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Impulsos e pensamentos sobre traição  - Página 2 Empty Re: Impulsos e pensamentos sobre traição

22/7/2020, 19:41
Oi, Ana! É complicado demais, também é tudo novo na minha cabeça. Namorei por 5 anos e estávamos casados há 2 anos. Ele sempre apresentou os sintomas de um viciado em M, mas eu, por desconhecimento, nunca relacionei a isso. Cheguei a pesquisar no Google, mas creio que a forma que pesquisei foi errada, pois nunca indicou que o problema seria esse. Aí fui aceitando e pensando que seria pelo fato de ele ser obeso e mais velho que eu.

Descobri tem 6 meses, a princípio pensei em separar mas depois pensei melhor e decidi ajudá-lo, encontrei o programa revert, pedi que ele assistisse os vídeos e fizesse o processo, ele começou a ir para uma psicóloga... Mas, com a pandemia ele parou de ir a psicóloga, e os vídeos ele abandonou também. Eu sempre alertava, perguntava como ele estava, se não seria apropriado procurar uma consulta online, e ele sempre dizendo que não, que estava bem, me dizia até a quantidade de dias que ele estava nessa luta. Eu estava com ele o tempo inteiro em casa, pois estávamos trabalhando home office, aí acreditei. Bem, tem uns 10 dias que acabei pegando coisas piores que as que peguei da primeira vez e decidi me separar dele, ele imediatamente procurou um psiquiatra e inclusive foi receitado medicamento para ele. Hoje em dia conversamos por whatsapp e eu tento apoiar de alguma forma, sinto que vou acabar voltando e tentar enfrentar novamente isso, pq me sinto até egoísta em abandonar ele nesse momenro, mas ao mesmo tempo é tão doloroso pra gente, tem dez dias que eu praticamente não como, que só tenho forças pra trabalhar mesmo. Nessas horas eu penso: será que vou ter forças para aceitar as recaídas? (Pois eu sei que acontecerão). Sinceramente não sei.

Sobre a sua necessidade de atenção, de conversar com pessoas, não se culpe. Isso é uma fase e eu também passei por isso. Eu sempre fui aquela pessoa que não dava brecha pra nenhum homem, sabe? Bem seca, sempre respeitei meu marido demais, mesmo ele não demonstrando desejo por mim e me procurando uma vez no mês, sempre entendi ele e jamais dei liberdade a ninguém. Mas no momento em que descobri que ele não me desejava e não me procurava pq ele preferia se satisfazer sozinho, aí eu fiquei com muita raiva e quis descontar tbm, quis mostrar o meu valor pra mim mesmo. Comecei a retribuir os boa noites que os homens davam, postava uma foto bonita e retribuía os comentários ( ao invés de ignorar, como sempre fiz), mas lá no nosso íntimo nós sabemos que isso não vai dar em nada, que não temos coragem de fazer nada, é apenas uma forma de se auto valorizar, já que ele não fez isso. Mas depois vc vai ver que nem precisa disso, que você sabe do seu valor, assim como ele tbm sabe, mas devido ao problema ele não consegue retribuir da forma correta Sad.

Eu vou começar, na verdade recomeçar, um tratamento psicológico e aconselho que você faça o mesmo, se puder e claro, pq essa luta é muito forte pra gente. Eu sei que para os homens que passam por isso é perturbador, por não conseguir controlar, mas pra nós mulheres que os amam de verdade, também é uma luta muito grande. Isso traz tanto sofrimento, uma sensação de incapacidade, uma confusão na cabeça de como podemos resolver (sendo que não podemos, só depende deles), uma sensação de não querer desistir pq sabe que é uma doença, mas ao mesmo tempo um medo tão grande de não suportar. Isso tudo é desolador, e só nós que estamos desse lado entendemos.

Eu espero muito que a gente consiga ter a força e sabedoria que precisamos pra enfrentar esse problema, e que nossos maridos/namorados reconheçam tudo isso e que tenham mais ânimo pra lutar contra essa desgraça.
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22/7/2020, 21:18
Vamos sempre conversar por aqui e nos apoiar, talvez isso seja uma força pra nós duas. Ninguém que eu conheço está passando ou passou por essa situação, por isso é complicado ouvir os conselhos ou até mesmo contar dos nossos sentimentos pra pessoas que nem tem noção de quais são.
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23/7/2020, 10:05
Eustaquio
Muito obrigada. No momento está meio difícil por motivos financeiros, pago todas as contas da minha cada sozinha e fica um pouco pesado. Mas quando eu tiver uma folguinha, sem dúvidas, é a primeira coisa q vou fazer! Sobre o reboot dele, bom, eu vi que ele andou acessando sites de “fofocas” de famosos, não apareceu o que ele viu, o app só mostrou qual era o site e quanto tempo ficou (2 min, 2 páginas abertas) mas entrei no site e vi que tinham muitos “gatilhos”, galerias de fotos, etc. eu não vou nem comentar nada, ele é que tem que saber o que evitar. Além do mais, ontem fizemos sexo e ele sabe que está sujeito ao efeito caçador. Hoje vai passar o dia na rua, não quero ficar imaginando mas sei que é possível uma recaída pelo tanto que ele objetifica. Preciso tirar isso de foco pq fico muito ansiosa.




