De muitos, um. Consegui!
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- Faiodermo
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Re: De muitos, um. Consegui!
26/3/2024, 16:33
Eu não sei como são vcs, mas eu sou um cara meio vazio por dentro. Acho que é por isso que a P me acompanhou por todos esses anos.
Hoje me deu uma super vontade de usar P. Eu estou no meu quarto, deitado na cama e tals, mas mesmo que não tenha como usar, a vontade vem, pois a cama, o quarto, é o lugar que todos nós costumávamos usar essa merda.
Assim que a vontade bateu, eu levantei e fui na rua pra não ficar alimentando aquela fissura. Fui na casa de um amigão meu jogar conversa fora. Só fiquei lá falando merda, falando da vida dos outros, até a vontade passar e eu voltar pra casa. Ele nem sabe disso, mas o fato de eu ter ficado lá por umas horinhas me ajudou muito.
Mas eu fico incomodado com isso. Eu poderia estar estudando pra concurso nesse exato momento, poderia estar fazendo algo de útil, mas estou aqui sem fazer nada, sem motivação alguma. Meu maior interesse do dia foi andar na rua, que nem um bobão, aos 24 anos de idade, e ir na casa do amigo pra jogar conversa fora, enquanto tem uma porrada de gente trabalhando e estudando por aí. Eu sempre tive esse costume de afrouxar quando eu devo acelerar e assumir minha responsabilidade nos estudos. Isso me deixa muito triste porque só me faze enxergar que eu sou um lixo que nunca vai atingir objetivos de ponta na vida. No máximo um empreguinho, um dinheirinho contado pra pagar as coisas, uma esposa, etc.
A vida não tem que ser excelente. Eu não sou fissurado nessa falsa ideia de progresso, mas eu queria ser disciplinado. Me daria muito orgulho ser assim, ainda que eu não atingisse nada na vida. Eu me esforço muito, mas sempre vem, após umas duas semanas de esforço regular, esse vazio que me faz só querer ficar no quarto.
Minha avó não viverá pra sempre pra me sustentar. Eu não sou rico, mas tenho uma vidinha de merda que me possibilitou ser mole. E vejam só o que aconteceu comigo.
Hoje me deu uma super vontade de usar P. Eu estou no meu quarto, deitado na cama e tals, mas mesmo que não tenha como usar, a vontade vem, pois a cama, o quarto, é o lugar que todos nós costumávamos usar essa merda.
Assim que a vontade bateu, eu levantei e fui na rua pra não ficar alimentando aquela fissura. Fui na casa de um amigão meu jogar conversa fora. Só fiquei lá falando merda, falando da vida dos outros, até a vontade passar e eu voltar pra casa. Ele nem sabe disso, mas o fato de eu ter ficado lá por umas horinhas me ajudou muito.
Mas eu fico incomodado com isso. Eu poderia estar estudando pra concurso nesse exato momento, poderia estar fazendo algo de útil, mas estou aqui sem fazer nada, sem motivação alguma. Meu maior interesse do dia foi andar na rua, que nem um bobão, aos 24 anos de idade, e ir na casa do amigo pra jogar conversa fora, enquanto tem uma porrada de gente trabalhando e estudando por aí. Eu sempre tive esse costume de afrouxar quando eu devo acelerar e assumir minha responsabilidade nos estudos. Isso me deixa muito triste porque só me faze enxergar que eu sou um lixo que nunca vai atingir objetivos de ponta na vida. No máximo um empreguinho, um dinheirinho contado pra pagar as coisas, uma esposa, etc.
A vida não tem que ser excelente. Eu não sou fissurado nessa falsa ideia de progresso, mas eu queria ser disciplinado. Me daria muito orgulho ser assim, ainda que eu não atingisse nada na vida. Eu me esforço muito, mas sempre vem, após umas duas semanas de esforço regular, esse vazio que me faz só querer ficar no quarto.
Minha avó não viverá pra sempre pra me sustentar. Eu não sou rico, mas tenho uma vidinha de merda que me possibilitou ser mole. E vejam só o que aconteceu comigo.
_______________________________________
"Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra, de que foste tomado, porque tu és pó, e em pó te hás de tornar." Gn 3,19.
HISTÓRIA DE SUCESSO: https://comoparar.forumeiros.com/t13691-faiodermo-conseguiu
MEU DIÁRIO: https://comoparar.forumeiros.com/t13564-diario-de-faiodermo
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- Faiodermo
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Dificuldades para dormir
27/3/2024, 00:48
Nos últimos 7 dias eu passei a ter maiores dificuldades pra dormir
Geralmente eu usava P no inicio da noite. Agora estou sofrendo pra pegar no sono. Estou resistindo às fantasias sexuais e não estou me permitindo deitar de bruços ou colocar a mão no pau
Eu quero acordar 5 da manhã pra ir pra academia. Estou fazendo meus dias renderem ao máximo.
Geralmente eu usava P no inicio da noite. Agora estou sofrendo pra pegar no sono. Estou resistindo às fantasias sexuais e não estou me permitindo deitar de bruços ou colocar a mão no pau
Eu quero acordar 5 da manhã pra ir pra academia. Estou fazendo meus dias renderem ao máximo.
- henrique__
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Re: De muitos, um. Consegui!
27/3/2024, 08:00
Faiodermo escreveu:Eu não sei como são vcs, mas eu sou um cara meio vazio por dentro. Acho que é por isso que a P me acompanhou por todos esses anos.
Hoje me deu uma super vontade de usar P. Eu estou no meu quarto, deitado na cama e tals, mas mesmo que não tenha como usar, a vontade vem, pois a cama, o quarto, é o lugar que todos nós costumávamos usar essa merda.
Assim que a vontade bateu, eu levantei e fui na rua pra não ficar alimentando aquela fissura. Fui na casa de um amigão meu jogar conversa fora. Só fiquei lá falando merda, falando da vida dos outros, até a vontade passar e eu voltar pra casa. Ele nem sabe disso, mas o fato de eu ter ficado lá por umas horinhas me ajudou muito.
Mas eu fico incomodado com isso. Eu poderia estar estudando pra concurso nesse exato momento, poderia estar fazendo algo de útil, mas estou aqui sem fazer nada, sem motivação alguma. Meu maior interesse do dia foi andar na rua, que nem um bobão, aos 24 anos de idade, e ir na casa do amigo pra jogar conversa fora, enquanto tem uma porrada de gente trabalhando e estudando por aí. Eu sempre tive esse costume de afrouxar quando eu devo acelerar e assumir minha responsabilidade nos estudos. Isso me deixa muito triste porque só me faze enxergar que eu sou um lixo que nunca vai atingir objetivos de ponta na vida. No máximo um empreguinho, um dinheirinho contado pra pagar as coisas, uma esposa, etc.
A vida não tem que ser excelente. Eu não sou fissurado nessa falsa ideia de progresso, mas eu queria ser disciplinado. Me daria muito orgulho ser assim, ainda que eu não atingisse nada na vida. Eu me esforço muito, mas sempre vem, após umas duas semanas de esforço regular, esse vazio que me faz só querer ficar no quarto.
Minha avó não viverá pra sempre pra me sustentar. Eu não sou rico, mas tenho uma vidinha de merda que me possibilitou ser mole. E vejam só o que aconteceu comigo.
Mano, me identifico demais com esse relato. Sou absurdamente procrastinador e deixo muita coisa para depois simplesmente por perder a motivação e o desejo de alcançar enquanto me culpo e me sinto mal por isso. Mas tenho aprendido e entendido que:
1 - A pornografia e a visão que criamos através do consumo de determinados conteúdo afetam essa nossa percepção de nós mesmos e nossos pensamentos.
2 - Tem dias que precisamos engolir e fazer, sem vontade, sem desejo e mesmo querendo morrer na cama.
É interessante compartilhar essas sensações e percepções mesmo depois de quase 50 dias sem conteúdo.
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Meu diário: https://comoparar.forumeiros.com/t10943p100-desabafo-de-um-experimento#420046
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- henrique__
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Re: De muitos, um. Consegui!
27/3/2024, 08:03
Faiodermo escreveu:Nos últimos 7 dias eu passei a ter maiores dificuldades pra dormir
Geralmente eu usava P no inicio da noite. Agora estou sofrendo pra pegar no sono. Estou resistindo às fantasias sexuais e não estou me permitindo deitar de bruços ou colocar a mão no pau
Eu quero acordar 5 da manhã pra ir pra academia. Estou fazendo meus dias renderem ao máximo.
Como tem sido na hora de acordar mano?
Se for possível, na hora de dormir, mantenha a luz mais amarelada por uma/duas horas antes de deitar e coloque o celular no modo noturno para a tela não incomodar.
É interessante esta luta para resistir aos desejos acontecer com estes padrões, deitar de bruços ou mão, a gente vai se afundando tanto que os simples comportamentos podem gerar gatilhos imensos.
Força mano, vamos avançando juntos!
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- Faiodermo
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Re: De muitos, um. Consegui!
27/3/2024, 09:32
henrique__ escreveu:
Como tem sido na hora de acordar mano?
Se for possível, na hora de dormir, mantenha a luz mais amarelada por uma/duas horas antes de deitar e coloque o celular no modo noturno para a tela não incomodar.
É interessante esta luta para resistir aos desejos acontecer com estes padrões, deitar de bruços ou mão, a gente vai se afundando tanto que os simples comportamentos podem gerar gatilhos imensos.
Força mano, vamos avançando juntos!
Na hora de acordar eu geralmente procrastino. Hoje mesmo eu acordei 5, mas pelo fato de só ter pegado no sono por volta das 2 da manhã, me permiti (e isso é uma merda) desligar o despertador e dormir + 2h pra depois ir pra academia.
Acabei compactuando com esse mau costume enraizado.
Vou seguir seu conselho. E também vou deixar de usar o celular por volta das 19h. Acho que vai ser útil.
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- Faiodermo
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Re: De muitos, um. Consegui!
