Desabafo de um experimento

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Desabafo de um experimento - Página 5 Empty Voltei

30/6/2023, 13:38
Amigos, voltei.
Pois bem, estava pronto pra digitar um monte de textos aqui, mas pensei melhor, só vou começar de novo.

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30/6/2023, 13:47
Tenho buscado muito material sobre o assunto, as relações que P tem com autoestima, infância, relação com os pais, relacionamentos e afins é surpreendente.
O Livro: Com toda Pureza, do Tim Chester é muito bom!

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15/1/2024, 22:05
Bom amigos!
Preciso voltar a escrever aqui.
Gostaria de trazer mensagens boas, se de fato eu tivesse ficado 200 dias sem PMO.

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16/1/2024, 07:46
henrique__ escreveu:Tenho buscado muito material sobre o assunto, as relações que P tem com autoestima, infância, relação com os pais, relacionamentos e afins é surpreendente.
O Livro: Com toda Pureza, do Tim Chester é muito bom!

Gostei bastante da indicação do livro!
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16/1/2024, 08:26
OK, let's go!
Logo cedo eu dei uma olhada em todo o tópico que escrevi, quando comecei, em 2020. É engraçado pensar o quanto as coisas mudaram em quatro anos. Talvez o tempo fale muito mais da mudança que aconteceu comigo, do que de fato das coisas que eu faço. Nestes quatro anos vivi experiencias de libertação incríveis, passei muito tempo longe de todo tipo de conteúdo ou ato libidinoso (me senti um idoso escrevendo essa palavra), mas a caminhada não é fácil e há muitas pedras no caminho.
Ano passado eu vivi os dois extremos do processo em pouquíssimo tempo. Pouco antes de setembro eu estava em uma crescente de liberdade muito grande, faziam muitos e muitos dias que eu não consumia P e estava motivado a ficar sem M. Mas uma arma foi usada contra mim que eu não esperava que fosse possível.
Em um grupo de NOFAP September eu cai na famosa brotheragem, sim amigos. Entre provocações e brincadeiras fui levado a pratica e a coisa começou a ficar pior. De um grupo com um proposito bom, saiu outro com intenções negativas, deste, eu mergulhei em grupos do telegram e do twitter, quando me vi vencido. Meu celular estava lotado de pornografia e minha cabeça só pensava em uma coisa. Logicamente nestes grupos encontrei pessoas que queriam mais e mais, a brincadeira me levou ao fundo do poço do compartilhamento e da bagunça coletiva. Chamadas de vídeos, vídeos adultos, compartilhamento de links, incentivos e incentivos me levaram ao máximo da despersonalização.
Em novembro eu tive férias do trabalho e viajei, mas a viagem foi só gatilho para me afundar nestes grupos. Passei madrugadas batendo papo e outra coisa, com supostos "parceiros". Mergulhei cada vez mais e descobri nomes e termos que não imaginava que existiam. Em lapsos de realidade e culpa eu deletava as contas, apagava tudo, mas em seguida voltava, mais e mais gatilhado. Descobri uma rede absurda, imensa, de pessoas que se motivam e se afundam juntas.
Pouco antes do natal eu decidi contar isso para minha psicóloga e então tomei razão de onde eu estava e oque eu estava fazendo.
Consegui me livrar de algumas coisas, mas não de tudo novamente. No fundo não tenho vontade nem de uma coisa, nem de outra. Só não quero estar.
Enfim, até breve.

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16/1/2024, 09:41
henrique__ escreveu:OK, let's go!
Logo cedo eu dei uma olhada em todo o tópico que escrevi, quando comecei, em 2020. É engraçado pensar o quanto as coisas mudaram em quatro anos. Talvez o tempo fale muito mais da mudança que aconteceu comigo, do que de fato das coisas que eu faço. Nestes quatro anos vivi experiencias de libertação incríveis, passei muito tempo longe de todo tipo de conteúdo ou ato libidinoso (me senti um idoso escrevendo essa palavra), mas a caminhada não é fácil e há muitas pedras no caminho.
Ano passado eu vivi os dois extremos do processo em pouquíssimo tempo. Pouco antes de setembro eu estava em uma crescente de liberdade muito grande, faziam muitos e muitos dias que eu não consumia P e estava motivado a ficar sem M. Mas uma arma foi usada contra mim que eu não esperava que fosse possível.
Em um grupo de NOFAP September eu cai na famosa brotheragem, sim amigos. Entre provocações e brincadeiras fui levado a pratica e a coisa começou a ficar pior. De um grupo com um proposito bom, saiu outro com intenções negativas, deste, eu mergulhei em grupos do telegram e do twitter, quando me vi vencido. Meu celular estava lotado de pornografia e minha cabeça só pensava em uma coisa. Logicamente nestes grupos encontrei pessoas que queriam mais e mais, a brincadeira me levou ao fundo do poço do compartilhamento e da bagunça coletiva. Chamadas de vídeos, vídeos adultos, compartilhamento de links, incentivos e incentivos me levaram ao máximo da despersonalização.
Em novembro eu tive férias do trabalho e viajei, mas a viagem foi só gatilho para me afundar nestes grupos. Passei madrugadas batendo papo e outra coisa, com supostos "parceiros". Mergulhei cada vez mais e descobri nomes e termos que não imaginava que existiam. Em lapsos de realidade e culpa eu deletava as contas, apagava tudo, mas em seguida voltava, mais e mais gatilhado. Descobri uma rede absurda, imensa, de pessoas que se motivam e se afundam juntas.
Pouco antes do natal eu decidi contar isso para minha psicóloga e então tomei razão de onde eu estava e oque eu estava fazendo.
Consegui me livrar de algumas coisas, mas não de tudo novamente. No fundo não tenho vontade nem de uma coisa, nem de outra. Só não quero estar.
Enfim, até breve.

Boa sorte, cara!

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16/1/2024, 10:29
henrique__ escreveu:Bom amigos!
Preciso voltar a escrever aqui.
Gostaria de trazer mensagens boas, se de fato eu tivesse ficado 200 dias sem PMO.


Pô amigo, a sua história e o seu reboot, não foi em vão! Já cheguei a ficar praticamente 70 dias sem e voltar a recair, acredito que sirva de aprendizado para a gente ver que talvez nunca devemos abaixar as brexas em relação a esse vício e em relação aos grupos que pena que rolou isso, até estou em um ou outro mas prefiro muito mais a interação aqui no forum, no grupo facilmente o pessoal conversa o dia inteiro manda várias mensagens e você não consegue acompanhar, diferente daqui que funciona como um diário mesmo.

