Diário do Moita
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Re: Diário do Moita
Me senti impelido a retornar aqui para relatar, o quanto hoje foi um dia estranho. Vivi momentos de felicidade sem nem saber por quê. Vivi momentos de tristeza também sem encontrar um fundamento. Eram sensações que iam surgindo e não conseguia sequer identificá-las. Mas tudo isso me fez sentir vivo. Estranhamente esta minha batalha, se assim posso dizer, ou pelo menos a minha consciência de tantos efeitos do vício em PMO na minha vida, por vezes me faz um mero espectador e também expectador. Sou um cara que há muito me vejo como um baú de sonhos, que não consigo realizar por não ter a coragem de dar um único passo. Sonho em aprender a tocar violão, tocar bateria, voltar a surfar, fazer uma nova faculdade na área de computação, ou uma engenharia ... para enumerar apenas o que me vem de imediato e não me distanciar tanto da minha linha de raciocínio. Porém para tudo acho desculpas. Ora não tenho tempo, ora me falta dinheiro, ora já estou velho demais. Milhares de desculpas para não me mover. E aí, vou passando a vida toda sem aproveitar oportunidades que tive aos montes quando era mais novo e de fato o tempo me sobrava, ou agora que fico sempre esperando um momento melhor, em geral colocando a culpa nas minhas filhas que ainda são muito dependentes, demandam muita atenção... Realmente é um bloqueio muito difícil de superar. Aliás até práticas mais simples, como a da meditação, assistir missa online de manhã, fazer alguns exercício físicos em casa mesmo... que não exigem muito, já me parecem obstáculos intransponíveis. Um simples hábito de ao acordar, ou como agora, um pouco antes de dormir, eu me esforçar para não deitar ao sofá para ficar mexendo no celular tem sido desafiador. E neste último caso até detecto que há um grande gatilho para as quedas. Neste momento pelo menos eu consegui me sentar aqui na cadeira para redigir este texto e não ficar navegando a esmo, sucumbindo certamente em algum momento a algum pensamento mal intencionado.
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Re: Diário do Moita
Renan Tenorio Silva escreveu:
Ola amigos boa noite
Esses ultimos dias foram difíceis está sendo,eu estava evoluindo dia a dia más do nada perdi a vontade novamente,deixei o desespero me dominar ao ponto de ir ver uma amiga contei tudo para ela o que sinto para ela más as palavras não foram de apoio(chamou vcs de guru)
Sinto que nosso vício é realmente desconhecido por pessoas que nunca passaram o que estamos passando.
Hoje estou com 41 dias sem porno esta sendo tranquilo ficar sem,o ruim é o que os app de namoro e porno me deixaram DE ejaculação precoçe isso que me deixa triste.Quero ficar bem com minha esposa fico triste pois n consigo nem fazer com ela.....
Enfim vou ficar o tempo que for para me curar
Boa noite, Renan Tenorio Silva,
Cara, entendo que estejas frustrado pois ainda persistem sintomas do vício. Como já estás num estágio mais evoluído em que em nenhum momento da minha vida consegui ainda chegar, não posso contribuir com minha experiência, porém desejo-te a perseverança para prosseguires. Estás no caminho correto e em breve estarás restabelecendo a normalidade ou quem sabe estabelecendo uma realidade como jamais tiveste na tua vida conjugal.