27/3/2024, 09:40
Bom dia!
Hoje faço 40 dias sem PMO.
Resumo:
O desejo de usar P permanece em alta. Acredito que seja pelo fato de que estou de férias, então estou passando bastante tempo no meu quarto estudando e tals.
Motivação em baixa.
A mente fica forçando umas fantasias sexuais do nada.
Estou escrevendo bastante no papel sobre meus sentimentos. Isso me ajuda bastante.
Estou conseguindo me controlar quando vejo mulheres com roupas curtas na rua ou roupas de academia. Eu as vejo e simplesmente nem fico na vontade de olhar. Apenas sigo em frente.
O negócio mesmo é ficar no quarto, lugar de ócio. É o lugar em que todas as merdas acontecem. Não há brechas nos meus bloqueadores, então eu só falto subir pelas paredes.
Obs: eu estou saindo, fazendo exercícios, etc, mas quando eu entro no quarto esses sentimentos vêm. É normal. A gente tem que passar por isso mesmo. É o tal do condicionamento. Eu estou dentro do ambiente que eu costumava usar P, nas mesmas circunstâncias (sozinho no quarto, sem ninguém pra atrapalhar), e o cérebro precisa entender que essa merda acabou.
Tem um livro chamado "quem mexeu no meu queijo?" que fala sobre isso. Os mamíferos sempre se condicionam a pegar seus alimentos (substâncias de prazer) no mesmo lugar de sempre. Quando esse alimento acaba ele, ao invés de sair daquele ambiente e ir procurar fazer outra coisa, continua indo no mesmo lugar pra ver se não aparece algo... até que ele realmente entende que o queijinho não vai mais aparecer ali e ele vai embora pra outro canto procurar queijo.
É sobre isso, irmãos. É importante sair do quarto, fazer exercícios, socializar, mas uma hora a gente tem que entrar no quarto. E esses sentimentos vêm e vão perdurar até alguma coisa dentro da gente fazer-nos entender que acabou nosso queijinho mofado chamado P.
-
edit: outra coisa que muito me incomoda é a ruminação de pensamentos obsessivos agressivos.
Eu tenho TOC, e ele sempre pendeu pra esse lado de pensamentos agressivos e compulsão por jogos e P. Sempre que eu deixava de usar P por uns 2 dias eu começava a ter esses pensamentos agressivos contra pessoas que me faziam qualquer coisa. Uma besteirinha e eu me chateava, ex. não lembrarem de me chamar pra almoçar no trabalho. Eu já começava a ruminar mil coisas.
Tudo bem que o lugar que eu trabalhava era cheio de mulher e eu ficava de saco cheio de só ouvir conversinha de roupa na shein e ouvir elas tentando me manipular pra conseguir as coisas, mas isso já passou, já tem 3 meses, mas é como se tivesse sido ontem.
Em suma, eu absorvo momentos ruins e os rumino. Tem coisas que aconteceram há anos e eu ainda lembro.
Estou anotando tudo no papel e meio que desconstruindo esses cenários. É muito importante isso.
A P meio que aplacava esses pensamentos por breves horas. Mas depois eles voltavam muito mais fortes.
Na verdade eu estou aprendendo a lidar com esses pensamentos agora. No manual do programa revert fala sobre isso. Pela primeira vez estou sendo um adulto de verdade.
E é incrível: assim que eu tenho esses pensamentos de raiva me vem a vontade de usar P. Tem que passar por isso.
Quando eu era adolescente eu gritava em casa por qualquer coisinha. E ninguém nunca me deu uma dura. Sempre tentaram resolver tudo "na conversa". Eu sou a favor da conversa, mas quando ela não funciona tem que abrir a caixa preta da pessoa e intervir. "O que é que tá te deixando nervoso? Deixa eu olhar aqui seu computador. Hum... jogos... hum... pornografia... a partir de hoje vc não fica no computador nem mais uma hora. Vou te matricular numa natação, futebol, qualquer coisa. Vamos ao psicólogo também pra abrir essa sua caixa preta aí na cabeça." Acho que faltou esse pulso firme na minha criação. Não se pode respeitar a vontade dos adolescentes. Se um dia eu for pai, eu vou intervir nessas coisas. Eu, hoje, aos 24 anos de idade, seria eternamente agradecido se tivessem se intrometido na minha rotina e me salvado. Não estou colocando a culpa em ninguém: a culpa é minha. Mas se essa intervenção tivesse acontecido teria sido muito bom na minha vida.
E eu percebo que a maioria das pessoas que caem nesse vício não tem pais interventores. Na maioria das vezes são pais, divorciados ou não, que amam seus filhos e os dão mimos como PCs e videogames, deixando-os livres. "Poxa, meu filho passa de ano sempre. Ele pode jogar." Já ouvi isso de uma mãe de um colega meu. Hoje ele tem a mesma idade que eu, repetiu de ano 2x no 3º ano, é obeso e não tem perspectiva de vida nenhuma. Tem play 5, um pc fuderoso, bate punheta todo dia e quando ele quer ver a natureza ele abre The Last of Us e fica andando pelo mapa pra "ver o mundo". Eu poderia ser ele nesse exato momento, pois ele era meu melhor amigo de infância e eu fiquei andando com ele a pré-adolescência.
Quando eu fui pro exército mesmo (eu passei em 1o lugar) eu decidi ir embora pq vi que não ia conseguir mais ficar no meu quarto jogando e batendo punheta, nem ia mais dar pra ver minha namorada todo dia. Vejam que pau no cu eu fui. Muito otário. E a gente nem percebe essas coisas na hora. Só depois eu percebi, porque assim que eu saí de lá eu voltei pro meu quarto e continuei minha rotina de merda com a maior satisfação. O viciado realmente faz de tudo pra manter seu vício.
Hoje faço 40 dias sem PMO.
Resumo:
O desejo de usar P permanece em alta. Acredito que seja pelo fato de que estou de férias, então estou passando bastante tempo no meu quarto estudando e tals.
Motivação em baixa.
A mente fica forçando umas fantasias sexuais do nada.
Estou escrevendo bastante no papel sobre meus sentimentos. Isso me ajuda bastante.
Estou conseguindo me controlar quando vejo mulheres com roupas curtas na rua ou roupas de academia. Eu as vejo e simplesmente nem fico na vontade de olhar. Apenas sigo em frente.
O negócio mesmo é ficar no quarto, lugar de ócio. É o lugar em que todas as merdas acontecem. Não há brechas nos meus bloqueadores, então eu só falto subir pelas paredes.
Obs: eu estou saindo, fazendo exercícios, etc, mas quando eu entro no quarto esses sentimentos vêm. É normal. A gente tem que passar por isso mesmo. É o tal do condicionamento. Eu estou dentro do ambiente que eu costumava usar P, nas mesmas circunstâncias (sozinho no quarto, sem ninguém pra atrapalhar), e o cérebro precisa entender que essa merda acabou.
Tem um livro chamado "quem mexeu no meu queijo?" que fala sobre isso. Os mamíferos sempre se condicionam a pegar seus alimentos (substâncias de prazer) no mesmo lugar de sempre. Quando esse alimento acaba ele, ao invés de sair daquele ambiente e ir procurar fazer outra coisa, continua indo no mesmo lugar pra ver se não aparece algo... até que ele realmente entende que o queijinho não vai mais aparecer ali e ele vai embora pra outro canto procurar queijo.
É sobre isso, irmãos. É importante sair do quarto, fazer exercícios, socializar, mas uma hora a gente tem que entrar no quarto. E esses sentimentos vêm e vão perdurar até alguma coisa dentro da gente fazer-nos entender que acabou nosso queijinho mofado chamado P.
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edit: outra coisa que muito me incomoda é a ruminação de pensamentos obsessivos agressivos.
Eu tenho TOC, e ele sempre pendeu pra esse lado de pensamentos agressivos e compulsão por jogos e P. Sempre que eu deixava de usar P por uns 2 dias eu começava a ter esses pensamentos agressivos contra pessoas que me faziam qualquer coisa. Uma besteirinha e eu me chateava, ex. não lembrarem de me chamar pra almoçar no trabalho. Eu já começava a ruminar mil coisas.
Tudo bem que o lugar que eu trabalhava era cheio de mulher e eu ficava de saco cheio de só ouvir conversinha de roupa na shein e ouvir elas tentando me manipular pra conseguir as coisas, mas isso já passou, já tem 3 meses, mas é como se tivesse sido ontem.
Em suma, eu absorvo momentos ruins e os rumino. Tem coisas que aconteceram há anos e eu ainda lembro.
Estou anotando tudo no papel e meio que desconstruindo esses cenários. É muito importante isso.
A P meio que aplacava esses pensamentos por breves horas. Mas depois eles voltavam muito mais fortes.
Na verdade eu estou aprendendo a lidar com esses pensamentos agora. No manual do programa revert fala sobre isso. Pela primeira vez estou sendo um adulto de verdade.
E é incrível: assim que eu tenho esses pensamentos de raiva me vem a vontade de usar P. Tem que passar por isso.
Quando eu era adolescente eu gritava em casa por qualquer coisinha. E ninguém nunca me deu uma dura. Sempre tentaram resolver tudo "na conversa". Eu sou a favor da conversa, mas quando ela não funciona tem que abrir a caixa preta da pessoa e intervir. "O que é que tá te deixando nervoso? Deixa eu olhar aqui seu computador. Hum... jogos... hum... pornografia... a partir de hoje vc não fica no computador nem mais uma hora. Vou te matricular numa natação, futebol, qualquer coisa. Vamos ao psicólogo também pra abrir essa sua caixa preta aí na cabeça." Acho que faltou esse pulso firme na minha criação. Não se pode respeitar a vontade dos adolescentes. Se um dia eu for pai, eu vou intervir nessas coisas. Eu, hoje, aos 24 anos de idade, seria eternamente agradecido se tivessem se intrometido na minha rotina e me salvado. Não estou colocando a culpa em ninguém: a culpa é minha. Mas se essa intervenção tivesse acontecido teria sido muito bom na minha vida.
