Diário do Morgan

Boa noite.

Estou agora, depois das 02h da madrugada, começando esse diário para vencer de vez esse monstro silencioso que me domina. Estou na cama enquanto minha esposa dorme na sala depois de mais uma tentativa frustrada de uma relação. Pensei em deixar para escrever isso para quando acordar, pois já está tarde e escrever no PC seria muito mais prático e rápido, mas quero aproveitar que preciso iniciar isso logo e deixar de procrastinar, como faço com tudo na minha vida. Sou de escrever muito, então peço desculpas antecipadas se esse post inicial ficar muito grande.

Bem, tenho 32 anos e estou viciado em PMO há quase 20 anos. Falo "estou" pq quero que isso seja algo transitório que eu consiga vencer e que os benefícios sejam realmente concretos.

Sequer consigo me lembrar quando comecei com a M. Sei que em 2003, quando tinha só 12 anos, já era um hábito diário nos banhos. No início usava da minha imaginação para criar estórias sexuais de alimento para a M, mas assim que tivemos um computador em casa, que ficava em meu quarto, iniciei na P. Buscava fotos em sites e baixava vídeos naqueles programas de downloads e a M era quase diária, se não fosse diária.

Nunca fui tímido em situações sociais, mas interações de paquera me travavam e ativavam uma certa timidez, então sempre tive vergonha de chegar em meninas e paquerar. Mas era um jovem bonito então fiquei com algumas meninas já bem jovem. Acho que essa timidez na paquera já era reflexo do consumo precoce de PMO.

Aos 15 anos, morando em uma cidade bem pequena do interior, um amigo de meu pai resolveu que estava na hora de eu perder a virgindade e contratou uma garota de programa. Me deixou em uma lanchonete com ela e em pouco tempo ela me levou pra sua casa. Não consegui ter uma ereção, e ao tentar me estimular com mais intensidade, acabei ejaculando (mesmo sem estar ereto). Fiquei morrendo de vergonha, mas esse amigo disse que era normal pela pressão e pelo ambiente hostil da casa dela. Contratou outra mais traquejada e nos deixou em um motel. Consegui ter uma ereção e finalizar de maneira normal. De fato, essa primeira DE pode ter sido causada pela pressão e pelo ambiente.

Depois disso, continuei na PMO e fui ter uma relação novamente aos 18 anos, com quem seria minha namorada de quase 3 anos. Na primeira tentativa de relação, também não consegui uma ereção e fingi que havia lesionado o prepúcio enquanto nos roçavamos de roupa. Algum tempo depois, fomos a um motel e a ereção veio, mas ejaculei em 30 segundos. Morrendo de vergonha, fingi que nada aconteceu e continuei o ato. Até pela idade, tive uma nova ereção rapidamente sem mesmo tirar e a relação foi proveitosa. A partir dai o sexo foi bom por um bom tempo. Ocorre que essa namorada, após algum tempo de namoro, passou a se desinteressar por sexo por causa de depressão. Com isso, intensifiquei a PMO, mas não sofri de DE nas relações que tínhamos até a parte final da relação. Nesse final não tinha DE total, mas cerca de 60%.

Após terminarmos, tive algumas relações nos 2 anos que se seguiram. Algumas foram proveitosas, enquanto em outras já comecei a sentir os efeitos da DE e em algumas poucas EP. Geralmente a ereção se iniciava, mas não se mantinha. Assim, comecei a comprar viagra para tomar antes de possíveis relações, o que funcionava. Hoje, noto que nessa época, as relações proveitosas eram com as mulheres que eu menos me importava, que não havia criado alguma conexão ou que não tinha intenção alguma de ter um relacionamento, mas na época, sempre colocava a culpa no álcool, no cansaço ou na própria mulher. Percebo hoje que só consegui ter uma relação proveitosa com as mulheres que eu objetificava, como acontece na P. Pode ser que haja também um desprendimento psicológico com esse perfil de mulher, o que tirava a pressão da relação e me permitia performar sem problemas.

Aos 22 anos, após me formar, me mudei de cidade e Estado, onde não conhecia ninguém. Esse período foi minha ruína. Com a melhora dos smartphones, passei a fazer PMO mais de uma vez ao dia, diariamente. Sempre no banho e antes de dormir, e as vezes ao acordar. Nesse período passei a utilizar APPs de paquera para ter encontros. Parte deles foram um fracasso, o que me fez a voltar a tentar o viagra para as relações, até que em uma delas, nem o viagra funcionou. Eu devia ter uns 24 ou 25 anos, o que é um completo absurdo, afinal, na M, a ereção era forte, mas na relação real, nada.

Aos 27 anos conheci minha esposa. As primeiras relações até que foram medianas, mas com o tempo, novamente comecei a perder a ereção. Minha esposa também tem travas com relação ao sexo e passou a evitar de fazer. Algumas vezes que a procurava, ela negava e bem poucas vezes ela me procurava. Foi a deixa perfeita para eu mergulhar na PMO. Assim, passávamos meses sem ter relações. E nas poucas vezes que tentávamos, eu comecei a sempre falhar, ou por DE ou por EP. A partir daí, eu comecei a evitar e fugir de qualquer interação sexual.

Mas o pior de todos os problemas é que sou um vagabundo. Descobri sobre o vício em PMO há anos e já sabia que era completamente viciado. Mas sempre evitei combater, pois a dopamina que vem de tudo parecia essencial para viver os dias.

Durante todo tempo desse relato, minha procrastinacao foi aumentando exponencialmente. Desde novo sempre deixei as coisas de lado para fazer depois, mas atualmente a situação está insustentável, seja na vida pessoal, seja na vida profissional. Com o tempo, além do PMO, me viciei em álcool e abandonei o cuidado com meu corpo. Após minha mudança de cidade, ganhei cerca de 30kg.

Mas nunca tive consequências graves de tudo isso pelo fato de reverter tudo com minha inteligência. Só que vejo que cheguei num ponto em que tudo está prestes a ruir. Minha vida profissional e o pior, meu casamento. Amo demais minha esposa e sei que ela é a mulher certa pra mim, então não posso deixar essa situação continuar.

