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Noro
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18/8/2023, 11:28
Graça e paz irmãos, desde já agradeço pela oportunidade de fala aqui no fórum. Depois de um tempo de ter me registrado, decidi hoje em contar do meu relato e começar um diário junto com vocês, após ter caído hoje pela manhã (creio que algum de vocês já tenham feito isso).

Para começar, tenho 20 anos e já estou cerca de 7-9 anos acometido pelo vício em P. A primeira vez que tive contato com a P de fato foi com cerca de 11 anos no computador, fiz por "curiosidade" própria, mas de cara aquilo não me interessaria ainda, mesmo tendo a pré-adolescência e uma boa parte da adolescência resumidas estando dentro do PC. Demorou um tempo para que o problema evoluísse em me liberar em P até a PMO nos finais de semana progressivamente. Mas ainda assim, não me via preso naquilo, apenas era uma "liberdade" que dei pra mim. Nunca fazia nos dias úteis quando tinha escola.

Entretanto, quando tinha 13 anos conheci uma guria de mesma idade em um jogo online, então ficou comum de estarmos em contato sempre quando possível pelo Discord e no jogo em si. Foi umas das primeiras amizades que senti alguma coisa, de realmente manter aquilo e pôr como um porto seguro pra mim, então eu realmente queria aquilo por um bom tempo (de maneira boba, foi uma das primeiras experiências que senti algo forte como a paixão, por mais estranho e inocente que isso possa parecer ao mesmo tempo). Em uma das coisas além de trocar um papo e jogar, compartilhávamos conteúdo hentai, achando que poderíamos nos interagir e se conhecer melhor dessa maneira (até hoje me pergunto se a "guria" não era um catfish). Depois de um tempo, fiz uma coisa que ela não gostou e brigamos e cessamos contato, fazendo com que eu ficasse muito mal e arrependido. Dias depois, ela voltou mandando mensagem, mas dava para notar que ela estava mais estranha do que o comum, estando mais seca. Todo o desconforto estando em contato com ela perdurou por um tempo, até pensava em desistir logo da amizade e seguir a vida. Contudo, quando estava prestes a desistir dela, ela me pediu pra enviar um daqueles hentais, e assim que mandei, tudo parecia normal como antes, ou até melhor.

Isso foi no começo de 2017, e ainda estava de férias, então tinha tempo livre suficiente para poder estar nesse frenesi de ficar mandando P/hentai com fim de me sentir melhor com ela. E isso parecia tão bom que frases como "eu te amo" e "você é o único que me faz ficar feliz" potencializava cada vez mais o desejo de ficar mandando para ela. Além disso, era comum que em diversas madrugadas passava do horário de dormir até 3-5 da manhã procurando P/hentai pra satisfazê-la. Sim, parece estranho (por isso que suspeito de catfishing), mas achava que fazia o bem fazendo isso. Hoje em dia, vejo o quanto que o contato excessivo durante esse período de, literalmente, todo dia do sol pra noite, foi crítico pro vício em P ser algo tão forte na minha vida.

Todo esse período durou de Janeiro pra metade de Março, tudo feito no PC que FICAVA NO MEIO DA SALA DE CASA, onde tinha uma chance muito grande de eu ser pego, mas sempre ficava muio alerta quando alguém passava por lá, e quando era seguro, aproveitava de continuar. Mas, houve uma vez que fui pego pela minha mãe, mas ficou por isso mesmo depois de uma repreensão (por um bom motivo). Em Março, foi cessado definitivamente qualquer contato com ela a mando da mãe, com a ajuda de um cara da TI que instalou um bloqueador e acesso dele no PC por meio de senha (pra hoje, seria de grande ajuda, mas esqueci o nome e o cara da TI também não sabe mais). Me senti muito triste por aquilo, mas acabei seguindo em frente.

Mesmo com o bloqueador, achava diversas brechas pra continuar alimentando o vício com PMO, até que o PC foi formatado, indo o bloqueador + as configurações dele indo juntas, fazendo com que o problema piorasse com a evolução do vício, desde a frequência até o consumo de diferentes conteúdos pra me manter satisfeito, até P trans ou gay, na busca de conteúdo mais pesado. Ficou assim por muito tempo, por todo meu ensino médio + a pandemia. Houve diversas vezes que, antes de ir pra escola, sempre acordava 5 da manhã pra primeira coisa que eu fizesse assim que acordava era pegar o celular e fazer PMO até uma hora que podia ter tempo pra me arrumar e ir estudar. Mas não podia fazer a mesma coisa quando chegava em casa, pq como era integral, passava literalmente o dia todo na escola e não tinha mais energia alguma a não ser dormir.