Deus abençoe a sua jornada ai!

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Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja.
Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.
Romanos 13:13,14

Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.
Corintios 10:13

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29/1/2024, 08:49
Boa sorte
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Desabafo de um experimento - Página 5 Empty Efeito Caçador

25/2/2024, 21:49
Amigos, fez um tempo que não apareço aqui.
Essas ultimas duas semanas pude experimentar o retorno da motivação, energia e do reboot.
Comecei o curso de Psicologia e estou com a rotina ocupada o dia todo e aos finais de semana. Desde que retomei aos estudos experimentei a sensação de estar ocupado por muito tempo e não ter tempo para pensar em PMO, logo, as sensações relacionadas a abstinência acontecem.
Depois do 3/4 dia, tesão.
Depois da primeira semana, ansiedade.
Depois dos 10 dias o efeito caçador.
O efeito caçador tem me matado nos últimos dias, mas tenho vencido.
Agora é domingo a noite e consegui passar o final de semana livre.
Tive terapia hoje, estudei e fiz as tarefas de casa. Amanhã a rotina volta a correria e eu estou cheio de esperanças.

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9/3/2024, 13:44
Fala fórum, depois de uns dias decidi passar um tempo aqui dentro lendo alguns relatos.
Uns tempos atrás eu estaria sentindo dor e angústia em relação a isso, mas voltar a estudar e focar em me livrar do vicio e ajudar as pessoas com minha formação tem me deixado leve.
Do ultimo relato até agora, foram quase 15 dias e percebi que os sintomas da abstinência são muito diferentes as ultimas vezes que fiz o reboot e alcancei marcas como as de agora. Desta vez, minha mente me prega peças constantes sobre voltar ao ciclo que eu estava vivendo no final de 2023. O tesão e o desejo estão mais intensos e o efeito caçador tem me pegado muito no inicio do dia, que é quando estou acordando. Geralmente eu teria polução noturna com uma frequência mais alta, mas agora não, oque tem me matado.
Mas sigo firme, quero me ver livre dos pensamentos logo.
Tenho lido muitos artigos sobre o processo de vicio e pesquisas do mundo pornográfico, oque tem me deixado mais consciente sobre os perigos deste universo e me motivam a correr dele.


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10/3/2024, 12:37
Bom amigos, hoje é domingo, 10/03, e tive consulta com minha psicóloga. Relatei para ela como foram as ultimas duas semanas longe de PMO e como tenho me sentido em relação a isso e quais os próximos objetivos. Na conversa decidi recapitular tudo que já percorri e oque fiz e aconteceu para chegar ao estado em que estou agora, então decidi iniciar um novo tópico para isso.
Hoje iniciei o 27º dia livre de conteúdo e manipulação consciente.

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10/3/2024, 16:17
antes:

Amigos, como mencionei antes, decidi, junto com minha psicóloga que escreveria aqui um pouco mais de toda a minha trajetória.
Estou meio distraído agora e com mil coisas na cabeça, então o texto, para quem ler, não será dos melhores.
Vamos do começo.


Meu contato com a sexualidade, especialmente masturbação, começou quando eu tinha uns 7/8 anos. Na epoca, eu estava sofrendo uma série de molestações do melhor amigo do meu irmão, nosso vizinho. Não consigo lembrar de inumeros detalhes, minha memoria deste periodo foi toda apagada, mas sei que foram mais de duas vezes e que, inocentemente, eu gostava daquilo. Gostei tanto que procurei meios de conseguir replicar aquelas sensações sozinho e foi ai que eu comecei. Lembro de fazer sozinho quando meus pais iam dormir ou quando estava no chuveiro. Mais tarde, quando ficava sozinho em casa, fazia em todo lugar, sem consciência e controle nenhum.
Quando eu tinha 9 anos, meus pais se separam e eu mudei de estado junto com minha mãe. Fiz novos amigos, em uma nova vizinhança e uma nova escola. Fiz um amigo que contribuiu muito para que eu me afundasse ainda mais. Nós brincavamos de estarmos casados com outras pessoas e tinhamos noites de sexo e festa, na casa dele eu tive minha primeira ejaculação.
Durante as férias eu viaja para a casa do meu pai e passava os dois meses lá. Na casa dele encontrei um DVD com filme adulto e assisti, sem entender muito do que se tratava, mas eu sabia que tinha gostado, que era errado e que eu queria mais daquilo. Não lembro exatamente se nas mesmas férias ou em outra, mas tinha uma vizinha dele que tinha uma filha um pouco mais velha que eu, tenho a lembrança de deitarmos na sala para assistir ao filme do meu pai e brincar com nossos corpos, cada um no seu canto.

Ainda na casa do meu pai eu descobri oque era o filme adulto homossexual.

Meu irmão sempre teve problema com isso também, mas no caso dele, devido a seus problemas neurológicos, a coisa era um pouco pior. Eu não lembro a idade que eu tinha, mas ele me levou na locadora para procurarmos filmes (coisa que era tradição) e entrou na salinha escura, pegou um filme gay e quando voltamos colocou na TV. Eu sempre fui muito curioso e de certa forma usei da vulnerabilidade dele para conseguir matar minha curiosidade. Até hoje eu lembro das cenas que eu vi.
Em casa, com minha mãe, era logico que eu iria procurar por mais daquilo assim que pudesse.
Eu mal sabia usar o computador e o modem de internet, mas procurava, por aquilo que vocês imaginam. Como eu já tinha mergulhado fundo na casa do meu pai, oque eu via na minha casa e nas imagens que meus colegas de sala mostravam, não tinha graça mais. Eu precisava de mais e mais e fui escalando, ainda muito novinho.
Minha mãe trabalhava o dia todo e quando eu ficava sozinho passava o dia na sala me tocando. Sempre fui astuto então ela nunca soube.
Mais tarde eu ganhei meu notebook e tinhamos wifi em casa. A coisa só afundou. Nessa epoca eu passava o dia pensando nas categorias que eu queria pesquisar, montava playlists e guardava links.

Foi ai que a confusão sexual começou na minha cabeça.