Quanto a conversar com pessoas de fora realmente causam muita decepção. Neste caso digo amparado com o que vivi. Também em determinado momento quis me abrir e resolvi falar com meu pai sobre o meu vício. Ele entretanto não absorveu, pelo menos por enquanto, a gravidade do problema. Acredito que tenha entendido como se o meu vício era só por eu ter um excesso de testosterona, ser o machão, ou qualquer outra coisa relacionada a virilidade. Pois apenas se mostrou surpreso que eu tivesse esses "hábitos", já que sempre fui um cara que pouco expunha meu anseios sexuais e acredito que, talvez em algum momento da minha adolescência, tenha ele pensado que eu fosse gay. Já que costumava fazer comentários a respeito de mulheres para ver quais eram minhas reações. Eu sempre despistava pois minhas fantasias para mim eram muito mais factíveis do que algo no mundo real. Certo momento, aos meus quinze anos, lembro que ele veio me mostrando uma Playboy da Sheila Mello, dizendo que quando quisesse dar uma olhadinha... Mal ele sabia que já há muito mais tempo eu fuçava no meio das pastas dele e encontrava revistas masculinas e me levando ao mau caminho nas manhãs dos dias de prova, em que ele me acordava cedo, a meu pedido, antes de sair para o trabalho, e eu fingia estudar para mergulhar em imagens. Foi onde tudo começou.
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Re: Diário do Moita
Passando aqui para expor um pouco da minha situação atual. Completado 1 dia, estou passando o dia sem nenhuma situação ou sentimento que seja importante ressaltar aqui. Seguindo em frente sempre.
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Re: Diário do Moita
Estou numa situação de "mar flat". Nada de umas ondas gigantes para quebrar na cabeça e dar o pavor, mas também nada de ondas perfeitas para dar alegria. Ou seja um pouco desmotivado, mas sem maiores percalços. Aliás, talvez se não tivesse tomado em cima hora a decisão de vir trabalhar presencialmente, estivesse agora passando um sufoco em casa sozinho. Eu, quando me vejo numa situação mais rotineira, depressiva, procuro me convencer de que o grande baú do tesouro está depois desta montanha, sem me prender a como farei para escalar se não tenho equipamentos adequados, conhecimento técnico e experiência para superar as condições adversas.
A realidade de quase todos nós aqui tem muitas semelhanças. Uma vez que em geral começamos a conviver com o distúrbio e vício ainda na infância ou início da adolescência. Logo nunca pudemos experimentar todas as nossas potencialidades, com uma mente sã, sem amarras e desperdício de memória, tempo, comprometimento do raciocínio... para atingir o nosso auge. Tudo que nós conhecemos da nossa adolescência, da nossa juventude, da nossa vida adulta, foi pautada no vício. Certamente não sabemos onde estaríamos se não tivéssemos tomado este caminho. Porém, ainda que não consigamos voltar no tempo e reescrevermos nossa história diferente, para chegarmos onde "deveríamos" estar, somos capazes de despertar um manancial de anseios, energia, qualidades, que certamente nos levará a um lugar muito melhor. Afinal a nossa vantagem está que já não somos mais inocentes, imaturos, afobados. Teremos a nossa bagagem a nosso favor. Temos ainda muito tempo pela frente. Não vou aqui minimizar o desafio. O momento glorioso exige dedicação.
Vejam bem. Como foi magnífico e somente agora percebi que ao começar a redigir estava com um estado de espírito ruim e agora já me sinto bem melhor.
Encaminho na sequência música que entoava enquanto elaborava este sucinto relato.
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- Moita
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Re: Diário do Moita
Fiquei alguns dias sem passar por aqui, embora esteja ainda conseguindo prosseguir na batalha. Eu estou há alguns dias adoentado, dor de cabeças bem constantes, expectorando bastante. Não fui ao médico mas tenho grandes suspeitas de que seja uma sinusite pois a dor parece se concentrar aqui na região da testa, principalmente do lado direito. Mas ironicamente até este mal estar tem me ajudado a não cair. Cheguei há uma semana e estou sem grandes novidades a compartilhar. Pelo menos um fiozinho de contentamento por estar atingindo níveis que há muito tempo não chegava.
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- jean
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Re: Diário do Moita
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Re: Diário do Moita
Numa fase sem grandes percalços, nem avanços emocionais. Embora esteja prosseguindo e mantendo a determinação, sinto uma neutralidade quase absoluta que mal consigo descrever o que estou sentindo. Se me sinto feliz ou triste com as situações que acontecem. Na verdade no momento a única coisa que consigo descrever com mais clareza, talvez seja uma preocupação latente de ordem financeira, que acaba sendo normal para um pai de família com duas crianças pequenas.
