Buscando uma nova vida sem PMO

Salve! Salve! Muito feliz por encontrar esse fórum.
Tenho 32 anos de idade.
Desde já não sei se o meu diário deveria ser aqui ou no tópico heterossexuais. Mas vou tentar explicar ao longo do texto.
Também já peço desculpas pelo texto enorme, mas prometo que nos próximos serei mais sucinto.
Meu pai desde sempre me pareceu ter problemas com pornografia. Uma vez ele pediu para eu e mais umas amigas da minha irmã (na época tínhamos uns 10, 11 anos de idade) ficássemos do lado de fora da casa porque ele havia encontrado um DVD pornô e queria assistir. "Fiquem ali fora porque eu quero assistir e isso daqui não é para crianças".
Eu sou muito diferente do meu pai em vários aspectos da personalidade. Mas infelizmente parece que estou seguindo o mesmo mal que ele na P. Hoje ele vive em um casamento faz de conta, minha mãe se relaciona com outros homens. E meu pai vive acessando P (meu irmão viu no histórico da TV os acessos de P e cobrou meu pai por essa atitude). Tenho certeza que meus pais não tem mais intimidade já faz muito tempo.
Aos 6 anos de idade eu sofri um abuso sexual. Morava na área rural e um menino de 11 anos me chamou para um banheiro da Igreja que ficava uns 200 metros da minha casa. Chegando lá ele cometeu o abuso. Não foi algo violento, mas senti depois que era errado porque depois junto com outras crianças porque ele ameaçava contar o que havia feito comigo para outras crianças. Era como se fosse um "jogo de porder" para ele.