E eu percebo que a maioria das pessoas que caem nesse vício não tem pais interventores. Na maioria das vezes são pais, divorciados ou não, que amam seus filhos e os dão mimos como PCs e videogames, deixando-os livres. "Poxa, meu filho passa de ano sempre. Ele pode jogar." Já ouvi isso de uma mãe de um colega meu. Hoje ele tem a mesma idade que eu, repetiu de ano 2x no 3º ano, é obeso e não tem perspectiva de vida nenhuma. Tem play 5, um pc fuderoso, bate punheta todo dia e quando ele quer ver a natureza ele abre The Last of Us e fica andando pelo mapa pra "ver o mundo". Eu poderia ser ele nesse exato momento, pois ele era meu melhor amigo de infância e eu fiquei andando com ele a pré-adolescência.
Quando eu fui pro exército mesmo (eu passei em 1o lugar) eu decidi ir embora pq vi que não ia conseguir mais ficar no meu quarto jogando e batendo punheta, nem ia mais dar pra ver minha namorada todo dia. Vejam que pau no cu eu fui. Muito otário. E a gente nem percebe essas coisas na hora. Só depois eu percebi, porque assim que eu saí de lá eu voltei pro meu quarto e continuei minha rotina de merda com a maior satisfação. O viciado realmente faz de tudo pra manter seu vício.
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- Faiodermo
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Re: De muitos, um. Consegui!
28/3/2024, 09:21
Bom dia!
Ontem à noite fiz sexo com minha noiva e consegui ejacular sem precisar de sexo oral. Há muito tempo eu não conseguia isso.
Ela dise que gostou muito porque eu fui atencioso na relação ontem e ela ficou mto satisfeita. Ambos se satisfizeram, portanto, e isso é fundamental pra mim. A atenção plena no ato gerou bons resultados.
Eu conversei com ela sobre isso antes e tomei a decisão de não mais usar sexo oral pra ejacular, pois aquilo estimulava a imaginação, e a imaginação é extremamente prejudicial pra nós, rebooters, que precisamos nos limpar de pensamentos pornográficos.
Nos momentos de sexo oral eu sempre voltava minha imaginação pra fantasias sexuais que eu realizava assistindo aos vídeos de P.
Foi difícil gozar sem o estímulo da imaginação proporcionado pelo sexo oral, mas acho que com o tempo vai ficar mais fácil.
Quanto aos outros problemas de concentração e ruminação de pensamentos, espero conseguir subvertê-los. Hoje mesmo eu meditei por 15 min e busquei focar ao máximo na respiração. Se eu medisse em porcentagem o sucesso dessa meditação, diria que eu me concentrei 70% do tempo na minha respiração.
Ontem à noite fiz sexo com minha noiva e consegui ejacular sem precisar de sexo oral. Há muito tempo eu não conseguia isso.
Ela dise que gostou muito porque eu fui atencioso na relação ontem e ela ficou mto satisfeita. Ambos se satisfizeram, portanto, e isso é fundamental pra mim. A atenção plena no ato gerou bons resultados.
Eu conversei com ela sobre isso antes e tomei a decisão de não mais usar sexo oral pra ejacular, pois aquilo estimulava a imaginação, e a imaginação é extremamente prejudicial pra nós, rebooters, que precisamos nos limpar de pensamentos pornográficos.
Nos momentos de sexo oral eu sempre voltava minha imaginação pra fantasias sexuais que eu realizava assistindo aos vídeos de P.
Foi difícil gozar sem o estímulo da imaginação proporcionado pelo sexo oral, mas acho que com o tempo vai ficar mais fácil.
Quanto aos outros problemas de concentração e ruminação de pensamentos, espero conseguir subvertê-los. Hoje mesmo eu meditei por 15 min e busquei focar ao máximo na respiração. Se eu medisse em porcentagem o sucesso dessa meditação, diria que eu me concentrei 70% do tempo na minha respiração.
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Re: De muitos, um. Consegui!
28/3/2024, 09:31
Outra coisa muito legal aconteceu comigo ontem à tarde.
Eu fui buscar minha tia no hospital e, durante o trajeto, rezei mentalmente o terço, controlando minha respiração. Os pensamentos ruminantes (que me acompanham durante todo o dia) vinham, mas eu percebia que a respiração regular e focada os afastava.
A ansiedade corta nossa respiração. Torna-a curta. No contexto dos pensamentos ruminantes de raiva, o cenário é parecido como o de um animal caçador (eu) que visualiza uma presa e pensa em atacá-la a qualquer momento. A respiração torna-se curta, o corpo e a cara ficam retesados, como se a qualquer momento eu fosse começar a avançar em direção àquela pessoa/situação que eu estou depositando a raiva em meus pensamentos.
Enfim, respirar conscientemente é muito bom. Espero ter força mental pra fazer isso sempre. Rezar o terço, meditar, prestar a atenção na rua, nos detalhes, ainda que a cidade seja horrorosa e só haja concreto e carros para observar. No fim a gente acaba vendo beleza nas coisas comuns, como rostos de pessoas, árvores isoladas na selva de pedra, etc. Acho que a cidade também nos deprime.
-
Percebi também que nesses pensamentos ruminantes eu desfoco minhas vistas. Eu estou ali na rua, andando, enxergando o prédio, mas é como se eu estivesse em stand by, vivendo só dentro da minha mente.
Tem um livro de um autor chamado Narciso Irala que ensina a desfazer-se de pensamentos e neuroses através de exercícios práticos, a fim de que consigamos focar no real. O livro chama-se "Controle Cerebral e Emocional". Ele te ensina o processo de formação de neuroses, pensamentos ruins, etc, e lhe ensina a se desfazer deles. Indico a todos.
Eu fui buscar minha tia no hospital e, durante o trajeto, rezei mentalmente o terço, controlando minha respiração. Os pensamentos ruminantes (que me acompanham durante todo o dia) vinham, mas eu percebia que a respiração regular e focada os afastava.
A ansiedade corta nossa respiração. Torna-a curta. No contexto dos pensamentos ruminantes de raiva, o cenário é parecido como o de um animal caçador (eu) que visualiza uma presa e pensa em atacá-la a qualquer momento. A respiração torna-se curta, o corpo e a cara ficam retesados, como se a qualquer momento eu fosse começar a avançar em direção àquela pessoa/situação que eu estou depositando a raiva em meus pensamentos.
Enfim, respirar conscientemente é muito bom. Espero ter força mental pra fazer isso sempre. Rezar o terço, meditar, prestar a atenção na rua, nos detalhes, ainda que a cidade seja horrorosa e só haja concreto e carros para observar. No fim a gente acaba vendo beleza nas coisas comuns, como rostos de pessoas, árvores isoladas na selva de pedra, etc. Acho que a cidade também nos deprime.
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Percebi também que nesses pensamentos ruminantes eu desfoco minhas vistas. Eu estou ali na rua, andando, enxergando o prédio, mas é como se eu estivesse em stand by, vivendo só dentro da minha mente.
Tem um livro de um autor chamado Narciso Irala que ensina a desfazer-se de pensamentos e neuroses através de exercícios práticos, a fim de que consigamos focar no real. O livro chama-se "Controle Cerebral e Emocional". Ele te ensina o processo de formação de neuroses, pensamentos ruins, etc, e lhe ensina a se desfazer deles. Indico a todos.
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- henrique__
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Re: De muitos, um. Consegui!
29/3/2024, 09:38
Faiodermo escreveu:Bom dia!
Ontem à noite fiz sexo com minha noiva e consegui ejacular sem precisar de sexo oral. Há muito tempo eu não conseguia isso.
Ela dise que gostou muito porque eu fui atencioso na relação ontem e ela ficou mto satisfeita. Ambos se satisfizeram, portanto, e isso é fundamental pra mim. A atenção plena no ato gerou bons resultados.
Eu conversei com ela sobre isso antes e tomei a decisão de não mais usar sexo oral pra ejacular, pois aquilo estimulava a imaginação, e a imaginação é extremamente prejudicial pra nós, rebooters, que precisamos nos limpar de pensamentos pornográficos.
Nos momentos de sexo oral eu sempre voltava minha imaginação pra fantasias sexuais que eu realizava assistindo aos vídeos de P.
Foi difícil gozar sem o estímulo da imaginação proporcionado pelo sexo oral, mas acho que com o tempo vai ficar mais fácil.
Quanto aos outros problemas de concentração e ruminação de pensamentos, espero conseguir subvertê-los. Hoje mesmo eu meditei por 15 min e busquei focar ao máximo na respiração. Se eu medisse em porcentagem o sucesso dessa meditação, diria que eu me concentrei 70% do tempo na minha respiração.
Mano, parabéns pelo seu avanço, é de fato plausível o crescimento que você está tendo. Não é algo que virá de poucos dias de reboot, mas é uma caminhada que será finalizada com êxito. Os avanços relacionados aos seus pensamentos também irão acontecer vinculados ao processo de reboot, é logico que não sozinho, mas sim, irão acontecer. Vamos avançando mano, conte comigo!
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Reflexão
29/3/2024, 22:01
Hoje eu tirei uma parte da noite para refletir sobre meus problemas pessoais, que estão por trás do vício. A PMO é só a luzinha do painel que acende e diz que há problemas no motor, sendo esse o real problema.
Primeiramente, eu sou filho de pais que me tiveram muito jovens. Minha mãe tinha 16 anos de idade e meu pai 21. Fui criado pelas minhas avós. MInha mãe saiu de casa quando eu tinha 14 anos pra fazer uma nova vida. Minha avó era esquizoide; morreu de câncer quando eu tinha 16 anos de idade. Hoje moro com minha bisavó e minha tia-avó; esta também está com câncer.
A ausência de pais maduros pouco afetou meu desenvolvimento na infância, pois minha avó largou tudo para cuidar de mim. Eu fui uma criança muito feliz.
