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Filipe Nunes
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Data de inscrição : 10/10/2017

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Ter 10 Out - 13:35
Tenho 34 anos e só agora caiu a ficha sobre o meu problema com pornografia. Lendo os relatos aqui, vi muitas semelhanças com a minha história.
Eu comecei a acessar a Internet com 15 anos e rapidamente encontrei sites pornográficos. Na época, a Internet discada era mais barata à noite e, como eu estudava de tarde, passava a madrugada na frente do computador. Nesse mesmo período passei também a entrar em salas de bate papo, no princípio atrás de conversas sobre sexo com mulheres, mas posteriormente comecei a conversar também com homens.

Desde os 14 tinha tido várias situações de quase sexo com meninas, aquele esfrega esfrega, masturbação mútua, em que morria de tesão e saia até com os testículos doloridos. Aos 16, fui morar fora do país em um intercâmbio. Lá tive minha primeira relação com penetração sem nenhum problema, só que gozei rápido e não achei o sexo grandes coisas. Fiquei com essa menina por um tempo e o sexo foi melhorando cada vez mais, experimentávamos de tudo. Na época em que estava com essa menina, não tinha acesso a computador em casa. Depois fui morar com uma outra família, eu ficava sozinho em casa à tarde e acessava pornografia. Tive mais três experiências sexuais nesse período, duas de quase sexo e uma de sexo oral, com muito tesão rolando.

Quando voltei pro Brasil, logo no começo fiquei com uma conhecida e na primeira vez, no carro dela, demorei um pouco pra ter ereção, mas acabou vindo e fizemos sexo. Achei estranho e até comentei com um amigo o que tinha acontecido e ele me disse que era normal, que era por causa da camisinha e tb já tinha acontecido com ele. Depois tive mais uma relação com essa menina, sem nenhum problema com ereção.

Um pouco depois tive uma namorada por uns meses e nas duas ou três primeiras vezes tive dificuldade com a ereção, ela me disse que meu problema era com camisinha. Depois que rolou não tive mais problemas com ela.

Depois que terminamos, passei a ter problemas com ereção de vez em quando, eu achava que estava preocupado por causa daquela primeira situação. Nesse época eu já bebia bastante e continuava acessando pornô e bate papo. Eu assistia tb a vídeos gays e conversava com homens, e tinha tesão nisso. Passei a achar que eu pudesse ser gay e um dia, com 19 anos, acabei marcando com um cara. Pra minha surpresa, não tive problemas com ereção, mas achei que apenas tinha matado minha curiosidade e continuei me relacionando com mulheres, algumas dava certo, outras não.

Fiquei nessa três anos, sempre vendo pornô e bate papo, e nesse tempo saí com mais dois caras, sempre bebendo pra me encorajar, dos quais me arrependi profundamente e me senti muito mal com isso.

Aos 22, comecei a namorar uma menina linda, que já tinha ficado antes e tinha tido problemas com a ereção, mas ela gostava de mim e volta e meia vinha atrás. Acabei insistindo na relação e, depois de algumas tentativas, fizemos sexo e a partir daí não tive mais problemas. Fomos morar juntos logo. Eu assistia pornô sempre quando dava e conversava com caras pela Internet, com um agravante que foi a chegada da webcam. O mais incrível é que eu morria de ciúmes dela, ia atrás de coisas dela no computador, era muito inseguro em relação ao sexo, mas não conversava nada disso com ela. Eu achava que o que cada um fazia na sua intimidade tinha que ser respeitado.

Depois de três anos, por iniciativa dela, nos separamos e eu voltei pra casa dos meus pais. Lá fiquei sem acesso à pornografia e tive algumas relações sem problema nenhum. Depois de uns 20 dias, voltamos a nos ver e transamos algumas vezes, eu gostava dela e o tesão era muito forte. Nesse meio tempo, conheci uma outra mulher e me apaixonei. Não tive nenhum problema de ereção com ela e decidi dar uma chance a essa relação. Até que minha ex me procurou dizendo que estava grávida. Acabei voltando com ela e fomos morar juntos de novo. Nesse tempo, eu ficava muitas vezes sozinho em casa a tarde e perdia a tarde toda vendo pornô e em salas de bate papo. Ela me cobrava por que tinha coisas pra fazer em casa e eu procrastinava. Achava que ela pegava muito no meu pé, mas eu não enxergava o mal que eu tava fazendo pra relação!

