Diário de Stealthyman

Não consegui escrever nos últimos dias. Na sexta, lá pelas 15h, eu desabei. Larguei tudo e corri pra cama. Levantando apenas para comer e ir ao banheiro, saí efetivamente dela no domingo, 10h. Não conseguia mais trabalhar, ou conversar com quem aparecesse. Tirando minha esposa, que me ligou pra saber de mim, não falei com mais ninguém. Assisti filmes em todo este tempo, tentando tirar deles alguma diversão. De resto a sensação de vazio.

Não cedi ao PMO, no entanto. Meu contador segue onde devia estar! Realmente, Red Angus, cada segundo deste tempo contado custou muito pra mim, e não vou desistir dele.

Hoje preciso fazer muita força para me manter focado no trabalho, mas preciso seguir em frente com a vida normal. Mais tarde, vou passar nos perfis dos amigos para dar um oi. Desejo a todos uma ótima semana!

Hoje à tarde, eu tropecei. A tensão dos últimos dias foi muito grande, e o emocional chacoalhou demais. Ao final da tarde de hoje, não aguentei, descobri sites que o bloqueador não pega e tentei por eles falar com uma casa de massagem.

Com as fotos do meio do caminho, acabei por levar a mão ao pênis e iniciar uma masturbação.

Respirei fundo, busquei toda a força mental que eu pude reunir e fechei a página. Fui tomar banho, cuidar da cozinha e consegui dissipar o pico do desejo. Vou precisar repisar meus passos de hoje e atualizar os bloqueadores, que não contemplam o tipo de site que eu busco na internet.

Vendo os diários dos colegas, lamento ter me afastado daqui nos últimos dias. Quando a vontade vier, vou procurar começar a lidar com ela colocando uma entrada no diário. Preciso também iniciar um programa de exercícios, pelo menos uma caminhada diária, para ter aonde colocar a energia que está sobrando.

Mais um dia se passou. Recomeçando minha caminhada, me mantive limpo. Pretendo continuar assim.

Tive um dia cheio de trabalho. Parei agora há pouco. Interrompi essa longa jornada com alguns intervalos para me distrair, com vídeos no Youtube, jogo no computador (o velho Caesar III) e alguns cuidados com a casa.

Hoje foi dia de consulta com a psicóloga. Vamos começar a discutir se eu preciso de remédio nas próximas sessões. O meu apagão de sexta-domingo está me preocupando muito, até mais que o tropeço de ontem.

Vou me preparar para dormir agora. Amanhã acordo bem cedo para ir ao trabalho presencialmente. Preciso estar com a cabeça firme nos meus objetivos amanhã, pois há muitas válvulas de escape negativas à disposição perto do trabalho. Quero voltar limpo para casa.

Não custa dizer mais uma vez, amigo Pangusso, que torço pela sua melhora.

Não seria honesto dizer que desde o dia 30 de junho eu de fato tenha lutado contra a PMO. Depois da minha última postagem, eu falhei em manter real estabilidade e auto-controle, e me afundei no vício por alguns dias.

O abatimento da minha queda me pegou mais do que eu era capaz de admitir. Quinta-feira da semana passada, pra piorar, era o dia de ir ao trabalho, onde eu não tenho bloqueador e onde passei o tempo todo praticamente sozinho. A cabeça estava a mil, com o pensamento em toda a prostituição à minha volta, à distância de uma breve caminhada, um 5 reais de Uber. Não tive M (coisa que no passado teria seguramente acontecido) e não sucumbi ao desejo de ir atrás de prostitutas/massagistas.

Além disso, com a virada do mês precisei discutir com minha esposa sobre dinheiro. Monetariamente, o que eu tinha para discutir era 100% favorável a ela, mas ter que falar nisto fez com que ela ficasse triste. A tristeza dela me faz lembrar da minha culpa, o que me deprime.