Há cerca de 1 ano, minha esposa buscou uma aproximação sexual que recusei e tivemos uma briga pela minha falta de interesse sexual. Nessa briga revelei meu vício em PMO e relatei tudo que disse aqui. Ela foi super compreensiva e disse que eu precisava buscar um tratamento para o vício. Nessa época, fiz a compra do curso e cheguei a instalar um bloqueador no computador, mas em 1 semana já tinha abandonado. Comecei a fazer terapia e depois de um tempo comecei a fugir desse assunto lá. Após esses acontecimentos, meu vício se agravou ainda mais. Passei a ficar desesperado por consumir P, começando a afetar até mesmo meu trabalho. Estou passando por um período muito atribulado, com muito trabalho e cobrança, e parece que uso a PMO como uma válvula de escape. Enquanto mais ansioso fico, mais preciso de PMO.

Nesse início de ano fiz uma "meta" (não promessa) de tentar combater esse vício, mas sequer cheguei a tentar. Até hoje, bebia e consumia PMO diariamente (ou sempre que dava).

Mas minha esposa, no início desse ano, fez a promessa de cuidar mais dela e passou a fazer exercícios, se alimentar bem e me disse que quer resolver nossa vida sexual.

Eu não só quero, como preciso resolver.

Sou muito reticente com relatos de Internet. Li muitos relatos aqui e ainda não sei se é isso que vai me salvar, mas fiquei impressionado com a semelhança das histórias e não tenho mais pra onde correr. É vergonhoso chegar a esse ponto. Recorrer a um fórum de Internet pra tentar algo que eu sinceramente não sei se vai dar certo. Mas eu preciso tentar.

Eu desejo do fundo do meu coração que fazer esse reboot me ajude a descobrir quem eu sou de verdade, me ajude a controlar minha vida e me ajude a salvar meu casamento.

Vou tentar atualizar esse diário todos os dias, pra evitar que eu "esqueça" de tudo isso e caia nessa espiral de destruição. Pela minha experiência, os primeiros dias não serão tão difíceis. Consigo ficar até 5 dias sem muitos problemas. O problema vai ser a partir daí. Acho que meu record sem PMO deve ser uns 10 dias, mas não consigo me lembrar ao certo.

É isso, me desculpem o texto gigante, mas quero deixar tudo registrado pra não esquecer ou fingir que esqueci, como faço com as coisas cotidianas.

Me desejem sorte e me ajudem.

Terminando o dia 01.

Engraçado como disse que não achava que os 5 primeiros dias seriam difíceis, mas a partir do momento que você se propõe a não fazer algo, sua mente tenta te levar pra lá inevitavelmente. É a máxima: "não pense em um elefante rosa".

Não que o dia tenha sido difícil no geral, mas tem um momento dos meus dias que é após o almoço, em que eu sinto um pico que ansiedade que me faz pensar naquilo instantaneamente. Hoje parece que foi mais forte, mas não por eventual abstinência, já que as vezes fico esses 3 a 5 dias sem fazer com tranquilidade, e sim por essa questão de se questionar inconscientemente. Mas não por isso vou facilitar, pq sei que uma hora vai ser complicado.

No momento dessa ansiedade pensei em escrever aqui, mas achei melhor dar uma mergulhada no fórum e instalar definitivamente os bloqueadores. O problema foi que usei uma lista de sites de P para colocar no arquivo hosts, mas não troquei o IP que vem antes. Resultado: minha Internet parou de funcionar e não conseguia alterar o arquivo hosts de novo. Fiquei nessa umas 2 horas pra tentar arrumar pq ainda precisava da Internet pra trabalhar. E não consegui kkkkkk.

Ja que estava sem internet, resolvi sair mais cedo que o usual do trabalho para voltar a fazer jiu jitsu, que é um esporte que sempre gostei e parei há uns 3 anos. Fui pro treino e foi muito bom.

Chegando em casa, minha esposa iria sair com uma amiga, pois seu namorado estava viajando e ela estava solitária. Como estava muito cansado resolvi ficar em casa. Aqui vem o ponto central: momentos como esse são meu maiores gatilhos para PMO. Meu maior problemas é ficar sozinho. Eu percebo que busco matar o meu tempo ou com PMO ou com álcool (quase sempre os dois juntos). Em uma situação normal, assim que ela saísse eu sairia também correndo para comprar cerveja, voltaria pro PC para ficar horas em PM, até calcular que ela estaria voltando. Daí correria pra cama dormir.

Mas hoje não. Hoje tomei meu whey, fiz minha janta de dieta, consegui consertar a Internet e vim pra cama, escrever esse relato do dia.

Durante o dia pensei em muitas coisas pra escrever aqui, mas a falta de Internet me comprometeu e agora estou cansado demais kkkkkk. Quem sabe amanhã eu consiga. Se não conseguir, pelo menos o relato do dia farei.

Por hoje é isso. Abraços galera.

Boa tarde. Força ai irmão!

Hoje, 2 dias limpo. Nada mais a dizer.

Terminando o dia 02. Sem maiores problemas. Na verdade mais motivação. Estou no computador então se preparem pra textão.

Estou com uma questão com minha esposa que me fez despertar diversos sentimentos e pensamentos. Quando me olho agora, onde estou em minha vida e tudo que perdi ou deixei pra trás, vejo como frustrante a caminhada foi até aqui. Passei de um cara bonito e tímido pra um cara gordo e preguiçoso. Tenho minhas conquistas profissionais, mas, novamente, não foram fruto de trabalho duro, mas de uma inteligência inata que facilitou tudo que tentei. Desde a aprovação em uma Universidade Federal até a aprovação em um ótimo concurso, com a admiração profissional de várias pessoas. Mas no fundo eu sei que não me esforcei pra nada disso. Sei que tudo transcorreu sem esforço, sem que tivesse que derramar o suor e lágrimas que muitos derramam. E tudo isso culminou na minha situação atual. Pode ser que isso seja fruto da rotina precoce de PMO? Pode. Mas pode ser o contrário. Eu posso ter entrado nessa rotina já pela personalidade preguiçosa e suscetível a vícios.

Esse é um ponto interessante a colocar aqui hoje. Vejo que sou muito suscetível a vícios. Vou viciado assumido em álcool, tendo passado anos bebendo quase todos os dias. E minha rotinha desse vício envolve muitos gatilhos similares aos da PMO. Estar ansioso, querendo que o tempo passe o mais rápido possível, e os principais: estar sozinho e a necessidade de prazer imediato, sem esforço. Na época da minha faculdade comecei a fumar maconha com alguns amigos e entrei num vício psicológico profundo. Eu achava que a maconha era solução de todos os problemas da humanidade. Por sorte fui descoberto por minha família, que me obrigou a mudar de cidade (mudança que referi no post inicial) e tive que me afastar completamente da maconha. Esse afastamento foi essencial pra mim vida. Talvez nem as aprovações as quais me referi eu tivesse conseguido se continuasse a fumar. E todos esses vícios envolveram a condição de estar sozinho. Sempre gostei beber sozinho, fumar maconha sozinho e, óbvio, PMO sozinho.