-
Na adolescência, entretanto, fui muito rebelde e infeliz.
Eu recebi, através de parentes, a oportunidade de estudar em um baita colégio da minha cidade.
A questão é que eu sou pobre, e sofri muito lá por conta das rejeições. Eu não era bonito como aquelas pessoas da alta classe, não era forte, nem alto, nenhuma garota bonita me olhava. Nunca fiquei com mulheres fora de série. Havia muitos caras descolados e eu fazia muito esforço pra andar com eles, inclusive ser humilhado ou zuado a todo momento. Eu abstraia tudo aquilo. Mas era nítido que eu não fazia parte daquilo, pois nunca me chamavam pra sair com eles ou pra entrar no grupo do whatsapp deles. Eles pegavam as meninas da escola, resenhavam, eram super amigos, jogavam bola, e eu só olhava. Eu andava com vários grupos do colégio, como uma ovelha desgarrada. Minha noiva inclusive sempre fala que eu só sofro com as pessoas porque eu não me dou a devida dignidade. Sempre levo patadas. E isso é oriundo dessa época.
Me doi muito não ter vivido essa vida. Não que todo adolescente deva viver assim, mas é porque todos os garotos ali viviam assim e eu não podia participar. Eu não tinha nem dinheiro pra comprar lanche. Foi massa terem me colocado em um colégio de ponta, mas eu não tinha suporte financeiro e nem psicológico pra viver aquilo ali. Meu pai não ia me buscar no colégio (ele pouco participou da minha vida aliás); minha mãe não tinha carro pra me buscar; eu ia andando debaixo do sol, com fome, pra casa, tendo sido minha última refeição 7 da manhã. Poucas foram as vezes em que eu tive transporte escolar; eu não tinha o casaco da GAP ou o iphone, quiçá o samsung corby.
Hoje eu entendo que pra aplacar aquela dor eu jogava 8 horas por dia e usava PMO. Qual adolescente não faria isso numa circunstância dessas?
Eu estava conversando com a irmã de um amigo meu e ela disse que eles eram bem pobres na infância; os amigos deles tinham bicicleta etc e eles ficavam correndo atrás dos amigos enquanto eles pedalavam. Imagine. Você não tem bicicleta, então você corre atrás do seu amigo que tem uma bicicleta linda e está pedalando que nem louco. É duro.
Hoje eu entendo que foi uma tortura de 6 anos estudar naquele colégio, sem o mínimo suporte financeiro e psicológico.
E o mais absurdo de tudo é que eu nunca perdi de ano. Fui pra recuperação uma vez só, mas foi por besteira.
Quando eu digo suporte financeiro não quero dizer que eu sou super pobre. Todo mundo aqui em casa viajava, saia pra shopping etc, mas faltou só o cuidado de olhar pra mim e ver que pagar a mensalidade do colégio não bastava. A atenção, perguntar se está comendo lá, falar com o professor e perguntar meu comportamento em sala de aula, observar que não é normal alguém jogar 8 horas por dia e não socializar... tudo isso conta.
-
As férias eram sempre com parentes distantes. Eles eram de outro estado, com gente muito bonita realmente. Todos com muito dinheiro.
Um dia um primo meu perguntou a uma prima: vai, Giulia, diz aí quais meninos vc acha bonito. Fulano? Beltrano? E X (eu)? vc acha X bonito?
Ah, pra a gente da terra dele até que ele é bonitinho.
-
Hoje sei que essas coisas pesaram muito pra eu viver essa adolescência de merda. Eu só fui sentir o peso disso tudo quando eu saí do colégio e fui pra universidade e pro exército. A vida real, em que temos de mostrar nossa força, seja física, seja intelectual. Ali eu vi que não tinha estabilidade emocional nenhuma. Caí fora sem um pingo de vergonha. Não tinha do que me envergonhar. Fiquei só triste por não conseguir manter aquelas coisas.
Desse momento em que eu saí do exército e da faculdade até hoje já se passaram 6 anos. E desde então eu sempre estou a tentar me aperfeiçoar. Troquei de curso; busquei ajuda psicológica e psiquiátrica (hoje não tomo mais remédio para TOC); arranjei uma parceira que vem de uma realidade difícil também e estamos a subir juntos; estou vencendo o vício em PMO.
Mas de uma coisa eu sei: não posso guardar essa dor das coisas que me aconteceram. Todas essas ruminações mentais contra coisas que me fizeram, ainda que mínimas, são decorrentes dessa adolescência de sofrimento velado, aplacado por horas de jogos (ainda que jogos ótimos, de raciocício e tática) e pornografia.
Eu só vou atingir meus objetivos quando eu me livrar dessa dor. E o reboot está me ajudando nisso. Hoje consigo raciocinar de maneira mais clara. E sei que haverá um momento em que os pensamentos ruminantes de raiva não mais virão.
-
Eu sei que a vida que aqueles meninos levavam não era a melhor. Viver na promiscuidade é muito ruim. Mas viver nos jogos eletrônicos e na PMO também é. Eles pelo menos viveram uma vida mais física que a minha.
Isso serve pra vocês entenderem que muitas das vezes a gente busca nesse vício de merda o que nos falta/faltou um dia. Eu fico muito triste por ter passado por isso.
-
Hoje meu pai tem um novo filho. De meses. Eu só espero que ele seja um pai muito melhor do que ele foi pra mim. Que não se divorcie e aceite todos os encargos da paternidade. Pra que esse garotinho passe por longe de todos os vícios que possam aprisioná-lo durante seu desenvolvimento.
-
Eu fico me perguntando de onde eu tiro essa força pra sempre me manter nos trilhos. Boa parte de meus amigos gosta de ir pra balada com dinheiro que não têm; usam drogas; têm vários filhos; não têm perspectiva de vida nenhuma. Eu vivi com todos eles, mas sempre nesse contexto de ovelha desgarrada, que não consegue se encaixar em nenhum grupo.
Eu só queria saber o porquê de eu ser diferente e nunca ter me encaixado com ninguém.
Sei que cresci em uma família moralista, mas qual família brasileira não é, mesmo em menor grau? Não há diferença nenhuma de pensamento da minha para as tradicionais.
É algo que até hoje eu não sei explicar direito.
-
Hoje eu me sinto desconfortável perto de mulheres muito bonitas; não gosto de andar em lugares chiques, pois sinto que ali não é meu lugar; não gosto de falar sobre coisas que custam dinheiro, como viagens para o exterior (eu mentia na época da escola dizendo que já tinha viajado pra vários lugares só pra fazer parte daqueles grupinhos. Vejam que crueldade comigo mesmo.); não gosto de pessoas soberbas; não gosto de pessoas que evocam luxúria; não gosto de quem usa botox, harmonização facial, roupas caras, lentes de contato nos dentes, pessoas muito arrumadas, com carros caros, etc..; detesto ouvir sobre progresso e "qualidade de vida"; tábua de vinhos e queijos na varanda gourmet; chip da beleza. Tudo isso eu detesto. Só lembro daquela época em que eu convivia com aquelas pessoas.
Eu sinto aversão a isso. Convivo numa boa, mas se não puder conviver, é melhor.
E tudo isso remete àquela época.
-
Eu escolhi uma vida simples pra fugir de tudo aquilo. Eu tentei entrar no jogo, mas fui rechaçado de imediato.
De qualquer forma foi bom, pois me trouxe até aqui, a realidade da vida. Tudo são padrões de comportamento. Riqueza é símbolo. Tire a riqueza, a luxúria, o sexo dessas pessoas e elas ruirão. Bem, eu estou aqui no submundo das emoções há mais de uma década. E sei o caminho pra sair. Eu sou mais forte do que elas.
Eu sempre digo que lá na frente, nos meus 30, 40, 50 anos, quando essas pessoas de vida sortuda estiverem passando pelas crises dos 30, 40, 50 eu vou estar cagando pra todas as crises, pois eu já passei por tudo isso. Simplesmente não vai doer. Eu tenho certeza disso.
-
A vontade de usar PMO/ir ao puteiro diminuiu muito nesses dias. Quase não tive. Eu estou conseguindo perceber e raciocinar essas vontades quando elas surgem. Estou administrando-as muito bem.
Hoje foi um mega desabafo. A luzinha do painel está se apagando.
Primeiramente, eu sou filho de pais que me tiveram muito jovens. Minha mãe tinha 16 anos de idade e meu pai 21. Fui criado pelas minhas avós. MInha mãe saiu de casa quando eu tinha 14 anos pra fazer uma nova vida. Minha avó era esquizoide; morreu de câncer quando eu tinha 16 anos de idade. Hoje moro com minha bisavó e minha tia-avó; esta também está com câncer.
A ausência de pais maduros pouco afetou meu desenvolvimento na infância, pois minha avó largou tudo para cuidar de mim. Eu fui uma criança muito feliz.
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Na adolescência, entretanto, fui muito rebelde e infeliz.
Eu recebi, através de parentes, a oportunidade de estudar em um baita colégio da minha cidade.
A questão é que eu sou pobre, e sofri muito lá por conta das rejeições. Eu não era bonito como aquelas pessoas da alta classe, não era forte, nem alto, nenhuma garota bonita me olhava. Nunca fiquei com mulheres fora de série. Havia muitos caras descolados e eu fazia muito esforço pra andar com eles, inclusive ser humilhado ou zuado a todo momento. Eu abstraia tudo aquilo. Mas era nítido que eu não fazia parte daquilo, pois nunca me chamavam pra sair com eles ou pra entrar no grupo do whatsapp deles. Eles pegavam as meninas da escola, resenhavam, eram super amigos, jogavam bola, e eu só olhava. Eu andava com vários grupos do colégio, como uma ovelha desgarrada. Minha noiva inclusive sempre fala que eu só sofro com as pessoas porque eu não me dou a devida dignidade. Sempre levo patadas. E isso é oriundo dessa época.