Algo que tem contribuído muito para me manter afastado das pedras que sempre me derrubavam são as lembranças da última queda grande que eu sofri. As circunstâncias que me levaram àquela tem me causado um certo asco. Não estou sentindo excitações e principalmente ereções. Lógico que ao ver mulheres com corpos atraentes pelas ruas sinto um princípio de desejo, mas procuro não alimentar pensamentos que possam me aproximar de fantasias sexuais, principalmente com o argumento de que nenhuma delas são objetos. Com minha esposa permaneço mantendo uma relação mais afastada, embora com um pouco menos de "raiva", a qual sentia quando estava direto na M. Era quase que uma transferência de culpa pela minha fraqueza a ela, por não atender aos meus anseios sexuais. Isso já é um bom sinal de que num futuro eu possa cultivar o amor dentro de mim. Sinceramente por vezes já me senti como um psicopata, principalmente por fingir ter sentimentos genuínos em relação a outras pessoas. Mas atribuo muito disso aos efeitos do vício, que me transformam num compulsivo, preocupado exclusivamente em engendrar formas de atender minhas "necessidades", um egocêntrico. Daí realmente não é de se causar indignação diante da suspeição dos meus sentimentos. Nem eu me conheço direito.
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- purpose
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Re: Diário do Moita
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Re: Diário do Moita
purpose escreveu:Continue em frente amigão, se você olhar mais à frente, verá que existe uma luz no fundo deste túnel, o tempo passará de qualquer jeito, o que tem que ser mudado está dentro de você, não deixe isso te consumir. Você é mais forte do que isso tudo e quando conseguir vai confirmar o que estou falando.
Valeu purpose,
Sim, é que temos que ter paciência, saber que resultados vem devagar, a longo prazo. O imediatismo é justamente uma das formas com que nosso cérebro tenta nos lograr. Pois vai nos conduzindo para pensamentos do tipo: "ah, mas o que mudou na tua vida de tão bom? Antes era tão melhor". Ironicamente até apela a discussões sobre liberdade. Como se a maior prisão que exista não seja justamente a de não conseguir controlar meus próprios atos e pensamentos. Mas algo já aprendi é que não se pode embarcar no diálogo interno. Uma hora meu cérebro me vence e convence. Sempre foi assim até eu ficar determinado de que vou deixá-lo "falando sozinho".
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Re: Diário do Moita
Sinto-me triste. Muito mal mesmo. Desculpe a repetição de tantas e tantas divagações que eu já possa ter registrado aqui. Pela minha lógica isso deve ser normal, afinal tirei uma das poucas coisas que me davam alegria.
Na real, além da PMO eu estou na batalha contra um vício em consumir doçuras. Algo que de certa forma estava entrando agora mais recentemente como um substituto mas que de qualquer forma também faz muito mal à saúde. Sou do tipo magro de ruim então em geral não tem impactos no ganho de peso significativo, mas tenho certeza que isso a longo prazo deve fazer um estrago grande no corpo. Então trocar um vício por outro não estava sendo nada bom, até por que isso tinha até uma repercussão financeira.
Aí passei um final de semana sem grandes novidades. Pelo menos, não posso reclamar de ter sofrido alguma queda. O ruim é acordar sem grandes objetivos, como time que só entra para não perder. Eu passo o dia só não querendo errar demais. Mas metas para mudar de vida, atitudes mínimas que me tirem da zona de conforto não consigo implementar uma sequer.
Minha cabeça é uma bagunça completa. Algo que me veio agora é que eu não só uso a fantasia para alimentar meu vício, a uso para me dar alegria com sonhos que eu tenho e nunca os ponho em prática. Ou seja minha vida é uma abstração só.