Três anos depois que meu filho nasceu nos separamos de novo. Eu acabei voltando praquela mulher que eu tinha me apaixonado e namoramos por um ano e pouco. Nessa época eu estava muito confuso emocionalmente e acessava bastante pornô. Um dia em que estávamos brigados, tive uma recaída com a minha ex e, por medo de broxar! não levei adiante o sexo. Acabei me afastando dela de novo e voltando com a outra.

Depois de um ano e meio de namoro, terminamos e eu me senti muito a vontade pra procurar sexo no chat, e acabei marcando com uns caras. Tive tesão com uns e zero tesão com outros. Também tive sexo com mulheres, algumas vezes bem sucedidas outras nāo. Comecei a ficar deprimido e cada vez mais recorrendo à pornografia.

Comecei a namorar outra menina e ficamos quase um ano, embora eu estivesse sempre meio deprê. Terminamos e eu, morando sozinho, caí de novo no pornô e bate papo. Então já não usava o bate papo pra marcar nada com ninguém, mas como mera distração, e isso começou a virar um comportamento obsessivo e eu cada vez mais isolado e depressivo. Até que um dia tive uma crise de ansiedade, nunca tinha tido, e procurei uma psicóloga.

Comecei falando sobre a minha DE, que isso me incomodava demais, sobre os meu encontros com h e as dúvidas sobre a minha sexualidade. Por incrível que pareça, não falei sobre a pornografia porque não achava que isso fosse problema! Na psicóloga acabei revendo várias coisas do passado e acabei voltando com a minha penúltima namorada. Ficamos bem por um tempo e acabamos terminando de novo.

Intuitivamente eu comecei a me forçar a parar de acessar porno e bate papo, e comecei a sacar que sempre que fazia isso, melhorava outros aspectos. Depois fazia e me sentia mal logo depois de fazer. Comecei a sacar também que a maioria que acessa os chats são pessoas problemáticas também, obcecadas por sexo, e na maioria das vezes sexo virtual. É incrível a quantidade de homens casados nessas salas.

Hoje me considero bissexual por ter tido relações com mulheres e homens, embora toda a identificação afetiva seja voltada às mulheres e homens estejam mais ligados ao campo da fantasia.

Enfim, quando encontrei esse grupo aqui caiu a ficha do meu problema, que eu nunca enxerguei como o real causador dos meus problemas. Fiquei impressionado com as semelhanças entre as histórias. Bateu muito com o que eu já intuía sobre deixar de consumir pornô e largar esses hábitos que realmente se tornam viciantes, em que muitas vezes você se pergunta porque está fazendo isso, mas simplesmente não consegue parar.

A última vez que acessei o bate papo e me masturbei na cam com alguém foi no sábado, dia 07/10, e depois que fiz me senti deprimido, pois perdi um tempão naquilo e deixei até de ir a uma festa. No domingo encontrei este fórum que corroborou a minha decisão de parar de acessar pornô e chat.

Agora, ao escrever esse relato, me dei conta de que os momentos mais felizes da minha vida, sexualmente saudáveis e sem neuras, foram quando eu estava afastado da pornografia e sexo virtual. Essa coisa toda ainda é muito recente e agora que começamos a enxergar os efeitos nocivos disso que podemos chamar de um tipo de droga. Tenho um filho e me preocupo muito com a influência desse mundo virtual na vida dele, mas até então não tinha me dado conta da minha própria hipocrisia.

Acredito que a maior dificuldade que vou ter pela frente vai ser a emocional, de tentar não me culpar pelos erros que cometi e vinha insistindo em cometer sem me dar conta, e de não ficar lamentando o passado e pensar a vida a partir desse recomeço.

Obrigado pela atenção de quem leu e vamos em frente.
Buda
Buda
Membro Ilustre
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Data de inscrição : 16/06/2016

Mais um entre tantos Empty Bem-Vindo!