Em relação a pornografia, ela vem me aprisionando principalmente quando passei a morar sozinho desde 2014, me mudei de uma cidade do interior para uma cidade grande. Fato que me trouxe grande crescimento pessoal. Porém, os momentos sozinhos se tornaram um prato cheio pra PMO. Considero 2017 e 2018 como anos praticamente perdidos pois, apesar de um bom emprego, não levei adiante os estudos e procrastinei muito.
Em 2019 consegui estudar mais, mesmo a P recebendo mais atenção e disputando espaço.
Em 2020 tenho muita gratidão por conseguir uma bolsa de estudos para custear parte da faculdade.
Na quarentena, com os estudos em casa e online, os desejos espúrios retornaram com mais força, PMO tornou-se quase uma obsessão diária.
Até  2022 tive apenas alguns encontros casuais com mulheres, eram breves. As relações sexuais foram boas, mas não desenvolvíamos um relacionamento mais profundo.
A partir de 2022 tentei arriscar mais para os namoros, tive um encontro com uma mulher que comecei a conversar pelo Tinder (apesar de já ter trabalhado com ela em 2014, foi uma interessante coincidência), ela  tinha muitas características que eu apreciava. Porém, após o primeiro encontro (rolou somente uns beijinhos) não houve reciprocidade da parte dela.
Depois, tentei e consegui sair com uma colega da faculdade. Mas depois ela preferiu não sair mais porque estava saindo recente de um casamento abusivo e buscaria manter um tempo afastada de relacionamentos.
Essas duas situações foram bem fortes negativamente pra mim, onde me senti muito mal por não houve continuidade com mulheres que me interessavam bastante, eu via nelas características interessante para levar um relacionamento mais sério.
Não tive relação sexual em 2022. Meu prazer sexual foi vendo P.
Sempre tive baixa autoestima em relação a minha imagem, nunca me considerei atraente. E mesmo quando alguém me elogia, eu sinto como se não fosse para mim.
Fico a depender da aprovação externa para me considerar melhor. Em certos aspectos (como na faculdade e no trabalho) eu tenho bastante consciência das minhas qualidade e consigo conviver bem com meus colegas. Mas é nos relacionamento que o bicho pega. É como se fosse um jogo que eu não sei jogar, a sensação de que sempre vou perder.  
Em 2023 eu comecei a viver numa tristeza intensa, a vida social me irritava bastante. Na faculdade, a minha amiga mais próxima até perguntou porque eu estava mais afastado. Um dos motivos talvez seja o fato das contas apertarem e  eu ter que começar a trabalhar aos sábados a noite em uma hamburgueria (além da faculdade, também trampo em outro de seg a sexta das 8h as 17h).
Percebendo que eu não estava bem, resolvi mudar de psicóloga. A que me acompanhava antes tinha uma visão sobre P que não batia com os meus objetivos. Segundo ela, era até normal eu acessar P de vez em quando, desde que não interferisse nos estudos e na faculdade. Mas o que ela não considerava é que mesmo conseguindo dar conta da faculdade e o trabalho, nos PMO eu perdia totalmente a noção do tempo, ficando umas quatro ou cinco horas. As vezes chegando da faculdade por volta das 23h e ficando na PMO até 1h da manhã. No outro dia acordando as 7h para ir trabalhar todo cansado e com ardência no olho. Além disso, cria um mundo paralelo onde é mais "confortável" conseguir prazer em vez de mulheres reais.
A partir de maio, comecei terapia com outra psicóloga. Estamos caminhando junto nesse pensamento de que P faz muito mal e, caso eu não consiga "me segurar", pode M sem acessar P. Mas nas últimas três semanas, quando chega sábado ou domingo eu acabo no PMO.
Então a própria psicóloga sugeriu que eu começasse esse diário aqui no fórum.
Desde o tempo da pandemia instalei o app Bloqueador Buldog no celular (recomendo!). É muito bom porque para conseguir desativar, preciso esperar 12 horas e nesse período a vontade já passou. No pc uso o programa pago InterApp, bloqueando aqueles sites famosos de P e palavras chave. Eu já coloquei uma senha muito difícil e me forcei a esquecer para evitar desativá-lo. Mas o problema é que ele tem uma fragilidade e, em menos de 10 minutos, consigo quebrar.
Na minha vida profissional venho tendo algumas oportunidade muito boas na nova profissão (vou terminar a faculdade no final do ano que vem). Mas confesso continuo me procrastinando e sinto entregando só uns 50% do que eu poderia render no lado profissional. Tenho várias ideias e acabo não dando a devida atenção e elas vão ficando pelo caminho.
Bom, e porque eu comecei falando que não sei se o meu post deveria estava aqui ou na categoria heterossexual? Aí que vem um dilema...
Confesso que sempre senti atração por mulheres. Com homens eu já tive certas curiosidade, como ver fotos nus online, mas era raramente e nunca considerei sair com homens. E as minhas experiências foram sempre com mulheres até 2021.
Só que na pornografia, depois que enjoava do P hétero, eu passava a assistir P gay. Hoje assisto os dois, sendo até mais P gay ultimamente.
Sei que é muito polêmico falar se a P influencia na orientação sexual. E honestamente não sinto seguro para dar veredito sobre isso nesse momento.
Mas, durante a faculdade, na sala de aula fiquei muito amigo de um homem gay. Às vezes, brincávamos sobre alguma questão de duplo sentido, mas acho que nenhum dos dois pensava em ultrapassar a barreira da amizade. Porém, eu vindo que relações com mulheres não dando certo, passei a cogitar a viver uma experiência com esse meu amigo. Isso foi em janeiro/2022. Convidei ele e fomos para um motel. Ele tem 19 anos. Apesar de ser novo, ele me pareceu maduro e que conseguiríamos levar a situação como uma experiência.
Antes de continuar, eu preciso abrir três pontos importantes:
1) Eu sempre tive uma vida bem religiosa. Na infância e adolescência em igreja católica. E depois fiquei  dos 22 aos 26 anos em uma igreja evangélica. Na época eu buscava me dedicar mais as atividades religiosas para fugir da P, mas nem sempre dava certo. Eu questionava se Deus era tão poderoso assim, pois parecia que não me ajudava (não quero abrir nenhuma polêmica sobre religião, mas era o que eu sentia na época). Então eu tenho toda essa carga religiosa que já vem desde família.
2) Sou do interior e meu pai é bastante tradicional. Inclusive ele não pensa em se divorciar porque considera o casamento até o fim da vida. Mesmo que esse casamentos seja só de fachada. Eu não sou muito próximo do meu pai e penso que jamais contaria para ele sobre a minha sexualidade.
3) Meu irmão tem 20 anos de idade. Ano passado ele revelou para mim que era gay. Desde então, eu, minha mãe e minha irmã já sabemos da sua orientação sexual. Mas meu pai ainda não sabe, pois não sabemos como será a reação dele.

