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Diário da Bloodbat: Construindo uma nova eu. Empty Diário da Bloodbat: Construindo uma nova eu.

16/1/2021, 15:15
Saudações à todos!
Quero agradecer à minha namorada incrível que concordou e achou melhor fazer isto. Obrigada meu amor, sei que não vai ler isso mas mesmo assim, obrigada por tudo. Eu te amo muito.
Beleza... Eu sou uma mulher lésbica, ainda não fui diagnosticada por alguém da área psiquiátrica ou algo assim mas com certeza tenho TOC e há um mês e pouco venho tendo crises de pensamentos horríveis que me causam dúvidas de uma área da minha vida que sempre tive e tenho certeza: a minha sexualidade. Nesse capítulo (vou chamar assim) vou falar um pouco da minha vida e no próximo vou explicando o resto.

Bom... Devo começar contando como entrei nesse mundo da P, certo? Vou dizer que oficialmente com 11 anos, mas antes disso já havia me esbarrado com esse tipo de conteúdo na minha vida. Seja uma revista playboy ou um DVD de P do meu pai que estava escondido em uma capa de DVD de conteúdo inocente.

Realmente foi com 11 anos, quando descobri a senha de um canal para adultos, dai foi P heterossexual todas as noites, vidrada nas mulheres e me colocando no lugar dos caras. Sempre fui apaixonada por mulheres, sempre. Era professora, uma vizinha, uma garota de outra sala. Todas lindas. Então sempre soube que era lésbica e com isso sempre soube também que se alguém descobrisse eu estaria ferrada. Por conta do preconceito eu me escondia muito, fingia gostar de algum vizinho ou de algum moleque do colégio. Tudo mentira. Hahaha. Enquanto eu não sofresse homofobia estava tudoooo bem, minha sexualidade estava definida e não importava se eu fingisse gostar de um colega para minha mãe, ela ficava aliviada e eu também por não apanhar. E nessa de provando uma heterossexualidade ilusória tive que dar um selinho em um moleque aleatório para não sofrer nas mãos de umas meninas que alertaram não quererem andar com "sapatões". Lembro que pedi para o moleque fingirmos que nos beijamos, o moleque negou e quando rolou o selinho não senti nada, era nojento mas a minha pele iria ficar salva. Acho que se durou 2s foi muito. A fofoca iria rolar e preconceito eu não iria sofrer. Aquela coisa nojenta não durou muito graças uma colega curiosa que entrou na sala, obrigada Hillary! Gostaria de dizer que em todo o ano do colégio eu estava tendo uma paixonite por alguma novata ou professora. Eu faltava muito então quando estava no colégio pode ter certeza que era para ver alguma paixonite.
Tempo passou, consumia P sempre que podia. O P heterossexual perdeu graça, fui ver o lésbico e nada demais, sério, lésbicas detestam P lésbico ahaha é muito ruim, experimentei gays e foi nada demais, o paraíso foi encontrar videos de mulheres sozinhas praticando M.
Vou parar por aqui, no próximo irei contar porquê acredito que foi por causa da P que estou assim e como parei aqui. Agradeço desde já a quem me apoiar nessa jornada, eu quero voltar a ser a eu do dia 09 de dezembro, sem esses pensamentos horríveis e sem esses rituais nojentos torturadores, não quero sentir mais essa ansiedade que me deixa incapacitada, Agradeço à todos pela chance. Abraço!
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Diário da Bloodbat: Construindo uma nova eu. Empty Re: Diário da Bloodbat: Construindo uma nova eu.

16/1/2021, 21:17
Este diário é meu, criei ele hoje mesmo pela tarde, mas me deixei levar pelo o medo de ser julgada o que me levou a deletar a conta. Mas o diário ficou. Mais uma vez levada pelo medo de novo, tenho feito isso direto. Me testando para provar que não gosto de homens, rituais para provar que não estou traindo minha namorada ao confessar que uma pessoa é bonita (independente do gênero), rituais na hora do banho para ter certeza que nenhuma gotícula que cai no chão volte a cair na minha pele, rituais de ter a caligrafia perfeita ao escrever. Como já disse eu sempre fui segura da minha sexualidade mesmo consumindo alguns tipo de P ou fingindo gostar de algum rapaz para não sofrer algum tipo de preconceito. Então qual é o problema de P? No meu caso, eu tenho refletido muito, sempre tive pensamentos intrusivos sexuais, sempre sexualizei tudo em minha volta descontroladamente, meio que sem perceber porém era só balançar a cabeça que eles desapareciam. Antes de conhecer minha namorada eu consumia muita P, então eu tenho bastante memória de coisas que já assisti. Após um pesadelo no qual um cara me paquerava, acordei atordoada. Fiz um teste para provar que não sentia nada pelo sexo masculino usando essas memórias de P. O que aconteceu comigo aconteceu com muitos que fizeram seus testes. Ansiedade atrás de ansiedade. Os pensamentos dizendo que a ansiedade era porque eu não queria me assumir como bi, fora que os pensamentos também diziam que eu era infiel ou que era apegada a minha namorada. Os testes só foram piorando, parei de usar memórias e fui ver um P de um cara sozinho, apenas vi segundos e não suportei porque senti que poderia desmaiar ou ter um ataque de tanta ansiedade. Por que essa ansiedade? Eu gosto de caras? Antes disso eu já tinha visto P gay e não senti nada, já tinha visto homem pelado e nada. Por que a ansiedade? Pesquisei e descobri sobre HOCD e o estrago que P pode fazer no cérebro. Não pode ser outra coisa. Eu tenho TOC e cai na cilada de ter HOCD. Graças a este lugar descobri que fazia rituais e preciso parar com eles.
Eu sou uma pessoa que curte cuidar da saúde através da alimentação e treino. Só tenho sentido incapacidade. Pegava dicas de canais no Youtube, assistia videos de fisiculturismo, hoje não consigo porque sempre me pego fazendo rituais, conferindo se ocorreu alguma excitação porque os criadores desses conteúdo sempre são homens. É triste. Encontrei minha esperança aqui, pretendo fazer como já disse ali tudo que estiver ao meu alcance. Me dêem dicas se puderem. Me perdoem por ter caído nas garras do medo. Acredito no método, quero limpar a minha mente. Eu estou construindo uma versão minha mais forte e imune. Vou permanecer aqui, fiz esse diário e vou ficar com ele até o fim. Me ajudem, agradeço desde já à todos. Paz!

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hannah
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Data de inscrição : 04/07/2021

Diário da Bloodbat: Construindo uma nova eu. Empty Re: Diário da Bloodbat: Construindo uma nova eu.

5/7/2021, 17:56
Que pena que não continuou o diário...
Também sou mulher lésbica e estou abandonando a PMO. Sinto falta de ler a experiência de mulheres lésbicas por aqui.
Caso você vá ler isso, queria te dizer que não está sozinha, E que eu passo pelo mesmo que você desde criança. Desde criança, lá no fundo eu sabia que gostava de meninas... Mas devido à PMO, comecei a consumir conteúdo hétero (tbm sempre vidrada na mulher e me imaginando no lugar do homem) e acabei acreditando que era bissexual, e até me relacionei com homens e foi horrível, eu não sentia prazer e até tinha que fantasiar que havia uma mulher no meio para conseguir gozar.
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