Sexta, sábado e segunda agi descontroladamente, com muita PMO. A exceção foi domingo, quando fui visitar meus pais e pude conversar com eles e com o meu avô, que estava lá. Devo dizer que esta visita - com toda a a interação real com outros seres humanos (sigo sozinho em casa) - ajudou a mudar a direção que eu estava tomando. Além disso, pude notar em conversas com a minha esposa que ela estava menos abatida. Acho que isto aliviou o peso do meu coração, e me ajudou a retomar o controle.

Ao final de segunda e na manhã do dia 7, percebi o quanto que eu, na verdade, estava olhando P e multiplicando abas apenas por olhar. Já não havia a urgência da masturbação (no sábado fiquei a ficar com dor no pênis) e nem prazer algum (inclusive genital) no ato de olhar. Estava apenas jogando tempo fora.

No dia 7, reuni minhas forças e parei ao final da manhã. Procurei fazer coisas boas para mim (assisti filmes, comecei um livro, fiz as compras do mês, trabalhei) e consegui me manter longe de P. A cabeça ainda fantasiava, mas não me deixei levar.

Na quarta discuti com a minha psicóloga estas questões todas. Percebo o quanto a culpa que eu sinto é um gatilho para mim. Por muito tempo, meu hábito para desafogar a ansiedade foi justamente P1 e P2, o que por conseguinte alimentava esta mesma ansiedade. Quando minha esposa está mal, eu me sinto tão mal quanto, e isto somado com o isolamento social (pior no meu caso, que não tenho ninguém comigo em casa) me deixa angustiado, frágil para recaídas. Eu não sei o que vai ser do meu relacionamento, mas eu preciso aprender a encará-lo de maneira mais madura. Eu construí meus problemas atuais, mas eu não posso passar o resto da vida me vendo como um monstro.

Zerei o contador, que passa a contar de uma data e hora que são verdadeiras com a minha luta: dia 07 de julho, ao meio-dia.

A luta recomeça, e vou fazer melhor desta vez.

De volta depois de mais alguns dias, sigo longe da PMO. A cabeça não está em paz, absolutamente, e a vontade de chutar o balde segue forte, mas vou fazendo o melhor que consigo. Eu desejo sexo, é o que meus pensamentos me dizem o tempo todo.

Ontem tive a visita da minha esposa. Ficamos juntos por umas horas, conversamos, nos abraçamos, jantamos juntos. Não houve sexo, ou vontade de fazê-lo. Foi bom tê-la por aqui. Discutimos nossas angústias.

Vejo que eu e ela estamos diante do mesmo dilema: talvez, depois de uma longa relação, nosso amor (amor, no sentido daquele amor que alimenta uma vida de casal) tenha esfriado, e não tenhamos notado isto propriamente na hora certa para reverter o processo. Do meu lado, entendo que minha visão estava turvada pelas coisas que eu fazia (afinal, não me faltava sexo, seja solitário, seja pago...), e eu falhei em notar que eu tinha um problema. Com isso, também não notei que nós tínhamos um problema, e na prática não fiz nada com isso. É como diz a música dA Cor do Som, o amor é como a flor, tem que regar todo dia.

Como não tomamos nenhuma atitude quando deveríamos ter tomado, o romance virou outra coisa, que não sustenta uma vida de casal. Temo que já tenhamos perdido o bonde.

No nosso caso, há entre nós desde antes de namorarmos uma amizade muito grande. Sempre tratamos muito bem um ao outro. Tempos atrás, ela me confidenciou que, quando eu lhe falei do vício, a princípio ela teve medo e nojo de mim. Com o tempo, no entanto, ela disse ter percebido que, apesar deste fato, eu era a mesma pessoa de sempre, atenciosa, cuidadosa, carinhosa... e que ela tinha afeto por mim. O contato íntimo foi ficando mais difícil, pois não havia quase nenhuma vontade, mas o carinho mútuo permaneceu. No fim, da mesma forma que eu procurava paixão fora de casa, ela acabou fazendo o mesmo.

Nesse momento, temos muito medo de perdermos até este afeto mútuo. Eu acho que estamos diante da necessidade de seguir adiante com nossas vidas, separados. Sofremos os dois por que não sabemos fazer isso...