Voltado a  experiência com meu amigo. A minha relação sexual com meu amigo foi "as escondidas", não contamos para ninguém. Nem mesmos nossas amigas em comum sabem disso. Eu jamais expus para alguém essa questão da relação com outro homem. Ninguém mesmo.
Acho que o nosso encontro foi bom. Por mais que eu assista P, eu nunca chego nas relações pensando em coisas prontas ou exageros. Sou aberto a ir construindo o clima ali no momento. Mas depois veio o pior: ele nunca mais olhou na minha cara e nem falou comigo. E eu nunca entendi isso porque no dia do encontro não houve nada ruim, nada que fosse conflituoso. E tem um detalhe: ele não só é da mesma faculdade, mas também estuda na mesma sala de aula comigo. A amizade azedou totalmente. Tentei conversar pra entender se eu havia feito algo de errado, mas ele não quis. Pra mim foi um golpe muito duro, fiquei sem saber o que havia dado de errado. E até hoje nós não se falamos. Então, se com mulheres eu não tinha muitas experiências e me sentia rejeitado, com homem agora passei a me sentir mal por jogar uma amizade no lixo. E nem saber os motivos.
A PMO foi o refúgio, continuei nessa vida com a sensação de ser condenado a isso era o que restava para mim ter algum prazer sexual.
Em 2023, em fevereiro, outro colega de sala me chamou para um encontro (sim, estou em um curso da faculdade que quantidade de gays costuma ser mais alta). Eu fiquei com muito receio de ir no encontro e ocorrer tudo de novo e perder outra amizade. Mas na terapia (ainda com a psicóloga anterior) eu havia entendido que naquela experiência que culminou com a perda da amizade não havia sido culpa minha, que foi uma questão mal resolvida interna do outro rapaz.
Aceitei e saí para um encontro com esse colega. Foi uma experiência muito boa. Desde então saímos várias vezes e sinto muita atração sexual por ele. Mas continuamos mantendo escondido. Eu não consigo bancar para tornar algo mais sério (ele é mais voltado para relacionamentos duradouros, recentemente saiu de um casamento homossexual de 9 anos ).
Então, a minha vida nos relacionamentos é essa mistura de diversos dilemas: não assumo a bissexualidade por toda a carga religiosa e por ter sido criado no interior, em uma cidade pequena. Ao mesmo tempo que sinto "trair" a minha consciência por não ser na sociedade quem realmente eu sou. Gosto de mulheres, sentia muito tesão nas relações sexuais com elas, mas sinto um "cansaço" de nunca conseguir engatar relacionamentos mais sérios. E nas últimas semanas estava conversando com uma mulher que conheci no Tinder e começamos muito bem, muito engraçado as primeiras conversas. Mas nos dias seguintes ela esfriou. Acabei nem insistindo mais para o primeiro encontro. E isso me cansa, é como se reforçasse a minha crença que não sou atraente para as mulheres, que sou incapaz de gerar interesse em alguém. Mas também não sei dizer se esse cansaço é por ter a P roubando energia e sendo o caminho mais fácil. Enquanto isso vou saindo com o meu amigo e tendo relações casuais. Mas sinto como se o enganasse, pois a minha sensação é que ele espera algo a mais entre nós, um relacionamento mais sério (percebo isso pelas indiretas que ele traz nas conversas). Mas eu me vejo sonhando no futuro construindo algo junto com... mulher. Não consigo encaixar a bissexualidade na minha consciência.  
Enfim, vou buscar encarar os meus dilemas de frente. Quero manter firme aqui e buscar afastar da pornografia. E vou tratar os meus dilemas na terapia.
Sei que o meu texto foi enorme, mas vou mais ser direto nas próximas postagens. Senti que precisava desse espaço para expor tudo e tentar reconstruir uma vida melhor sem P.