Ter 10 Out - 15:50
Olá, Filipe Nunes!

Seja bem-vindo ao fórum!

Para ajudar no seu Reboot:

1 - Leia o E-book Vício em Pornografia. Como Parar? para compreender este vício a partir de um ponto de vista científico e também como se livrar dele:

Link das duas versões: Vício em Pornografia. Como Parar?

2 – Utilize um Contador de Dias para acompanhar o seu progresso:

Link: Como Instalar Um Contador de Dias Alternativo

Outras dicas importantes:

Instale bloqueadores no pc/notebook e celular, altere o arquivo hosts no Windows (caso utilize este sistema), configure o seu DNS e o seu roteador para assim ter várias camadas de proteção contra sites pornográficos.

Link da seção Ferramentas e Bloqueadores: Ferramentas e Bloqueadores

Faça atividades extranet (exercícios físicos, ler um livro, aprender um novo idioma...) e socialize mais com as pessoas.

Escreva em seu diário regularmente e também no diário de outras pessoas, pois isso ajuda bastante. Sempre clicando em "Responder ao tópico" para tanto.

Encare o reboot não como um período de sofrimento devido à abstinência mas sim, como um período onde você irá investir em você mesmo - mentalmente, fisicamente e espiritualmente.

Sinta-se vitorioso cada dia que ficar longe do vício.

Desejo sucesso na sua jornada.[/u]
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31abj
Mensagens : 235
Data de inscrição : 01/10/2017

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Ter 10 Out - 22:04
Filipe Nunes escreveu:Tenho 34 anos e só agora caiu a ficha sobre o meu problema com pornografia. Lendo os relatos aqui, vi muitas semelhanças com a minha história.
Eu comecei a acessar a Internet com 15 anos e rapidamente encontrei sites pornográficos. Na época, a Internet discada era mais barata à noite e, como eu estudava de tarde, passava a madrugada na frente do computador. Nesse mesmo período passei também a entrar em salas de bate papo, no princípio atrás de conversas sobre sexo com mulheres, mas posteriormente comecei a conversar também com homens.

Desde os 14 tinha tido várias situações de quase sexo com meninas, aquele esfrega esfrega, masturbação mútua, em que morria de tesão e saia até com os testículos doloridos. Aos 16, fui morar fora do país em um intercâmbio. Lá tive minha primeira relação com penetração sem nenhum problema, só que gozei rápido e não achei o sexo grandes coisas. Fiquei com essa menina por um tempo e o sexo foi melhorando cada vez mais, experimentávamos de tudo. Na época em que estava com essa menina, não tinha acesso a computador em casa. Depois fui morar com uma outra família, eu ficava sozinho em casa à tarde e acessava pornografia. Tive mais três experiências sexuais nesse período, duas de quase sexo e uma de sexo oral, com muito tesão rolando.

Quando voltei pro Brasil, logo no começo fiquei com uma conhecida e na primeira vez, no carro dela, demorei um pouco pra ter ereção, mas acabou vindo e fizemos sexo. Achei estranho e até comentei com um amigo o que tinha acontecido e ele me disse que era normal, que era por causa da camisinha e tb já tinha acontecido com ele. Depois tive mais uma relação com essa menina, sem nenhum problema com ereção.

Um pouco depois tive uma namorada por uns meses e nas duas ou três primeiras vezes tive dificuldade com a ereção, ela me disse que meu problema era com camisinha. Depois que rolou não tive mais problemas com ela.

Depois que terminamos, passei a ter problemas com ereção de vez em quando, eu achava que estava preocupado por causa daquela primeira situação. Nesse época eu já bebia bastante e continuava acessando pornô e bate papo. Eu assistia tb a vídeos gays e conversava com homens, e tinha tesão nisso. Passei a achar que eu pudesse ser gay e um dia, com 19 anos, acabei marcando com um cara. Pra minha surpresa, não tive problemas com ereção, mas achei que apenas tinha matado minha curiosidade e continuei me relacionando com mulheres, algumas dava certo, outras não.