Shelby032 escreveu:Bora Stealthy,infelizmente eu tbm recai hj por nao saber colocar um bloqueador decente,um simples gif pormografico me fez recair ao PMO hoje,nao me sinto um lixo,mas estou decepcionado comigo mesmo,vou tomar a liberdade e prometer que durante esses proximos 30 dias evitarei de mexer no Twitter que foi onde eu recai e nem levar o celular ao banheiro,enfim,vou te acompanhar tbm.

Fique com Deus

Shelby032, lamento em saber que você está passando por um momento difícil em sua luta contra a PMO. Entendo perfeitamente o que te aconteceu, e estou numa situação parecida com meus pensamentos. Não deixe de confiar na sua capacidade de superar isto, pois tenho certeza que você tem a força para fazê-lo. Com o tempo, vai amadurecer em você a atitude vitoriosa que vai passar a te guiar pela vida. Fico contente de saber, pelo menos, que você está em paz. Siga em frente!

A PMO foi nossa panaceia por muitos anos, com sua aparência de uma fonte vasta e infinita de prazeres, e nós lutamos justamente contra esta ilusão. Vai chegar o dia em que colocaremos ela em seu devido lugar, o de ilusão, e diante dos nossos olhos haverá o mundo de verdade, com suas alegrias reais. Nesse dia, vamos nos olhar surpresos: como algo tão ridículo pôde parecer tão importante?

Estive fora daqui um tempo, e bastante coisa aconteceu.

Eu estou zerando de novo meu contador, pois estas últimas semanas foram caóticas, e não me atrevo a dizer o quanto a hipotética "segunda tentativa" (e outras hipotéticas "terceira", "quarta", e assim por diante) da minha assinatura abaixo de fato possa ter durado. Mais fácil, pelo lado cronológico, considerar que ela começou hoje.

Este foi um mês de muitas derrotas para a PMO, alternando dias sem com vários com. Pelo menos, posso dizer que explorei a fundo os meus gatilhos: como estou sozinho, os finais de semana (com menos interação com pessoas) são duros de aguentar, também a tristeza vem batendo durante os dias de trabalho, e há dias que é uma batalha sair da cama e encarar o mundo.

Além disso tudo, numa dessas tristes curiosidades da vida, a intranet do meu trabalho parou de funcionar no Chrome, e eu precisei, para continuar trabalhando, recorrer ao Edge (o novo Internet Explorer). Alerta a todos: o bloqueador Kurupira não enxerga o Edge e não bloqueia nada nesse browser. Precisei correr atrás de soluções alternativas para bloquear primeiro a P1 e depois a P2, e ainda não consegui chegar a uma solução que realmente funcione 100%. Acho que depois vou relatar minhas experiências na sessão técnica do fórum...

Decidi mudar minha atitude a partir de hoje. Vou tentar enxergar o afastamento da PMO como um plano de metas (7 dias, 15 dias, etc) a atingir, e não como uma observação do tempo que já passou. Agi deste modo por desconfiança, pois tinha medo de "relaxar", ou "me dar uma recompensa" (com PMO, obviamente), perante cada vitória. Reconheço que apenas deixar os dias passar não funciona para mim, pois o tempo que eu tenho passado tem sido bem dolorido.

Por fim, para não dizer que não há nada de bom para relatar, gostaria de dividir com vocês o seguinte: ontem comemorei 1 ANO SEM PROSTITUIÇÃO!!! Não faço ideia de como cheguei até aqui, pois o desejo de chutar o balde me acompanha diariamente, mas o fato é que eu cheguei. Temo que apenas isto não vá trazer minha vida conjugal de volta (aliás, acho cada vez mais que ela não volta mesmo), mas pelo menos ela pode me levar a uma outra relação com a vida, na qual quem sabe eu possa ser feliz de novo.

Depois de cinco dias e meio (rumo aos 7 dias!), retorno para um relato.

Tenho me sentido muito apático. Nestes últimos dias, a vontade de não fazer nada é enorme. Preciso lutar muito para ter a coragem de começar o dia, levantar da cama, tomar café e trabalhar. Queria dormir e não acordar mais.