Olá, Jorge.
Primeiramente bem vindo. Não precisa se desculpar pelo quão prolixo você for. Esse espaço é pra isso.
Pra você colocar os "demônios" pra fora e seguir longe dessa porcaria a cada dia passa.
Me compadeço da sua história. Eu também sofri abusos sexuais constantes na minha infância, por pessoas diferentes, e só de estar aqui lutando, já me sinto parcialmente vencedor. Não sei o quanto esse episódio definiu a sua vida, a minha definiu e muito.
Que bom que você está com um profissional de análise que entende que você quer lutar contra. A maioria deles quer normatizar. A minha também, estou com ela tem quatro anos, porém eu mostrei todos os pontos pra ela e ela em ajuda a lidar com a ansiedades que permeiam as recaídas ao vício.
Bom, o vício traz deturpações da forma como enxergamos e sentimos, em nossas atitudes referentes ao sexo, mas no seu caso, eu acredito que você seja sim bissexual. E que essa orientação seria fluida sua com ou sem vício. Eu me considero bi também, 80 por cento pra homem e 20 por cento pra mulheres (essas quanto eu tô meio alteradinho na bebida rs).
Entendo todas as normatividades religiosas que englobam a saída do armário e as projeções de vidas que fazemos pra nós mesmos. Você precisa levar pra suas sessões e refletir consigo mesmo sobre os custos que você está disposto a enfrentar. Os custos que abrangem você "ficar no armário" ou sair dele. Mas não encane.
Cada um tem seu tempo. 1 ano e meio ficando com rapazes, fui falar para os meus pais tem poucos meses e também não me considero assumidíssimo pra sociedade. E tá tudo bem. A questão é você lidar com aquilo que você pode lidar por vez e percebo que agora é o momento de, com a ajuda dessa plataforma, você lutar contra essa porcaria.

Força e garra pra você.

Olá Jorge! Bem vindo!

Esse é um espaço de acolhimento. Sem preconceitos ou julgamentos! Fique a vontade para desabafar o que sente!
Acho que o nobre Talde foi cirúrgico nos conselhos.
Pelo que entendi, você gosta de rapazes e garotas, e se sente rejeitado por elas. Acho que muito dessa rejeição que você internalizou veio da insegurança causada pelo vício. Tbm acho imprudente ser taxativo com sexualidade porque somos seres em constante transformação ne?! Mas acho que se relacionar com homens não é algo que te martiriza, já que você sente forte atração por eles. Talvez essa idealização de um futuro perfeito com uma mulher seja muito da cobrança (inconsciente até) que a heteronormatividade que você se encaixa exige. Acho que você deve aproveitar a oportunidade com a PESSOA. Construir algo sólido independente do gênero. Ou de preconceitos... fica a dica!
Meu conselho é que trabalhe essas questões na terapia e tente não magoar o seu amigo. Se tem percebido que ele quer algo além de S* talvez seja o momento de você ser sincero com ele. Mesmo que isso te custe a amizade. Ao meu vê é o certo a se fazer e é um ônus que vc precisará lidar. Ele não tem culpa pelos seus conflitos entende?! (me perdoe a franqueza). São coisas que você tem que tratar consigo próprio.

No mais, te digo para evitar os gatilhos (os bloqueadores são sim importantes) e focar em atividades de religação... fazer uma academia, um hobby.... Algo que te tire dessas formas mentais circulares.

Boa sorte irmão! Acredito em você!

Olá! Seja bem vindo!
Concordo e corroboro tudo que os colegas já disseram, mas endosso e reitero que é importante você ser claro com seu amigo colorido. Acho que ele precisa saber com todas as letras que você só está a fim de curtir. Não está a fim de nada sério. Porque ele pode estar alimentando uma paixão e expectativa de um relacionamento sério. Mesmo que vocês venham a não ficar mais é importante não brincar com os sentimentos dos outros. O fato de você não abrir com ele pode estar sendo bom somente pra vc. Ok? Posso estar sendo meio taxativo, mas me preocupo com isso. Força e paz!

