero. E aqui o quarto é aberto em cima, o som vaza todo. Bom, pra minha pessoa, privacidade auditiva é fundamental. Não quero ouvir o que acontece fora do quarto quando tô de porta fechada, nem quero que ouçam o que faço do lado de fora.

Dessa vez não deu, porque ela já tava na casa. Vai ser muito bom pra mim, eu que tava dormindo e acordando completamente só. Agora eu tenho alguém pra falar alguma coisa, me chamar, me dar um bom dia, tomar um café. São coisas que não tem preço.

Fico por aqui.

Bom reboot pra todos!

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13/2/2020, 20:33
vierkenes escreveu:Dia 46 do reboot

Uma boa marca. Mas sinto que grandes dificuldades me esperam nessa primeira etapa de 90 dias. Estou certo que o diabo vem me tentar em pessoa, e preciso estar forte pra resistir. Acima de tudo, saber que cada tentação vencida significa mais força, e mais forte eu vou mais longe. Esse é um princípio básico da coisa.

Não tenho tido fissuras - tive uma leve uns dias atrás, mas resisti bem.

Tenho me masturbado mais do que o normal. Lembrem-se, eu não pego absolutamente ninguém, eu mal sei o que é beijar na boca ou sexo. Isso realmente dificulta e muito meu processo. Eu sinto falta dessas coisas, e como não tenho, acabo me masturbando ocasionalmente. O que eu temo em relação a isso é que eu sei que esse ímpeto ou impulso sexual vai começar a aumentar bastante a partir daqui. Espero, com fé em Deus, que meu desenvolvimento, meu auto conhecimento e meu percusso ate aqui permitam que eu de livre vazão à minha sexualidade.

Estou firme rumo aos 90 dias. E espero também, de coração, me aliviar um pouco desse maldito sentimento de frustração sexual que tanto me atormenta.

De ontem pra hoje distribui cerca de 20 currículos. Estava com uma postura confiante e tudo o mais. Fico feliz por me ver assim. A pouco tempo atrás eu me sentia totalmente inútil, um incapaz. Parece que esses sentimentos desapareceram: me sinto pleno e confiante pra fazer qualquer coisa. Não tenho experiência de emprego formal, mas estou realmente muito disposto a trabalhar e a aprender. Minha hora chegou, só falta surgir a vaga. Eu vou atrás, sem problemas hehe.

Isso, é claro, eu devo ao reboot. Se estivesse com 5 dias, já sabem: olhar pra baixo e sair correndo. Passar mal se for uma mulher atraente. Pensar merda o tempo todo. Me perguntando o que tô fazendo numa entrevista. Pensando merda do entrevistador - se for mulher entao, um completo desastre. Olhar pros peitos dela e me sentir constrangido. Gaguejar bastante e travar. Sair no meio da entrevista, angustiado, ir pra casa bater uma. Muito porn na cabeça, vocês sabem como é. Esse vício é fodido.

Rapazes, já dei como decretada minha liberdade em relação a isso. Tenho outras coisas que me prendem e me fazem sofrer, é verdade, mas esse inferno que relatei acima....nunca mais!

No mais, vim morar com minha amiga, conforme o relatado. Somos amigos, então a convivência é boa. Agora me sinto livre e pleno com ela: já não guardo nenhum segredo. Ela não me quis, e a vida segue. Pelo menos ela pode falar bem de mim pras amigas dela, kkk. Tenho certeza que ela faz isso por mim. Esse convívio vai ser muito benéfico pra mim, pois estava realmente isolado na outra casa. O foda vai ser ouvir ela fazer sexo. Já explico: por causa dos meus traumas, eu me sinto profundamente incomodado de presenciar ums transa - ouvir é um modo de presenciar. Eu me sinto muito mal, me lembro que eu não sei o que é isso, que é algo muito bom, e que eu simplesmente não tenho! Ouvir o ato alheio me deixa em desespero. E aqui o quarto é aberto em cima, o som vaza todo. Bom, pra minha pessoa, privacidade auditiva é fundamental. Não quero ouvir o que acontece fora do quarto quando tô de porta fechada, nem quero que ouçam o que faço do lado de fora.

Dessa vez não deu, porque ela já tava na casa. Vai ser muito bom pra mim, eu que tava dormindo e acordando completamente só. Agora eu tenho alguém pra falar alguma coisa, me chamar, me dar um bom dia, tomar um café. São coisas que não tem preço.

Fico por aqui.

Bom reboot pra todos!

Acompanhando sua saga, Vierkenes. Temos que ser fortes, sem conversa. Queria falar bastante, espero uma hora dar uma boa analisada no seu caso para dialogarmos bem, já conversamos sobre termos mentes um tanto parecidas. Seja você forte para seguir lutando. Meu abraço.

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