Me doi muito não ter vivido essa vida. Não que todo adolescente deva viver assim, mas é porque todos os garotos ali viviam assim e eu não podia participar. Eu não tinha nem dinheiro pra comprar lanche. Foi massa terem me colocado em um colégio de ponta, mas eu não tinha suporte financeiro e nem psicológico pra viver aquilo ali. Meu pai não ia me buscar no colégio (ele pouco participou da minha vida aliás); minha mãe não tinha carro pra me buscar; eu ia andando debaixo do sol, com fome, pra casa, tendo sido minha última refeição 7 da manhã. Poucas foram as vezes em que eu tive transporte escolar; eu não tinha o casaco da GAP ou o iphone, quiçá o samsung corby.
Hoje eu entendo que pra aplacar aquela dor eu jogava 8 horas por dia e usava PMO. Qual adolescente não faria isso numa circunstância dessas?
Eu estava conversando com a irmã de um amigo meu e ela disse que eles eram bem pobres na infância; os amigos deles tinham bicicleta etc e eles ficavam correndo atrás dos amigos enquanto eles pedalavam. Imagine. Você não tem bicicleta, então você corre atrás do seu amigo que tem uma bicicleta linda e está pedalando que nem louco. É duro.
Hoje eu entendo que foi uma tortura de 6 anos estudar naquele colégio, sem o mínimo suporte financeiro e psicológico.
E o mais absurdo de tudo é que eu nunca perdi de ano. Fui pra recuperação uma vez só, mas foi por besteira.
Quando eu digo suporte financeiro não quero dizer que eu sou super pobre. Todo mundo aqui em casa viajava, saia pra shopping etc, mas faltou só o cuidado de olhar pra mim e ver que pagar a mensalidade do colégio não bastava. A atenção, perguntar se está comendo lá, falar com o professor e perguntar meu comportamento em sala de aula, observar que não é normal alguém jogar 8 horas por dia e não socializar... tudo isso conta.
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As férias eram sempre com parentes distantes. Eles eram de outro estado, com gente muito bonita realmente. Todos com muito dinheiro.
Um dia um primo meu perguntou a uma prima: vai, Giulia, diz aí quais meninos vc acha bonito. Fulano? Beltrano? E X (eu)? vc acha X bonito?
Ah, pra a gente da terra dele até que ele é bonitinho.
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Hoje sei que essas coisas pesaram muito pra eu viver essa adolescência de merda. Eu só fui sentir o peso disso tudo quando eu saí do colégio e fui pra universidade e pro exército. A vida real, em que temos de mostrar nossa força, seja física, seja intelectual. Ali eu vi que não tinha estabilidade emocional nenhuma. Caí fora sem um pingo de vergonha. Não tinha do que me envergonhar. Fiquei só triste por não conseguir manter aquelas coisas.
Desse momento em que eu saí do exército e da faculdade até hoje já se passaram 6 anos. E desde então eu sempre estou a tentar me aperfeiçoar. Troquei de curso; busquei ajuda psicológica e psiquiátrica (hoje não tomo mais remédio para TOC); arranjei uma parceira que vem de uma realidade difícil também e estamos a subir juntos; estou vencendo o vício em PMO.
Mas de uma coisa eu sei: não posso guardar essa dor das coisas que me aconteceram. Todas essas ruminações mentais contra coisas que me fizeram, ainda que mínimas, são decorrentes dessa adolescência de sofrimento velado, aplacado por horas de jogos (ainda que jogos ótimos, de raciocício e tática) e pornografia.
Eu só vou atingir meus objetivos quando eu me livrar dessa dor. E o reboot está me ajudando nisso. Hoje consigo raciocinar de maneira mais clara. E sei que haverá um momento em que os pensamentos ruminantes de raiva não mais virão.
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Eu sei que a vida que aqueles meninos levavam não era a melhor. Viver na promiscuidade é muito ruim. Mas viver nos jogos eletrônicos e na PMO também é. Eles pelo menos viveram uma vida mais física que a minha.
Isso serve pra vocês entenderem que muitas das vezes a gente busca nesse vício de merda o que nos falta/faltou um dia. Eu fico muito triste por ter passado por isso.
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Hoje meu pai tem um novo filho. De meses. Eu só espero que ele seja um pai muito melhor do que ele foi pra mim. Que não se divorcie e aceite todos os encargos da paternidade. Pra que esse garotinho passe por longe de todos os vícios que possam aprisioná-lo durante seu desenvolvimento.
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Eu fico me perguntando de onde eu tiro essa força pra sempre me manter nos trilhos. Boa parte de meus amigos gosta de ir pra balada com dinheiro que não têm; usam drogas; têm vários filhos; não têm perspectiva de vida nenhuma. Eu vivi com todos eles, mas sempre nesse contexto de ovelha desgarrada, que não consegue se encaixar em nenhum grupo.
Eu só queria saber o porquê de eu ser diferente e nunca ter me encaixado com ninguém.
Sei que cresci em uma família moralista, mas qual família brasileira não é, mesmo em menor grau? Não há diferença nenhuma de pensamento da minha para as tradicionais.
É algo que até hoje eu não sei explicar direito.
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Hoje eu me sinto desconfortável perto de mulheres muito bonitas; não gosto de andar em lugares chiques, pois sinto que ali não é meu lugar; não gosto de falar sobre coisas que custam dinheiro, como viagens para o exterior (eu mentia na época da escola dizendo que já tinha viajado pra vários lugares só pra fazer parte daqueles grupinhos. Vejam que crueldade comigo mesmo.); não gosto de pessoas soberbas; não gosto de pessoas que evocam luxúria; não gosto de quem usa botox, harmonização facial, roupas caras, lentes de contato nos dentes, pessoas muito arrumadas, com carros caros, etc..; detesto ouvir sobre progresso e "qualidade de vida"; tábua de vinhos e queijos na varanda gourmet; chip da beleza. Tudo isso eu detesto. Só lembro daquela época em que eu convivia com aquelas pessoas.
Eu sinto aversão a isso. Convivo numa boa, mas se não puder conviver, é melhor.
E tudo isso remete àquela época.
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Eu escolhi uma vida simples pra fugir de tudo aquilo. Eu tentei entrar no jogo, mas fui rechaçado de imediato.
De qualquer forma foi bom, pois me trouxe até aqui, a realidade da vida. Tudo são padrões de comportamento. Riqueza é símbolo. Tire a riqueza, a luxúria, o sexo dessas pessoas e elas ruirão. Bem, eu estou aqui no submundo das emoções há mais de uma década. E sei o caminho pra sair. Eu sou mais forte do que elas.
Eu sempre digo que lá na frente, nos meus 30, 40, 50 anos, quando essas pessoas de vida sortuda estiverem passando pelas crises dos 30, 40, 50 eu vou estar cagando pra todas as crises, pois eu já passei por tudo isso. Simplesmente não vai doer. Eu tenho certeza disso.
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_______________________________________
"Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra, de que foste tomado, porque tu és pó, e em pó te hás de tornar." Gn 3,19.
HISTÓRIA DE SUCESSO: https://comoparar.forumeiros.com/t13691-faiodermo-conseguiu
MEU DIÁRIO: https://comoparar.forumeiros.com/t13564-diario-de-faiodermo
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- Faiodermo
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Re: De muitos, um. Consegui!
30/3/2024, 08:06
Bom dia!
Tive uma noite difícil.
Demorei horas para pegar no sono.
Teve uma hora em que eu senti que meu corpo afundou na cama e tinha alguém me esganando, enquanto eu me debatia. Eu tive plena consciência do que estava acontecendo, mas eu não consegui reagir fisicamente. Depois de alguns segundos parou e eu acordei.
Eu pensei que alguém tivesse invadido minha casa kkkk.
Minha noiva me contou certa vez que eu comecei a me debater na cama dormindo com ela. Eu não acreditei, achei que fosse zueira. Mas dessa vez eu "afundei" conscientemente, então lembro.
*lembro que em 2020, época do primeiro reboot, eu tinha espasmos nos membros (braços, pernas) enquanto eu dormia.
Alguém já passou por algo parecido?
Tive uma noite difícil.
Demorei horas para pegar no sono.
Teve uma hora em que eu senti que meu corpo afundou na cama e tinha alguém me esganando, enquanto eu me debatia. Eu tive plena consciência do que estava acontecendo, mas eu não consegui reagir fisicamente. Depois de alguns segundos parou e eu acordei.
Eu pensei que alguém tivesse invadido minha casa kkkk.
Minha noiva me contou certa vez que eu comecei a me debater na cama dormindo com ela. Eu não acreditei, achei que fosse zueira. Mas dessa vez eu "afundei" conscientemente, então lembro.
*lembro que em 2020, época do primeiro reboot, eu tinha espasmos nos membros (braços, pernas) enquanto eu dormia.
Alguém já passou por algo parecido?
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Re: De muitos, um. Consegui!
30/3/2024, 09:38
Já ocorreu algo parecido comigo, no meu caso eu acordei mas não consegui me movimentar, foi desesperador, como se alguém estivesse me segurando, porém não sei se é relacionado ao vício. Esse fenômeno se chama paralisia do sono e é causada por uma falha na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo.
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- henrique__
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Re: De muitos, um. Consegui!
30/3/2024, 13:45
Faiodermo escreveu:Hoje eu tirei uma parte da noite para refletir sobre meus problemas pessoais, que estão por trás do vício. A PMO é só a luzinha do painel que acende e diz que há problemas no motor, sendo esse o real problema.
Primeiramente, eu sou filho de pais que me tiveram muito jovens. Minha mãe tinha 16 anos de idade e meu pai 21. Fui criado pelas minhas avós. MInha mãe saiu de casa quando eu tinha 14 anos pra fazer uma nova vida. Minha avó era esquizoide; morreu de câncer quando eu tinha 16 anos de idade. Hoje moro com minha bisavó e minha tia-avó; esta também está com câncer.