Mas consigo ver que vício que mais me envolveu foi logo o primeiro, e que me acompanhou até criar esse diário. É engraçado que agora, vendo tudo que tentei pra mudar minha vida e ser uma pessoa melhor, todas tentativas nunca envolveram abandonar esse primeiro vício, afinal, já estava com ele desde antes dos 12 anos de idade. Não parecia ser a causa dos meus problemas, mas uma condição inerente ao meu ser. Um pun**tador nato. A intensificação no vício se agravou após essa mudança de cidade, pois não tinha amigos, parceiras, nem podia saciar o vício forte que havia criado com a maconha. Foi nessa época que passei a beber mais sozinho e me afundar na PMO. É vergonhoso dizer, mas estraguei um colchão com os restos do ato, já que, como meu quarto não possuía banheiro, após terminar o ato em minha mão, a limpava entre o colchão e o box. Algum tempo depois, minha mãe foi retirar o colchão e viu diversas manchas profundas e fétidas, que resultaram em jogar o colchão fora. Mas ainda assim não abandonei o vício. Passei a pegar papel higiênico e, após o ato, escondê-lo debaixo da cama para jogar fora do outro dia.

Como teria sido minha vida se tivesse abandonado o vício antes? Talvez tivesse mais parceiras, talvez tivesse maior sucesso profissional, talvez me sentisse uma pessoa melhor. Ou talvez teria sido a mesma, só que sem esse vício. Vai saber? Na dúvida, tenho que abandoná-lo para saber.

Uma questão que cheguei a conversar com meu terapeuta foi a falta de cuidado que tenho comigo. Na verdade, ele tocou nesse ponto antes de mim. Parei de me cuidar, seja no aspecto físico, seja na aparência. Não só ganhei muito peso, como comecei a perder cabelo e passei a andar mal vestido e despenteado. Visualizando como uma pessoa me vê entrando em uma sala, devo parecer ser alguém estranho, descuidado, sem qualquer auto estima. E só tenho a concordar com essa pessoa, pois é isso que sou (ou era) hoje. Pode ser que esse descuido seja reflexo da alteração nos meus estímulos cerebrais. Afinal, pra que me cuidar e me arrumar se no fim do dia terei dezenas de mulheres fazendo S na minha frente e, no fim, conseguirei alcançar o O do mesmo jeito.

Por incrível que pareça, estou achando essa experiência de escrever um diário extremamente proveitosa. Sei que é só o segundo dia, mas sinto algo diferente em mim. Sinto que devia ter feito isso antes, mas sem o ambiente que temos aqui, acho que não teria o mesmo efeito. Se tivesse escrito um diário somente para mim, em poucos dias ou talvez no próprio segundo dia, já teria o abandonado por completo. Aqui tenho a pressão da plateia e, mesmo assim, a certeza de que não serei julgado, afinal estamos aqui por um vício vergonhoso. Podem haver outras, mas a vergonha de uma DE causada por um simples comportamento deve ser uma das maiores. Lógico, é um comportamento reiterado por diversos anos, sempre se intensificando, causador de traumas profundos nos estímulos cerebrais. Mas é muito vergonhoso, já que não algo é que independe de você. Você é o vilão dessa história. Eu sou o vilão da minha história.

E a vergonha fica maior, especialmente quando se tratam de pessoas casadas ou com companheiras de longo prazo. Senti vergonha na primeira DE? Sim, claro. Mas com o passar dos anos e o aumento da frequência, passou a ser algo muito indesejado, mas já esperado. E com pessoas aleatórias, que encontramos em qualquer aplicativo de relacionamento, é fácil esquecer. A partir de amanhã você nunca mais verá a pessoa e problema resolvido. O problema é quando essa pessoa está na sua casa, vivendo todo dia na sua presença, dividindo a mesma cama com você. Amanhã você acordará e terá ela ao seu lado. No outro dia também. E no outro. E no outro. Até que a pessoa se canse e te deixe (ou não né, mas as probabilidade jogam contra). E se a pessoa te deixar, quem será você? Eu serei um gordo, calvo, preguiçoso, procastinador e bro*a.

Não tinha essas reflexões nas outras vezes que tentei encarar o vício em PMO. Talvez até tivesse, mas minha confusão e aceleração mental as mandava embora como folhas num vendaval. E acho que a diferença está nesse diário. Antes de fazer qualquer coisa durante o dia, reflito sobre como trarei isso pra cá. Pode ser uma virada de página e o presságio de uma mudança, não acham? Tinha muito mais coisas pra falar aqui, mas já me estendi demais e vou deixar pra depois, até mesmo para continuar tendo assuntos para voltar e não abandonar o projeto que estamos.

Sobre o dia de hoje: minha esposa saiu para trabalhar de manhã. Em outra época, já acordaria com PMO. Mas hoje treinei musculação e fiz aeróbico de manhã, comi arroz integral, tilápia, alface e tomate no almoço (detesto salada) e organizei a casa. Meus amigos me chamaram para ir num barzinho no fim de tarde. Como estava incomodado com essa questão com minha esposa, achei melhor ir para esvaziar a cabeça sem ter o perigo de recorrer à PMO. Mas antes, como sabia que beberia, nadei por 30 minutos. A bebida é um dos meus gatilhos da PMO, mas acho que está mais vinculada ao fato de beber e utilizar da PMO quando estou sozinho. Penso que retirar dois vícios ao mesmo tempo vai deixar a tarefa muito mais árdua e com mais riscos de fracasso. Então decidi que vou beber, mas somente quando estiver acompanhado.

Enfim, chego no fim do dia sem grandes tentações. A única, talvez, seja a vontade ficar no Instagram vendo mulheres aleatórias para dar um mínimo da endorfina da PMO. Era um hábito quase que automático durante o dia. Hoje, cheguei a abrir o aplicativo, dei uma rolada para baixo, mas fechei rapidamente. Acho que foi uma vitória.

Por hoje é isso. Abraço galera.