Minha relação conjugal anda sempre fria do ponto de vista sexual e conflituosa do ponto de vista sentimental, emocional,... Ela sente-se muito insegura com relação ao meu afeto, à minha fidelidade. As duas gravidezes a fizeram engordar e ficar com as mamas ainda maiores. Embora ela desde sempre tenha um insatisfação com o tamanho do próprio peito, eu sempre gostei muito dela assim. Porém com a minha cabeça de viciado acho que sempre a vi como objeto de prazer para mim. Tanto que quando lembro de tantas vezes que tínhamos relação e depois eu queria sair logo de perto, quase que como a desligar um vídeo de P. Agora tenho tentado cultivar algo diferente. Durante as noites tenho a tentado abraçar e embora o contato com ela me excite, procuro focar em outros pensamentos que saiam do campo de uma relação sexual.
Por fim, a maneira com que tenho superado os momentos de maior fissura é trazer a mente a imagem, que não vem ao caso tentar descrever pois de alguma forma poderia ser gatilho para alguém que lesse, mas que foi mandada por uma mulher com quem troquei mensagens através do skype e que me ajuda a relembrar o nível de baixeza a que cheguei. Envolvendo-me com uma mulher, que não vou ficar aqui discutindo se era feia ou não. No entanto, não tinha nada dos atributos que me são atraentes, nem um um papo agradável. Pelo contrário, causa-me um certo asco rememorar o quanto o vício deturpa nossa percepção das coisas e somos conduzidos apenas pela novidade, pelo proibido e tantas outras artimanhas da PMO. Acredito no fundo que fosse outra coitada entregue ao vício. Pois em determinado momento quando tive um pouco de lucidez e quis me desculpar por estar a usando para satisfazer meus desejos. ela quis minimizar dizendo que não se importava com isso e disse que também sentia o mesmo e pensava ser normal. Ainda explorei um pouco o assunto expondo tantos efeitos que o vício estava me causando, mas ela não quis dar ouvidos e me bloqueou.
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- jean
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Re: Diário do Moita
Eu acredito muito que possa dar certo conforme o porno vai ficando cada vez mais distante
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Re: Diário do Moita
jean escreveu:Cara achei absurdamente legal você estar aos pouquinhos voltando a se aproximar da sua esposa.
Eu acredito muito que possa dar certo conforme o porno vai ficando cada vez mais distante
Valeu, jean,
Vamos tentando. Como dizia Albert Einstein, "Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual!".
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Re: Diário do Moita
Aqui ainda vivendo uma deprê. Está bem difícil me levantar. Sentindo-me menos, mas muito menos, que a mosca do cocô do cavalo do bandido. No trabalho não tenho conseguido render nada e acredito que esta insatisfação profissional esteja me consumindo por dentro. Não sei se em algum momento do meu diário eu cheguei a relatar que percorri caminhos errantes em quase tudo na vida, mas profissionalmente estou perdido até hoje. Comecei uma determinada faculdade lá pelos meus 18 anos, daí provavelmente já como efeito do vício em PMO, eu era um cara tímido, sem coragem de chegar em nenhuma menina e que vivia alimentando fantasias com elas em minhas M. No fim abandonei a faculdade por dificuldades de relacionamento. Mudei completamente de área como se isso fosse isso fosse me agir diferente. Opção totalmente errada. Conclui a faculdade nas coxas, sem me sentir apto a trabalhar com nada na área. Daí atualmente não trabalho com nada nem próximo da primeira opção (que tenho quase certeza que era a mais certa) e muito menos da segunda opção. Todo mundo costuma me dizer: ah, mas nunca é tarde para mudar. Mas não é tão simples quando já tem filhos envolvidos e nenhuma segurança financeira. Só fui começar a namorar minha esposa durante a segunda faculdade, quando finalmente beijei pela primeira vez. Ela coitada, mal sabia que um cara "casto", BV, poderia ter uma mente tão mais pervertida que qualquer cara experiente que ela possa ter conhecido e que ela recusou ter a primeira relação sexual. No fim nos guardamos uma para o outro para que tivéssemos a primeira relação apenas após o casamento religioso, porém eu nunca consegui me manter afastado da PMO enquanto namorava com ela. Na verdade lembro apenas que nos primeiros dias de namoro eu consegui evitar. Depois de rompido o tabu entrou no mesmo esquema de antes.