Como eu havia escalado muito rápido de generos e aprendi a utilizar pornografia homossexual para me satisfazer eu não via graça mais em menina nenhuma, coisa que foi facilitada por ter sido criado pela minha mãe e as amigas dela. Todo tipo de homem que eu via na rede, eu queria ver na vida real e isso foi ficando pior quando entrei no ensino médio.
Minha mãe e eu sempre fomos muito ligados a religião, então imaginem o ciclo de culpa que eu vivia. Consumo=culpa=sofrimento=consumo=alivio=consumo=repetição.
No inicio do meu ensino médio conheci a igreja que frequento hoje e cada vez que eu me permitia estudar sobre ela e sobre Cristo, mais culpa eu sentia e mais afundado eu ficava. Até que, eu decidi estudar em um colégio interno que minha igreja mantem.
Definitivamente foi lá que eu me afundei ainda mais na culpa e no vicio (que fique claro, eu ainda não entendia o sacrificio de Cristo da forma como entendo hoje, por isso tanta culpa).  Neste colégio, com todos os colegas de quarto, banheiro coletivo, corredores e adolescentes, eu tinha um prato cheio para me afundar. Sempre fui muito contido, mais timido, mas sempre ficava de olho em tudo e todos oque me proporcionava momento de queda constantes quando ficava sozinho ou no meu quarto. Nessa epoca, por todo o medo que eu tinha de ser pego eu costumava ser muito rápido, então desenvolvi ainda mais a D.E.


Perto da epoca de formatura eu decidi pedir socorro.
E talvez tenha sido a pior coisa da minha vida.


Chegou um professor novo, no meu ultimo semestre, que se propos a ajudar os alunos em suas dificuldades. Desesperado, sozinho e culpado eu decidi escrever uma carta para ele onde eu contava tudo. Todo o meu passado, meu vicio e minhas duvidas com a minha sexualidade. Vou chamar ele de PA. Uns dias depois PA começou a conversar comigo, me aconselhar, me monitorar e se dispos a me ajudar a ser melhor. Até ai tudo bem, eu estava feliz porque tinha alguém que me ajudava. Nas horas de desespero eu mandava mensagem para ele, ficava rodando o colégio com ele e assim foi até o final daquele ano.
No ano seguinte, o pessoal do colégio me chamou para continuar ali como um funcionário e eu topei. Acabei virando vizinho de PA. O ano foi passando, em meio de quedas e tropeços eu estava sobrevivendo, a culpa era menor por que um dos topicos era esse.
Nessa mesma epoca, decidi começar a fazer terapia, mas tinha vergonha de tocar no assunto.
Ainda nesse ano eu comecei um namoro, um namoro horrivel, muito ruim, que me fez muito mal. Eu tinha uma amiga que estava no colégio ainda, um dia conversamos e pensamos juntos: pq não?, ai começamos a namorar. Eu estava incomodado por que dias antes havia surgido uma história de que eu era gay e queria me livrar disso. Anos depois soube que PA colocou essa história pro pessoal porque ele queria me testar.
Pois bem, o tempo passou e eu seguia namorando essa menina e conversando com PA. A pandemia chegou, muita coisa tava rolando que nem vale contar, mas eu estava tendo quedas e mais quedas. Decidi contar para minha psicologa todo esse lance de pornografia e iniciamos junto um experimento para parar e sair do vicio.


PA também queria me ajudar, mas de outra forma.


Para PA, a solução era sexo real, uma vez que pra ele foi oque deu certo. Eu tinha principios solidos, até então, e não iria fazer nada com minha namorada. Até porque, eu não queria contar nada para ela. Nessa epoca, no inicio da pandemia, ele se ofereceu para isso. Eu disse não e tal, me senti horrivel por tudo, mas ele continuou insistindo. A culpa já era um fardo que estava passando porque ele me incentivou a me livrar dela de um jeito errado. Ele tinha um numero de telefone estrangeiro, no qual, por coincidência, ou não, tinhamos um grupo de figurinhas hot em comum. Em determinado momento ele se revelou e começamos a trocar figuras nesse numero dele. Minha culpa em relação a isso foi diminuindo e então eu topei a proposta dele. Quando eu ficava com vontade, a gente dava um jeito e fazia, isso durou um ano mais ou menos, nesse meio eu terminei meu namoro e criei uma dependencia muito forte dele.
Resumindo, anos mais tarde, eu enxerguei que nada foi util, ele queria me usar de step, assim como estava fazendo com outros meninos (que descobri mais tarde), eu fui pegando nojo dele antes mesmo de saber de tudo isso, fui me afastando e consegui me livrar disso. (nunca contei isso pra minha terapeuta).
Minha relação com a pornografia e masturbação não diminiu, mas tomou outro formato. Eu comecei com o forum, ainda no inicio dessa relação, comecei a ler muitos artigos, me inscrevi no programa revert, fiz a leitura de muitos livros e artigos e comecei a caminhar mais longe e com mais vontade.


Consegui ficar longos periodos sem pornografia, longos sem masturbação até que no ano passado eu me afundei um pouco mais fundo.
Me mudei de estado no começo do ano e a ansiedade e instabilidade disso bateram na porta e eu cai com tudo.
Pertinho do NOFap September entrei em alguns grupos de whatsapp sobre o tema, decidi que iria compartilhar disso com outras pessoas. Mal sabia que isso seria uma baita armadilha. Nesse grupo fui sendo levado por alguns membros para um caminho de safadeza e brotheragem, e me entreguei. De setembro a dezembro eu caminhava entrando e saindo de grupos de brotheragem no whatsapp e no telegram, conheci termos e tipos de pessoas que nunca esperava, mergulhei em um universo de veneração ao estilo de vida doentio da pornografia e não conseguia me ver longe dali. Viajei de férias nesse periodo e durante a viagem perdi horas de sono, quase bati meu carro pensando nisso, meus drives e meu celular ficaram lotados e eu não via mais nada além daquilo.
Graças a Deus eu cai em mim e decidi contar para minha terapeuta, em janeiro voltei com tudo ao reboot e hoje estou aqui.
Acho que é isso.
Obrigado se leu até aqui.


Última edição por henrique__ em 30/3/2024, 14:21, editado 1 vez(es)

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12/3/2024, 14:32
E aí, Henrique! Vim dar uma lida no seu diário. Muito bem escrito; que legal que você consegue perceber sua história de vida e como isso afeta o vício. Vai te ajudar a superar o vício e criar novas habilidades de autodesenvolvimento. Mindfulness, exercícios físicos e relações saudáveis vão te ajudar. Foca nos estudos também; é uma forma de distrair a mente, e é muito legal os insights quando percebemos a teoria escrita com nossos próprios comportamentos e estilo de vida.