Blz Morgan, bem-vindo ao fórum! Aqui é o lugar para escrever mesmo. Tenho tantos pontos em comum com a sua história. Desejo sucesso na sua batalha. Estarei acompanhando suas publicações.

Força e Sucesso.
Vlw.

Eae meu irmão, estamos com os mesmos numeros de dias praticamente. Vamos chegar junto nesses 90 dias em!

Opa, finalizando o terceiro dia aqui.

Zero problemas por enquanto.

Resolvi a questão com a patroa que estava me incomodando e aproveitei a deixa pra falar um pouco dessa batalha que decidi enfrentar agora. Não falei do fórum porque ainda não acho a hora, mas quem sabe num futuro próximo eu mostre pra ela.

Estou morto. Fiz 3 treinos hoje, comi bem, fui almoçar na casa de meus pais, ocasião que sempre bebo e como demais, mas segurei bem a comida e não bebi.

Amanhã minha esposa fica fora de casa até terça a noite. Esse período será o de provação mais forte. Vou aproveitar pra escrever mais coisas aqui pra fortalecer o espírito. Então até amanhã.

Por hoje é isso. Abraço galera.

É isso aí irmão!
Parabéns pelo empenho. Tô no dia 55 do hardmode e o conselho que posso dá é que evite os gatilhos. Lembre-se que a pornografia já te sugou muita energia e vitalidade. PMO é ilusão cara! Só serve pra entorpecer. Ocupa a cabeça só máximo. Quanto menos tempo ocioso,melhor. É assim que Tenho feito. Boa sorte!

Todos que estão aqui no forum sabem a luta que é para vencer a PMO. É pedir muita ajuda de Deus, e penso todos os dias para que nos afaste deste mau.
Morgan, força! Deus, abençoe sua vida!

Semana começando.

Já tinha visto em algum lugar que o maior problema dos vícios é a rotina ou os hábitos que envolvem o comportamento viciado. Penso que o final de semana foi tranquilo, pois tive diversas atividades (apesar da maioria eu mesmo ter criado) que ajudaram a alterar a rotina. Só que com o início de semana, iniciam as atividades rotineiras que não tem como alterar e que possuem gatilhos pro vício. Eu, por exemplo, tenho uma ansiedade inexplicável no início da tarde/pós almoço durante a semana. E essa ansiedade de uns tempos pra cá passou a se associar com o vício. Outro momento é a saída do trabalho, quando sinto o desejo principalmente pelo álcool.

Daí vem a necessidade de alterar o ambiente e as atividades nesses momentos críticos. Esse texto aqui acho que vai servir justamente pra isso. Pra ajudar na ansiedade, afastar a vontade e servir de reforço pra motivação da batalha. Refletindo sobre tanto o vício em PMO como em álcool, chego à conclusão que tais comportamentos servem pra matar o tempo, principalmente quando estou sozinho. A vontade subconsciente de procrastinar é gigantesca, mas o simples fato de não fazer nada ou fazer uma atividade banal como ver uma série ou ficar batendo papo não fornece dopamina o suficiente pra saciar minha mente. Então, buscando o máximo prazer pelo mínimo esforço, sempre busquei refúgio no álcool e na PMO. Noto isso porque o simples fato de estar em reboot e buscando diminuir o domínio do álcool, por si só, não geraram (ainda) um aumento na produtividade. Apesar de já ter cumprido mais tarefas do que de costume, ainda há algo dentro de mim tentando fugir descontroladamente das atividades importantes. Mas eliminando a PMO e o álcool, não sobra muita coisa pra fazer kkkkkk. Então estou direcionando, por enquanto, esse tempo procrastinado em algo mais útil (apesar de não ser a utilidade que deveria, já que esta seria cumprir a tarefa que estou procrastinando). Assim, estou me enchendo de atividade física e dos pensamentos pra colocar aqui. Aos poucos vou inserindo as atividades que realmente preciso fazer, para cumpri-las um pouco de cada vez, até ter cumprido tudo. Acho que é uma estratégia boa.

Hoje à tarde vou falar da minha parte física.

Nunca fui uma pessoa magra. Desde criança sempre me alimentei de maneira bastante ruim, tendo criado uma aversão a legumes e principalmente verduras. Não era uma criança obesa, mas também não era uma criança magra. No ensino médio, era levemente acima do peso, mas por ser baixo ficava a impressão que era mais gordo do que de fato era. E isso afetava bastante minha autoestima, mesmo tendo diversos indícios de que eu não era feio ou não atraente. Nas poucas vezes que tinha coragem de chegar em meninas, quase sempre o resultado era positivo. Mas como ninguém é perfeito, as vezes em que era rejeitado me afetavam demais. Ficava muito pra baixo com qualquer rejeição. Até me esqueci do tanto de vezes que, após uma rejeição banal (ex: uma menina em uma festa não quis ficar comigo), prometi a mim mesmo focar em exercícios e ficar sarado pra todas mulheres me quererem. Mas nunca levei essa promessa a sério. Pode ser que, como disse em outro post, o fato de ter lindas mulheres transando comigo na minha imaginação ou fazendo S na minha frente na tela do computador já me desse os estímulos mentais suficientes pra não levar a promessa a sério. Isso, porque apesar de ter feito várias promessas como parar de beber, me alimentar direito, levar a academia a sério, dentre outros, nunca tinha feito a promessa de parar com a PMO. Afinal, era meu maior refúgio.