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23/7/2020, 10:22
Esposa
Nossa, muito obrigada pela mensagem. É muito bom poder falar sobre isso, né? Eu pelo menos não tenho ninguém pra conversar e vou levando tudo sozinha na maior paranóia. Quando eu descobri também fiquei sem chão, até pq ele acessava coisas bem pesadas, diferentes da orientação sexual dele. Cheguei a pensar que era gay. Muitas coisas com transexuais, etc. me senti um lixo. Eu compartilho do mesmo sentimento que vc, não quero desistir pq o amo e me sentiria horrível por “abandona-lo” com um problema, por outro lado: será que eu vou conseguir lidar com o problema dele? Nós mulheres sempre nos sacrificamos nas relações pra elas se manterem, mas será que isso é certo, também? E nós? Eles podem resolver sozinhos se quiserem, o problema é que as vezes não querem e vamos abrindo mão da nossa vida em nome de alguém que talvez não queira (la no fundo) ser ajudado. Penso muitas vezes em terminar por não saber se consigo lidar com essa situação. É o que vc disse: será que tou preparada pra mais recaídas? Pra me sentir mais vezes como me sentia? Não sei...

Eu venho trabalhando uma coisa na minha cabeça que só funciona quando tou mais estabilizada: isso é um problema que ELE tem que querer resolver e correr atrás. O esforço não tem como ser nosso, é só dele. Afinal, qual é a nossa culpa? Pq carregar nas costas um compromisso que não nos diz respeito? Tento não sofrer com o processo pq na verdade não posso fazer muita coisa. Depende dele. A questão é analisarmos se realmente há um esforço e dedicação para mudar. E sem nos enganarmos por pequenos gestos que depois caem por terra. Sem ilusões e sem mentirmos para nós mesmas que vale a pena quando sentimos que não. É isso que tento avaliar. Pq durante o meu dia muitas vezes me pego conspirando coisas, imaginando as piores possíveis. Como eu disse, não consigo nem sair com ele na rua! Será que isso acaba em algum momento, será que passa? Pq não é assim que eu quero viver e não desejo isso pra ninguém.

Eu costumo ser mais “fria” quando observo as situações e tenho uma coisa que é muito clara: não existe cura que venha do outro. É uma construção pessoal, mulheres não são hospitais e nem centros psiquiátricos para curar ninguém. Dependendo da situação, é preciso ser o que chamam de “egoista”, pq isso também ajuda a cultivar o amor-próprio. É escolher primeiro a si, depois o outro. É colocar na balança o que compensa mais pensando em você. Há dias melhores e outros que só sobrevivo e as horas não passam, pq há amor e há vontade que dê certo. Mas será que é tudo? Não sei, Esposa, sei que tenho pensado muito e tou tentando organizar as ideias para ficar em paz. É isso que desejo pra nós: a paz que nos foi tirada...

Vamos mantendo o contato, só nós sabemos o quanto dói e como é difícil e confuso. Um abraço pra ti 😘
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23/7/2020, 22:27
Pois é, Ana! São tantas questões que ficam martelando na nossa mente, neh? Realmente penso muito sobre isso de valer a pena, sabe? Pq o mundo é cheio de possibilidades. Ele tem noção desse problema há tanto tempo e nunca quis enfrentar, só enfrenta quando digo que vou embora (ou quando fui de verdade), aí penso: se eu voltar vou tirar novamente essa vontade dele e mais uma vez ele vai se acomodar? É muito complicado... Aí penso na pessoa maravilhosa que ele é, pq ele é, nós somos companheiros em tudo, temos os gostos muito parecidos, nós nos entendemos tão bem. Arrfff, só respirando fundo pra pessoa saber o que será melhor.

Tem horas que me sinto forte e penso em enfrentar qualquer coisa, pois acho que vale sim mais a pena, que é só uma luta contra um vício e que isso vai passar. Mas tem horas que bate a deprê e eu penso: blz, vc está forte, mas e ele? Esse vício é dele, só quem pode sair é ele, e se ele não quiser você vai sofrer demais. Aí toda a força vai pelo ralo.

Mas vamos seguindo na luta, neh? Assim como eles contam os dias, nós também contamos e esperamos ansiosas por essa recuperação.

Beijos e até mais! Me mantenha sempre informada, viu? Pode contar comigo.


Última edição por Esposa em 24/7/2020, 19:17, editado 2 vez(es)
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23/7/2020, 22:31
E sobre a ajuda psicológica, eu não sei como funciona aí onde vc mora, mas aqui onde moro tem algumas univerdades que prestam esse tipo de serviço gratuito. Veja se você encontra, realmente é uma injeção de ânimo quando a gente está sendo acompanhada por um(a) profissional.
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24/7/2020, 01:12
Ana de Amsterdam escreveu:Bom, gostei da tua resposta. Sobre as conversas, como eu disse elas não têm nenhum tipo de conotação, apenas interesse em ouvir e falar com a pessoa. É a isso que me refiro, ao interesse em manter uma conversa e me sentir animada e envolvida como não tem sido com meu namorado. Isso é o que me gera frustração, pq eu vejo que recorro a isso quando estou com mais dúvidas sobre o namoro. São conversas banais, não há nenhum tipo de insinuação, mas sabe quando flui e há reciprocidade de interesse nos temas? É mais carência de retorno, de ser ouvida, de me sentir contemplada e de certa forma sim, desejada. Eu entendo esse exemplo porém acho inadequado, afinal eu não tenho mesmo a coragem de trai-lo pq o amo de verdade. Sobre “fazer merda” e me arrepender depois me refiro a terminar o relacionamento. E quando eu termino sinto um arrependimento pq provoco sofrimento e sofro por não conseguir voltar atrás nesse tipo de decisão. Um bocado determinista, mas eu sou assim.