Fiquei nessa três anos, sempre vendo pornô e bate papo, e nesse tempo saí com mais dois caras, sempre bebendo pra me encorajar, dos quais me arrependi profundamente e me senti muito mal com isso.

Aos 22, comecei a namorar uma menina linda, que já tinha ficado antes e tinha tido problemas com a ereção, mas ela gostava de mim e volta e meia vinha atrás. Acabei insistindo na relação e, depois de algumas tentativas, fizemos sexo e a partir daí não tive mais problemas. Fomos morar juntos logo. Eu assistia pornô sempre quando dava e conversava com caras pela Internet, com um agravante que foi a chegada da webcam. O mais incrível é que eu morria de ciúmes dela, ia atrás de coisas dela no computador, era muito inseguro em relação ao sexo, mas não conversava nada disso com ela. Eu achava que o que cada um fazia na sua intimidade tinha que ser respeitado.

Depois de três anos, por iniciativa dela, nos separamos e eu voltei pra casa dos meus pais. Lá fiquei sem acesso à pornografia e tive algumas relações sem problema nenhum. Depois de uns 20 dias, voltamos a nos ver e transamos algumas vezes, eu gostava dela e o tesão era muito forte. Nesse meio tempo, conheci uma outra mulher e me apaixonei. Não tive nenhum problema de ereção com ela e decidi dar uma chance a essa relação. Até que minha ex me procurou dizendo que estava grávida. Acabei voltando com ela e fomos morar juntos de novo. Nesse tempo, eu ficava muitas vezes sozinho em casa a tarde e perdia a tarde toda vendo pornô e em salas de bate papo. Ela me cobrava por que tinha coisas pra fazer em casa e eu procrastinava. Achava que ela pegava muito no meu pé, mas eu não enxergava o mal que eu tava fazendo pra relação!

Três anos depois que meu filho nasceu nos separamos de novo. Eu acabei voltando praquela mulher que eu tinha me apaixonado e namoramos por um ano e pouco. Nessa época eu estava muito confuso emocionalmente e acessava bastante pornô. Um dia em que estávamos brigados, tive uma recaída com a minha ex e, por medo de broxar! não levei adiante o sexo. Acabei me afastando dela de novo e voltando com a outra.

Depois de um ano e meio de namoro, terminamos e eu me senti muito a vontade pra procurar sexo no chat, e acabei marcando com uns caras. Tive tesão com uns e zero tesão com outros. Também tive sexo com mulheres, algumas vezes bem sucedidas outras nāo. Comecei a ficar deprimido e cada vez mais recorrendo à pornografia.

Comecei a namorar outra menina e ficamos quase um ano, embora eu estivesse sempre meio deprê. Terminamos e eu, morando sozinho, caí de novo no pornô e bate papo. Então já não usava o bate papo pra marcar nada com ninguém, mas como mera distração, e isso começou a virar um comportamento obsessivo e eu cada vez mais isolado e depressivo. Até que um dia tive uma crise de ansiedade, nunca tinha tido, e procurei uma psicóloga.

Comecei falando sobre a minha DE, que isso me incomodava demais, sobre os meu encontros com h e as dúvidas sobre a minha sexualidade. Por incrível que pareça, não falei sobre a pornografia porque não achava que isso fosse problema! Na psicóloga acabei revendo várias coisas do passado e acabei voltando com a minha penúltima namorada. Ficamos bem por um tempo e acabamos terminando de novo.

Intuitivamente eu comecei a me forçar a parar de acessar porno e bate papo, e comecei a sacar que sempre que fazia isso, melhorava outros aspectos. Depois fazia e me sentia mal logo depois de fazer. Comecei a sacar também que a maioria que acessa os chats são pessoas problemáticas também, obcecadas por sexo, e na maioria das vezes sexo virtual. É incrível a quantidade de homens casados nessas salas.

Hoje me considero bissexual por ter tido relações com mulheres e homens, embora toda a identificação afetiva seja voltada às mulheres e homens estejam mais ligados ao campo da fantasia.