Durante a pandemia, como pra muitos daqui, foi a pior época pra mim em questão de PMO, pois todo dia se resumia a isso, desde a primeira coisa a se fazer no dia, durante o dia, e até antes de dormir pelas horas da madrugada. Era cerca de 2-3x por dia de doses de PMO. Isso contribuiu para problemas: a perda de sensibilidade do pênis, não conseguir me concentrar nas coisas por sempre querer suprir o vício antes de qualquer coisa, ansiedade, perda de interesse em outras atividades, e por aí vai. Nesse período, me via totalmente perdido, sem nenhuma chance de sair ou ânimo a fazer algo, por isso tentei parar, mas sozinho, via que não conseguiria absolutamente nada, pois sempre via o problema maior que eu (e em algumas vezes, vejo ainda).

Tudo começou a melhorar em Agosto do ano passado, quando namorei uma linda mulher (aqui, vamos chama-la de Liz), que tem me ajudado muito e apoiado até agora em questão da P, que creio que é crucial pra luta diária. Era o que eu precisava pra começar a ter alguma perspectiva positiva quanto ao vício, tendo sido ela uma benção na minha vida desde então, graças a Deus. De ínicio, achei um pouco difícil em como contar pra ela sobre o "meu problema", e quando fui contar na primeira vez, fiquei muito receoso pra que eu fosse rejeitado/abandonado por isso. Ao contar, foi justamente o contrário! Fui bem acolhido por ela, e sempre quando possível, ela me apoia nos momentos de dificuldade, principalmente nos momentos de queda, onde sinto uma enorme culpa, como se tivesse "traído" ela.

Mais a isso, ela é de família evangélica, e nas primeiras semanas de namoro fui convidado pra ir junto a igreja dela. Nunca me vi como uma pessoa religiosa, mas a experiência foi necessária para que Deus começasse a estar em mente, e começasse, aos poucos, substituir ao que tanto o coração engana a cabeça e viesse a se ter uma nova perspectiva acerca dos desejos da carne. Ao conhecer Deus, pude me renovar cada vez mais a não querer viver mais no pecado. Até lia três capítulos toda manhã como primeira coisa a se fazer, mas infelizmente parei repentinamente, mas sigo a leitura algumas vezes. Às vezes percebo que, se concentrar mais forças a leitura da Palavra e estando em mais contato com Ele, as coisas possam melhorar mais ainda, pois vejo que, mesmo não estando mais habituado ao pecado, os pensamentos ainda estão presentes, e, algumas vezes, foge do meu controle recaindo mais uma vez. Mas, mesmo caindo, desistir para mim nunca é opção e jamais será.

Creio que para não me extender a mais, vou parar por enquanto kkkkkkk mas espero continuar esse diário. Claro, como não estou habituado a escrever, vai ser necessário um esforço diário pra começar a me acostumar. Obrigado a todos do fórum, especialmente para o @Roentgen, que me inspirou pra fazer meu próprio relato e também do seu exemplo de fé e persistência contínua que deve ser de exemplo para todos nós.

Que nosso Senhor nos acompanhe e ajude a todos nós que estamos dentro do mesmo barco, sendo tementes e fiéis a Ele, amém.

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Roentgen e Genos gostam desta mensagem

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18/8/2023, 11:41
Começo por aqui mesmo. Caí hoje pela manhã, após, não sei? 2 semanas sem cair? Tudo começou com a nova atualização do Spin no celular, descobrindo uma brecha, e acabei vendo pela velha curiosidade que, mesmo tendo melhor controle de forma mais geral, ainda falta melhorar muito. Mas que mesmo assim, me convenci de que não teria caído a ponto de não resetar as 2 semanas. Mas o que ficou na mente acumulou-se até hoje pela manhã. Fiquei com a mesma culpa, pedi perdão pra Deus mostrando arrependimento e conversei com a Liz.
Ia treinar hoje, mas como já estou em cima do horário, não vai ser possível ir hoje (me arrumo às 12:00 pra ir trabalhar, chegando em casa umas 22:00 mais ou menos). É uma pena, pois tinha voltado a treinar semana passada e não queria comprometer nada. Mas tudo bem, essas coisas acontecem. Penso em ir hoje ainda quando chegar do trabalho (caso não chegar cansado), ou até amanhã, antes de ir passar o final de semana na Liz.