Tenho uma história tragicômica para te contar lendo sua recaída com o grupo de NoFap: uma psicóloga amiga minha fazia um grupo de apoio para viciados em crack e drogas. Quando o grupo começou a andar bem, e a psicóloga fez um bom relacionamento terapêutico com os participantes do grupo, para comemorar, um paciente fez uma festa com álcool e crack de graça para todos do grupo, e na próxima semana ninguém voltou. Interessante mesmo quando o grupo dá uma dessas, a verdade é que a gente vai procurar qualquer justificativa para voltar para o confortável. Ver o outro se afundando parece que dá justificativa para nos afundarmos mais e junto também, engraçado esse dilema.

E aí entra o grupo de veneração de pornografia: muito interessante como eles funcionam. Eu vi bastante isso no Twitter também. Eles escreviam "eu sei que você vai se sentir culpado, eu sei que você vai tentar parar, mas você volta, sempre volta", e eu lia isso me sentindo um lixo, e voltava. Mas o reboot é uma maneira de você falar para o próprio corpo que quem manda na sua vida é você. Antes eu tinha raiva e nojo daquelas pessoas, agora somente tenho dó. Como utilizar do vício para soltar mais dopamina em um grupo onde todos estão se afundando. No final, quero participar de grupos que as pessoas se ajudem, como aqui e os grupos de livros e jogos, pode ser um bom substituto.

Podemos começar parando realmente pela culpa, mas a culpa não é uma motivação boa para gente parar. Porque podemos começar a usar PMO "leve" ou flertes de redes sociais; bingo, uma forma de utilizar a PMO sem escalar. Mesmo assim, estamos viciados e mentindo para nós mesmos. A culpa pode ser o primeiro passo, mas não pode ser o objetivo final, culpa não gera comportamento e não cria habilidades comportamentais. Precisamos nos apegar no que tem de bom ao parar com isso e criar novos elementos na nossa vida que nos encham.

O importante de tudo é aceitar que somos viciados, e que o vício não tem cura, tem remissão. Recaídas são normais no processo...Mas que podemos tomar conta disso se a gente quiser. Vai ser difícil, vai ser árduo, mas conseguiremos. Quer dizer, você já conseguiu antes. E vai conseguir de novo, tenho certeza. E estarei na torcida por isso.

Bom, foi apenas uma pequena reflexão que tive, não sei se você concorda com o que eu falei, mas sempre é bom ter um amigo estudante de psicologia aqui para pensar nossas ações. Continuarei acompanhando seu diário e desejando forças. Abraços e vamos juntos!

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Desabafo de um experimento - Página 5 Empty FORÇA, FOCO E FÉ SEMPRE

12/3/2024, 19:45
Mano acabei de ler seu diário, me vi na sua história, menos do PA. Deu Nojo desse PA.
Hoje meu irmão é casado tem 3 filhos.

Seja firme no REBOOT tudo dará certo tenha fé.


Última edição por RodySampaPseudo em 12/3/2024, 21:37, editado 1 vez(es)

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12/3/2024, 20:19
henrique__ escreveu:
antes:

Amigos, como mencionei antes, decidi, junto com minha psicóloga que escreveria aqui um pouco mais de toda a minha trajetória.
Estou meio distraído agora e com mil coisas na cabeça, então o texto, para quem ler, não será dos melhores.
Vamos do começo.


Meu contato com a sexualidade, especialmente masturbação, começou quando eu tinha uns 7/8 anos. Na epoca, eu estava sofrendo uma série de molestações do melhor amigo do meu irmão, nosso vizinho. Não consigo lembrar de inumeros detalhes, minha memoria deste periodo foi toda apagada, mas sei que foram mais de duas vezes e que, inocentemente, eu gostava daquilo. Gostei tanto que procurei meios de conseguir replicar aquelas sensações sozinho e foi ai que eu comecei. Lembro de fazer sozinho quando meus pais iam dormir ou quando estava no chuveiro. Mais tarde, quando ficava sozinho em casa, fazia em todo lugar, sem consciência e controle nenhum.
Quando eu tinha 9 anos, meus pais se separam e eu mudei de estado junto com minha mãe. Fiz novos amigos, em uma nova vizinhança e uma nova escola. Fiz um amigo que contribuiu muito para que eu me afundasse ainda mais. Nós brincavamos de estarmos casados com outras pessoas e tinhamos noites de sexo e festa, na casa dele eu tive minha primeira ejaculação.
Durante as férias eu viaja para a casa do meu pai e passava os dois meses lá. Na casa dele encontrei um DVD com filme adulto e assisti, sem entender muito do que se tratava, mas eu sabia que tinha gostado, que era errado e que eu queria mais daquilo. Não lembro exatamente se nas mesmas férias ou em outra, mas tinha uma vizinha dele que tinha uma filha um pouco mais velha que eu, tenho a lembrança de deitarmos na sala para assistir ao filme do meu pai e brincar com nossos corpos, cada um no seu canto.

Ainda na casa do meu pai eu descobri oque era o filme adulto homossexual.

Meu irmão sempre teve problema com isso também, mas no caso dele, devido a seus problemas neurológicos, a coisa era um pouco pior. Eu não lembro a idade que eu tinha, mas ele me levou na locadora para procurarmos filmes (coisa que era tradição) e entrou na salinha escura, pegou um filme gay e quando voltamos colocou na TV. Eu sempre fui muito curioso e de certa forma usei da vulnerabilidade dele para conseguir matar minha curiosidade. Até hoje eu lembro das cenas que eu vi.
Em casa, com minha mãe, era logico que eu iria procurar por mais daquilo assim que pudesse.
Eu mal sabia usar o computador e o modem de internet, mas procurava, por aquilo que vocês imaginam. Como eu já tinha mergulhado fundo na casa do meu pai, oque eu via na minha casa e nas imagens que meus colegas de sala mostravam, não tinha graça mais. Eu precisava de mais e mais e fui escalando, ainda muito novinho.
Minha mãe trabalhava o dia todo e quando eu ficava sozinho passava o dia na sala me tocando. Sempre fui astuto então ela nunca soube.
Mais tarde eu ganhei meu notebook e tinhamos wifi em casa. A coisa só afundou. Nessa epoca eu passava o dia pensando nas categorias que eu queria pesquisar, montava playlists e guardava links.

Foi ai que a confusão sexual começou na minha cabeça.