A ausência de pais maduros pouco afetou meu desenvolvimento na infância, pois minha avó largou tudo para cuidar de mim. Eu fui uma criança muito feliz.
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Na adolescência, entretanto, fui muito rebelde e infeliz.
Eu recebi, através de parentes, a oportunidade de estudar em um baita colégio da minha cidade.
A questão é que eu sou pobre, e sofri muito lá por conta das rejeições. Eu não era bonito como aquelas pessoas da alta classe, não era forte, nem alto, nenhuma garota bonita me olhava. Nunca fiquei com mulheres fora de série. Havia muitos caras descolados e eu fazia muito esforço pra andar com eles, inclusive ser humilhado ou zuado a todo momento. Eu abstraia tudo aquilo. Mas era nítido que eu não fazia parte daquilo, pois nunca me chamavam pra sair com eles ou pra entrar no grupo do whatsapp deles. Eles pegavam as meninas da escola, resenhavam, eram super amigos, jogavam bola, e eu só olhava. Eu andava com vários grupos do colégio, como uma ovelha desgarrada. Minha noiva inclusive sempre fala que eu só sofro com as pessoas porque eu não me dou a devida dignidade. Sempre levo patadas. E isso é oriundo dessa época.
Me doi muito não ter vivido essa vida. Não que todo adolescente deva viver assim, mas é porque todos os garotos ali viviam assim e eu não podia participar. Eu não tinha nem dinheiro pra comprar lanche. Foi massa terem me colocado em um colégio de ponta, mas eu não tinha suporte financeiro e nem psicológico pra viver aquilo ali. Meu pai não ia me buscar no colégio (ele pouco participou da minha vida aliás); minha mãe não tinha carro pra me buscar; eu ia andando debaixo do sol, com fome, pra casa, tendo sido minha última refeição 7 da manhã. Poucas foram as vezes em que eu tive transporte escolar; eu não tinha o casaco da GAP ou o iphone, quiçá o samsung corby.
Hoje eu entendo que pra aplacar aquela dor eu jogava 8 horas por dia e usava PMO. Qual adolescente não faria isso numa circunstância dessas?
Eu estava conversando com a irmã de um amigo meu e ela disse que eles eram bem pobres na infância; os amigos deles tinham bicicleta etc e eles ficavam correndo atrás dos amigos enquanto eles pedalavam. Imagine. Você não tem bicicleta, então você corre atrás do seu amigo que tem uma bicicleta linda e está pedalando que nem louco. É duro.
Hoje eu entendo que foi uma tortura de 6 anos estudar naquele colégio, sem o mínimo suporte financeiro e psicológico.
E o mais absurdo de tudo é que eu nunca perdi de ano. Fui pra recuperação uma vez só, mas foi por besteira.
Quando eu digo suporte financeiro não quero dizer que eu sou super pobre. Todo mundo aqui em casa viajava, saia pra shopping etc, mas faltou só o cuidado de olhar pra mim e ver que pagar a mensalidade do colégio não bastava. A atenção, perguntar se está comendo lá, falar com o professor e perguntar meu comportamento em sala de aula, observar que não é normal alguém jogar 8 horas por dia e não socializar... tudo isso conta.
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As férias eram sempre com parentes distantes. Eles eram de outro estado, com gente muito bonita realmente. Todos com muito dinheiro.
Um dia um primo meu perguntou a uma prima: vai, Giulia, diz aí quais meninos vc acha bonito. Fulano? Beltrano? E X (eu)? vc acha X bonito?
Ah, pra a gente da terra dele até que ele é bonitinho.
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Hoje sei que essas coisas pesaram muito pra eu viver essa adolescência de merda. Eu só fui sentir o peso disso tudo quando eu saí do colégio e fui pra universidade e pro exército. A vida real, em que temos de mostrar nossa força, seja física, seja intelectual. Ali eu vi que não tinha estabilidade emocional nenhuma. Caí fora sem um pingo de vergonha. Não tinha do que me envergonhar. Fiquei só triste por não conseguir manter aquelas coisas.
Desse momento em que eu saí do exército e da faculdade até hoje já se passaram 6 anos. E desde então eu sempre estou a tentar me aperfeiçoar. Troquei de curso; busquei ajuda psicológica e psiquiátrica (hoje não tomo mais remédio para TOC); arranjei uma parceira que vem de uma realidade difícil também e estamos a subir juntos; estou vencendo o vício em PMO.
Mas de uma coisa eu sei: não posso guardar essa dor das coisas que me aconteceram. Todas essas ruminações mentais contra coisas que me fizeram, ainda que mínimas, são decorrentes dessa adolescência de sofrimento velado, aplacado por horas de jogos (ainda que jogos ótimos, de raciocício e tática) e pornografia.
Eu só vou atingir meus objetivos quando eu me livrar dessa dor. E o reboot está me ajudando nisso. Hoje consigo raciocinar de maneira mais clara. E sei que haverá um momento em que os pensamentos ruminantes de raiva não mais virão.
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Eu sei que a vida que aqueles meninos levavam não era a melhor. Viver na promiscuidade é muito ruim. Mas viver nos jogos eletrônicos e na PMO também é. Eles pelo menos viveram uma vida mais física que a minha.
Isso serve pra vocês entenderem que muitas das vezes a gente busca nesse vício de merda o que nos falta/faltou um dia. Eu fico muito triste por ter passado por isso.
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Hoje meu pai tem um novo filho. De meses. Eu só espero que ele seja um pai muito melhor do que ele foi pra mim. Que não se divorcie e aceite todos os encargos da paternidade. Pra que esse garotinho passe por longe de todos os vícios que possam aprisioná-lo durante seu desenvolvimento.
-
Eu fico me perguntando de onde eu tiro essa força pra sempre me manter nos trilhos. Boa parte de meus amigos gosta de ir pra balada com dinheiro que não têm; usam drogas; têm vários filhos; não têm perspectiva de vida nenhuma. Eu vivi com todos eles, mas sempre nesse contexto de ovelha desgarrada, que não consegue se encaixar em nenhum grupo.
Eu só queria saber o porquê de eu ser diferente e nunca ter me encaixado com ninguém.
Sei que cresci em uma família moralista, mas qual família brasileira não é, mesmo em menor grau? Não há diferença nenhuma de pensamento da minha para as tradicionais.
É algo que até hoje eu não sei explicar direito.
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Hoje eu me sinto desconfortável perto de mulheres muito bonitas; não gosto de andar em lugares chiques, pois sinto que ali não é meu lugar; não gosto de falar sobre coisas que custam dinheiro, como viagens para o exterior (eu mentia na época da escola dizendo que já tinha viajado pra vários lugares só pra fazer parte daqueles grupinhos. Vejam que crueldade comigo mesmo.); não gosto de pessoas soberbas; não gosto de pessoas que evocam luxúria; não gosto de quem usa botox, harmonização facial, roupas caras, lentes de contato nos dentes, pessoas muito arrumadas, com carros caros, etc..; detesto ouvir sobre progresso e "qualidade de vida"; tábua de vinhos e queijos na varanda gourmet; chip da beleza. Tudo isso eu detesto. Só lembro daquela época em que eu convivia com aquelas pessoas.
Eu sinto aversão a isso. Convivo numa boa, mas se não puder conviver, é melhor.
E tudo isso remete àquela época.
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Eu escolhi uma vida simples pra fugir de tudo aquilo. Eu tentei entrar no jogo, mas fui rechaçado de imediato.
De qualquer forma foi bom, pois me trouxe até aqui, a realidade da vida. Tudo são padrões de comportamento. Riqueza é símbolo. Tire a riqueza, a luxúria, o sexo dessas pessoas e elas ruirão. Bem, eu estou aqui no submundo das emoções há mais de uma década. E sei o caminho pra sair. Eu sou mais forte do que elas.
Eu sempre digo que lá na frente, nos meus 30, 40, 50 anos, quando essas pessoas de vida sortuda estiverem passando pelas crises dos 30, 40, 50 eu vou estar cagando pra todas as crises, pois eu já passei por tudo isso. Simplesmente não vai doer. Eu tenho certeza disso.
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A vontade de usar PMO/ir ao puteiro diminuiu muito nesses dias. Quase não tive. Eu estou conseguindo perceber e raciocinar essas vontades quando elas surgem. Estou administrando-as muito bem.
Hoje foi um mega desabafo. A luzinha do painel está se apagando.
Amigo, que coragem descrever tudo isso, obrigado por partilhar e parabéns por isso. Tenho certeza de que as coisas de fato melhorarão!
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Meu diário: https://comoparar.forumeiros.com/t10943p100-desabafo-de-um-experimento#420046
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Re: De muitos, um. Consegui!
31/3/2024, 20:02
Boa noite, meus velhos
Primeiramente gostaria de agradecer ao Henrique pelas palavras de força acima. É bom saber que posso compartilhar essas coisas aqui no diário.
-
Ontem e hoje foram dias tranquilos. Fui à praia hoje com minha noiva.
Cheguei agora em casa. Me deu uma vontade de usar P, do nada.
Acredito que dois fatores influenciaram isso: o primeiro foi porque minha noiva fez sexo oral em mim. Eu não consegui resistir e acabei pedindo kkkk. O sexo oral acaba estimulando a imaginação, a qual, por sua vez, pode induzir-nos a recaídas. Foi muito arriscado.
Digo a vocês que o sexo oral nas preliminares é de boa. Mas até o fim é muito perigoso pra nós, rebooters. Temos que vigiar a nossa imaginação constantemente. Eu fui muito imprudente.
O segundo fator foi porque eu vi que a assinatura do BlockerHero venceu.
Esse fato subiu um gatilho na minha cabeça e eu comecei logo a instalar o telegram pra "me testar". A sorte foi que eu tenho outro bloqueador, o Google Family Link. Essa foi a minha sorte. Se não fosse isso, meu contador teria zerado. A senha pra desbloquear o google family link está com minha noiva e eu a instruí a não me devolver de jeito nenhum.