Sobre o amor encosto mais ao Bukowski:

“ O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.”

É mais assim que vejo. E é por isso que insisto, sou incapaz de ver o amor de uma forma mecânica. Também há momentos em que eu olho para ele com tanto afeto que eu sinto como se tivesse tirado na loteria. Tem sido pesado, mas vc mesma me disse: reduzir uma pessoa ao vício é cruel. E eu refleti sobre isso honestamente. Sobre o amor materno, estou falando sobre as convenções sociais, sobre os papéis que atribuem às pessoas afetivamente. Dar e não receber nada em troca parece profundo, mas é extremamente perigoso para uma relação amorosa. É uma visão de que o amor tem que doer, e eu não concordo com isso.

Me sinto menos mulher no sentido de saber que nunca serei o suficiente. De me sentir insuficiente, veja bem, eu tenho mania de pensar sobre as coisas que eu sei que não são racionais. Quando eu falo sobre os meus impulsos, eu sei que não são corretos e racionalizo sobre eles, mas se fossem controláveis não existiriam.
Também há um escritor que aprecio muito e que diz: “Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor.“

Eu já entendi que parte da tua visão vem de filosofias cristãs. Muito do que vc diz sobre entrega tem raízes em doutrinas religiosas. Eu pratico a espiritualidade de outra forma, não me inclino às religiões. Tenho uma fé muito própria e sigo as filosofias existencialistaA. Sofro mais, sem dúvidas. Mas vou me sentindo um bocado menos escrava das coisas...Eu tenho pavor de tudo que aprisiona. Por isso luto tanto contra o meu ego e o considero tão potencialmente perigoso pra minha sanidade.

Eu entendo as suas críticas e sou grata, sim, sem fingimentos. Eu não te conheço, pq precisaria simular um sentimento que não existe? Eu sei que minhas atitudes são contraditórias, eu sei que as minhas formas de lidar não estão sendo efetivas de todo, o problema é exatamente esse. Entre saber e conseguir mudar há um abismo. Eu também não preciso que alguém seja “legal”, eu estou aqui justamente para ver outros ângulos e perspectivas. Como eu disse desde o começo do meu desabafo, eu não tenho a pretensão de vir aqui com meias palavras e chorinho de vitimizacao, pq esse papel é muito comodo, não é como eu realmente lido com as coisas. Sou meio passional, sim, levo tudo aos extremos as vezes e  tenho reações bárbaras e sentimentos maus de vingança e ódio. Sou falha como qualquer um. Mas ainda não perdi a capacidade de pensar e isso é melhor do que muita coisa.  Obrigada pela resposta,  estou sim grata pq falar sobre isso me tira um peso que carrego sozinha. Nem que seja para discordar, que aliás é algo que aprecio muito em uma conversa. O contraditório. Fique com Deus, bj.

Desculpe a demora para responder, semana difícil. Espero que esteja bem!

" Bom, gostei da tua resposta. Sobre as conversas, como eu disse elas não têm nenhum tipo de conotação, apenas interesse em ouvir e falar com a pessoa. É a isso que me refiro, ao interesse em manter uma conversa e me sentir animada e envolvida como não tem sido com meu namorado. Isso é o que me gera frustração, pq eu vejo que recorro a isso quando estou com mais dúvidas sobre o namoro. São conversas banais, não há nenhum tipo de insinuação, mas sabe quando flui e há reciprocidade de interesse nos temas? É mais carência de retorno, de ser ouvida, de me sentir contemplada e de certa forma sim, desejada. Eu entendo esse exemplo porém acho inadequado, afinal eu não tenho mesmo a coragem de trai-lo pq o amo de verdade. Sobre “fazer merda” e me arrepender depois me refiro a terminar o relacionamento. E quando eu termino sinto um arrependimento pq provoco sofrimento e sofro por não conseguir voltar atrás nesse tipo de decisão. Um bocado determinista, mas eu sou assim. "

Se fosse seu namorado tendo essas conversas com outras pessoas (mesmo que sem conotação) você se sentiria como? Okay, mas você tenta conversar com seu namorado sobre outros temas além do vício dele? Porque a iniciativa tem que partir dele sempre? Sei do que você está falando, mas você fazer isso não te fazer se sentir melhor(esse joguinho de vingança), vai criar uma dependência, onde você vai precisar constantemente ser aprovada por outras pessoas. Acho o exemplo bem similar. Terminar um relacionamento que você não se sente capaz de levar é um ato de coragem, mesmo a dor sendo inevitável para os dois lados. Não sem ser a morte, há várias coisas que conseguimos voltar atrás, inclusive um relacionamento.

“ O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.”

Para mim essa frase parece elevar as pessoas a categoria de objeto, não diferindo da pornografia. "Há sempre outro que pode substituir." Quando sabemos que não é verdade, cada ser humano tem algo profundo em si, que é insubstituível .

"Sobre o amor materno, estou falando sobre as convenções sociais, sobre os papéis que atribuem às pessoas afetivamente. Dar e não receber nada em troca parece profundo, mas é extremamente perigoso para uma relação amorosa. É uma visão de que o amor tem que doer, e eu não concordo com isso."

As ditas convenções sociais,são um delírio de uma mente louca. É perigoso, porque somos uma geração de papel, a dor se tornou algo horrendo, quando ela é inevitável. A diferença é que você pode escolher o porque de senti-la. Esse "Porque" dá mais sentido a vida. O Amor não doí, mas escolher amar pode doer para um egoísta e todos nós somos um pouco egoístas, né?