Talde escreveu:Olá, Jorge.
Primeiramente bem vindo. Não precisa se desculpar pelo quão prolixo você for. Esse espaço é pra isso.
Pra você colocar os "demônios" pra fora e seguir longe dessa porcaria a cada dia passa.
Me compadeço da sua história. Eu também sofri abusos sexuais constantes na minha infância, por pessoas diferentes, e só de estar aqui lutando, já me sinto parcialmente vencedor. Não sei o quanto esse episódio definiu a sua vida, a minha definiu e muito.
Que bom que você está com um profissional de análise que entende que você quer lutar contra. A maioria deles quer normatizar. A minha também, estou com ela tem quatro anos, porém eu mostrei todos os pontos pra ela e ela em ajuda a lidar com a ansiedades que permeiam as recaídas ao vício.
Bom, o vício traz deturpações da forma como enxergamos e sentimos, em nossas atitudes referentes ao sexo, mas no seu caso, eu acredito que você seja sim bissexual. E que essa orientação seria fluida sua com ou sem vício. Eu me considero bi também, 80 por cento pra homem e 20 por cento pra mulheres (essas quanto eu tô meio alteradinho na bebida rs).
Entendo todas as normatividades religiosas que englobam a saída do armário e as projeções de vidas que fazemos pra nós mesmos. Você precisa levar pra suas sessões e refletir consigo mesmo sobre os custos que você está disposto a enfrentar. Os custos que abrangem você "ficar no armário" ou sair dele. Mas não encane.
Cada um tem seu tempo. 1 ano e meio ficando com rapazes, fui falar para os meus pais tem poucos meses e também não me considero assumidíssimo pra sociedade. E tá tudo bem. A questão é você lidar com aquilo que você pode lidar por vez e percebo que agora é o momento de, com a ajuda dessa plataforma, você lutar contra essa porcaria.

Força e garra pra você.

guerreiro começando avida escreveu:Olá Jorge! Bem vindo!

Esse é um espaço de acolhimento. Sem preconceitos ou julgamentos! Fique a vontade para desabafar o que sente!
Acho que o nobre Talde foi cirúrgico nos conselhos.
Pelo que entendi, você gosta de rapazes e garotas, e se sente rejeitado por elas. Acho que muito dessa rejeição que você internalizou veio da insegurança causada pelo vício. Tbm acho imprudente ser taxativo com sexualidade porque somos seres em constante transformação ne?! Mas acho que se relacionar com homens não é algo que te martiriza, já que você sente forte atração por eles. Talvez essa idealização de um futuro perfeito com uma mulher seja muito da cobrança (inconsciente até) que a heteronormatividade que você se encaixa exige. Acho que você deve aproveitar a oportunidade com a PESSOA. Construir algo sólido independente do gênero. Ou de preconceitos... fica a dica!
Meu conselho é que trabalhe essas questões na terapia e tente não magoar o seu amigo. Se tem percebido que ele quer algo além de S* talvez seja o momento de você ser sincero com ele. Mesmo que isso te custe a amizade. Ao meu vê é o certo a se fazer e é um ônus que vc precisará lidar. Ele não tem culpa pelos seus conflitos entende?! (me perdoe a franqueza). São coisas que você tem que tratar consigo próprio.

No mais, te digo para evitar os gatilhos (os bloqueadores são sim importantes) e focar em atividades de religação... fazer uma academia, um hobby.... Algo que te tire dessas formas mentais circulares.

Boa sorte irmão! Acredito em você!

David Silva escreveu:Olá! Seja bem vindo!
Concordo e corroboro tudo que os colegas já disseram, mas endosso e reitero que é importante você ser claro com seu amigo colorido. Acho que ele precisa saber com todas as letras que você só está a fim de curtir. Não está a fim de nada sério. Porque ele pode estar alimentando uma paixão e expectativa de um relacionamento sério. Mesmo que vocês venham a não ficar mais é importante não brincar com os sentimentos dos outros. O fato de você não abrir com ele pode estar sendo bom somente pra vc. Ok? Posso estar sendo meio taxativo, mas me preocupo com isso. Força e paz!