Encaixar estratégias múltiplas (no meu caso, ter dois bloqueadores) já pensando em como sua mente vai te trair é fundamental. Uma ação para um evento futuro. O google family link é o aplicativo de base para o android. Se bem configurado, ele se torna uma última barreira extremamente eficaz caso o primeiro bloqueador dê merda, o que foi esse caso agora. O blockerhero é o aplicativo de frente de batalha, extremamente eficaz em identificar sites de P e palavras indevidas escritas no navegador. Bloqueia também navegadores que ele não pode controlar.
Engraçado que a razão começa a nos questionar quando a gente quer falhar: "e todos esses dias que você já progrediu? / e o seu progresso nos estudos, vc vai deixar de lado todos esses dias que vc tá conseguindo estudar direitinho? / e a sua evolução pessoal? vai ficar nessa até quando?"
A vontade de usar P então diz: hum... que pensamentos legais. não vou validar nenhum. vamos usar e foda-se o resto.
Não podemos vacilar NUNCA. Ou então ficaremos aqui tentando e tentando e tentando... tentar já nos faz fortes, mas conseguir é o sonho que eu sei que eu tenho capacidade de atingir.
Vou renovar a assinatura do blockerhero agora.
Primeiramente gostaria de agradecer ao Henrique pelas palavras de força acima. É bom saber que posso compartilhar essas coisas aqui no diário.
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Ontem e hoje foram dias tranquilos. Fui à praia hoje com minha noiva.
Cheguei agora em casa. Me deu uma vontade de usar P, do nada.
Acredito que dois fatores influenciaram isso: o primeiro foi porque minha noiva fez sexo oral em mim. Eu não consegui resistir e acabei pedindo kkkk. O sexo oral acaba estimulando a imaginação, a qual, por sua vez, pode induzir-nos a recaídas. Foi muito arriscado.
Digo a vocês que o sexo oral nas preliminares é de boa. Mas até o fim é muito perigoso pra nós, rebooters. Temos que vigiar a nossa imaginação constantemente. Eu fui muito imprudente.
O segundo fator foi porque eu vi que a assinatura do BlockerHero venceu.
Esse fato subiu um gatilho na minha cabeça e eu comecei logo a instalar o telegram pra "me testar". A sorte foi que eu tenho outro bloqueador, o Google Family Link. Essa foi a minha sorte. Se não fosse isso, meu contador teria zerado. A senha pra desbloquear o google family link está com minha noiva e eu a instruí a não me devolver de jeito nenhum.
Encaixar estratégias múltiplas (no meu caso, ter dois bloqueadores) já pensando em como sua mente vai te trair é fundamental. Uma ação para um evento futuro. O google family link é o aplicativo de base para o android. Se bem configurado, ele se torna uma última barreira extremamente eficaz caso o primeiro bloqueador dê merda, o que foi esse caso agora. O blockerhero é o aplicativo de frente de batalha, extremamente eficaz em identificar sites de P e palavras indevidas escritas no navegador. Bloqueia também navegadores que ele não pode controlar.
Engraçado que a razão começa a nos questionar quando a gente quer falhar: "e todos esses dias que você já progrediu? / e o seu progresso nos estudos, vc vai deixar de lado todos esses dias que vc tá conseguindo estudar direitinho? / e a sua evolução pessoal? vai ficar nessa até quando?"
A vontade de usar P então diz: hum... que pensamentos legais. não vou validar nenhum. vamos usar e foda-se o resto.
Não podemos vacilar NUNCA. Ou então ficaremos aqui tentando e tentando e tentando... tentar já nos faz fortes, mas conseguir é o sonho que eu sei que eu tenho capacidade de atingir.
Vou renovar a assinatura do blockerhero agora.
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"Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra, de que foste tomado, porque tu és pó, e em pó te hás de tornar." Gn 3,19.
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Re: De muitos, um. Consegui!
31/3/2024, 20:13
Fico feliz que o bloqueador tenha sido eficiente
Devemos lembrar que o mecanismo do vício é estimulado pela simples procura, essa reação química que nos leva a querer tomar mais uma dose da nossa droga deve ser ignorada por meio de outras atividades e pensamentos até passar
Parabéns pelo meio reboot, sucesso na jornada
Devemos lembrar que o mecanismo do vício é estimulado pela simples procura, essa reação química que nos leva a querer tomar mais uma dose da nossa droga deve ser ignorada por meio de outras atividades e pensamentos até passar
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Re: De muitos, um. Consegui!
31/3/2024, 22:48
Drew, obrigado pelas palavras e por acompanhar meu diário!
-
Daqui a alguns minutos estarei ingressando nos 45 dias sem PMO. Estou acordado até agora só de felicidade kkkk.
E só de pensar que eu ia colocar tudo por água abaixo há algumas horas... bizarro. A inteligência que nos salva é a mesma que nos condena, por vezes.
Como Capitão Nascimento disse ao Matias: "Eu não sei que vontade é essa que você tem de fazer merda"
Tudo certo até o meio do caminho. Vamos em frente!
-
Um youtuber chamado Rafael Gratta postou um vídeo há algumas horas sobre os malefícios do vício em PMO. Eu tenho pra mim que ele já participou desse fórum ou de algum no estrangeiro, pois ele falou de algumas coisas que a gente só tem conhecimento aqui. Vale a pena assistir porque contem informações salutares que são encontradas no curso do Rafael Rossi, dono do método Como Parar, daqui do fórum. Quem não tem grana pra pagar o curso pode dar uma olhada no vídeo.
-
Daqui a alguns minutos estarei ingressando nos 45 dias sem PMO. Estou acordado até agora só de felicidade kkkk.
E só de pensar que eu ia colocar tudo por água abaixo há algumas horas... bizarro. A inteligência que nos salva é a mesma que nos condena, por vezes.
Como Capitão Nascimento disse ao Matias: "Eu não sei que vontade é essa que você tem de fazer merda"
Tudo certo até o meio do caminho. Vamos em frente!
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Um youtuber chamado Rafael Gratta postou um vídeo há algumas horas sobre os malefícios do vício em PMO. Eu tenho pra mim que ele já participou desse fórum ou de algum no estrangeiro, pois ele falou de algumas coisas que a gente só tem conhecimento aqui. Vale a pena assistir porque contem informações salutares que são encontradas no curso do Rafael Rossi, dono do método Como Parar, daqui do fórum. Quem não tem grana pra pagar o curso pode dar uma olhada no vídeo.
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Re: De muitos, um. Consegui!
1/4/2024, 10:26
Faiodermo escreveu:E só de pensar que eu ia colocar tudo por água abaixo há algumas horas... bizarro. A inteligência que nos salva é a mesma que nos condena, por vezes.
Isso acontece porque estamos lidando com o nosso lado mais animal, e o erro é tentarmos racionalizar e argumentar com o vício. Devemos fazer de tudo para que nosso lado mais humano/racional fique por cima e não permita o crescimento do animal até fugir do nosso controle.
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Re: De muitos, um. Consegui!
1/4/2024, 10:47
Bom dia!
Hoje é o fim de minhas férias.
Não estou muito animado pra voltar a trabalhar porque eu estava conseguindo estudar direitinho, mas sei que é necessário. Gênesis 3,19.
De qualquer forma acho que o trabalho vai me ajudar a firmar meus objetivos de vida, pois quanto menos tempo disponível a gente tem, mais esforço a gente faz pra não se dispersar nos estudos e nas outras atividades práticas do cotidiano.
Lá vou eu.
Hoje é o fim de minhas férias.
Não estou muito animado pra voltar a trabalhar porque eu estava conseguindo estudar direitinho, mas sei que é necessário. Gênesis 3,19.
De qualquer forma acho que o trabalho vai me ajudar a firmar meus objetivos de vida, pois quanto menos tempo disponível a gente tem, mais esforço a gente faz pra não se dispersar nos estudos e nas outras atividades práticas do cotidiano.
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Re: De muitos, um. Consegui!
1/4/2024, 21:28
Fala, galera.
Mais um dia vencido.
Não fui na academia hoje, mas eu me perdoei porque a semana santa cortou a rotina. Tá de boa. Amanhã eu volto.
-
Estou percebendo que estou concentrado nos estudos, mesmo sendo hiperativo.
Eu me considero uma pessoa hiperativa, porque:
1) eu ouço músicas o dia inteiro na minha cabeça. Estou ruminando os primeiros 50 segundos de uma ópera já há uns 5 dias. É da hora que eu acordo até a hora de dormir. Não consigo verificar se eu ouço músicas nos sonhos.
2) eu levanto muito pra ir no banheiro. às vezes fazer gotinhas apenas.
3) não consigo me estender por muito tempo na mesma atividade.
4) eu tenho pensamentos obsessivos/ruminações mentais.
Mas voltando...
eu estou mais concentrado nos estudos. Percebo isso porque eu estou lendo mais e melhor. Antigamente eu estudava como um trem: sempre pra frente. Hoje eu leio, volto no mesmo parágrafo, raciocino, vou adiante...
mesmo com todas essas dificuldades enumeradas eu estou conseguindo ir adiante. Aos trancos e barrancos.
E uma das coisas que mais me dão alegria é o fato de eu me perder nas horas enquanto estudo. Aos poucos isso está acontecendo. Quando eu começo a ler eu tenho o costume de dizer: vou ler até aqui e paro. Quando eu vejo eu já avancei umas 2 folhas daquela que eu disse que eu ia parar e nem percebi de tão empenhado que eu estava. Isso é muito satisfatório.
Espero um dia nem mais dizer "vou até aqui". Quero dizer apenas "vou estudar", seja muito seja pouco. Trocar quantidade por qualidade. Vencer a ansiedade/hiperatividade.
Não posso afirmar que a pornografia me causou esses três pontos sintomáticos que eu enumerei acima, mas posso afirmar que ela os potencializou, com toda a certeza.
Segue o jogo.