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Re: Diário do Moita
Depois de um dia como ontem cheio de lágrimas, hoje comecei em tom de neutralidade. Não sei ao certo se minha conduta tem sido certa, mas como já mencionei eu tenho me fortalecido nos momentos cruciais, quando meu cérebro vem querendo me inundar com propostas indecentes, trazendo à mente, imagens e pensamentos que o meu vício em PMO agregaram ao me acervo, os quais me causam asco e consequentemente me trazem à lucidez novamente. É quase como um carteiraço. Com quem joga sujo, sujo se joga. Afinal eu interpreto que o grande mote do vício em PMO é a busca incessante por estímulos diferentes, ou seja pela novidade. Dificilmente eu me excitaria muitas vezes com um mesmo vídeo repetido indefinidamente toda vez que quisesse ver P. E aí é que está o grande problema de um mundo de possibilidades que os sites nos apresentam. Antes era uma revista em que era difícil se ter acesso a outras. Agora poucos clicks atendem a todo tipo de freguês.
Destaco aqui que não estou pregando pelo adultério, poligamia, afinal quem vive uma relação conjugal como eu, sabe que o verdadeiro caminho para cultivá-la passa pelo sexo, mas também tem muitas outras facetas que a P não possui. Essencialmente o amor.
Então, voltando ao meu raciocínio de jogar um banho de água fria nas minhas fantasias, eu estou justamente querendo tanto confrontar de imediato meu cérebro com uma figurinha repetida, como causar-lhe a repugnância. É a fórmula infalível? Provavelmente não. Talvez tenha que implementar novas estratégias em dias futuros, mas por ora tem me atendido.
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Re: Diário do Moita
Eu não costumo escrever mais de uma vez ao dia, mas me senti impulsionado a fazê-lo ao constatar como as conexões neurais permanecem ainda fortes para me levar a queda. Em determinado momento ainda há pouco, quando estava diante de uma série de problemas na cabeça, desiludido que terei que gastar bem mais do que pensava com uns reparos que precisarei fazer no carro, muita coisa atrasada no trabalho, instantaneamente, quase como um letreiro luminoso veio o convite a relaxar na P. "É só umazinha", sugeriu a mente marota.
Nem precisei dar carteiraço. Só ri comigo mesmo da "brincadeira".
Já percebi que além de viciado, isso já me deixou louco também hehehhe
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- DerekS.W
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Re: Diário do Moita
Isso aí é bastante comum na mente do viciado, tudo pode ser usado como desculpa pra cair na pornografia. Quando você percebe as armadilhas e a auto sabotagem que sua mente utiliza contra você, e aí que você tem a famosa "iluminação" de que esses convites não são naturais de você, é o vício falando. Se você persistir você conseguirá assimilar melhor o que eu escrevi. Valeu brother, boa sorte.Moita escreveu:Boa tarde, nobres Guerreiros,
Eu não costumo escrever mais de uma vez ao dia, mas me senti impulsionado a fazê-lo ao constatar como as conexões neurais permanecem ainda fortes para me levar a queda. Em determinado momento ainda há pouco, quando estava diante de uma série de problemas na cabeça, desiludido que terei que gastar bem mais do que pensava com uns reparos que precisarei fazer no carro, muita coisa atrasada no trabalho, instantaneamente, quase como um letreiro luminoso veio o convite a relaxar na P. "É só umazinha", sugeriu a mente marota.
Nem precisei dar carteiraço. Só ri comigo mesmo da "brincadeira".