Como eu havia escalado muito rápido de generos e aprendi a utilizar pornografia homossexual para me satisfazer eu não via graça mais em menina nenhuma, coisa que foi facilitada por ter sido criado pela minha mãe e as amigas dela. Todo tipo de homem que eu via na rede, eu queria ver na vida real e isso foi ficando pior quando entrei no ensino médio.
Minha mãe e eu sempre fomos muito ligados a religião, então imaginem o ciclo de culpa que eu vivia. Consumo=culpa=sofrimento=consumo=alivio=consumo=repetição.
No inicio do meu ensino médio conheci a igreja que frequento hoje e cada vez que eu me permitia estudar sobre ela e sobre Cristo, mais culpa eu sentia e mais afundado eu ficava. Até que, eu decidi estudar em um colégio interno que minha igreja mantem.
Definitivamente foi lá que eu me afundei ainda mais na culpa e no vicio (que fique claro, eu ainda não entendia o sacrificio de Cristo da forma como entendo hoje, por isso tanta culpa).  Neste colégio, com todos os colegas de quarto, banheiro coletivo, corredores e adolescentes, eu tinha um prato cheio para me afundar. Sempre fui muito contido, mais timido, mas sempre ficava de olho em tudo e todos oque me proporcionava momento de queda constantes quando ficava sozinho ou no meu quarto. Nessa epoca, por todo o medo que eu tinha de ser pego eu costumava ser muito rápido, então desenvolvi ainda mais a D.E.


Perto da epoca de formatura eu decidi pedir socorro.
E talvez tenha sido a pior coisa da minha vida.


Chegou um professor novo, no meu ultimo semestre, que se propos a ajudar os alunos em suas dificuldades. Desesperado, sozinho e culpado eu decidi escrever uma carta para ele onde eu contava tudo. Todo o meu passado, meu vicio e minhas duvidas com a minha sexualidade. Vou chamar ele de PA. Uns dias depois PA começou a conversar comigo, me aconselhar, me monitorar e se dispos a me ajudar a ser melhor. Até ai tudo bem, eu estava feliz porque tinha alguém que me ajudava. Nas horas de desespero eu mandava mensagem para ele, ficava rodando o colégio com ele e assim foi até o final daquele ano.
No ano seguinte, o pessoal do colégio me chamou para continuar ali como um funcionário e eu topei. Acabei virando vizinho de PA. O ano foi passando, em meio de quedas e tropeços eu estava sobrevivendo, a culpa era menor por que um dos topicos era esse.
Nessa mesma epoca, decidi começar a fazer terapia, mas tinha vergonha de tocar no assunto.
Ainda nesse ano eu comecei um namoro, um namoro horrivel, muito ruim, que me fez muito mal. Eu tinha uma amiga que estava no colégio ainda, um dia conversamos e pensamos juntos: pq não?, ai começamos a namorar. Eu estava incomodado por que dias antes havia surgido uma história de que eu era gay e queria me livrar disso. Anos depois soube que PA colocou essa história pro pessoal porque ele queria me testar.
Pois bem, o tempo passou e eu seguia namorando essa menina e conversando com PA. A pandemia chegou, muita coisa tava rolando que nem vale contar, mas eu estava tendo quedas e mais quedas. Decidi contar para minha psicologa todo esse lance de pornografia e iniciamos junto um experimento para parar e sair do vicio.


PA também queria me ajudar, mas de outra forma.


Para PA, a solução era sexo real, uma vez que pra ele foi oque deu certo. Eu tinha principios solidos, até então, e não iria fazer nada com minha namorada. Até porque, eu não queria contar nada para ele. Nessa epoca, no inicio da pandemia, ele se ofereceu para isso. Eu disse não e tal, me senti horrivel por tudo, mas ele continuou insistindo. A culpa já era um fardo que estava passando porque ele me incentivou a me livrar dela de um jeito errado. Ele tinha um numero de telefone estrangeiro, no qual, por coincidência, ou não, tinhamos um grupo de figurinhas hot em comum. Em determinado momento ele se revelou e começamos a trocar figuras nesse numero dele. Minha culpa em relação a isso foi diminuindo e então eu topei a proposta dele. Quando eu ficava com vontade, a gente dava um jeito e fazia, isso durou um ano mais ou menos, nesse meio eu terminei meu namoro e criei uma dependencia muito forte dele.
Resumindo, anos mais tarde, eu enxerguei que nada foi util, ele queria me usar de step, assim como estava fazendo com outros meninos (que descobri mais tarde), eu fui pegando nojo dele antes mesmo de saber de tudo isso, fui me afastando e consegui me livrar disso. (nunca contei isso pra minha terapeuta).
Minha relação com a pornografia e masturbação não diminiu, mas tomou outro formato. Eu comecei com o forum, ainda no inicio dessa relação, comecei a ler muitos artigos, me inscrevi no programa revert, fiz a leitura de muitos livros e artigos e comecei a caminhar mais longe e com mais vontade.


Consegui ficar longos periodos sem pornografia, longos sem masturbação até que no ano passado eu me afundei um pouco mais fundo.
Me mudei de estado no começo do ano e a ansiedade e instabilidade disso bateram na porta e eu cai com tudo.
Pertinho do NOFap September entrei em alguns grupos de whatsapp sobre o tema, decidi que iria compartilhar disso com outras pessoas. Mal sabia que isso seria uma baita armadilha. Nesse grupo fui sendo levado por alguns membros para um caminho de safadeza e brotheragem, e me entreguei. De setembro a dezembro eu caminhava entrando e saindo de grupos de brotheragem no whatsapp e no telegram, conheci termos e tipos de pessoas que nunca esperava, mergulhei em um universo de veneração ao estilo de vida doentio da pornografia e não conseguia me ver longe dali. Viajei de férias nesse periodo e durante a viagem perdi horas de sono, quase bati meu carro pensando nisso, meus drives e meu celular ficaram lotados e eu não via mais nada além daquilo.
Graças a Deus eu cai em mim e decidi contar para minha terapeuta, em janeiro voltei com tudo ao reboot e hoje estou aqui.
Acho que é isso.
Obrigado se leu até aqui.

Fala amigo, tudo bem? Espero q esteja.

Importante e corajoso vc ao expor esse relato, acho legal agora tentar deixar "apagar" essas memórias, como já expôs aqui e em outros lugares.
Não sei se está indo na igreja, mas continue pra tá se fortalecendo e matando a carne a cada dia.

Desejo sucesso no reboot e na vida.

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13/3/2024, 08:15
Pakit escreveu:E aí, Henrique! Vim dar uma lida no seu diário. Muito bem escrito; que legal que você consegue perceber sua história de vida e como isso afeta o vício. Vai te ajudar a superar o vício e criar novas habilidades de autodesenvolvimento. Mindfulness, exercícios físicos e relações saudáveis vão te ajudar. Foca nos estudos também; é uma forma de distrair a mente, e é muito legal os insights quando percebemos a teoria escrita com nossos próprios comportamentos e estilo de vida.