Sábado me lembrei de uma situação engraçada (pra não dizer trágica). Durante a faculdade, eu sentia bastante atração em uma das minhas superiores num estágio que fazia, e praticava bastante MO fantasiando S com ela. Não era minha chefe máxima, mas estava acima de mim na escala hierárquica. Na época ela devia ter uns 28 a 30 anos, enquanto eu tinha 20. Durante esse estágio, eu terminei o namoro longo que tive na faculdade, no qual já estava com indícios de início de DE, sendo que em uma das primeiras das relações que tive após o término, sofri uma DE completa (e coloquei a culpa no álcool). Certo dia, notei que essa superior estava muito galanteadora comigo (galanteadora kkkkkk), e me chamou meio que de maneira despretensiosa pra ir algum dia em sua casa tomar uma cerveja, já que morava sozinha. Oportunidade perfeita pra transformar as fantasias em realidade, certo? Errado. Eu fingi não entender a deixa e não fiz nada, com medo de falhar na hora H e ter que vê-la no outro dia no trabalho. Me contentei com o conforto da MO fantasiando com ela, sendo que podia ter tido uma relação real. A situação era tão trágica que, mesmo quando tinha uma relação mais duradoura com uma mulher, ficava aliviado quando não podia encontrá-la, pra poder praticar PMO sem preocupação. Buscando na memória agora, enquanto estava na faculdade e tinha mais oportunidades de ficar com garotas, diversas das que fiquei eu poderia ter levado pra cama, mas simplesmente não mais as busquei após ficarmos. Acho que era o receio de falhar, enquanto na solidão do meu quarto teria o mesmo prazer sem qualquer perigo de constrangimento. Após a mudança de cidade, como as oportunidades praticamente acabaram, recorri aos aplicativos de paquera. E mesmo assim, evitava bastante a possibilidade de ter um encontro real. Quando dava match, demorava pra responder, até muitas não me responderem mais. De vez em quando, surgia uma angústia em mim de não estar tendo nada real, e me dedicava a encontrar alguém. Em alguns desses encontros consegui ter relações proveitosas, mas em outros, vinha a DE, já sabendo que no próximo a tensão estaria maior e o risco de falhar também.

Pois bem. Pra finalizar a parte física, após a mudança ganhei bastante peso e desenvolvi hipertensão. Tomo remédio já faz uns 5 anos. Sei que a DE pode ser ocasionada por obesidade, hipertensão, alcoolismo e outros fatores biológicos, mas como já tive episódios antes de qualquer dessas condições, acho não são as causas dos meus problemas. Fiz em 2020 exames completos de hormônios e outros fatores que pudessem causar essa condição, mas todos estavam OK. Mesmo assim, amanhã vou fazê-los novamente, pra me certificar do que está correto e corrigir o que precisa ser corrigido.

Em tempo, ia fazer essa postagem à tarde, mas como depois de escrever tudo a ansiedade baixou bastante. Vou salvar o texto para postá-lo a noite junto com o fechamento do dia. Assim poupo vocês de mais um textão kkkkk.

Finalizando o dia 3, então. Como estava muito cansado de todas as atividades do final de semana, acordei quebrado. Mas me forcei a levantar, peguei meus cachorros e fui dar uma volta com eles. Tadinhos, fazia muito tempo que não passeava com eles. Após, fui pra piscina pra dar uma nadada, mas a mesma estava fechada pra manutenção, coisa que eu já sabia, mas nem me lembrava. Como chegaria muita tarde no trabalho se fizesse musculação, decidi não fazer nenhuma atividade de manhã, mas fui ao jiu jitsu a noite (e levei uma joelhada na cara que rasgou meu lábio kkkkkk). Me alimentei bem durante todo o dia e não tive nenhuma tentação específica de PMO. Como disse no começo do post, foi mais aquela sensação de: "Está na hora de uma olhada não? Vamos lá, você tá bem ansioso". Acho que não foi vontade em si, mas puro poder do hábito. Mas resisti. Amanhã venho novamente com mais divagações e o resumo do dia.

Por hoje é isso. Abraço galera.

Perdemos várias oportunidades de conhecer pessoas e ter ótimas experiências por causa do vicio em PMO. Continue firme na sua luta, que Deus te abençoe e te cure!

Morgan escreveu:Semana começando.

Já tinha visto em algum lugar que o maior problema dos vícios é a rotina ou os hábitos que envolvem o comportamento viciado. Penso que o final de semana foi tranquilo, pois tive diversas atividades (apesar da maioria eu mesmo ter criado) que ajudaram a alterar a rotina. Só que com o início de semana, iniciam as atividades rotineiras que não tem como alterar e que possuem gatilhos pro vício. Eu, por exemplo, tenho uma ansiedade inexplicável no início da tarde/pós almoço durante a semana. E essa ansiedade de uns tempos pra cá passou a se associar com o vício. Outro momento é a saída do trabalho, quando sinto o desejo principalmente pelo álcool.

Daí vem a necessidade de alterar o ambiente e as atividades nesses momentos críticos. Esse texto aqui acho que vai servir justamente pra isso. Pra ajudar na ansiedade, afastar a vontade e servir de reforço pra motivação da batalha. Refletindo sobre tanto o vício em PMO como em álcool, chego à conclusão que tais comportamentos servem pra matar o tempo, principalmente quando estou sozinho. A vontade subconsciente de procrastinar é gigantesca, mas o simples fato de não fazer nada ou fazer uma atividade banal como ver uma série ou ficar batendo papo não fornece dopamina o suficiente pra saciar minha mente. Então, buscando o máximo prazer pelo mínimo esforço, sempre busquei refúgio no álcool e na PMO. Noto isso porque o simples fato de estar em reboot e buscando diminuir o domínio do álcool, por si só, não geraram (ainda) um aumento na produtividade. Apesar de já ter cumprido mais tarefas do que de costume, ainda há algo dentro de mim tentando fugir descontroladamente das atividades importantes. Mas eliminando a PMO e o álcool, não sobra muita coisa pra fazer kkkkkk. Então estou direcionando, por enquanto, esse tempo procrastinado em algo mais útil (apesar de não ser a utilidade que deveria, já que esta seria cumprir a tarefa que estou procrastinando). Assim, estou me enchendo de atividade física e dos pensamentos pra colocar aqui. Aos poucos vou inserindo as atividades que realmente preciso fazer, para cumpri-las um pouco de cada vez, até ter cumprido tudo. Acho que é uma estratégia boa.

Hoje à tarde vou falar da minha parte física.

Nunca fui uma pessoa magra. Desde criança sempre me alimentei de maneira bastante ruim, tendo criado uma aversão a legumes e principalmente verduras. Não era uma criança obesa, mas também não era uma criança magra. No ensino médio, era levemente acima do peso, mas por ser baixo ficava a impressão que era mais gordo do que de fato era. E isso afetava bastante minha autoestima, mesmo tendo diversos indícios de que eu não era feio ou não atraente. Nas poucas vezes que tinha coragem de chegar em meninas, quase sempre o resultado era positivo. Mas como ninguém é perfeito, as vezes em que era rejeitado me afetavam demais. Ficava muito pra baixo com qualquer rejeição. Até me esqueci do tanto de vezes que, após uma rejeição banal (ex: uma menina em uma festa não quis ficar comigo), prometi a mim mesmo focar em exercícios e ficar sarado pra todas mulheres me quererem. Mas nunca levei essa promessa a sério. Pode ser que, como disse em outro post, o fato de ter lindas mulheres transando comigo na minha imaginação ou fazendo S na minha frente na tela do computador já me desse os estímulos mentais suficientes pra não levar a promessa a sério. Isso, porque apesar de ter feito várias promessas como parar de beber, me alimentar direito, levar a academia a sério, dentre outros, nunca tinha feito a promessa de parar com a PMO. Afinal, era meu maior refúgio.