Enfim, quando encontrei esse grupo aqui caiu a ficha do meu problema, que eu nunca enxerguei como o real causador dos meus problemas. Fiquei impressionado com as semelhanças entre as histórias. Bateu muito com o que eu já intuía sobre deixar de consumir pornô e largar esses hábitos que realmente se tornam viciantes, em que muitas vezes você se pergunta porque está fazendo isso, mas simplesmente não consegue parar.

A última vez que acessei o bate papo e me masturbei na cam com alguém foi no sábado, dia 07/10, e depois que fiz me senti deprimido, pois perdi um tempão naquilo e deixei até de ir a uma festa. No domingo encontrei este fórum que corroborou a minha decisão de parar de acessar pornô e chat.

Agora, ao escrever esse relato, me dei conta de que os momentos mais felizes da minha vida, sexualmente saudáveis e sem neuras, foram quando eu estava afastado da pornografia e sexo virtual. Essa coisa toda ainda é muito recente e agora que começamos a enxergar os efeitos nocivos disso que podemos chamar de um tipo de droga. Tenho um filho e me preocupo muito com a influência desse mundo virtual na vida dele, mas até então não tinha me dado conta da minha própria hipocrisia.

Acredito que a maior dificuldade que vou ter pela frente vai ser a emocional, de tentar não me culpar pelos erros que cometi e vinha insistindo em cometer sem me dar conta, e de não ficar lamentando o passado e pensar a vida a partir desse recomeço.

Obrigado pela atenção de quem leu e vamos em frente.

amigo, acompanhando aqui.
como vc pode ver no meu diário, sou gay (não assumido), mas acho que podemos nos ajudar, afinal, enfrentamos problemas semelhantes!
boa sorte e conte comigo.

_______________________________________
Meu Diário: http://www.comoparar.com/t5901-diario-do-abj

Recorde: 28 dias sem PM em set/out – 2017
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RYUDO
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Qui 12 Out - 10:55
Oi Felipe, tudo bem?
Cara, muitas coisas vivenciadas por você eu também passei.
Já faz algum tempo que frequento o fórum, mas não posto com muita frequência. Também vivi uma parada dura em relação à pornografia e também skype/cam. Vi pornografia de todas as formas (hetero/lesbico/gay) e no skype também fiz já "virtual" com outros caras. No entanto, nunca cheguei a "ficar" com um homem. Isso me dava uma angústia tremenda pois minha cabeça dava um nó em relação a sexualidade: o que sou? Não sei se me considero bissexual, pois é algo que fica mais no campo da fantasia, na realidade, vejo que não sinto atração. Mas o medo me corrompeu durante muito, muito tempo. Fui também à psicóloga ver isso e lembro certo de sua fala: um filme não define orientação. Quando se trata de sexo, todo ser humano fica mais ou menos excitado, apenas em ver ou ouvir.

Já estou há mais de um ano sem ver filmes. Caí na besteira de entrar no skype esses dias (acho que duas semanas). Coisas que percebi:
- A maioria que estão lá ou tem namoradas, noivas ou até mesmo já são casados;
- Não é o tesão que define entrar no skype. É vício. Você não quer entrar, mas sua mente te instiga;
- Dá uma sensação horrível de vazio depois, uma tristeza

Tive que aceitar esse meu comportamento de viciado. Eu cheguei a conversar com alguns no skype perguntando se eles achavam que eram viciados. A resposta "acredito que sim". Eu fiz um calendário e marco um "X" para os dias que não entro no skype. Já fazem alguns dias... esses primeiros dias são horríveis, porque o vício te coloca nesse caminho. Mas também já fiquei um ano sem entrar... quero voltar nessa marca, por que sei que este vício não me faz bem.

Boa sorte para nós nessa caminhada
Abraço

_______________________________________
Guy Fawkess
Guy Fawkess
Mensagens : 79
Data de inscrição : 02/08/2017

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Qui 12 Out - 11:46
Nossa Ryudo, me identifiquei muito com algumas coisas que falastes. Também caí no tenebroso e sujo mundo das salas de bate-papo e sexo virtual. É um vício terrível que me consome.... Bem triste isso.