Tenho uma história tragicômica para te contar lendo sua recaída com o grupo de NoFap: uma psicóloga amiga minha fazia um grupo de apoio para viciados em crack e drogas. Quando o grupo começou a andar bem, e a psicóloga fez um bom relacionamento terapêutico com os participantes do grupo, para comemorar, um paciente fez uma festa com álcool e crack de graça para todos do grupo, e na próxima semana ninguém voltou. Interessante mesmo quando o grupo dá uma dessas, a verdade é que a gente vai procurar qualquer justificativa para voltar para o confortável. Ver o outro se afundando parece que dá justificativa para nos afundarmos mais e junto também, engraçado esse dilema.

E aí entra o grupo de veneração de pornografia: muito interessante como eles funcionam. Eu vi bastante isso no Twitter também. Eles escreviam "eu sei que você vai se sentir culpado, eu sei que você vai tentar parar, mas você volta, sempre volta", e eu lia isso me sentindo um lixo, e voltava. Mas o reboot é uma maneira de você falar para o próprio corpo que quem manda na sua vida é você. Antes eu tinha raiva e nojo daquelas pessoas, agora somente tenho dó. Como utilizar do vício para soltar mais dopamina em um grupo onde todos estão se afundando. No final, quero participar de grupos que as pessoas se ajudem, como aqui e os grupos de livros e jogos, pode ser um bom substituto.

Podemos começar parando realmente pela culpa, mas a culpa não é uma motivação boa para gente parar. Porque podemos começar a usar PMO "leve" ou flertes de redes sociais; bingo, uma forma de utilizar a PMO sem escalar. Mesmo assim, estamos viciados e mentindo para nós mesmos. A culpa pode ser o primeiro passo, mas não pode ser o objetivo final, culpa não gera comportamento e não cria habilidades comportamentais. Precisamos nos apegar no que tem de bom ao parar com isso e criar novos elementos na nossa vida que nos encham.

O importante de tudo é aceitar que somos viciados, e que o vício não tem cura, tem remissão. Recaídas são normais no processo...Mas que podemos tomar conta disso se a gente quiser. Vai ser difícil, vai ser árduo, mas conseguiremos. Quer dizer, você já conseguiu antes. E vai conseguir de novo, tenho certeza. E estarei na torcida por isso.

Bom, foi apenas uma pequena reflexão que tive, não sei se você concorda com o que eu falei, mas sempre é bom ter um amigo estudante de psicologia aqui para pensar nossas ações. Continuarei acompanhando seu diário e desejando forças. Abraços e vamos juntos!

Obrigado pelo apoio mano! Temos muitas armadilhas na nossa volta, é fogo!
Tenho fé!

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13/3/2024, 08:16
RodySampaPseudo escreveu:Mano acabei de ler seu diário, me vi na sua história, menos do PA. Deu Nojo desse PA.
Hoje meu irmão é casado tem 3 filhos.

Seja firme no REBOOT tudo dará certo tenha fé.


Valeu mano! De fato, hoje PA é um nojo na minha trajetória! No

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13/3/2024, 08:16
Roentgen escreveu:
henrique__ escreveu:
antes:

Amigos, como mencionei antes, decidi, junto com minha psicóloga que escreveria aqui um pouco mais de toda a minha trajetória.
Estou meio distraído agora e com mil coisas na cabeça, então o texto, para quem ler, não será dos melhores.
Vamos do começo.


Meu contato com a sexualidade, especialmente masturbação, começou quando eu tinha uns 7/8 anos. Na epoca, eu estava sofrendo uma série de molestações do melhor amigo do meu irmão, nosso vizinho. Não consigo lembrar de inumeros detalhes, minha memoria deste periodo foi toda apagada, mas sei que foram mais de duas vezes e que, inocentemente, eu gostava daquilo. Gostei tanto que procurei meios de conseguir replicar aquelas sensações sozinho e foi ai que eu comecei. Lembro de fazer sozinho quando meus pais iam dormir ou quando estava no chuveiro. Mais tarde, quando ficava sozinho em casa, fazia em todo lugar, sem consciência e controle nenhum.
Quando eu tinha 9 anos, meus pais se separam e eu mudei de estado junto com minha mãe. Fiz novos amigos, em uma nova vizinhança e uma nova escola. Fiz um amigo que contribuiu muito para que eu me afundasse ainda mais. Nós brincavamos de estarmos casados com outras pessoas e tinhamos noites de sexo e festa, na casa dele eu tive minha primeira ejaculação.
Durante as férias eu viaja para a casa do meu pai e passava os dois meses lá. Na casa dele encontrei um DVD com filme adulto e assisti, sem entender muito do que se tratava, mas eu sabia que tinha gostado, que era errado e que eu queria mais daquilo. Não lembro exatamente se nas mesmas férias ou em outra, mas tinha uma vizinha dele que tinha uma filha um pouco mais velha que eu, tenho a lembrança de deitarmos na sala para assistir ao filme do meu pai e brincar com nossos corpos, cada um no seu canto.

Ainda na casa do meu pai eu descobri oque era o filme adulto homossexual.

Meu irmão sempre teve problema com isso também, mas no caso dele, devido a seus problemas neurológicos, a coisa era um pouco pior. Eu não lembro a idade que eu tinha, mas ele me levou na locadora para procurarmos filmes (coisa que era tradição) e entrou na salinha escura, pegou um filme gay e quando voltamos colocou na TV. Eu sempre fui muito curioso e de certa forma usei da vulnerabilidade dele para conseguir matar minha curiosidade. Até hoje eu lembro das cenas que eu vi.
Em casa, com minha mãe, era logico que eu iria procurar por mais daquilo assim que pudesse.
Eu mal sabia usar o computador e o modem de internet, mas procurava, por aquilo que vocês imaginam. Como eu já tinha mergulhado fundo na casa do meu pai, oque eu via na minha casa e nas imagens que meus colegas de sala mostravam, não tinha graça mais. Eu precisava de mais e mais e fui escalando, ainda muito novinho.
Minha mãe trabalhava o dia todo e quando eu ficava sozinho passava o dia na sala me tocando. Sempre fui astuto então ela nunca soube.
Mais tarde eu ganhei meu notebook e tinhamos wifi em casa. A coisa só afundou. Nessa epoca eu passava o dia pensando nas categorias que eu queria pesquisar, montava playlists e guardava links.

Foi ai que a confusão sexual começou na minha cabeça.