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25/8/2023, 22:56
Caí essa noite.
De uma semana pra cá, foi incrível a quantidade de coisas que ocorreram ao longo dela. Já estou noivado com o casamento previsto em algumas semanas. Compras pra celebração. Bucho de trabalho. Enfim, uma caralhada de coisa que eu não tô nem conseguindo acompanhar em questão de P, pra vigiar e tudo.
Hoje tive uma notícia que deixou meu dia estressado, pra quando fosse pela noite, me enganaria com a ideia de me "relaxar" em PMO, nem que fosse por pouco tempo (mesmo que ao longo do dia, lutei contra esse sentimento tentando nem pensar, mas enfim). De fato, senti hoje e ainda sinto que não terei salvação de forma alguma. Queria que a Liz continuasse com otimismo quando o papo é essa luta toda comigo, pra diminuir menos esse sentimento de nunca ser salvo, mas entendo que é difícil pra todo mundo, então no fundo, sinto que levo isso sozinho mesmo. Um dia, isso teria jeito pra mim?

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Roentgen
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26/8/2023, 09:42
Noro escreveu:Graça e paz irmãos, desde já agradeço pela oportunidade de fala aqui no fórum. Depois de um tempo de ter me registrado, decidi hoje em contar do meu relato e começar um diário junto com vocês, após ter caído hoje pela manhã (creio que algum de vocês já tenham feito isso).

Para começar, tenho 20 anos e já estou cerca de 7-9 anos acometido pelo vício em P. A primeira vez que tive contato com a P de fato foi com cerca de 11 anos no computador, fiz por "curiosidade" própria, mas de cara aquilo não me interessaria ainda, mesmo tendo a pré-adolescência e uma boa parte da adolescência resumidas estando dentro do PC. Demorou um tempo para que o problema evoluísse em me liberar em P até a PMO nos finais de semana progressivamente. Mas ainda assim, não me via preso naquilo, apenas era uma "liberdade" que dei pra mim. Nunca fazia nos dias úteis quando tinha escola.

Entretanto, quando tinha 13 anos conheci uma guria de mesma idade em um jogo online, então ficou comum de estarmos em contato sempre quando possível pelo Discord e no jogo em si. Foi umas das primeiras amizades que senti alguma coisa, de realmente manter aquilo e pôr como um porto seguro pra mim, então eu realmente queria aquilo por um bom tempo (de maneira boba, foi uma das primeiras experiências que senti algo forte como a paixão, por mais estranho e inocente que isso possa parecer ao mesmo tempo). Em uma das coisas além de trocar um papo e jogar, compartilhávamos conteúdo hentai, achando que poderíamos nos interagir e se conhecer melhor dessa maneira (até hoje me pergunto se a "guria" não era um catfish). Depois de um tempo, fiz uma coisa que ela não gostou e brigamos e cessamos contato, fazendo com que eu ficasse muito mal e arrependido. Dias depois, ela voltou mandando mensagem, mas dava para notar que ela estava mais estranha do que o comum, estando mais seca. Todo o desconforto estando em contato com ela perdurou por um tempo, até pensava em desistir logo da amizade e seguir a vida. Contudo, quando estava prestes a desistir dela, ela me pediu pra enviar um daqueles hentais, e assim que mandei, tudo parecia normal como antes, ou até melhor.

Isso foi no começo de 2017, e ainda estava de férias, então tinha tempo livre suficiente para poder estar nesse frenesi de ficar mandando P/hentai com fim de me sentir melhor com ela. E isso parecia tão bom que frases como "eu te amo" e "você é o único que me faz ficar feliz" potencializava cada vez mais o desejo de ficar mandando para ela. Além disso, era comum que em diversas madrugadas passava do horário de dormir até 3-5 da manhã procurando P/hentai pra satisfazê-la. Sim, parece estranho (por isso que suspeito de catfishing), mas achava que fazia o bem fazendo isso. Hoje em dia, vejo o quanto que o contato excessivo durante esse período de, literalmente, todo dia do sol pra noite, foi crítico pro vício em P ser algo tão forte na minha vida.