Obrigado pessoal. Eu estava receoso de contar a minha história e sofrer algum julgamento, mas senti bem acolhido por vocês. Fico muito grato, obrigado de coração!
Hoje eu estava numa vontade imensa de quebrar e assistir P. Mas consegui resistir e vim aqui dar uma olhada no fórum.
A minha sensação nos últimos dias é de vazio e muita procrastinação. Fui assistir um vídeo do psicólogo Eslen Dalenogare (assistam os vídeos dele no Youtube, são muito bons!) e percebo que ocorre por dois motivos: 1) excesso de estímulos - muitas horas assistindo vídeo do Instagram, Youtube, cenas de perseguição policial (às vezes passo horas assistindo esses conteúdos) e também conteúdos P. Isso é muito estimulante para o nosso cérebro e o deixa sem vontade para realizar outras coisas que não tão estimulantes (como ler um livro). Estou sem ver P desde sábado, mas fiquei várias horas nesses final de semana vendo coisas aleatórias no Youtube. Mas estou me conscientizando desse tempo desperdiçado e pretendo ir me controlando.

E nem chega a ser por falta de objetivos na vida, pois tenho vários projetos em andamento. Só que vem o 2° motivo de não dar andamento aos meus projetos: querer o perfeccionismo - em vários momentos eu me saboto pensando "já que não vai ser muito bom, então nem adianta eu me dedicar tanto". E aí vou procrastinando. Mas já expondo esses fantasmas aqui acredito que vai me ajudar a entender com "quais monstros tenho que lutar".

Também tenho que ajustar meu sono e atividade física. Tenho sido meio relaxado nesse ponto.

Em relação ao meu amigo "colorido", realmente foi algo muito intenso a nossa relação nesses últimos meses porque temos várias coisas em comum. E a química sexual aconteceu de forma que eu nunca havia experimentado antes, é alguém te faz sentir muito bem.  Eu nunca dei esperanças a ele da nossa relação se tornar algo mais sério, desde o primeiro dia eu falei que a bissexualidade é um dilema para mim. Mas também sei que tenho deixado às vezes nas entrelinhas, não muito claro. Mas pretendo deixar mais claro para não causar nenhuma falsa esperança.

Enfim, agradeço de coração pelo apoio de vocês, sinto mais aliviado por saber que estamos junto nessa!

Por mais que tenhamos objetivos e planos, a ociosidade dos pensamentos e o tédio da vida serão muito corriqueiros e são nessas horas e momentos que há fissuras e o vício começa a querer ficar latente e ocupar o espaço que outrora era dele.
Pense e analise o que você pode fazer pra evitar esse tipo de coisa. Alguma ação, hobby, atividade que lhe ajude a não ir direto pra PMO.
Como você pontuou, você precisa diminuir seus acessos a redes e preencher esse tempo com alguma outra coisa. É tudo uma questão de hábito, que embora não seja fácil, é possível de forma gradativa.
Uma coisa que me ajudou muito na pandemia foi querer voltar ao hábito de ler e eu usava um timer de 20 minutos (pode ser 5,10, 15). E nesse período, apenas nesse período, eu apenas lia o livro. Com isso eu consegui ler 30 livros no ano.
Talvez mecanismos como esse, não especificamente para leitura, possam te ajudar.

Abraço e força.

Boa noite pessoal, uma semana sem acessar P.
Estou evitando acesso no Instagram a conteúdos despertem algum desejo. Não posso deixar a rede social porque uso para divulgação do meu trabalho. Estou realizando um curso nas sextas e sábados a noite. Hoje eu estava assistindo as aulas e me senti com mais foco, tanto que participei mais com perguntas e comentários.
Amanhã seguimos com academia, estudos e curso a noite.
Amigos, continuem firme! Tmj !

Olá é isso aí
Força e coragem

Abraços! Paz!

Parabéns pela semana alcançada e pelo foco no curso.
É a início da colheita de benefícios em ficar longe dessa porcaria.

