COMECEI AOS TRÊS ANOS COM A MASTURBAÇÃO

Vou contar meu relato e como, agora com 42 anos, luto contra o vício da pornografia e da masturbação.
Iniciei, como descrito no título, aos três anos de idade, não por mim, mas induzido por alguém que deveria cuidar de mim.
Nasci no sítio, filho de mulher da vida e largado por ela aos cinco meses de idade quando minha avó me pegou para criar, por conta que o filho dela (enteado na verdade, era casada com meu avô) era o pai, mas que não me assumia na época e tinha acabado de se casar e, por conta disso, não quis ficar comigo.
Ela então com meu avô me registaram no nome deles e fui, então com cinco meses, adotado. Passei muitos perrengues e passei perto da morte diversas vezes, visto que era desnutrido e doente, mas cuidaram de mim da maneira que podiam.
Desde muito pequeno já começava a sofrer violência, meu avô, que bebia muito, começou a me dar pinga com dois ou três anos, para se divertir comigo alcoolizado. Minha avó, quando não podia me levar com eles nas colheitas de café, me deixavam trancados dentro de casa, com um balde de água cheio no chão, uma caneca pra eu pegar e beber e bolachas para eu comer, apenas com três anos de idade em cárcere privado.
Lembro que mudamos para um outro sítio e aí começou mais uma violência contra mim, mas essa, mudaria minha vida para sempre.
Então, aos três anos de idade, minha avó me pegou no colo, tirou meu pipi para fora e começou a me masturbar e isso virou rotina todos os dias, logo que meu avô saia para trabalhar.
Lembro que além da masturbação, depois de um tempo ela começou também a fazer sexo oral em mim e, repetidamente, alternava entre masturbação e sexo oral e então na tenra idade já aprendi a gozar e a gostar daquilo, pois o prazer já começava a se instalar em meu cérebro e o vício se iniciou.
O vício foi tão rápido e forte que mesmo quando minha avó me fazia gozar, eu ainda, depois de algum tempinho, entrava debaixo do assoalho da casa e, lá escondido me masturbava.
Essa situação foi até eu completar 5 anos, quando um dia meu avô, bêbado, apontou sua espingarda na minha cabeça e ficava ameaçando atirar, minha avó vendo aquilo se desesperou e imediatamente me tirou dali. Nessa época a mulher de meu pai, já sabendo que ele tinha um filho e sabendo que minha avó não cuidava direito de mim e das barbaridades que meu avô fazia comigo (como o caso da espingarda), tentou me adotar, mas ela não deixou e resolveu ir para a cidade na casa de uma antiga patroa dela, onde ela trabalhou muitos e muitos anos e tinham um relacionamento de muita amizade e me levou, contou que meu avô judiava de mim e me embriagava e que estava com medo dele qualquer hora me matar com um tiro e então, essa família, composta por essa senhora e a filha dela, resolveram ficar comigo por uns meses.
Então, nessas idas e vindas, acabou que a família resolveu me adotar e fiquei definitivamente com essa família.
Diante disse, já com 5 anos, desnutrido, doente, com suspeita de autismo por conta do meu comportamento arredio e descontrolado muitas vezes, fui tratado até me recuperar e com 6 anos entrei na escola, já muito melhor do que antes. Parecia que eu tinha me livrado daquele terror, porém, minha avó continuava a me visitar e manter contato. Sempre ela vinha em casa e passava final de semana e nesses dias, quando ficava sozinha comigo, voltava a praticar o ato e eu, continuava no vício da masturbação de forma diária, me trancando no banheiro e executando o ato, duas a três vezes ou mais por dia. Minha avó só parou com isso quando eu tinha 8 anos, mas já era tarde, eu já tinha entrado no mundo da masturbação de forma definitiva.
Então com 9 anos as coisas pioraram quando meu vizinho, que devia ter uns 15 anos, me chamou na casa dele um dia que estava sozinho, me prendeu com ele no quarto e, sob ameaças, me estrupou. Aí o vício em masturbação nunca mais saiu de mim e me levou a buscar meios para intensificar, aí começou, através de revistas, a pornografia.
Resumindo a história, passei o resto da infância, a adolescência, a juventude e agora, na idade adulta, consumindo pornografia e masturbação. Quando tinha 18 anos chegou internet em casa, o que mudou meu nível de pornografia para era digital, o qual consumi até os dias atuais.
Me casei, tive duas filhas, me separei (por incrível que pareça, não por motivos sexuais) e me casei novamente e hoje tenho uma filha de 7 meses.
Tentei parar algumas vezes no decorrer desse caminho, mas nunca fiquei mais que 1 mês e, agora, já venho tendo problemas de ereção, irritabilidade, fadiga, apatia, não consigo sentir nada pela minha atual mulher, não tenho vontade de fazer sexo com ela, tenho sono irregular, desânimo, fraqueza as vezes, compulsão alimentar, perda de memória, procrastinação, dificuldade de concentração, cansaço, indisposição, estresse e por ai vai.
Estou há 3 dias sem pornografia e masturbação e hoje está sendo um dia difícil, como eu trabalho com computador e preciso ter internet o tempo todo, torna-se um caos resistir. Mas estou na luta e essa história nunca compartilhei com ninguém, minha mulher não sabe, minha família não sabe, meus amigos não sabem, dá pra contar nos dedos de uma mão as pessoas que sabem parte da história.
Vou estar sempre aqui e conto com a ajuda de vocês pois estou no vício da masturbação há 39 anos e há 33 na pornografia, então, a luta será grande, pois estou em um estágio que só a morte me aliviaria.

Olá camarada.

Olha o conselho que te dou é tenha um propósito na vida e use o reboot como ferramenta a fim conquistar esse propósito.Escale essa montanha um dia de cada vez. Siga as orientações do método Revert.

Abçs

Sucesso!

Mano, estou chocado com a sua história!
Muito triste!
Já tentou fazer psicoterapia? Foram muitos traumas e muito precocemente, talvez precise de suporte psicológico para superar.

Ola ademirbp.
Uma história comovente, mais você está no lugar certo.
Aqui eu encontrei apoio e ajuda para lutar contra esse vício, cada um aqui tem uma cicatriz causada pela PMO.
Mais fica tranquilo pois essa cicatriz pode ser curada, muitos aqui conseguiriam, você também vai conseguir.
Eu também nunca me abri com ninguém, nem pra minha esposa, mais aqui tive coragem pra desabafar, e graças a Deus aos poucos vejo essa vida suja ficando para trás.
Amigo fica firme aqui, não desista aqui somos uma família.
Força e sucesso na sua caminhada.

Mano, que história mais triste! Cara, se eu conhecesse essas pessoas que fizeram isso com você, acho que não me seguraria e partiria pra cima. Quanta crueldade! Fiquei muito comovido lendo a sua história, mas também estou feliz agora em saber que você está procurando ajuda. Não desista irmão, se abra com a gente e também se for possível, conte isso tudo a sua esposa também (não se se ela sabe de todo esse relato). Quando nos abrimos com alguém de nossa confiança, tiramos um peso gigantesco da gente, não somos super-heróis para carregar nossos problemas sozinhos. Muito bom você ter desabafado aqui e espero que continue. Um forte abraço meu camarada!

Obrigado a todos pelo apoio, hoje tá sendo um dia bem difícil, pois a vontade é grande, mas estou resistindo bem, e com fé e luta vou conseguir.




Iniciado reboot novamente


Senhor, dê forças!

Meu diário: https://www.comoparar.com/t9188-diario-de-uma-nova-pessoa