Todo esse período durou de Janeiro pra metade de Março, tudo feito no PC que FICAVA NO MEIO DA SALA DE CASA, onde tinha uma chance muito grande de eu ser pego, mas sempre ficava muio alerta quando alguém passava por lá, e quando era seguro, aproveitava de continuar. Mas, houve uma vez que fui pego pela minha mãe, mas ficou por isso mesmo depois de uma repreensão (por um bom motivo). Em Março, foi cessado definitivamente qualquer contato com ela a mando da mãe, com a ajuda de um cara da TI que instalou um bloqueador e acesso dele no PC por meio de senha (pra hoje, seria de grande ajuda, mas esqueci o nome e o cara da TI também não sabe mais). Me senti muito triste por aquilo, mas acabei seguindo em frente.

Mesmo com o bloqueador, achava diversas brechas pra continuar alimentando o vício com PMO, até que o PC foi formatado, indo o bloqueador + as configurações dele indo juntas, fazendo com que o problema piorasse com a evolução do vício, desde a frequência até o consumo de diferentes conteúdos pra me manter satisfeito, até P trans ou gay, na busca de conteúdo mais pesado. Ficou assim por muito tempo, por todo meu ensino médio + a pandemia. Houve diversas vezes que, antes de ir pra escola, sempre acordava 5 da manhã pra primeira coisa que eu fizesse assim que acordava era pegar o celular e fazer PMO até uma hora que podia ter tempo pra me arrumar e ir estudar. Mas não podia fazer a mesma coisa quando chegava em casa, pq como era integral, passava literalmente o dia todo na escola e não tinha mais energia alguma a não ser dormir.

Durante a pandemia, como pra muitos daqui, foi a pior época pra mim em questão de PMO, pois todo dia se resumia a isso, desde a primeira coisa a se fazer no dia, durante o dia, e até antes de dormir pelas horas da madrugada. Era cerca de 2-3x por dia de doses de PMO. Isso contribuiu para problemas: a perda de sensibilidade do pênis, não conseguir me concentrar nas coisas por sempre querer suprir o vício antes de qualquer coisa, ansiedade, perda de interesse em outras atividades, e por aí vai. Nesse período, me via totalmente perdido, sem nenhuma chance de sair ou ânimo a fazer algo, por isso tentei parar, mas sozinho, via que não conseguiria absolutamente nada, pois sempre via o problema maior que eu (e em algumas vezes, vejo ainda).

Tudo começou a melhorar em Agosto do ano passado, quando namorei uma linda mulher (aqui, vamos chama-la de Liz), que tem me ajudado muito e apoiado até agora em questão da P, que creio que é crucial pra luta diária. Era o que eu precisava pra começar a ter alguma perspectiva positiva quanto ao vício, tendo sido ela uma benção na minha vida desde então, graças a Deus. De ínicio, achei um pouco difícil em como contar pra ela sobre o "meu problema", e quando fui contar na primeira vez, fiquei muito receoso pra que eu fosse rejeitado/abandonado por isso. Ao contar, foi justamente o contrário! Fui bem acolhido por ela, e sempre quando possível, ela me apoia nos momentos de dificuldade, principalmente nos momentos de queda, onde sinto uma enorme culpa, como se tivesse "traído" ela.

Mais a isso, ela é de família evangélica, e nas primeiras semanas de namoro fui convidado pra ir junto a igreja dela. Nunca me vi como uma pessoa religiosa, mas a experiência foi necessária para que Deus começasse a estar em mente, e começasse, aos poucos, substituir ao que tanto o coração engana a cabeça e viesse a se ter uma nova perspectiva acerca dos desejos da carne. Ao conhecer Deus, pude me renovar cada vez mais a não querer viver mais no pecado. Até lia três capítulos toda manhã como primeira coisa a se fazer, mas infelizmente parei repentinamente, mas sigo a leitura algumas vezes. Às vezes percebo que, se concentrar mais forças a leitura da Palavra e estando em mais contato com Ele, as coisas possam melhorar mais ainda, pois vejo que, mesmo não estando mais habituado ao pecado, os pensamentos ainda estão presentes, e, algumas vezes, foge do meu controle recaindo mais uma vez. Mas, mesmo caindo, desistir para mim nunca é opção e jamais será.