"Quando eu falo sobre os meus impulsos, eu sei que não são corretos e racionalizo sobre eles, mas se fossem controláveis não existiriam. "
Então é um vício? Olha, mesmo para um viciado há escolhas, elas serão mais difíceis de serem tomadas, mas não são impossíveis. Tem algo que notei: Você parece olhar para seus impulsos e olhar para seu namorado e pensar:" Porra se eu não consigo me controlar, ele também não conseguirá.Isso é uma causa perdida." Mas isso é errado, porque você está olhando para seu namorado a partir das suas limitações. O ser humano tem a capacidade de progredir.

"Eu já entendi que parte da tua visão vem de filosofias cristãs. Muito do que vc diz sobre entrega tem raízes em doutrinas religiosas. Eu pratico a espiritualidade de outra forma, não me inclino às religiões. Tenho uma fé muito própria e sigo as filosofias existencialistaA. Sofro mais, sem dúvidas. Mas vou me sentindo um bocado menos escrava das coisas...Eu tenho pavor de tudo que aprisiona. Por isso luto tanto contra o meu ego e o considero tão potencialmente perigoso pra minha sanidade. "

Muito se fala sobre religião como algo ruim, mas poucos hoje em dia sabem o que ela é. É um termo que foi alterado e banalizado. Só vou deixar claro que religião é basicamente um conjunto de práticas que tem por objetivo religar o homem a Deus. Estabelecer um relacionamento. Bem são suas escolhas, né? Embora eu ache que misteriosamente os valores cristão enriquecem a todos, independente de das crenças.

"Eu entendo as suas críticas e sou grata, sim, sem fingimentos. Eu não te conheço, pq precisaria simular um sentimento que não existe?"
Para ter a aprovação das pessoas. Que bom que ajudei de alguma forma, essa é sempre a intenção. Que Deus te dê força e sabedoria para lidar com esta situação! Fique com Deus e até!
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30/7/2020, 14:21
Passei uns dias sem internet pq estava evitando pensar, escrever, enfim, falar sobre esse assunto. Estava me consumindo demais, então tirei alguns dias para mim. A gente nunca sabe o real progresso do outro, né? Sinto que devo “lavar as mãos”, fiz tudo que estava ao meu alcance em termos de informá-lo, apoia-lo, ouvi-lo. Finalmente consegui me estabelecer na posição de quem observa, não mais na posição de quem sofre junto. Eu odiava estar num papel de vítima coitadinha, deixei claro que não vou mais voltar a isso. Sei que as quedas podem acontecer (se é que já não acontecem) só que de um dia pro outro eu meio que acordei e olhei o quadro todo de outra forma. Eu andava louca, vocês não têm noção do quanto isso ocupou a minha cabeça. Agora só penso que se ele quiser mudar, estou aqui. Se não quiser e não se esforçar, sinto mesmo muito, mas não é o futuro que imagino para nós. Estamos bem agora, as relações sexuais tem sido frequentes e infinitamente superiores ao que eram antes. As vezes sinto que não está coooompletamente ereto, depois muda. Mas não é só isso, sinto que estamos mais ligados afetivamente. Nesse tempo juntei os cacos e me recompus, minha auto estima melhorou 90%, já não fico me inferiorizando, pelo contrário acho até que estou me achando demais 😂 enfim...quando a gente enxerga as coisas como elas são, sem filtros e coitadismos, a tendência é que tudo ao nosso redor sinta esse posicionamento. Ele percebeu que estou mais confiante, alegre, sem pesos, sem dramas. E notei que ele fica mais “apaixonado” cada dia que passa, mais admirado, mais atraído. Vou dar o máximo para manter esse pensamento que tem me feito tão bem 🥰


Última edição por Ana de Amsterdam em 30/7/2020, 18:30, editado 1 vez(es)
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30/7/2020, 14:27
Esposa

Você tem razão, é preciso força. Mas aquele sentimento de impotência eu me livrei dele, sabe? Eu sou eu, tenho as minhas preocupações e responsabilidades na vida, tenho a minha própria vida! Ele divide a caminhada comigo, mas esse é um problema cuja resolução só depende dele. Vou estar aqui, mas não dá forma que eu estava antes com tanto peso e sofrimento. Mantive a relação pq eu acredito que ele possa mudar e eu amo estar com ele e amo os nossos momentos. Por isso para mim vale a pena. Mas não vou me cancelar e anular por ninguém. Se voltar a fase inicial e se o comprometimento for mínimo e a seriedade também, infelizmente nessa altura vai ser melhor cada um seguir para um lado. No entanto aqui estamos ainda e a espera dos dias melhores Smile um abraço 🤗
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30/7/2020, 14:43
Lupus

Temos visões muito distintas sobre o amor e a vida, de fato. Algumas coisas são subjetivas e acredito que sentimentos ainda mais. E que bom que as pessoas são “livres” para seguir o que acreditam, pelo menos a certo nível. E não, diferente do que possa aparentar eu não ando na procura incessante por “aprovação”, mas durante o período crítico dele com o consumo de pmo fiquei sim carente de atenção e de me sentir desejada. Para mim, são coisas diferentes. Tive sim pensamentos de vingança e sentimentos horríveis, porque não sou perfeita e nem exemplar e falho como qualquer outro. E também estou aprendendo a lidar com uma situação que jamais imaginei. No fundo eu sempre disse que sabia o que “valia”, não trato aqui somente aparência, mas um conjunto de coisas que eu tenho orgulho em fazer e ser. A questão é que eu permiti com que o problema dele se instalasse e me despersonalizasse e fiquei muito insegura e paranóica com tudo. São sentimentos que eu fui ajustando e agora sinto que estou num lugar seguro pra lidar com isso.

