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burrows96
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Data de inscrição : 09/02/2020

Vida Obscura - Buscando sair do fundo do poço. Empty Vida Obscura - Buscando sair do fundo do poço.

10/2/2020, 00:21
Salve galera!

Me encontro num ponto da minha vida que está insustentável. Venho aqui nesse fórum nesse momento vomitar tudo o que se passa pela minha cabeça, sem me importar com julgamentos. Venho tornar público com o fim de trazer luz à essa escuridão que está a minha vida.
Sou viciado em pornografia das mais pesadas que existe, a ponto de não ter mais interesse em sexo real. Tenho problemas relacionados à identidade sexual e HOCD.
Na minha infância sofri uma tentativa de abuso sexual de um parente próximo (Que graças à Deus o ato não chegou a ser consumado). Essa tentativa de abuso destruiu a minha identificação com a minha masculinidade. Até os meus 14 anos sentia medo de tudo o que era relacionado à masculinidade e era um jovem extremamente introvertido e ansioso. Nunca me senti trans ou homossexual, mas cresci faltando essa peça na minha vida, até mesmo uma certa vergonha disso.
Por volta dos meus 13 anos, comecei a ter interesse por sexo. Gostava das garotas mas ao mesmo tempo eu tinha medo de ter contato sexual com elas. Era uma mistura de tesão e pânico.
Comecei nessa mesma época a ter contato com pornografia via internet. No início as cenas eróticas me causava muita ansiedade, mas como tudo o que causa vício, acabei desenvolvendo tolerância por essa droga.
Sempre fui estudioso e tirava boas notas na escola e a partir do momento que comecei a ter acesso diário à pornografia, me tornei um vagabundo. Comecei a assistir pornografia por várias horas por dia, era só chegar da escola (quando ia) que eu passava horas assistindo. Até que um certo dia através de uma propaganda descobri um site de pornografia homossexual, daí em diante aquelas cenas se tornaram frequentes na minha cabeça e a minha ansiedade em relação a mulheres aumentou. Comecei a ver toda a escória possível de pornografia, não cheguei e nunca tive interesse em pedofilia ou algo do tipo, mas uma relação sexual normal já não me causava mais excitação.
Por volta dos 16 anos comecei a ter contato com garotas, e continuava a vendo pornografia homossexual com frequência e sentia muita vergonha por isso. Parece que esse tipo de pornografia era um "remédio" que atenuava o trauma que eu sofri no passado e ao mesmo tempo me trazia mais dependência, mais problemas em relação a minha identidade masculina e nessa mesma idade eu já estava brochando quando tentava ter relação com mulheres, eu sentia muito tesão mas eu não funcionava.
Aos 18 comecei a fazer faculdade (que eu larguei por não conseguir estudar pois preferia ver pornografia) e trabalhar, mas eu não rendia em nada em que eu fazia. Desenvolvi vício por cigarro e álcool e desde então abuso muito dessas drogas. Penso que esse ciclo de PMO, álcool e cigarro era uma forma de fugir da realidade, pois quanto mais eu usava, mais eu queria e isso atrapalhou e vem atrapalhando muito a minha vida pessoal e profissional.
Estou com 24 anos e desde a adolescência me encontro preso nesse vício. Estou num ponto que pra me excitar, preciso assistir cenas nojentas que causaria vômito em qualquer pessoa com a mente sã, e são cenas que eu nunca teria coragem de fazer na realidade. Esses pensamentos em relação à pornografia homossexual me atormenta, mas eu tenho bem claro na minha mente que não sou homossexual, pois gosto de mulheres e a tentativa de um contato real com homem me causou muito nojo, pois não é algo da minha natureza, e se assim fosse, me aceitaria numa boa porque não vejo problemas nisso. Essa excitação por esse conteúdo que eu desenvolvi tem relação com a tentativa de abuso que ocorreu na minha infância. Estou num ponto que não desenvolvo mais nada na minha vida. Já não estudo mais, passo noites assistindo pornografia pesada, não sinto mais prazer na ejaculação, só tenho ereção com pornografia, dependo de café pra ficar acordado durante o dia, perdi o interesse em sexo real e relacionamento com mulheres, resumindo: só tenho prazer em álcool e pornografia. Desenvolvi o fetiche de observar homens urinar via pornografia a ponto de ter dificuldade para urinar, se for em banheiro público chego até a sentir dor ao tentar. Tenho todos os sintomas de um depressivo, embora eu negue pra mim mesmo.
Quero ter uma vida normal, poder estudar, trabalhar, namorar uma garota bacana, sem esses grilos que carreguei a minha vida toda.
Meu pênis vive machucado por causa de tanto esforço ao me masturbar. Não quero chegar ao ponto de tirar a minha vida, já pensei na possibilidade mas não tenho coragem e nem quero alimentar essa possibilidade na minha cabeça.
Estou decidido a mudar. Até hoje eu não tive uma vida, eu digo que sobrevivi.
Não estou mais afim de lamber minhas feridas e tomar uma atitude de homem pra sair dessa merda. Não quero nunca mais ter contato com pornografia e cortar meu consumo de álcool e cigarro. Sei que sair dessa zona de merda que eu me encontro não será fácil, mas ou eu saio dessa vida, ou não vou viver por muito tempo, pois já estou tendo problemas arteriais por conta do meu consumo de álcool/cigarro e por não ter coragem de levantar a bunda da cadeira pra fazer exercícios. Vou vencer essa parada!
Peço desculpas se a postagem ficou fora de ordem e pelo tamanho do texto. Agradeço muito pelas pessoas que tornaram esse fórum possível. Hoje será o meu primeiro dia sem drogas (PMO, cigarro e álcool). Vou começar a praticar esporte nessa semana pra vencer essa merda de depressão e os problemas arteriais que desenvolvi. Postarei diariamente o meu progresso. Fiquem à vontade para fazer perguntas sobre a minha vida (nada que revele a minha identidade), acredito que a troca de experiências é um grande motor para uma mudança de vida.
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Convidado
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Vida Obscura - Buscando sair do fundo do poço. Empty Re: Vida Obscura - Buscando sair do fundo do poço.