Creio que para não me extender a mais, vou parar por enquanto kkkkkkk mas espero continuar esse diário. Claro, como não estou habituado a escrever, vai ser necessário um esforço diário pra começar a me acostumar. Obrigado a todos do fórum, especialmente para o @Roentgen, que me inspirou pra fazer meu próprio relato e também do seu exemplo de fé e persistência contínua que deve ser de exemplo para todos nós.

Que nosso Senhor nos acompanhe e ajude a todos nós que estamos dentro do mesmo barco, sendo tementes e fiéis a Ele, amém.

Bem vindo guerreiro, vai ser muito bom acompanhar seu diario, fico feliz em ter te inspirado de alguma forma e estarei presente sempre q puder para dar um apoio.

Continua nos atualizando...

Vi q esta noivo, que benção de Deus, aproveite o momento meu amigo, faça reflexões, vc vai ter uma outra vida depois de casado, mais responsabilidades.
"Quando vcs estiverem caminhando em direção ao altar, os dois morrerão, e aí nascerá UM" Douglas Gonçalves.

Não espere o casamento pra abandonar a PMO, se esforce ao maximo pra estar livre disso nessas poucas semanas, use essa preparação como combustível, isso te trará até mais confiança para o grande dia.

Lembre-se vc não esta só! Deus sabe das suas fraquezas, Deus é maior q seus problemas.

Se possível, ja q estao frequentando a igreja, faça um propósito com sua noiva. Coloquem Deus em primeiro lugar e Ele abençoará o casamento de vcs, não vai faltar nada, inclusive as aflições, mas vcs estarão juntos e preparados para suportar todas que vierem.

Te recomendo tbm a ler e estudar os capítulos 5,6 e 7 de Mateus, q são os principais ensinamentos de Jesus para seus seguidores, algo muito valioso.

No mais espero que dê tudo certo no reboot e no casamento, que Deus esteja com suas mãos estendidas sobre vcs. Abraço.
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5/9/2023, 23:54
Roentgen escreveu:
Noro escreveu:Graça e paz irmãos, desde já agradeço pela oportunidade de fala aqui no fórum. Depois de um tempo de ter me registrado, decidi hoje em contar do meu relato e começar um diário junto com vocês, após ter caído hoje pela manhã (creio que algum de vocês já tenham feito isso).

Para começar, tenho 20 anos e já estou cerca de 7-9 anos acometido pelo vício em P. A primeira vez que tive contato com a P de fato foi com cerca de 11 anos no computador, fiz por "curiosidade" própria, mas de cara aquilo não me interessaria ainda, mesmo tendo a pré-adolescência e uma boa parte da adolescência resumidas estando dentro do PC. Demorou um tempo para que o problema evoluísse em me liberar em P até a PMO nos finais de semana progressivamente. Mas ainda assim, não me via preso naquilo, apenas era uma "liberdade" que dei pra mim. Nunca fazia nos dias úteis quando tinha escola.

Entretanto, quando tinha 13 anos conheci uma guria de mesma idade em um jogo online, então ficou comum de estarmos em contato sempre quando possível pelo Discord e no jogo em si. Foi umas das primeiras amizades que senti alguma coisa, de realmente manter aquilo e pôr como um porto seguro pra mim, então eu realmente queria aquilo por um bom tempo (de maneira boba, foi uma das primeiras experiências que senti algo forte como a paixão, por mais estranho e inocente que isso possa parecer ao mesmo tempo). Em uma das coisas além de trocar um papo e jogar, compartilhávamos conteúdo hentai, achando que poderíamos nos interagir e se conhecer melhor dessa maneira (até hoje me pergunto se a "guria" não era um catfish). Depois de um tempo, fiz uma coisa que ela não gostou e brigamos e cessamos contato, fazendo com que eu ficasse muito mal e arrependido. Dias depois, ela voltou mandando mensagem, mas dava para notar que ela estava mais estranha do que o comum, estando mais seca. Todo o desconforto estando em contato com ela perdurou por um tempo, até pensava em desistir logo da amizade e seguir a vida. Contudo, quando estava prestes a desistir dela, ela me pediu pra enviar um daqueles hentais, e assim que mandei, tudo parecia normal como antes, ou até melhor.