Já percebi que além de viciado, isso já me deixou louco também hehehhe
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Re: Diário do Moita
DerekS.W escreveu:Isso aí é bastante comum na mente do viciado, tudo pode ser usado como desculpa pra cair na pornografia. Quando você percebe as armadilhas e a auto sabotagem que sua mente utiliza contra você, e aí que você tem a famosa "iluminação" de que esses convites não são naturais de você, é o vício falando. Se você persistir você conseguirá assimilar melhor o que eu escrevi. Valeu brother, boa sorte.Moita escreveu:Boa tarde, nobres Guerreiros,
Eu não costumo escrever mais de uma vez ao dia, mas me senti impulsionado a fazê-lo ao constatar como as conexões neurais permanecem ainda fortes para me levar a queda. Em determinado momento ainda há pouco, quando estava diante de uma série de problemas na cabeça, desiludido que terei que gastar bem mais do que pensava com uns reparos que precisarei fazer no carro, muita coisa atrasada no trabalho, instantaneamente, quase como um letreiro luminoso veio o convite a relaxar na P. "É só umazinha", sugeriu a mente marota.
Nem precisei dar carteiraço. Só ri comigo mesmo da "brincadeira".
Já percebi que além de viciado, isso já me deixou louco também hehehhe
Boa tarde, DerekS.W,
Valeu pelo incentivo. Vamos em busca de dias melhores sempre. Por vezes desânimo bate mas cada soco certeiro desferido no inimigo nos faz ainda assim acreditar que estamos no caminho.
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Re: Diário do Moita
Diante deste vício temos que sempre nos manter vigilantes. Porém há dois aspectos que preciso trabalhar melhor. Um deles é algo inerente a mim. Uma baixa autoestima absurda que me conduz principalmente nas relações interpessoais, dá lugar a uma autoconfiança, prepotência na minha intimidade, nos meus pensamentos e aí é um passo para o fracasso. Por outro lado preciso também não me sufocar, generalizar os efeitos da PMO a todos os meus problemas. Tenho que ativar ligações saudáveis para não vira uma paranóia.
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Re: Diário do Moita
Aqui vivendo um dia após o outro. Passo aqui para registrar que continuo firme no meu propósito. Ontem à noite e hoje de manhã, entrei em outros diários e gostei bastante de ler algumas mensagens que tem muito a me acrescentar e fazer enxergar sob uma nova ótica. Em determinado momento encontrei até um vídeo de uma psicóloga, sexóloga Talita Borges Castelão (ao final incluo o vídeo), o qual estava no diário de um adolescente DerekS.W, tendo sido postado por Mateus Fonseca. Aproveitei e enviei o vídeo para o meu pai, com quem tenho divido minha batalha, embora ainda acredito que ele não tenha a noção real do problema. Mas, por bem ou por mal, a gente ter alguém para pelo menos te escutar e compartilhar experiências já ajuda muito. Aí gostei bastante também de ler a reflexão do jeyjar no diário do Diário do TITÃENJAULADO. Despertou-me para ler o livro o Poder da Autorresponsabilidade, de Paulo Vieira. Para buscar uma nova abordagem. Minha meta após superado o primeiro mês, é focar mais nos âmbitos de planejamento, organização e também em concentração. Aí quero entrar com dedicação em meditação, que tenho feito ainda de modo muito tímido. Vamos nos armando que a luta só está no começo.
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Re: Diário do Moita
O grande desafio dos últimos dias tem sido a incessante tentativa de redescobrir a sexualidade, ou melhor, aprender o sexo como eu nunca o fiz. É algo muito louco pensar que minha mente desde o início da minha puberdade já experimentava o prazer simplesmente pelo prazer. Vai ficando cada vez mais nítido, que minhas parcas decisões na vida foram sempre com base num raciocínio primitivo, de atender meu sistema de recompensa já comprometido pela PMO. Eu dificilmente me conduzi por sentimentos verdadeiros. Ou quando não conseguia tomar decisões ou me posicionar devido ao cérebro avariado, deixei-me sempre me levar como a evitar conflitos pois isso me afastaria sempre de algo que pudesse alimentar novamente o sistema de recompensa. Aqui faço um adendo de que por mais que um cérebro de um viciado seja suscetível à P, tudo partiu de decisões minhas. Não adianta vitimizar-se diante da dificuldade e confesso que este é um costume grande meu. Inconscientemente, ou por vezes até conscientemente eu procuro me eximir das culpas, não assumir responsabilidades, tomar o caminho mais fácil.