Sábado me lembrei de uma situação engraçada (pra não dizer trágica). Durante a faculdade, eu sentia bastante atração em uma das minhas superiores num estágio que fazia, e praticava bastante MO fantasiando S com ela. Não era minha chefe máxima, mas estava acima de mim na escala hierárquica. Na época ela devia ter uns 28 a 30 anos, enquanto eu tinha 20. Durante esse estágio, eu terminei o namoro longo que tive na faculdade, no qual já estava com indícios de início de DE, sendo que em uma das primeiras das relações que tive após o término, sofri uma DE completa (e coloquei a culpa no álcool). Certo dia, notei que essa superior estava muito galanteadora comigo (galanteadora kkkkkk), e me chamou meio que de maneira despretensiosa pra ir algum dia em sua casa tomar uma cerveja, já que morava sozinha. Oportunidade perfeita pra transformar as fantasias em realidade, certo? Errado. Eu fingi não entender a deixa e não fiz nada, com medo de falhar na hora H e ter que vê-la no outro dia no trabalho. Me contentei com o conforto da MO fantasiando com ela, sendo que podia ter tido uma relação real. A situação era tão trágica que, mesmo quando tinha uma relação mais duradoura com uma mulher, ficava aliviado quando não podia encontrá-la, pra poder praticar PMO sem preocupação. Buscando na memória agora, enquanto estava na faculdade e tinha mais oportunidades de ficar com garotas, diversas das que fiquei eu poderia ter levado pra cama, mas simplesmente não mais as busquei após ficarmos. Acho que era o receio de falhar, enquanto na solidão do meu quarto teria o mesmo prazer sem qualquer perigo de constrangimento. Após a mudança de cidade, como as oportunidades praticamente acabaram, recorri aos aplicativos de paquera. E mesmo assim, evitava bastante a possibilidade de ter um encontro real. Quando dava match, demorava pra responder, até muitas não me responderem mais. De vez em quando, surgia uma angústia em mim de não estar tendo nada real, e me dedicava a encontrar alguém. Em alguns desses encontros consegui ter relações proveitosas, mas em outros, vinha a DE, já sabendo que no próximo a tensão estaria maior e o risco de falhar também.

Pois bem. Pra finalizar a parte física, após a mudança ganhei bastante peso e desenvolvi hipertensão. Tomo remédio já faz uns 5 anos. Sei que a DE pode ser ocasionada por obesidade, hipertensão, alcoolismo e outros fatores biológicos, mas como já tive episódios antes de qualquer dessas condições, acho não são as causas dos meus problemas. Fiz em 2020 exames completos de hormônios e outros fatores que pudessem causar essa condição, mas todos estavam OK. Mesmo assim, amanhã vou fazê-los novamente, pra me certificar do que está correto e corrigir o que precisa ser corrigido.

Em tempo, ia fazer essa postagem à tarde, mas como depois de escrever tudo a ansiedade baixou bastante. Vou salvar o texto para postá-lo a noite junto com o fechamento do dia. Assim poupo vocês de mais um textão kkkkk.

Finalizando o dia 3, então. Como estava muito cansado de todas as atividades do final de semana, acordei quebrado. Mas me forcei a levantar, peguei meus cachorros e fui dar uma volta com eles. Tadinhos, fazia muito tempo que não passeava com eles. Após, fui pra piscina pra dar uma nadada, mas a mesma estava fechada pra manutenção, coisa que eu já sabia, mas nem me lembrava. Como chegaria muita tarde no trabalho se fizesse musculação, decidi não fazer nenhuma atividade de manhã, mas fui ao jiu jitsu a noite (e levei uma joelhada na cara que rasgou meu lábio kkkkkk). Me alimentei bem durante todo o dia e não tive nenhuma tentação específica de PMO. Como disse no começo do post, foi mais aquela sensação de: "Está na hora de uma olhada não? Vamos lá, você tá bem ansioso". Acho que não foi vontade em si, mas puro poder do hábito. Mas resisti. Amanhã venho novamente com mais divagações e o resumo do dia.

Por hoje é isso. Abraço galera.

Que postagem bacana, que vivência, realmente todos nós de certa forma nós identificamos uns com os outros, e muita coisa que você colocou aqui serve pra mim também, obrigado meu irmão, fica firme aí.

Boa noite galera. Finalizando o dia 4 sem maiores problemas. Coletei vários exames hoje pra ver tanto a parte hormonal como a saúde em geral, vamos ver o que sai.

Apesar de ser um dia tradicional, a tentação foi menor. Ainda não estou vencendo a procrastinação, mas já dei início a atividades que estava protelando há muito tempo, como fazer o controle da minha vida financeira. Ano passado tive muitos gastos e simplesmente abandonei todo controle que tinha. É aquela coisa: pensar que tinha que arrumar isso me dava muita ansiedade, a ansiedade me levava à PMO, que por sua vez consumia todo meu tempo útil e me dava sensação de bem estar, mesmo fugindo do problema. Hoje comecei a levantar até onde o buraco vai e já vi que a situação está feia. Mas não hei de lamuriar. Agora é encarar o problema e achar a solução, custe o que custar.

Esperei bastante pra coletar os exames de manhã e cheguei em casa mais tarde do que esperava. Pensei em abandonar os exercícios de manhã para não me atrasar tanto, mas tomei coragem e desci pra fazer pelo menos 30 minutos de musculação. Acho que está parecendo que moro em uma mansão ou gasto horrores com academia e clube, mas na verdade moro naqueles condomínios de prédios que tem várias torres, mas também muitas coisas na área comum, compartilhadas com todas as torres. Nunca usufruia dessas coisas, pois dava a desculpa que estaria tudo lotado, já que muita gente mora aqui. Mas agora vejo que a imensa maioria deve usar das mesmas desculpas e essas áreas estão sempre vazias ou com pouca gente usando. Sobre meus horários, também tenho bastante flexibilidade. Cumprindo minhas obrigações, posso entrar e sair na hora que quiser, desde que pelo menos apareça no dia. O que eu geralmente fazia era, procastinava essas obrigações, acumulando muita coisa, e quando via que o negócio ia desandar, fazia tudo correndo no desespero, aumentando pra caramba a ansiedade. Daí, ao invés de botar tudo em dia, voltava a procrastinar por estar ansioso, acumulava tudo de novo e assim sucessivamente. É o próximo ponto a trabalhar.