Mais um dia vencido.
Não fui na academia hoje, mas eu me perdoei porque a semana santa cortou a rotina. Tá de boa. Amanhã eu volto.
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Estou percebendo que estou concentrado nos estudos, mesmo sendo hiperativo.
Eu me considero uma pessoa hiperativa, porque:
1) eu ouço músicas o dia inteiro na minha cabeça. Estou ruminando os primeiros 50 segundos de uma ópera já há uns 5 dias. É da hora que eu acordo até a hora de dormir. Não consigo verificar se eu ouço músicas nos sonhos.
2) eu levanto muito pra ir no banheiro. às vezes fazer gotinhas apenas.
3) não consigo me estender por muito tempo na mesma atividade.
4) eu tenho pensamentos obsessivos/ruminações mentais.
Mas voltando...
eu estou mais concentrado nos estudos. Percebo isso porque eu estou lendo mais e melhor. Antigamente eu estudava como um trem: sempre pra frente. Hoje eu leio, volto no mesmo parágrafo, raciocino, vou adiante...
mesmo com todas essas dificuldades enumeradas eu estou conseguindo ir adiante. Aos trancos e barrancos.
E uma das coisas que mais me dão alegria é o fato de eu me perder nas horas enquanto estudo. Aos poucos isso está acontecendo. Quando eu começo a ler eu tenho o costume de dizer: vou ler até aqui e paro. Quando eu vejo eu já avancei umas 2 folhas daquela que eu disse que eu ia parar e nem percebi de tão empenhado que eu estava. Isso é muito satisfatório.
Espero um dia nem mais dizer "vou até aqui". Quero dizer apenas "vou estudar", seja muito seja pouco. Trocar quantidade por qualidade. Vencer a ansiedade/hiperatividade.
Não posso afirmar que a pornografia me causou esses três pontos sintomáticos que eu enumerei acima, mas posso afirmar que ela os potencializou, com toda a certeza.
Segue o jogo.
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Re: De muitos, um. Consegui!
2/4/2024, 11:44
Parabéns pelos avanços mano!
Que técnicas tem utilizado para o estudo?
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Re: De muitos, um. Consegui!
2/4/2024, 16:06
Salve, Henrique.
As técnicas que estou utilizando nos estudos são:
estabelecer metas diárias de estudo, sem me sobrecarregar ou estudar menos do que posso
a) arranjar um lugar tranquilo pra estudar
b) fazer pausas para beber água/ir no banheiro
c) não usar eletrônicos ou abrir nova guia para pesquisar uma curiosidade durante todo o dia, apenas à noite, e ainda assim não me estendendo até o horário de sono
d) aceitar que vou me distrair, que vou ter fantasias sexuais durante os estudos, que as músicas vão tocar na minha cabeça e que não tenho como reverter nada disso.
e) não falar muito para os outros que estou estudando ou falar sobre o que estou estudando para validar meu ego. Esse, por vezes é um dos principais fatores pelos quais eu fico inseguro nos estudos. Nesse ponto aqui eu acho importante me estender, pois vale pra todos:
Por vezes nós lemos/estudamos algo por uma vez apenas ou sem esgotar e dominar todo aquele conhecimento, mas mesmo assim começamos a replicar nos nossos círculos sociais aquele pouco conhecimento que absorvemos. Acontece que no mundo há pessoas como nós, que também estudam sobre suas profissões/gostos e detém muito mais conhecimento do que nós.
Daí ocorre que em determinada ocasião a gente fala algo só pra validar o ego/dizer que sabe, e quando somos rebatidos/confrontados com um conhecimento ainda por nós desconhecido, começamos a gaguejar/tangenciar/demonstrar pouca firmeza no assunto.
A pessoa que te fez derrapar por vezes pode ser malandra e, por pura diversão, começar a te fazer várias perguntas/levar a conversa pra um nível mais profundo, que você não terá firmeza pra responder. E aí você acabou de jogar por terra toda a sua confiança que você estava firmando no seu objetivo diário de estudar.
Eu desenvolvo ansiedade e insegurança quando isso acontece. Então parei de fazer isso. Sigo hoje o ensinamento do psicólogo muito bom que tive: faça voto de castidade sobre aquilo que você não tem domínio pra falar. E dá certo. Você se blinda de frustrações desnecessárias e não alimenta o ego de ninguém com o seu próprio.
Deixo para vocês a dica de observarem ensinamentos de Sto. Tomás de Aquino sobre a vida intelectual. São regras de ouro (que não devem ser violadas) para o sucesso nos estudos. Sem coaching, sem marketing, o estudo genuíno como ele é.
Grande abraço.
As técnicas que estou utilizando nos estudos são:
estabelecer metas diárias de estudo, sem me sobrecarregar ou estudar menos do que posso
a) arranjar um lugar tranquilo pra estudar
b) fazer pausas para beber água/ir no banheiro
c) não usar eletrônicos ou abrir nova guia para pesquisar uma curiosidade durante todo o dia, apenas à noite, e ainda assim não me estendendo até o horário de sono
d) aceitar que vou me distrair, que vou ter fantasias sexuais durante os estudos, que as músicas vão tocar na minha cabeça e que não tenho como reverter nada disso.
e) não falar muito para os outros que estou estudando ou falar sobre o que estou estudando para validar meu ego. Esse, por vezes é um dos principais fatores pelos quais eu fico inseguro nos estudos. Nesse ponto aqui eu acho importante me estender, pois vale pra todos:
Por vezes nós lemos/estudamos algo por uma vez apenas ou sem esgotar e dominar todo aquele conhecimento, mas mesmo assim começamos a replicar nos nossos círculos sociais aquele pouco conhecimento que absorvemos. Acontece que no mundo há pessoas como nós, que também estudam sobre suas profissões/gostos e detém muito mais conhecimento do que nós.
Daí ocorre que em determinada ocasião a gente fala algo só pra validar o ego/dizer que sabe, e quando somos rebatidos/confrontados com um conhecimento ainda por nós desconhecido, começamos a gaguejar/tangenciar/demonstrar pouca firmeza no assunto.
A pessoa que te fez derrapar por vezes pode ser malandra e, por pura diversão, começar a te fazer várias perguntas/levar a conversa pra um nível mais profundo, que você não terá firmeza pra responder. E aí você acabou de jogar por terra toda a sua confiança que você estava firmando no seu objetivo diário de estudar.
Eu desenvolvo ansiedade e insegurança quando isso acontece. Então parei de fazer isso. Sigo hoje o ensinamento do psicólogo muito bom que tive: faça voto de castidade sobre aquilo que você não tem domínio pra falar. E dá certo. Você se blinda de frustrações desnecessárias e não alimenta o ego de ninguém com o seu próprio.
Deixo para vocês a dica de observarem ensinamentos de Sto. Tomás de Aquino sobre a vida intelectual. São regras de ouro (que não devem ser violadas) para o sucesso nos estudos. Sem coaching, sem marketing, o estudo genuíno como ele é.
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Re: De muitos, um. Consegui!
2/4/2024, 16:12
https://monergismo.com/textos/educacao/modo_estudar.htm#:~:text=1%201.%20O%20De%20modo%20%20studendi%20de,descoberta%20da%20realidade%20como%20objetivo%20da%20vida%20intelectual.
Nesse link está um artigo sobre as regras de ouro nos estudos que Sto. Tomás de Aquino estabeleceu.
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Re: De muitos, um. Consegui!
2/4/2024, 20:53
Parabéns pelos dias limpos, meu amigo! Segue firme com essa pegada!
Abraço!!
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Re: De muitos, um. Consegui!
3/4/2024, 10:32
Bom dia!
Acordei hoje, totalmente descansado e espontaneamente, às 4 da manhã. Nem acreditei.
Eu simplesmente não usei celular durante a noite e, antes de dormir, rezei por uns 30 min. Deitei e apaguei.
Cheguei na academia cedão e malhei.
Me bateu uma tristeza no meio do treino. Não treinei direito.
Às vezes essa tristeza me bate por algumas coisas que passei/passo na minha vida. Todo mundo tem problemas. Às vezes fico assim deprimido.
De qualquer forma, malhei, me arrumei e vim trabalhar.
Acordei hoje, totalmente descansado e espontaneamente, às 4 da manhã. Nem acreditei.
Eu simplesmente não usei celular durante a noite e, antes de dormir, rezei por uns 30 min. Deitei e apaguei.
Cheguei na academia cedão e malhei.
Me bateu uma tristeza no meio do treino. Não treinei direito.
Às vezes essa tristeza me bate por algumas coisas que passei/passo na minha vida. Todo mundo tem problemas. Às vezes fico assim deprimido.
De qualquer forma, malhei, me arrumei e vim trabalhar.
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Re: De muitos, um. Consegui!
4/4/2024, 15:04
Salve,
Ontem fiquei o dia todo muito triste. Bizarro.
Comecei o dia hoje mais alegre. Estudei pela manhã bem concentrado. Agora pela tarde dei mais uma estudada.
Pelos registros que tenho feito aqui no fórum, estou percebendo que estou em altos e baixos emocionais. Resta saber se irei adquirir alguma estabilidade emocional com o passar do tempo.
Não que eu fosse estável quando praticava PMO; a questão é que aquilo me fazia "passar em branco" pelos períodos de instabilidade. Era só usar e ficar no modo letárgico (eu sentia uma certa letargia).
Ontem fiquei o dia todo muito triste. Bizarro.
Comecei o dia hoje mais alegre. Estudei pela manhã bem concentrado. Agora pela tarde dei mais uma estudada.
Pelos registros que tenho feito aqui no fórum, estou percebendo que estou em altos e baixos emocionais. Resta saber se irei adquirir alguma estabilidade emocional com o passar do tempo.
Não que eu fosse estável quando praticava PMO; a questão é que aquilo me fazia "passar em branco" pelos períodos de instabilidade. Era só usar e ficar no modo letárgico (eu sentia uma certa letargia).
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