Com o passar do dia, as coisas melhoram. Vejo no Youtube ou na TV coisas que me agradam, leio, cuido da casa... aí ao fim do dia vou deitar mais ou menos reconfortado. O dia seguinte parece um reset do dia anterior.

O auto-julgamento segue forte: fico pensando se algum dia eu vou ter de novo uma relação com alguém, uma paixão, sabe? Será que algum dia eu vou fazer sexo mutuamente consentido (sem pagar por ele) de novo? Alguma mulher em sã consciência gostaria de estar comigo, confiaria em mim? É como se a partir de agora eu carregasse uma enorme bola de ferro presa ao calcanhar, ou como se estivesse escrito PUNHETEIRO na minha testa, em tinta que brilha no escuro. Está aí, explícito, pra todo mundo ver. Como explicá-la? Quem vai querer estar ao meu lado?

Semana passada, algo triste aconteceu. Tem um grupo de Whatsapp na família da minha esposa, e eu fui banido dele, sem prévio aviso. Talvez por culpa do vício em PMO, talvez não, eu não sei me comportar nestes grupos, interagir com as pessoas, nem nunca soube. Por isso, muito raramente eu digo algo neles, e nesse em específico eu pouco participava. Ainda assim, me senti muito triste por ter sido banido. Eu conversei sobre isto com a minha esposa, e ela ficou muito triste também, por achar que a "notícia" da nossa separação e dos seus motivos esteja se espalhando. Quem me baniu é uma pessoa que basicamente eu via uma vez a cada quatro, seis meses, se tanto...

Sinto-me grato de, para minha surpresa, eu ter sido consolado pelos meus sogros. Meu sogro veio aqui em casa conversar sobre isto, e como ele é separado da minha sogra, dividir sobre como foi pra ele estar em um lugar parecido. Minha sogra telefonou pra mim pra me confortar. Eu não fui julgado em momento nenhum por eles. Acho que é algo a se comemorar.

Em retribuição, como eu gosto de cozinhar, fiz um pão e fui visitar minha sogra e minha esposa. Conversamos um pouquinho, comemos, ajudei elas com uma tarefa e depois vim pra casa. A casa da minha sogra é muito ruim, está muito mal cuidada. Ver minha esposa vivendo lá, de maneira um tanto precária, me dói muito.

Dentre a última frase e esta, se passou uma hora. É até gozado ler o que escrevi acima, ver como minha vida parece um campo de batalha, entre a VERGONHA e a COMPAIXÃO. Tenho sofrido muito, me julgado (condenado) muito, mas pessoas que eu não esperava, mesmo no meu convívio mais pessoal, têm me estendido a mão, e isto me dá esperança no futuro.

Penso que o futuro é desconhecido. Traçado ou não, ele não é claro aos nossos olhos. Não vejo como poderia prevê-lo, mas tenho feito tudo o que está a meu alcance para me preparar para ele. Quero chegar lá na frente uma pessoa melhor, mais capaz de viver a vida plenamente. Espero ter sucesso.

Mais um dia começa, me sinto confuso, desmotivado para trabalhar, ou mesmo para escrever.

Vou cuidando da casa enquanto isso, deixando as coisas em ordem. Tenho alguns compromissos para cumprir hoje, além da terapia, daqui a algumas horas.

Hoje pelo visto será um dia lento.

Sete dias já foram vencidos! Primeira meta batida!

Depois de tantos dias de confusão em julho, consegui chegar a esta marca, que eu de certa forma considero maior que a anterior, de 14 dias, pois agora estou sentindo que uma chavinha virou dentro de mim.

Da primeira vez, não é que me tenha faltado convicção, mas com o passar dos dias a abstinência foi batendo cada vez mais forte, e os estímulos externos, mesmo fora de sites pornográficos, acabaram por ter muita força sobre mim, e isto me prejudicou enormemente. No 14º dia, mandei os bloqueadores às favas e voltei ao meu comportamento de antes. Daí alternei entre dias de convicção mais forte contra a PMO e dias de absoluto entreguismo.