Como eu havia escalado muito rápido de generos e aprendi a utilizar pornografia homossexual para me satisfazer eu não via graça mais em menina nenhuma, coisa que foi facilitada por ter sido criado pela minha mãe e as amigas dela. Todo tipo de homem que eu via na rede, eu queria ver na vida real e isso foi ficando pior quando entrei no ensino médio.
Minha mãe e eu sempre fomos muito ligados a religião, então imaginem o ciclo de culpa que eu vivia. Consumo=culpa=sofrimento=consumo=alivio=consumo=repetição.
No inicio do meu ensino médio conheci a igreja que frequento hoje e cada vez que eu me permitia estudar sobre ela e sobre Cristo, mais culpa eu sentia e mais afundado eu ficava. Até que, eu decidi estudar em um colégio interno que minha igreja mantem.
Definitivamente foi lá que eu me afundei ainda mais na culpa e no vicio (que fique claro, eu ainda não entendia o sacrificio de Cristo da forma como entendo hoje, por isso tanta culpa).  Neste colégio, com todos os colegas de quarto, banheiro coletivo, corredores e adolescentes, eu tinha um prato cheio para me afundar. Sempre fui muito contido, mais timido, mas sempre ficava de olho em tudo e todos oque me proporcionava momento de queda constantes quando ficava sozinho ou no meu quarto. Nessa epoca, por todo o medo que eu tinha de ser pego eu costumava ser muito rápido, então desenvolvi ainda mais a D.E.


Perto da epoca de formatura eu decidi pedir socorro.
E talvez tenha sido a pior coisa da minha vida.


Chegou um professor novo, no meu ultimo semestre, que se propos a ajudar os alunos em suas dificuldades. Desesperado, sozinho e culpado eu decidi escrever uma carta para ele onde eu contava tudo. Todo o meu passado, meu vicio e minhas duvidas com a minha sexualidade. Vou chamar ele de PA. Uns dias depois PA começou a conversar comigo, me aconselhar, me monitorar e se dispos a me ajudar a ser melhor. Até ai tudo bem, eu estava feliz porque tinha alguém que me ajudava. Nas horas de desespero eu mandava mensagem para ele, ficava rodando o colégio com ele e assim foi até o final daquele ano.
No ano seguinte, o pessoal do colégio me chamou para continuar ali como um funcionário e eu topei. Acabei virando vizinho de PA. O ano foi passando, em meio de quedas e tropeços eu estava sobrevivendo, a culpa era menor por que um dos topicos era esse.
Nessa mesma epoca, decidi começar a fazer terapia, mas tinha vergonha de tocar no assunto.
Ainda nesse ano eu comecei um namoro, um namoro horrivel, muito ruim, que me fez muito mal. Eu tinha uma amiga que estava no colégio ainda, um dia conversamos e pensamos juntos: pq não?, ai começamos a namorar. Eu estava incomodado por que dias antes havia surgido uma história de que eu era gay e queria me livrar disso. Anos depois soube que PA colocou essa história pro pessoal porque ele queria me testar.
Pois bem, o tempo passou e eu seguia namorando essa menina e conversando com PA. A pandemia chegou, muita coisa tava rolando que nem vale contar, mas eu estava tendo quedas e mais quedas. Decidi contar para minha psicologa todo esse lance de pornografia e iniciamos junto um experimento para parar e sair do vicio.


PA também queria me ajudar, mas de outra forma.


Para PA, a solução era sexo real, uma vez que pra ele foi oque deu certo. Eu tinha principios solidos, até então, e não iria fazer nada com minha namorada. Até porque, eu não queria contar nada para ele. Nessa epoca, no inicio da pandemia, ele se ofereceu para isso. Eu disse não e tal, me senti horrivel por tudo, mas ele continuou insistindo. A culpa já era um fardo que estava passando porque ele me incentivou a me livrar dela de um jeito errado. Ele tinha um numero de telefone estrangeiro, no qual, por coincidência, ou não, tinhamos um grupo de figurinhas hot em comum. Em determinado momento ele se revelou e começamos a trocar figuras nesse numero dele. Minha culpa em relação a isso foi diminuindo e então eu topei a proposta dele. Quando eu ficava com vontade, a gente dava um jeito e fazia, isso durou um ano mais ou menos, nesse meio eu terminei meu namoro e criei uma dependencia muito forte dele.
Resumindo, anos mais tarde, eu enxerguei que nada foi util, ele queria me usar de step, assim como estava fazendo com outros meninos (que descobri mais tarde), eu fui pegando nojo dele antes mesmo de saber de tudo isso, fui me afastando e consegui me livrar disso. (nunca contei isso pra minha terapeuta).
Minha relação com a pornografia e masturbação não diminiu, mas tomou outro formato. Eu comecei com o forum, ainda no inicio dessa relação, comecei a ler muitos artigos, me inscrevi no programa revert, fiz a leitura de muitos livros e artigos e comecei a caminhar mais longe e com mais vontade.


Consegui ficar longos periodos sem pornografia, longos sem masturbação até que no ano passado eu me afundei um pouco mais fundo.
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Graças a Deus eu cai em mim e decidi contar para minha terapeuta, em janeiro voltei com tudo ao reboot e hoje estou aqui.
Acho que é isso.
Obrigado se leu até aqui.

Fala amigo, tudo bem? Espero q esteja.

Importante e corajoso vc ao expor esse relato, acho legal agora tentar deixar "apagar" essas memórias, como já expôs aqui e em outros lugares.
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13/3/2024, 09:00
Bom dia, meu velho! Estou acompanhando seu diário!

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13/3/2024, 22:52
Bom amigos, hoje completei 30 dias sem acessar conteúdo pornográfico.
Confesso que ter alcançar o 1/3 do projeto não me faz sentir grandes benefícios, por hora, somente as coisas ruins da abstinência.
Outro pensamento e teoria que tenho é que quanto mais fundo você vai, de mais fundo você precisa sair. Mesmo em outros períodos já havia sentido os benefícios de forma mais rápida. Mas este não é meu foco agora, sei que fui muito fundo e que o caminho para sair disso é maior. Tenho um longo percurso para fazer e daqui pra frente é só pra frente mesmo.
No 28º dia, pratiquei MO.
Durante algumas leituras do blog e até mesmo nos conteúdos do programa revert e em conversas com minha psicóloga, notei que a pratica de "cabeça limpa" poderia até ser saudável.
Eu estava com desejo, não tinha coragem e nem vontade de consumir pornografia, minha cabeça estava livre e sem fantasias "ruins" ou lembranças de conteúdos, apenas eu e meu amigo (se é que me entendem kk).
Não senti culpa por isso, tive consciência plena do que estava acontecendo, quais eram meus sentimentos e meus desejos. Pela racionalização da coisa, entendo que é um pecado e por isso pedi perdão, mas entendo também que estou em um processo de certa instabilidade e de cura de outras coisas "piores".
Estava com medo de cair no efeito caçador, mas não aconteceu, oque me deixou bem tranquilo quanto a ter feito tudo conscientemente.
Enfim, vamos pra cima!