Eu espero que esteja tudo bem contigo, li o teu diário e como já dizia Caetano e Gilberto,: é preciso “estar atento e forte” 😉


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30/7/2020, 20:05
Ana de Amsterdam escreveu:Lupus

Temos visões muito distintas sobre o amor e a vida, de fato. Algumas coisas são subjetivas e acredito que sentimentos ainda mais. E que bom que as pessoas são “livres” para seguir o que acreditam, pelo menos a certo nível. E não, diferente do que possa aparentar eu não ando na procura incessante por “aprovação”, mas durante o período crítico dele com o consumo de pmo fiquei sim carente de atenção e de me sentir desejada. Para mim, são coisas diferentes. Tive sim pensamentos de vingança e sentimentos horríveis, porque não sou perfeita e nem exemplar e falho como qualquer outro. E também estou aprendendo a lidar com uma situação que jamais imaginei. No fundo eu sempre disse que sabia o que “valia”, não trato aqui somente aparência, mas um conjunto de coisas que eu tenho orgulho em fazer e ser. A questão é que eu permiti com que o problema dele se instalasse e me despersonalizasse e fiquei muito insegura e paranóica com tudo. São sentimentos que eu fui ajustando e agora sinto que estou num lugar seguro pra lidar com isso.

Eu espero que esteja tudo bem contigo, li o teu diário e como já dizia Caetano e Gilberto,: é preciso “estar atento e forte” 😉



Oi Ana! Sim, sim! Conversar com você sobre essas questões foi muito enriquecedor para mim! Diante dessa situação(que é mais comum que se imagina) é normal se sentir desestabilizada, o problema é permanecer assim. Que bom que agora conta esse novo episódio da sua vida com uma nova perspectiva( pelo que eu posso observar de força e coragem.). Acredito e torço para que seu relacionamento fique cada vez mais frutífero e que seu namorado conseguirá vencer essa doença. Graças a Deus estou bem kkkkkk e fico feliz em ver que aparentemente você também está! Só tenho uma coisa a dizer: Esse cara tá certo. kkkkk  Força! Fique com Deus e até!
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31/7/2020, 11:42
É um alívio tão mas tão grande, Lupus. Eu acredito que as coisas fluem conforme a nossa maneira de encará-las, com consciência, realidade. Sem ilusões, dramas, sem punições internas e mecanismos que não facilitam nada. Falar é fácil, né? Mas é um exercício diário, é difícil, mas vai ficando mais fácil a medida que vamos fazendo. Mas temos que fazer todos os dias. O caminho se faz caminhando, algo assim. Eu nunca tinha lido os diários, confesso que pensei que fossem me fazer mal. Mas foi bem o contrário, eu humanizei a questão. Vi o sofrimento e a entrega e vi também que não era como eu pensava. Que a vontade às vezes não é tudo, é preciso se conhecer e saber identificar tantas coisas...Tem a ver com tantas construções pessoais, hábitos enraizados, fugas, contextos que só a pessoa conhece...lutas que só a pessoa pode travar...

Mas pronto, te desejo força e que vc consiga superar as tuas batalhas. Um beijo.
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31/7/2020, 14:47
Ana de Amsterdam escreveu:É um alívio tão mas tão grande, Lupus. Eu acredito que  as coisas fluem conforme a nossa maneira de encará-las, com consciência, realidade. Sem ilusões, dramas, sem punições internas e mecanismos que não facilitam nada. Falar é fácil, né? Mas é um exercício diário, é difícil, mas vai ficando mais fácil a medida que vamos fazendo. Mas temos que fazer todos os dias. O caminho se faz caminhando, algo assim. Eu nunca tinha lido os diários, confesso que pensei que fossem me fazer mal. Mas foi bem o contrário, eu humanizei a questão. Vi o sofrimento e a entrega e vi também que não era como eu pensava. Que a vontade às vezes não é tudo, é preciso se conhecer e saber identificar tantas coisas...Tem a ver com tantas construções pessoais, hábitos enraizados, fugas, contextos que só a pessoa conhece...lutas que só a pessoa pode travar...

Mas pronto, te desejo força e que vc consiga superar as tuas batalhas. Um beijo.

Sim, concordo! Também te desejo força e que você supere suas batalhas! Beijo! Fique com Deus e até!
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3/8/2020, 16:51
Isso que vou contar pode ser um gatilho (?) pra alguém


Última edição por Ana de Amsterdam em 13/12/2020, 18:36, editado 2 vez(es)
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4/8/2020, 00:24
Ana de Amsterdam escreveu:Isso que vou contar pode ser um gatilho (?) pra alguém, não sei.

Gente hoje aconteceu uma situação muito estranha comigo. Eu as vezes faço m como é óbvio sem assistir nada, nunca me interessei por p. Estive o fim de semana todo com o meu namorado, tivemos relações foi tudo certinho e bom. Hoje tive vontade de m e simplesmente NÃO SEI PQ me veio uma curiosidade de buscar pelos conteúdos que ele assistia. Eu sei que foi uma burrice e uma estupidez dado o acesso à informação que tive e tudo que ele tem passado. Nunca tinha me excitado com vídeos mas foi bem intenso. Me senti péssima depois, deve ser assim q muitos se sentem. Suja, sei lá. E hipocrita tambem...gente ta tudo indo bem e eu faço uma dessas. Não sei se conto isso pra ele, tenho medo de provocar algum efeito tipo “até ela faz ta tudo bem”. Mas não ta, pq to me sentindo super estranha e com peso na consciência. Acho q nem Freud explica, mds...