Ainda estou ecoando a reflexão que o Red Angus suscitou no diário dele, e acho que, na minha experiência, existe uma questão de que entender é diferente de sentir: eu posso entender um conceito como válido, dotado de sentido, mas não senti-lo como tal, como válido e dotado de sentido para a minha experiência pessoal, e dar este salto me parece vital para remover a pornografia da minha vida.

Eu comecei a fazer minha atual terapia em janeiro do ano passado, e passado nem um mês, minha terapeuta me disse que concordava com a impressão de que aquilo que eu tinha com P1 e P2 eram um comportamento vicioso e que eu deveria fazer um detox de pornografia. Não é que eu não tenha, diante disto, tentado, por que eu concordava com a opinião e também com a ideia do detox, mas o fato é que aquilo era uma verdade em si, não a minha verdade. Tanto que nem 10 dias depois daquela sessão eu já estava consultado sites de acompanhantes o dia inteiro e já estava saindo com elas de novo, e daí para a P1 voltar foi um instante.

Fiquei meses nisto, e somente em agosto é que eu acho que eu de fato comecei a passar do entender para o sentir: o fato de a minha vida conjugal estar uma merda (somada a uma experiência muito ruim com uma garota de programa acontecida naqueles dias) foi bater apenas naquele momento, e na impressão de que algo vital já havia se perdido na nossa relação. Aí eu entrei numa crise renovadora real, que me fez avançar. Eu não teria conseguido o marco de um ano sem sair com prostitutas sem isso.

Tenho ativamente lutado com ações para cristalizar neste momento o entendimento de que a P1 me faz mal numa sentimento, numa verdade interna, que me permita dissociar o meu prazer da pornografia, da exploração sexual de mulheres ao vivo ou por mídia.

Espero que todos aqui, que compartilham esta caminhada comigo, possam ver em suas vidas este salto, e possam libertar suas existências da pornografia.

Venho aqui nesta manhã registrar o começo do meu dia. Pretendo por coisas do trabalho em dia, testar uma receita de massa de pizza mais tarde e cuidar da casa.

O fim de semana se aproxima, e este é o meu maior desafio nos últimos tempos. Mas não chego a ele com medo: vou enfrentá-lo e chegar limpo à segunda-feira.

Rottweiler escreveu:Stealthyman, já já vc chega nos 14 e ultrapassa.
Vai crescer pessoalmente e conseguir uma companheira nova (ou retornar para sua ex.)!
Cure suas feridas que depois vc ira vencer.

Abraço,
vlw.

Obrigado pela mensagem Rottweiler! Juntos a gente chega lá!

Mais uma semana se inicia. Passei pelo fim de semana sem grandes problemas.

Ontem fui ver meu pai e passar umas horas com a minha família, e isso foi bom. Depois de um sábado sozinho, cuidando de pequenos projetos pessoais (cozinhar, terminar um livro, desenhar, ouvir música), o domingo com pessoas foi muito bom para a minha cabeça.

Por ter feito muitas coisas ontem, tive dificuldades para dormir. Já era madrugada alta quando realmente adormeci. Acordei mais tarde que o normal por causa disso também. Hoje estou um pouco lento, mas vou tentar levar as obrigações do dia com o máximo de tranquilidade.

Espero que todos tenham tido um bom dia dos pais, com os seus se possível e com os seus filhos!

Uma das coisas que mais lamento sobre minha condição e sobre as escolhas que eu fiz é a de não ter sido pai. Era um sonho acalentado. Acho que este sonho não tem perspectivas de se realizar na minha vida, mas eu tenho ainda assim uma família, na qual espero poder mais e mais estar presente e fazer parte.

Ao amigo Mr. Wayne, obrigado pela mensagem! O processo de ir virando a cabeça do passado para o presente, e daí olhar para o futuro e construí-lo, é algo que tenho perseguido. Os arrependimentos são difíceis de superar, mas cada dia é um novo dia, e apesar de infeliz me sinto mais preparado para ir longe.