10/2/2020, 07:50
Sou mulher e com esse mesmo vício em pornografia pesada. Vou agora sair de casa mas quando voltar já respondo em condições, até logo. Lê o meu diário tenho lá vídeos interessantes sobre a pmo
Kirateus
Kirateus
Mensagens : 105
Data de inscrição : 24/01/2020
Idade : 28

Vida Obscura - Buscando sair do fundo do poço. Empty Re: Vida Obscura - Buscando sair do fundo do poço.

10/2/2020, 10:55
"Até hoje eu não tive uma vida, eu digo que sobrevivi."
Eu sei como é esse sentimento burrows96. A minha adolescência foi assim, sobrevivendo. Não tive relações amorosas com garotas nessa fase da vida, por causa desse problema.
Que bom que você não desistiu de lutar contra esse vício e agora está dando esse passo importante nessa luta. Você já tem uma boa noção da sua situação frente ao vício, o que já é muito bom. Aqui no fórum, você vai se deparar com vários casos, que podem, de uma forma ou de outra, lhe ajudar na sua luta contra esse vício, que todos nós também lutamos. Recomendo, quando tiver tempo, que leia também os diários de outras pessoas aqui.
É interessante que no combate ao vício de pornografia, você também combata outros vícios que possua, como o cigarro e o álcool que mencionou. Pois eles podem te atrapalhar no tratamento contra o vício de pornografia.
Procure instalar os bloqueadores no seu computador e celular, para dificultar o seu acesso ao P, e coloque as senhas deles em um lugar em que você não consiga pega-las. E também muito importante, evite ficar ocioso, foque nas atividades de ligação durante esse período de Reboot, como exercícios físicos, passeios, leitura de livros, meditação, etc. Só não deixe o tempo que antes vc gastava com P, sem ter nada pra fazer. Procure desenvolver a sua vida pessoal. E vai relatando aqui no seu diário o seu progresso, pois vai ser muito importante para que os integrantes daqui do forúm possam te ajudar e apoiar. Você pode também instalar um contador de dias também se preferir.

E é isso companheiro, o início vai ser difícil, mais sabia que os benefícios que irá ganhar com o tempo, não tem preço!!

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"A grande questão não é que você errou, mais sim, como reagirá ao erro!!!
Meu 1° diário: https://www.comoparar.com/t10084-meu-espinho-da-carne

Diário Atual: https://www.comoparar.com/t13127-ainda-na-luta-e-sempre-meu-espinho-na-carne

 
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