Vigie para que isso não se torne um mal hábito. Na verdade não é que tenha sido intenso, é o que a dopamina em altas doses faz parecer . Cuidado! A curiosidade pode ser uma coisa boa, mas também pode acabar com a nossa vida(olha o que aconteceu comigo?!). Sobre contar para ele ou não: Acho que deveria contar, diga tudo que acabou de dizer aqui. Infelizmente, nesse dia você conheceu o outro lado da moeda e o quão doloroso e escuro é aqui. Se formos parar para pensar assistir P é ridículo, a gente apenas fica lá, assistindo outras pessoas fazendo S, não somos nós que estamos lá. Por que assistir P deixa uma culpa? Porque o sexo é um segredo do casal, é algo importante, algo acontece ali que une aquelas duas pessoas de uma forma profunda e se intrometer nisso tem um preço alto(Mesmo que queiram vulgarizar e desmoralizar o sexo, ele não mudou sua função desde a sua criação . Unir o casal de forma profunda, tão profunda que é capaz de criar outro ser que dirá: Eu.) Força! Fique com Deus e até!
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4/8/2020, 09:09
Lupus, eu contei. Ele disse a mesma coisa que vc, que parece ser bom, mas na verdade é tudo falso, simulado. Por isso é que depois ficamos “deprimidos”. Na verdade eu nunca me interessei por isso, acredito que foi por estar constantemente pensando no assunto, vivendo isso de alguma forma...foi meio bizarro a forma que desenrolou por isso é que eu me senti “culpada” depois, pq eu senti que “fantasiei” justamente com o problema dele, imaginei que ele estava assistindo o mesmo que eu via, acredita nisso???? Bizarro, algo que nos trouxe tanto sofrimento. Veio um sentimento péssimo mesmo depois. Esses detalhes não falei pra ele, acho que não seria muito útil. Mas agora que experienciei esse lado e por não ter estabelecido uma relação de vício ou impulso, vou ficar bem mais atenta a isso. Senti a necessidade de dizer aqui pq achei muito estranho e fiquei tentando entender isso depois. E não consegui chegar em nenhuma conclusão. Um beijo pra ti 😘🙏
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4/8/2020, 22:02
Ana, interessante isso. Eu também senti vontade esses dias de fazer o mesmo, com os pensamentos da mesma forma que você. Mas consegui me controlar e me colocar no lugar dele como que precisava ser forte, já que ele também precisa, sabe como é? E vinha na minha cabeça tipo: mas você não tem esse problema, não vai viciar... Parece uma tentação com a pessoa, negócio estranho. Mesmo assim eu pensei, se desejo a força dele então tenho que parar com esses pensamentos. Aí afastei eles.

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5/8/2020, 01:23
É Ana, eu acho que a gente fica na paranóia do vício deles, e acaba tendo esses pensamentos, não costumo me masturbar, mais já fui checar esses vídeos que ele assistia e isso ficou na minha cabeça e cheguei até sonhar , muito estranho viu, olha que eu nunca assisti filmes pornográficos, uma por causa da minha criação muito rígida, e também nunca achei graça nenhuma, uma coisa sem sentido pra mim. Igual quando eu descobri os fetiches dele eu achei nojento, horrível, cada vez que ele vinha me falar o que tinha acontecido e o que a pornografia fez ele fazer, eu ficava pasma. Agora ele comenta alguma coisa e eu não me abalo mais. É estranho, imagina assistindo isso a anos ? Deve bugar o cérebro de qualquer um.

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Impulsos e pensamentos sobre traição  - Página 2 Empty Re: Impulsos e pensamentos sobre traição

5/8/2020, 02:25
Olá, Ana. Li todo o seu diário e achei que os seus sentimentos são muito válidos! Imagino que não deve estar sendo fácil.

Me chamou bastante atenção o seu impulso de vingança. Eu também já senti algo parecido. Já trai uma ex namorada para me sentir melhor( podem me julgar tmb , gente kkk). Nessa situação eu trai porque ela também jogava comigo e, possivelmente, me traia. Era uma coisa muito doida.
Terminamos e, quando achava que já estava curado, depois de 5 anos, ela resolveu me pedir desculpa pelas coisas do passado (primeiro e único pedido de desculpas da vida, por parte dela). Esse dia foi louco pq caíram lágrimas do meu rosto, eu me senti muito leve e percebi que aquilo era a única coisa que queria ouvir-o pedido de desculpas.

Você já parou para pensar que talvez ele não consiga entender o quão bad toda essa situação faz vc se sentir?


Outra coisa que queria falar( mas que não vai acrescentar em nada, sorry) é que vc escreve super bem e de se expressa com muita transparência.

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5/8/2020, 12:46
Esposa

Estranho, né? A mente humana é muito complexa. Eu busquei todas as formas racionais de entender o meu comportamento, mas são coisas que só a psicanálise conseguiria explicar 😂 uma pulsão inconsciente qualquer. Eu consegui me controlar depois, mas na hora foi tudo impulsivo, nem me reconheci naquilo. Acho que nós que convivemos com o problema de uma forma “passiva” também desenvolvemos alguns sintomas.