A semana, pelo visto, será árdua.

A PMO está sob controle, mas meu humor está baixo. Ontem não consegui trabalhar, e hoje o dia está começando da mesma maneira. Dormi mal de domingo para segunda, e acho que isto também me deixou mais cansado. Tenho um monte de coisas para fazer hoje, então preciso respirar fundo e reunir minha coragem!

Mais tarde, talvez passe por aqui para atualizar o andamento do dia. Anima o meu coração a proximidade dos 14 dias, com a expectativa de superar este marco com muitos dias mais.

ATUALIZAÇÃO 22h: O dia foi muito difícil de levar. O trabalho empacou e eu não consegui resolver nada. Fugi dele pelo segundo dia seguido.

Mais tarde, minha esposa ligou, dizendo que precisava vir aqui buscar umas coisas. A gente conversou, e foi legal vê-la. Enquanto a gente se falava, falei em voz alta que eu não vinha reparando: domingo, no Dia dos Pais, estive com meu pai, meu avô e meu irmão caçula, que vai ser pai em mais alguns dias. Minha irmã, com o marido e a minha sobrinha não vieram. Na minha família, eu sou o único que não é (e nem tem perspectiva) de ser pai. Comentei isso com a minha esposa: sinto que "falhei" nisto, algo que eu julgo importante, um desejo que não se realizou.

Talvez isto explique meu abatimento destes dias...

Ela retrucou dizendo que talvez não fosse pra ser mesmo, por que mesmo aos tropeções a gente tentou. Vai saber, não é mesmo? O fato para mim é que eu queria esta realização com ela. Essa confusão toda em que eu me meti me impediram de completar meu casamento com ela, e isso me entristece.

Ela acha que eu ainda posso vir a realizar esse sonho, pois sou jovem, mas pelo visto não será com ela.

Outra coisa que discutimos: não lembro se comentei especificamente sobre isto, mas em julho houve um dia em que eu simplesmente desabei. Já estava há uns dias sem nenhum controle no reboot, e entrei no site de uma casa de massagens, peguei o Whatsapp do local, pedi mais fotos e decidi ir lá. Já estava há uma hora me masturbando com P1 e P2. Eu corri pro banheiro pra tomar banho e depilar o saco, pensando em quem sabe ganhar um oral. Enquanto eu me raspava, travei uma batalha de consciência muito forte. Terminei a M para "esfriar" o meu desejo e me impedir de ir lá. No desespero de me depilar, me cortei na virilha. Já gozado, pude aí me controlar. Passei as próximas 12 horas em pânico.

Minha esposa me ligou por acaso no meio do meu desespero, eu chorei muito, e disse que queria morrer.

Hoje, foi ela quem chorou, dizendo que estava com medo de eu levar essa vontade adiante. Eu disse pra ela, e digo a vocês também: eu quero viver! Aquilo foi o coroamento de um momento de fraqueza, mas lamentei muito para ela que naquele dia e dali em diante eu a tenha deixado assustada.

De lá pra cá, acho que uma coisa ficou mais clara para mim: eu não sei e nem tenho meios de saber como será o futuro. Por isso, ele ainda tem chances de ser maravilhoso. Nesse fio de esperança eu me agarro, e procuro deixar minha cabeça mais fria, tentando focar em me cuidar, me gostar... quando o futuro, qualquer que seja ele, chegar, quero estar alerta e pronto para abraçá-lo ou enfrentá-lo. Eu amo a vida, e quero me amar!

E começa o décimo-quarto dia... com insônia. Muito lega!

Desde as 4 da manhã acordado. Desisti de tentar ficar na cama. Estou aqui no fórum e na internet, tentando me divertir. Daqui a algumas horas vou tentar começar a trabalhar. Espero que este dia possa ser mais produtivo que os dois últimos, que foram horríveis.

Sinto que tenho que me manter vigilante, por que a P quer se esgueirar pra dentro da minha vida de novo.

Como hoje igualo meu recorde anterior, não estou à fim de brincar. Vou bater o meu próprio recorde!