_______________________________________
Visite meu diário  Very Happy
http://www.comoparar.com/t5553-preciso-parar-diario-de-guy-fawkes

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RYUDO
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Data de inscrição : 01/10/2016

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Qui 12 Out - 11:54
Guy Fawkess escreveu:Nossa Ryudo, me identifiquei muito com algumas coisas que falastes. Também caí no tenebroso  e sujo mundo das salas de bate-papo e sexo virtual. É um vício terrível que me consome.... Bem triste isso.

Nem me fale, Guy... é justamente isso, consome... parece que a mente diz "vai lá, abre o skype, só um pouco". Lembro que a psicóloga disse que as obsessões duram vinte minutos. Passados os vinte minutos, cai o desejo. A gente tem que "acostumar" o cérebro a ficar sem. Não vou mentir: nesses primeiros dias não é fácil. Mas a gente consegue.

Abraço.

_______________________________________
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Filipe Nunes
Mensagens : 2
Data de inscrição : 10/10/2017

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Qui 12 Out - 17:57
Obrigado, ctroy, abj e Ryudo pelo retorno.
É muito bom, apesar de um jeito amargo, saber que não somos os únicos seres estranhos nesse mundo solitário.
Eu até que sou um sujeito sociável, tenho amigos e sempre gostei muito de sair. Do ano passado pra cá é que vinha me isolando cada vez mais e até sentindo pânico em pensar em ter que enfrentar situações de sexo reais. Até que entrei em parafuso e enfim procurei uma psicóloga. Não foi fácil, pq nunca tinha me aberto sobre esses problemas com ninguém, mas depois acabei até revendo outros aspectos emocionais da minha vida, familiares e tal, e entendo como de certa forma uma coisa leva à outra.
Isso foi depois que terminei com minha última namorada, estava morando sozinho e, depois de um tempo que não fazia, voltei pras salas de bate papo e skype, aí acabei me afastando dela de vez e me isolando cada vez mais. Depois ela quis voltar mas aí eu já estava paranoico de que ia broxar e não quis mais! É ridículo.
A questão de me considerar bissexual hoje pra mim não é um problema. O problema é que todos os meus encontros foram armados pela Internet, com pessoas provavelmente que não me despertariam nenhuma atração em uma situação real, ao contrário da maioria dos encontros com mulheres. O negócio dessas conversar e M na cam é que na verdade vc não procura uma outra pessoa pra te satisfazer, vc procura algum estímulo para satisfazer a sua fixação em si mesmo. No meu caso, eu queria sempre achar alguém como eu, e é claro que não encontrava. O fato de ter tido ereção e tesão com homens eu acho que tem muito a ver com uma menor preocupação com a DE, pq eu achava que broxar com um homem era menos importante ou humilhante do que broxar com uma mulher. Ser bi ou hetero não me preocupa, o que quero é ter relações sexuais saudáveis, que venham de uma atração legítima a partir de um estímulo de uma pessoa real e não de uma tela de computador, onde se está protegido da paranoia ou do julgamento de outra pessoa por se estar sozinho num quarto e basta um clic pra partir pra próxima pessoa ou vídeo.

Enfim chega de filosofia, vamos às impressões desses 5 dias.
Nos primeiros dias fiquei um tanto deprimido por ter me dado conta do meu problema real, mas ao mesmo tempo um tanto eufórico pela possibilidade de poder combate-lo. Meu pau ficou murcho e encolhido e não tive nenhuma vontade de procurar nada na Internet. Estou determinado.
Procurei sair de casa e já rendi mais no trabalho, tentei distrair mais a cabeça e não ficar só pensando na ficha que caiu, o que me colocava pra baixo. Também entrei em contato com a minha psicóloga pra retomar as sessões, acho que vai ser importante nesse momento.
Ontem comecei a me questionar um pouco sobre o reboot, pensei um pouco em pornografia, mas logo afastei os pensamentos e lembrei da determinação.
Hoje notei que meu pau está maior, tive dois inícios de ereção espontânea, mas não toquei nele e deixei que passasse. Estou um pouco menos deprimido e prevejo um período tranquilo e seguro.
Obrigado pela atenção e vamos em frente.
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