Vitoriosa

Eu também nunca me interessei por pornografia, NUNCA. Não por algum motivo moral, mas não me excita, não me agrada, acho forçado e falso. Não sei mesmo o que me deu pra buscar aquilo e pior, gostar. O sentimento depois não vale a pena. Realmente, a neurociencia tem razão, imagina anos de exposição a esses materiais e escalando cada vez mais? É tortura. É um suicidio social, um suicidio nas relações reais. Acredito que ninguém queira isso, alguns não sabem que é um problema, mas um dia vão saber da pior forma. Fico feliz por ele pelo menos ter “despertado” do pesadelo. Agora é inevitável enfrentá-lo todos os dias.



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5/8/2020, 12:57
Tudo passa

Obrigada por comentar Smile são sentimentos controversos e nem sempre “bonitos”, mas a gente vai tentando novas formas de encarar as coisas. Eu tenho controlado bem esses impulsos, mas no começo estavam mesmo fortes. Sempre que eu me lembrava desse problema eu me sentia tão frustrada que queria descontar e me vingar. No fundo seria uma vontade de fazê-lo sofrer, pq eu também estava. Obviamente não é saudável, mas injustificado? Não. Eu entendo perfeitamente a tua história, nunca conseguiria trair de fato pq eu tenho visto as coisas de outra forma, mas no início eu cheguei a “dar bola” pra pessoas que eu sabia a intenção. Isso por si só diz muito...

Nós temos um diálogo muito aberto e tranquilo. Até pq eu tomo certas distâncias “emocionais” quando ele está se abrindo comigo, é uma forma de poupa-lo e me preservar também. Ele sabe que eu sofri e sofro, tem consciência disso e isso deixa-o péssimo. É que é daquelas coisas que não há muito que se diga. Já foi feito, o que ele pode fazer é controlar o presente. Ficamos muito presos ao passado e ao futuro, somos obcecados por isso. O futuro gera a ansiedade (o meu medo “ah, ele nunca vai conseguir, ele vai cair”) e o passado gera sofrimento (ah, ele fez isso e aquilo, não supero). Mas o presente diz: ele está tentando, ele se esforça, ele se arrependeu. E se for pensar só existe o presente, né?

Obrigada por dizer isso. Eu realmente tento passar o que sinto de uma forma clara e objetiva, por mais que as vezes isso seja interpretado como arrogância, frieza. Ser transparente é mais importante do que estar certo 😜
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6/8/2020, 19:23
Dúvidas e mais dúvidas

(Conteúdo sexual)

Amigos, bom nem sei como perguntar isso kk mas é assim, nossas relações estão com muita frequência (sempre mesmo) mas aconteceu uma dúvida na minha cabeça. Será que eu “performo” demais? Explico: nos mulheres também fomos “moldadas” a agir de determinada forma durante o sexo e isso tem tudo a ver com o que é vendido pela pornografia, mas eu faço coisas há anos e é algo que vem de outras relações e não sei até que ponto posso estar alimentando alguma coisa na cabeça dele. Não quero ser explícita aqui, mas por exemplo, sexo anal acredito que seja um “fetiche” dele (não sei se tem relação com a escalada nos generos trans) e eu faço, curto, etc. mas isso é contribuir pro problema? Também as vezes acho q tou muito.......como é que vou dizer isso “intensa” no sentido de falar coisas sexuais e sei lá, hoje depois da relação comecei a pensar sobre pq não acredito que seja natural, eu simplesmente não sei fazer de outra forma, parece “chato” e sem graça, mas até q ponto essa coisa toda poderia atrapalha-lo? Não sei se me fiz entender. A minha postura não é de “imitar” os vídeos, mas durante todas os meus relacionamentos eu me comportei de uma certa forma na cama, daí por hábito isso foi indo assim. Tipo o s atrás, será q pode contribuir pras fantasias dele? Dele pensar durante, sei la...isso é muito confuso gente 😹
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6/8/2020, 20:28
Ana de Amsterdam escreveu:Dúvidas e mais dúvidas

(Conteúdo sexual)

Amigos, bom nem sei como perguntar isso kk mas é assim, nossas relações estão com muita frequência (sempre mesmo) mas aconteceu uma dúvida na minha cabeça. Será que eu “performo” demais? Explico: nos mulheres também fomos “moldadas” a agir de determinada forma durante o sexo e isso tem tudo a ver com o que é vendido pela pornografia, mas eu faço coisas há anos e é algo que vem de outras relações e não sei até que ponto posso estar alimentando alguma coisa na cabeça dele. Não quero ser explícita aqui, mas por exemplo, sexo anal acredito que seja um “fetiche” dele (não sei se tem relação com a escalada nos generos trans) e eu faço, curto, etc. mas isso é contribuir pro problema? Também as vezes acho q tou muito.......como é que vou dizer isso “intensa” no sentido de falar coisas sexuais e sei lá, hoje depois da relação comecei a pensar sobre pq não acredito que seja natural, eu simplesmente não sei fazer de outra forma, parece “chato” e sem graça, mas até q ponto essa coisa toda poderia atrapalha-lo? Não sei se me fiz entender. A minha postura não é de “imitar” os vídeos, mas durante todas os meus relacionamentos eu me comportei de uma certa forma na cama, daí por hábito isso foi indo assim. Tipo o s atrás, será q pode contribuir pras fantasias dele? Dele pensar durante, sei la...isso é muito confuso gente 😹