Apesar de não ter sofrido tanta vontade ou impulso, parece que hoje bateu saudade da PMO kkkkkk. Um sentimento estranho de afeição ao vício, mesmo que há 3 dias atrás eu estivesse achando a coisa mais asquerosa do mundo. Acho que é outra forma da tentação aparecer. Mas sigo firme.

Por hoje é isso. Abraços galera.

Isso aí Morgan, não dê muita bola pra esse tipo de pensamento, que em breve vc nem vai lembrar que P existe. Um abraço

Boa noite galera. Fechando o dia 5.

Hoje o dia foi foda. Não pela vontade de PMO em si, mas pelo desespero da procrastinação. Fiz natação de manhã e fui trabalhar muito bem. Até pensei no carro: "nem lembro a última vez que me senti bem assim". Achava que o dia ia ser foda, no sentido positivo. Ledo engano.

Após poucos minutos de trabalho comecei a sentir um desespero, uma vontade louca de fazer qualquer coisa menos trabalhar. Esse desespero foi me consumindo que afetou até minha respiração. Parecia que estava em uma crise ansiedade ou ataque de pânico (talvez até estivesse). Que loucura, que sensação maluca. Acho que até sentia isso antes, mas logo recorria à PMO que me entupia de dopamina. Como agora não tenho mais esse escape, tampouco o da bebida, já que não vou beber durante a semana, essa crise ficou mais palpável, mais intensa. Tentei lutar bastante contra, mas só fui começar a vencer a guerra no fim do dia. À noite fui ao jiu jitsu, o que me esgotou fisicamente e deu uma melhorada geral.

Caramba. Que sensação doida. Espero que isso diminua com o passar do tempo. Mas o vício foi vencido mais um dia. Estou esgotado e já na cama. Sem condições de escrever mais.

Por hoje é isso. Abraço galera.

Finalizando o dia 06.

Foi um dia melhor. Fiz terapia de manhã, conversei bastante sobre o tema com o psicólogo. Foi bastante proveitoso.

Durante o dia, tive um pouco de ansiedade, mas nada que fosse exagerado. Continuei nos exercícios de manhã e a noite e mantive a dieta. Tive oportunidade de beber e sair da dieta, mas me mantive firme. Os primeiros resultados dos exames começaram a sair. De alterações, por enquanto, colesterol, TGP, GamaGT e CPK. Tudo decorrente da obesidade e consumo excessivo de álcool, ferrando com meu fígado. Que bosta kkkkkkk. Mas vamos em frente.

Por hoje é isso. Abraços galera.

Dia 07. Recai.

Não na batalha. Só na dieta kkkkk.

Sai com patroa e uns amigos pra um barzinho. Bebemos e comi um pouco, mas continuei com fome, pq comi muito pouco durante o dia. A patroa foi pra casa antes e quando eu saí não resisti e passei no BK pra pegar um lanchão pra matar a fome.

Me arrependi logo depois, mas fazer o que? Dos problemas, o menor. Sigo firme na luta.

Uma semana sem PMO fechada. Vamos pra próxima .

Por hoje é isso. Abraço galera.

Boa morgan, mesmo caindo na dieta, mais uma semana longe da P. Parabnes,

Opa amigo, como andam as coisas por aí ?

Boa tarde,

Demorei muito pra tomar coragem e voltar aqui, então só vou ir jogando as coisas depois da reviravolta que minha vida deu.

2 dias depois da minha última postagem eu recai pesado. Entrei num estado de procrastinação e apatia que chegou a assustar minha família. Meus pais e minha irmã me chamaram na casa deles e pediram para que eu fosse a um psiquiatra avaliar uma possível bipolaridade, já que minha mãe e irmã também são bipolares. Eu já havia sido diagnosticado com TDAH, mas bipolaridade nunca havia passado na minha cabeça.

Eu já estava descrente de qualquer possibilidade de melhora. Estava bem mal e achava que o problema era comigo mesmo e jamais teria solução. Tive a consulta no início de março com um dos maiores especialistas no país em São Paulo e ele concluiu pelos dois diagnósticos, tanto TDAH como bipolaridade. Comecei a medicar a bipolaridade também (já tomava remédio pra TDAH) e senti uma melhora significativa no humor, no ânimo e na bebida. A PMO reduziu um pouco, mas não foi eliminada. Troquei meu terapeuta para um psicólogo especializado tanto em transtorno bipolar como em sexologia. Achei que resolveria minha situação com minha esposa com essa nova abordagem.

Dia 16 de março minha esposa tentou uma abordagem sexual, mas recusei com medo de que, por estar iniciando o tratamento, uma falha comprometesse minha evolução. Dia 18 de março tínhamos um aniversário para ir, e ela pediu para ir depois, pois sairia com uma amiga, mas no final das contas falou que não queria mais ir. Cheguei tarde em casa esse dia, pois abri aos meus amigos meus diagnósticos e tive uma reação muito boa deles. No dia 19 ela disse que queria sair para jantar sozinha, pois queria pensar. Perguntei o que havia acontecido e se ela queria conversar, e ela disse que sim, mas não naquele dia. Saiu e voltou 01 da manhã. No dia 20 a noite fomos conversar, e ela visivelmente brava me indagou sobre meu vício em PMO. O que eu assistia, quando eu assistia, a quanto tempo eu assistia e etc. Disse que meu vício machucava muito ela e que ela considerava isso uma traição. Fiquei sem reação, pois sabia que de fato estava afetando nossa relação há tempos. Mas ela já sabia desse vício há mais de 1 ano e meio e nunca me questionou nada, e além disso eu estava fazendo uma abordagem completamente diferente. Tomando uma nova medicação, troquei de terapeuta para um sexólogo e tentando ajustar minha cabeça para melhorar toda minha condição.