Isso foi no começo de 2017, e ainda estava de férias, então tinha tempo livre suficiente para poder estar nesse frenesi de ficar mandando P/hentai com fim de me sentir melhor com ela. E isso parecia tão bom que frases como "eu te amo" e "você é o único que me faz ficar feliz" potencializava cada vez mais o desejo de ficar mandando para ela. Além disso, era comum que em diversas madrugadas passava do horário de dormir até 3-5 da manhã procurando P/hentai pra satisfazê-la. Sim, parece estranho (por isso que suspeito de catfishing), mas achava que fazia o bem fazendo isso. Hoje em dia, vejo o quanto que o contato excessivo durante esse período de, literalmente, todo dia do sol pra noite, foi crítico pro vício em P ser algo tão forte na minha vida.

Todo esse período durou de Janeiro pra metade de Março, tudo feito no PC que FICAVA NO MEIO DA SALA DE CASA, onde tinha uma chance muito grande de eu ser pego, mas sempre ficava muio alerta quando alguém passava por lá, e quando era seguro, aproveitava de continuar. Mas, houve uma vez que fui pego pela minha mãe, mas ficou por isso mesmo depois de uma repreensão (por um bom motivo). Em Março, foi cessado definitivamente qualquer contato com ela a mando da mãe, com a ajuda de um cara da TI que instalou um bloqueador e acesso dele no PC por meio de senha (pra hoje, seria de grande ajuda, mas esqueci o nome e o cara da TI também não sabe mais). Me senti muito triste por aquilo, mas acabei seguindo em frente.

Mesmo com o bloqueador, achava diversas brechas pra continuar alimentando o vício com PMO, até que o PC foi formatado, indo o bloqueador + as configurações dele indo juntas, fazendo com que o problema piorasse com a evolução do vício, desde a frequência até o consumo de diferentes conteúdos pra me manter satisfeito, até P trans ou gay, na busca de conteúdo mais pesado. Ficou assim por muito tempo, por todo meu ensino médio + a pandemia. Houve diversas vezes que, antes de ir pra escola, sempre acordava 5 da manhã pra primeira coisa que eu fizesse assim que acordava era pegar o celular e fazer PMO até uma hora que podia ter tempo pra me arrumar e ir estudar. Mas não podia fazer a mesma coisa quando chegava em casa, pq como era integral, passava literalmente o dia todo na escola e não tinha mais energia alguma a não ser dormir.

Durante a pandemia, como pra muitos daqui, foi a pior época pra mim em questão de PMO, pois todo dia se resumia a isso, desde a primeira coisa a se fazer no dia, durante o dia, e até antes de dormir pelas horas da madrugada. Era cerca de 2-3x por dia de doses de PMO. Isso contribuiu para problemas: a perda de sensibilidade do pênis, não conseguir me concentrar nas coisas por sempre querer suprir o vício antes de qualquer coisa, ansiedade, perda de interesse em outras atividades, e por aí vai. Nesse período, me via totalmente perdido, sem nenhuma chance de sair ou ânimo a fazer algo, por isso tentei parar, mas sozinho, via que não conseguiria absolutamente nada, pois sempre via o problema maior que eu (e em algumas vezes, vejo ainda).

Tudo começou a melhorar em Agosto do ano passado, quando namorei uma linda mulher (aqui, vamos chama-la de Liz), que tem me ajudado muito e apoiado até agora em questão da P, que creio que é crucial pra luta diária. Era o que eu precisava pra começar a ter alguma perspectiva positiva quanto ao vício, tendo sido ela uma benção na minha vida desde então, graças a Deus. De ínicio, achei um pouco difícil em como contar pra ela sobre o "meu problema", e quando fui contar na primeira vez, fiquei muito receoso pra que eu fosse rejeitado/abandonado por isso. Ao contar, foi justamente o contrário! Fui bem acolhido por ela, e sempre quando possível, ela me apoia nos momentos de dificuldade, principalmente nos momentos de queda, onde sinto uma enorme culpa, como se tivesse "traído" ela.