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Re: Diário do Moita
Mais um dia morno. Embora tenha percebido que por vezes há uns lampejos de algumas fantasias. Elas tem se limitado mais com minha esposa mesmo. Estou conseguindo me afastar por enquanto sem maiores dificuldades. Como estamos numa fase de abstinência total neste período até de certa forma isso está contribuindo para eu pelo menos tentar cumprir um mês sem nenhum tipo de estímulo sexual físico. Porém acho que não vai rolar pois semana que vem provavelmente ficaremos alguns dias como casal sem filhas, já que as pequenas estão de férias e devem passar um tempo na casa da avós. Daí somente se o negócio estiver muito ruim para o meu lado, que ela não vai querer nada. Sinceramente o que mais queria era poder abrir o jogo com ela, mas tenho certeza absoluta que isso decretaria o fim do nosso casamento e seria o caos na minha vida. Ela já disse diversas vezes abominar a pornografia e encara isso como um adultério. Fora que já disse ter nojo de homens e mulheres que contribuem para financiar este mercado, até por ser extremamente feminista e tendo duas filhas mulheres isso se torna ainda mais significante. Percebam como eu sempre fui dissimulado e mentiroso, que até da mulher com quem namorei, casei e tive duas filhas eu escondi esta minha vida dupla e permaneço apático pois nunca tive coragem de enfrentar as consequências disso e talvez se o tivesse feito lá no passado... Então entendo que preciso lutar nisso sozinho, ou melhor, sem pelo menos o apoio dela. Já que de Deus e o grupo aqui eu me sinto amparado.
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- jean
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Re: Diário do Moita
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Re: Diário do Moita
jean escreveu:Mais agora as melhoras no casamento de vocês vão ser visíveis
É, Jean, tomara que tomem outros rumos. Mas acho que são tantos desencontros que extrapolam até o campos sexual. Entendo até que minha postura na relação, sempre acomodado, por vezes explosivo quando sob pressão, por exemplo sendo painde duas meninas eu poderia pelo menos ter um pouco mais de noção de como arrumá-las, escolher roupas, arrumar os cabelos. Porém sempre que tenho que fazer isso minha cabeça vira um caos. Fico extremamente nervoso.
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Re: Diário do Moita
Não estou bem. Continuo sem quedas. Alguns momentos que vem aquela arrogância que tento sempre reprimir, mas que parece a postura que grita em casa com as crianças, a esposa, mas quando é afrontado por um homem na rua, é um bobão. É assim esta minha altivez. Aqui na intimidade canta de galo, no mundo real porém...
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Re: Diário do Moita
Refletindo aqui me veio a mente que a porta de numerologia, como costumo me referir, em que costumava buscar datas significativas, como feriados, palíndromos, datas comemorativas a algo pertinente ao tema PMO,... estou conseguindo manter fechada. É algo ridículo mas que me derrubava com uma facilidade. Outra porta que ainda preciso me certificar melhor de estar fechada é a da "despedida de solteiro", a qual quer sempre uma última vez, quase como se não houvesse amanhã e o que é pior costuma usar de artimanhas que agem de forma mais profunda nos meus processos comportamentais e emocionais inclusive alegando que a minha mulher nem quer mais nada de sexo comigo mesmo, então se eu não curtir, nunca mais vou poder ter este prazer. Chega a me incutir a raiva, como se o fato de eu ceder aos meus anseios eu estivesse a punindo e não a mim mesmo.
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