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15/3/2024, 23:22
Boa noite, Henrique!

Meu jovem, eu nem sei o que dizer... Sua trajetória, apesar de muito semelhante à minha, foi muito mais marcada e afetada por questões sexuais deturpadas. Você desfrutou de ansiedade em muitos momentos. Mas fico feliz que tenha um apoio psicológico para lhe escutar e ajudar!

Acredito que estamos no mesmo nível no que se refere à MO: queremos parar, mas entre PMO e MO, MO. P na verdade não tem sido uma possibilidade há algumas semanas já. Se cedi a algum estímulo virtual, eu buscava em sexting.

Bom, por mais dolorosas que tenham sido suas experiências passadas, elas estão no passado. Foque no presente, que é o que está em suas mãos, e continue esperando que logo, logo Jesus virá nos buscar e dará fim a tudo isso!

Feliz sábado, meu caro!

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16/3/2024, 12:28
NogueiraJ escreveu:Boa noite, Henrique!

Meu jovem, eu nem sei o que dizer... Sua trajetória, apesar de muito semelhante à minha, foi muito mais marcada e afetada por questões sexuais deturpadas. Você desfrutou de ansiedade em muitos momentos. Mas fico feliz que tenha um apoio psicológico para lhe escutar e ajudar!

Acredito que estamos no mesmo nível no que se refere à MO: queremos parar, mas entre PMO e MO, MO. P na verdade não tem sido uma possibilidade há algumas semanas já. Se cedi a algum estímulo virtual, eu buscava em sexting.

Bom, por mais dolorosas que tenham sido suas experiências passadas, elas estão no passado. Foque no presente, que é o que está em suas mãos, e continue esperando que logo, logo Jesus virá nos buscar e dará fim a tudo isso!

Feliz sábado, meu caro!

Ótimo sábado mano! De fato, estão no passado e não mais podem me machucar!
Vamos avançado, obrigado pelo apoio!

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16/3/2024, 17:32
Bom manos, vamos lá!
Hoje não está sendo fácil, não é tentação nem nada do tipo, é sentimento e autoestima.
Pela manhã fui a igreja e a mensagem tocou diretamente meu coração. Alguns pensamentos passaram pela minha cabeça, foram duas histórias inspiradoras sobre vidas transformadoras e automaticamente pensei: oque estou fazendo de minha vida?
Ao vê-lo falar um sentimento forte tocava meu coração e verdadeiramente eu queria ser como ele, poder inspirar as pessoas com a vida, mas os sentimentos de culpa e tristeza por não estar fazendo isso me deixaram angustiados. Sei oque fazer, mas o sentimento precisava passar por mim.
Durante a tarde eu queria descansar e dormir, tive dificuldade por culpa do calor e do meu gato, mas me esforcei para tentar, até que algumas lembranças das coisas que eu via nos grupos de telegram atingiram minha mente, me senti horrível naquele momento, senti nojo de tudo e todos. Consegui dormir um tempo e quando acordei senti vontade de MO, de verdade minha mente estava fazia, sem pensamentos fortes ou coisa do tipo, eu nem excitado estava, mas tive o desejo e me guiei para aquilo.
Desta vez eu tive um sentimento forte de arrependimento, não é dor, não é culpa, é arrependimento. Tentei me esforçar para entender o que me levou a querer MO, de certa forma fui impelido a fazer aquilo desde que acordei, os pensamentos que tive a tarde podem ter um tipo de culpa mas comparando as coisas, o nojo que senti e a repulsa não poderiam ter causado isso, apesar de saber que inúmeras coisas podem.
Enfim, vamos seguindo.

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16/3/2024, 22:17
henrique__, meu jovem, parabéns por não ter desistido! Isso que aconteceu com você já aconteceu algumas vezes comigo também. Normalmente eu acordava exc1tado, aí eu acabava só deixando as coisas fluírem. Mas é aí que tá o problema: deixar as coisas fluírem. Isso só leva a gente à desgraça. Quando situações como essa ocorrerem, você primeiro precisa sair do ambiente que esteja favorecendo à queda. Depois tente retomar as rédeas dos seus pensamentos e tente colocar em prática alguma atividade de religação (de preferência, algo que não dependa de dispositivos eletrônicos), como atividades ao ar livre em geral. Se não for possível, veja formas de gastar essa energia em casa mesmo, quem sabe fazendo exercícios físicos possíveis de serem realizados em casa ou mesmo se ocupar com atividades domésticas. Você vai precisar repetir isso até que seu cérebro pare de associar abalos emocionais (pequenos ou grandes) a necessidade de M. Fique bem, jovem!

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16/3/2024, 22:40
henrique__ escreveu:Bom amigos, hoje completei 30 dias sem acessar conteúdo pornográfico.
Confesso que ter alcançar o 1/3 do projeto não me faz sentir grandes benefícios, por hora, somente as coisas ruins da abstinência.
Outro pensamento e teoria que tenho é que quanto mais fundo você vai, de mais fundo você precisa sair. Mesmo em outros períodos já havia sentido os benefícios de forma mais rápida. Mas este não é meu foco agora, sei que fui muito fundo e que o caminho para sair disso é maior. Tenho um longo percurso para fazer e daqui pra frente é só pra frente mesmo.
No 28º dia, pratiquei MO.
Durante algumas leituras do blog e até mesmo nos conteúdos do programa revert e em conversas com minha psicóloga, notei que a pratica de "cabeça limpa" poderia até ser saudável.
Eu estava com desejo, não tinha coragem e nem vontade de consumir pornografia, minha cabeça estava livre e sem fantasias "ruins" ou lembranças de conteúdos, apenas eu e meu amigo (se é que me entendem kk).
Não senti culpa por isso, tive consciência plena do que estava acontecendo, quais eram meus sentimentos e meus desejos. Pela racionalização da coisa, entendo que é um pecado e por isso pedi perdão, mas entendo também que estou em um processo de certa instabilidade e de cura de outras coisas "piores".
Estava com medo de cair no efeito caçador, mas não aconteceu, oque me deixou bem tranquilo quanto a ter feito tudo conscientemente.
Enfim, vamos pra cima!

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