Mais a isso, ela é de família evangélica, e nas primeiras semanas de namoro fui convidado pra ir junto a igreja dela. Nunca me vi como uma pessoa religiosa, mas a experiência foi necessária para que Deus começasse a estar em mente, e começasse, aos poucos, substituir ao que tanto o coração engana a cabeça e viesse a se ter uma nova perspectiva acerca dos desejos da carne. Ao conhecer Deus, pude me renovar cada vez mais a não querer viver mais no pecado. Até lia três capítulos toda manhã como primeira coisa a se fazer, mas infelizmente parei repentinamente, mas sigo a leitura algumas vezes. Às vezes percebo que, se concentrar mais forças a leitura da Palavra e estando em mais contato com Ele, as coisas possam melhorar mais ainda, pois vejo que, mesmo não estando mais habituado ao pecado, os pensamentos ainda estão presentes, e, algumas vezes, foge do meu controle recaindo mais uma vez. Mas, mesmo caindo, desistir para mim nunca é opção e jamais será.

Creio que para não me extender a mais, vou parar por enquanto kkkkkkk mas espero continuar esse diário. Claro, como não estou habituado a escrever, vai ser necessário um esforço diário pra começar a me acostumar. Obrigado a todos do fórum, especialmente para o @Roentgen, que me inspirou pra fazer meu próprio relato e também do seu exemplo de fé e persistência contínua que deve ser de exemplo para todos nós.

Que nosso Senhor nos acompanhe e ajude a todos nós que estamos dentro do mesmo barco, sendo tementes e fiéis a Ele, amém.

Bem vindo guerreiro, vai ser muito bom acompanhar seu diario, fico feliz em ter te inspirado de alguma forma e estarei presente sempre q puder para dar um apoio.

Continua nos atualizando...

Vi q esta noivo, que benção de Deus, aproveite o momento meu amigo, faça reflexões, vc vai ter uma outra vida depois de casado, mais responsabilidades.
"Quando vcs estiverem caminhando em direção ao altar, os dois morrerão, e aí nascerá UM" Douglas Gonçalves.

Não espere o casamento pra abandonar a PMO, se esforce ao maximo pra estar livre disso nessas poucas semanas, use essa preparação como combustível, isso te trará até mais confiança para o grande dia.

Lembre-se vc não esta só! Deus sabe das suas fraquezas, Deus é maior q seus problemas.

Se possível, ja q estao frequentando a igreja, faça um propósito com sua noiva. Coloquem Deus em primeiro lugar e Ele abençoará o casamento de vcs, não vai faltar nada, inclusive as aflições, mas vcs estarão juntos e preparados para suportar todas que vierem.

Te recomendo tbm a ler e estudar os capítulos 5,6 e 7 de Mateus, q são os principais ensinamentos de Jesus para seus seguidores, algo muito valioso.

No mais espero que dê tudo certo no reboot e no casamento, que Deus esteja com suas mãos estendidas sobre vcs. Abraço.

Caro Roentgen, que leitura específica você recomendaria? Estudar para ter melhor controle é um bom caminho, mas não faço a mínima ideia do que ler ou me informar mais ainda.
Também serve outras fontes além da Bíblia, como os que tratam do problema.
Estive pesquisando vídeos em como lutar na hora da tentação (coisa essa que pessoalmente, nunca me vi vencendo, isso se não tiver lembrado em algum momento), mas até agora, teve apenas duas opções: "saiba mais comprando meu curso", ou não explica muito bem/deixando muito claro. Tem um bom tempo que não tenho a mínima ideia de tratativa ao problema. Tinha o family link no celular pela minha noiva, mas ela removeu depois de um "bucho" que teve. E qualquer bloqueador, ou desligo ou é achado alguma brecha, ou seja, eu mesmo me complico.

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Noro
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Pra cima. Empty Re: Pra cima.

5/9/2023, 23:57
Creio que o melhor caminho para mim no momento seja terapia ou acompanhamento psicológico, pois sozinho nada consigo. Até orar parou de funcionar, pois cedo ou mais tarde, ainda acabaria caindo no mesmo dia. Tirando a busca profissional, não sei mais o que fazer.

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