Olá Ana! Adorei o aviso sobre cenas explicitas! As pessoas deviam fazer mais isso! Sobre a frequência: Ele pode estar sim, satisfazendo os fetiches que adquiriu na pornografia durante as relações. (O que não ajuda no reboot) Mas é difícil saber, só perguntando mesmo. A pornografia influência até mesmo indiretamente a vida das pessoas(principalmente a das esposas e namoradas), pois os namorados, na hora H aparecem com fetiches absurdos e querem que elas ajam como as prostitutas(Não é uma ofensa, só estou dando nome aos burros mesmo.) que gravaram esses filmes. Vamos deixar algo claro: Não é todo mundo que vai escalar gêneros, muitos vão assistir P cada vez mais perversa( Ex: Começa com a P "normal", vai para P com sexo anal, vai pessoas introduzindo objetos ou membros, ... e acho que o pior que alguém pode ver é vídeos que imitam um estupro, pedofilia e incesto. ) até chegar o ponto da pessoa fazer algo que seja condenável socialmente. Provavelmente está condicionada a agir assim (pela forma como disse é bem semelhante ao escalar de categoria da pornografia, só que é na vida real.), seria interessante você levar em consideração um reboot para você nessa área e você verá que começará a agir como você mesma nessas horas(Pelo que você disse você agia de acordo com a reação que seus ex esperavam de você, mas a verdade é que somos uma sociedade infectada pela pornografia.Esqueceu-se do que é o sexo e de o quão importante ele é, ele foi banalizado a um passatempo, logo é necessário retroceder. O sexo de verdade não é como a pornografia passa, cada um agirá de uma forma.). Enfim,espero ter ajudado. Fique com Deus e tchau!
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7/8/2020, 07:24
Ei, Lúpus! A minha dúvida é mesmo se ele estaria pensando no que assistia na p durante as relações por conta dos “fetiches”, nesse caso com sexo a. Eu não tenho muitos tabus com a sexualidade e me permito viver as experiências REAIS (claro 😂) dentro daquilo que me faz sentir bem e que me dê prazer, então a minha visão do sexo não é tão “pura”. Conversamos e ele disse que não precisa fantasiar durante as relações e que n tem tido tanta vontade de assistir p como antes, que está mais controlável (não sei ao certo, mas ele passou dos 50 dias) quando eu abri o diário ele já tinha 40 e poucos e duas tentativas anteriores. A frequência no sexo aumentou pq além de nos encontrarmos mais, agora ele me procura o tempo inteiro, parece começo de namoro quando não se pode nem ver a pessoa kk mas no caso específico dele e isso posso afirmar pq antes de descobrir que era um problema eu acompanhei o histórico durante um bom tempo sem ele saber e tinha MUITA p transexual. Era basicamente isso, não tinha muita coisa além. Na verdade era “só” isso, daí a minha dúvida sobre fazer certas coisas. Certamente alguns comportamentos vieram de uma cultura imposta pela indústria pornografica no que toca a “performance” das mulheres durante o sexo, foi algo construído em mim durante os anos e é difícil perceber até que ponto eu “gosto” de uma coisa ou simplesmente foi algo “criado” em mim, sabe? Não consigo mais fazer essa distinção, pq como eu disse por hábito ou outra coisa, eu acabei gostando. Difícil é saber como deixar as relações sexuais menos carregadas. Um abraço 😘🙏
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11/8/2020, 01:16
Ana de Amsterdam escreveu:Ei, Lúpus! A minha dúvida é mesmo se ele estaria pensando no que assistia na p durante as relações por conta dos “fetiches”, nesse caso com sexo a. Eu não tenho muitos tabus com a sexualidade e me permito viver as experiências REAIS (claro 😂) dentro daquilo que me faz sentir bem e que me dê prazer, então a minha visão do sexo não é tão “pura”. Conversamos e ele disse que não precisa fantasiar durante as relações e que n tem tido tanta vontade de assistir p como antes, que está mais controlável (não sei ao certo, mas ele passou dos 50 dias) quando eu abri o diário ele já tinha 40 e poucos e duas tentativas anteriores. A frequência no sexo aumentou pq além de nos encontrarmos mais, agora ele me procura o tempo inteiro, parece começo de namoro quando não se pode nem ver a pessoa kk mas no caso específico dele e isso posso afirmar pq antes de descobrir que era um problema eu acompanhei o histórico durante um bom tempo sem ele saber e tinha MUITA p transexual. Era basicamente isso, não tinha muita coisa além. Na verdade era “só” isso, daí a minha dúvida sobre fazer certas coisas. Certamente alguns comportamentos vieram de uma cultura imposta pela indústria pornografica no que toca a “performance” das mulheres durante o sexo, foi algo construído em mim durante os anos e é difícil perceber até que ponto eu “gosto” de uma coisa ou simplesmente foi algo “criado” em mim, sabe? Não consigo mais fazer essa distinção, pq como eu disse por hábito ou outra coisa, eu acabei gostando. Difícil é saber como deixar as relações sexuais menos carregadas. Um abraço 😘🙏

É dificil dizer o que se passa na cabeça de outras pessoas, só nós resta confiar nas palavras delas, né? Desculpe, tenho uma visão mais conservadora em relação ao sexo e não quero impo-la aos demais (desculpe se soou assim, cada um sabe como deve viver.) Que bom que as coisas estão dando certo para vocês! Eu, entendo. Talvez esse tema te renda uma reflexão mais profunda, essa questão é bem complicada. Mas são poucas coisas que são imutáveis, neste mundo.Abraço! Fique com Deus e até!
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