2 semanas depois saímos para um barzinho e bebemos bastante. Parecia estar tudo bem, mas em casa começamos a brigar e ela jogou na minha cara que eu não me preocupei onde ela estava no dia 18 de março, no dia do aniversário. Resolvemos a briga, mas fiquei encucado, pois eu tinha mensagens no celular com ela me falando todos os lugares que foi aquele dia, até chegar em casa. Depois dela ir dormir, peguei o celular dela e vi pelo google maps (já que o Whatsapp era bloqueado por digital) que ela não veio pra casa depois de sair do barzinho que estava com a amiga. Resumindo, depois de 2 dias de confrontos ela assumiu que me traiu tanto no dia 18 como no dia 19 como o nosso personal, que atendia tanto eu quanto ela. Terminei com ela e pedi o divórcio.

Durante a relação eu já havia percebido que ela também tinha sintomas de transtorno bipolar, ainda mais do que eu. E um dos sintomas mais específicos da fase de mania é a hipersexualização, que resulta em um vício a sexo ou, na maioria das vezes, em PMO. Mas minha ex nunca demonstrou qualquer sintoma nessa parte sexual, justamente o contrário. O nosso distanciamento sexual começou por parte dela, que não queria transar em uma época que a depressão veio forte. Eu entendi a situação dela e não pressionei. Só que aí mergulhei ainda mais fundo na PMO, chegando no ponto que estou hoje. Acontece que, por pior que seja o impulso sexual, ainda que sintoma de doença, a traição como aconteceu é imperdoável. Ainda mais da forma como ocorreu e na situação em que eu estava. Minha condição psiquiátrica também me dava impulsividade sexual, mas para não trair nunca minha esposa, recorri a essa maldição que destruiu minha vida. Jamais teria feito algo que machucasse tanto a pessoa que mais amo como ela fez.

Nas duas primeiras semanas após a separação, estava com nojo de PMO. Uma vez até abri um vídeo, mas imaginei minha esposa e o amante e fechei na hora. Mas após passar esse período da raiva, veio a tristeza, a angústia, a sensação de desespero, de abandono, e voltei. Nas últimas 2 semanas ela tem me consumido de uma maneira muito forte e eu percebo que grande parte dos meus problemas vem dessa desgraça. Eu quero tanto abandonar isso, quero tanto viver uma vida plena e livre. Mas como pode ser tão difícil?

Quando comecei meu relato aqui, os primeiros dias foram muito fáceis. Eu até desdenhei na minha cabeça daqueles que recaiam, pensando que, uma vez reconhecido o problema e empenhado em mudar, é só continuar com o que está sendo feito. Mas pqp, é muito difícil. Principalmente nos momentos de tristeza e de dor. É uma fonte de prazer rápida, sem esforço, que toma seus pensamentos e faz com que vc esqueça os seus problemas. É exatamente como uma droga que opera no cérebro. Só que tudo que vc precisa pra se drogar é um celular e um tempo sozinho. É fácil demais. Aparentemente sem risco demais.

Quero começar um novo reboot, mas minhas energias estão drenadas. Demorei muito tempo pra voltar aqui. Queria ter voltando quando comecei o tratamento, antes da traição. Logo depois da traição quis voltar também. Quando voltei a PMO mais intensa, também quis voltar. Mas algo não me deixava. Só que hoje estou aqui de volta, não sei o motivo. Sem qualquer pretensão ou objetivo, só querendo me abrir pra vcs. Mostrar pra quem está começando até onde as consequências podem ir. Na primeira vez que postei aqui, achei que seria um exemplo de sucesso. De alguém que venceu e salvou o casamento e a vida. Talvez eu ainda consiga vencer na vida. Mas, por enquanto, sou só o exemplo de quanto no fundo do poço um ser humano pode chegar com a PMO.

Lendo minhas postagem, encontrei isso que falei no dia 02:

Morgan escreveu:E a vergonha fica maior, especialmente quando se tratam de pessoas casadas ou com companheiras de longo prazo. Senti vergonha na primeira DE? Sim, claro. Mas com o passar dos anos e o aumento da frequência, passou a ser algo muito indesejado, mas já esperado. E com pessoas aleatórias, que encontramos em qualquer aplicativo de relacionamento, é fácil esquecer. A partir de amanhã você nunca mais verá a pessoa e problema resolvido. O problema é quando essa pessoa está na sua casa, vivendo todo dia na sua presença, dividindo a mesma cama com você. Amanhã você acordará e terá ela ao seu lado. No outro dia também. E no outro. E no outro. Até que a pessoa se canse e te deixe (ou não né, mas as probabilidade jogam contra). E se a pessoa te deixar, quem será você? Eu serei um gordo, calvo, preguiçoso, procastinador e bro*a.

Parece que as probabilidades venceram. É foda.

É isso. Me desculpem pelo desabafo, ainda estou tentando reorganizar minha vida.

Boa noite.

Voltando aqui depois de muitos meses. A ideia é não ter textão, só voltar mesmo.

Pra atualizar desde minha última postagem, minha ex-esposa quis voltar comigo várias vezes, mas devido à gravidade do que aconteceu, não voltei. Não preciso da volta da relação frustrada, preciso resolver meus problemas pessoais.

Não consegui parar com a PMO depois da separação, usando de fuga para meus problemas e frustrações. Desde que me separei tive 3 relações sexuais, mas nenhuma foi proveitosa.

Só que hoje é um dia importante pra mim, e quero mais do que nunca que as coisas mudem. Vou reiniciar o reboot e quero toda ajuda que for possível.

Ainda dá tempo desta ser uma história de superação. Me desejem sorte e principalmente força.

Continue firme irmão, tô no início do meu Reboot também, então vamos nos ajudar, temos história um pouco parecidas, ja fiz o Reboot algumas vezes e posso afirmar ele funciona Com certeza funciona. Vou acompanhar seu caso, fica firme irmão.

Caralho me identifiquei mais do que gostaria pqp.

Força para não voltar com a sua ex, a minha me traiu tb sob circunstâncias diferentes mas muito semelhantes mas racionalizando foi OTIIMO no longo prazo, vamos usar isso para termos mais força e dar a volta por cima.

Continua com a dieta e nutricionista, arranja um personal para te ajudar no treino tb, deposite suas energia nisso cara.

Pense e reflita no seu AMBIENTE, as pessoas, lugares etc, mude e evite o que lhe faz mal, desenha ai o cara que você quer ser e esquematiza o plano, você vai conseguir.

Vou acompanhar sua história, tmj!