Bom fim de semana.

Abraço e força.

Bom dia, ontem foi um dia ruim, caí para PMO. Mas tiro algumas lições: Ter dado pouco valor ao fórum.
Essa questão vir só quando se tem vontade não funciona. Eu preciso tornar um hábito vir aqui.
Como se tivesse uma a certa arrogância em poder lutar sozinho e subestimei vir aqui me fortalecer. Tanto é passou quase um mês a última vez que vim aqui. Mas vou buscar estar aqui de forma rotineira.

Se eu consigo analisar os pensamentos que me fizeram cair essa semana, foi de levar a P como se fosse comemoração de algo importante. Explico: estou desenvolvendo um projeto nas escolas. E essa semana, uma etapa que eu construí foi bastante elogiada. E a noite, acabou vindo pensamentos de comemoração pela conquista e me relaxei totalmente e aí "ah, só um pouquinho, eu mereço". Isso é muito ruim e eu preciso aprender a desconectar a P como se fosse uma comemoração pelas minhas conquistas. Te pessoas que abrem um vinho para comemorar e eu comemorava com P. É um hábito ruim que eu preciso mudar.

Da relato que fiz a primeira vez, falei sobre meu amigo que estamos saindo há um bom tempo. Duas semanas atrás tive uma conversa sincera com ele: que eu não consigo no momento assumir e não tenho como avançar para um relacionamento sério. Que eu não quero atrapalhar a vida dele caso ele tenha outros objetivos. Ele disse que valoriza a minha companhia e no futuro a intenção é construir algo junto com alguém, mas não está pensando nisso agora.
Acho que o ideal seria construir relacionamentos mais seguros, conexões mais fortes. Mas pelo menos me  senti melhor em não enganá-lo quanto as minhas intenções no momento.
Ele gosta de tomar vinho comigo, temos uma boa amizade, temos histórias de vida que se assemelham em algumas questões... e assim vamos levando. Temos uma excelente química sexual desde o primeiro encontro. É um tipo de sexo que eu valorizo bastante: aquele que vai sendo construído em conjunto, sem ficar preso a posições ou formulas pré-estabelecidas.

Essa semana tenho terapia na sexta-feira. Infelizmente o meu desejo seria de contar somente vitórias. Mas vamos ter que encarar esse reboot de forma mais séria.

Em relação ao abuso sexual que sofri na infância, através da terapia entendo que ele me "programou" a viver relações de forma superficial. Isso seria uma forma inconsciente que o meu corpo encontrou que outra pessoa não me abusasse mais. Seria assim: "já que confiei aquela vez naquele menino e ele me abusou, então agora não vou confiar em ninguém mais". O problema é que essa desconfiança cresceu comigo e afetou a qualidade dos relacionamentos. Vamos buscar "cicatrizar" isso agora na terapia.

Hoje dias dos pais, vou falar com meu pai e desejar os parabéns.
Ele seria meu herói e meu bandido. Ele é viciado em pornografia e tem sintomas depressivos. Pior, não busca tratamento.  Na terapia, a psicóloga está me ajudando a olhar para os pontos positivos dele: a honestidade, trabalhador, nunca nos deixou faltar nada.

No momento seria isso. agradeço pelo apoio de vocês e seguimos juntos (agora de forma mais comprometida com esse fórum!)

Olá, Jorge.

Nós temos essa tendência de acreditar que não precisamos desse espaço, mas precisamos. É normal acreditar que o primeiro passo a verbalizar aqui é o estopim total da mudança.
Espero que você entenda e coloque como uma das suas prioridades o compartilhar da tua luta com os amigos.
Ambos nos ajudamos.

Desejo sorte e garra pra você.
Boa semana.

Olá pessoal. Mudei de casa neste final de semana. Eu venho sentindo um certo vazio. E tenho preenchido o vazio com muito tempo vendo vídeos no Instagram e no Youtube. É como se eu não quisesse o tédio. Planejei várias coisas para esse feriado em relação aos meus estudos da faculdade e exercício físico. Mas hoje, domingo, percebo que procrastinei muito e fiz poucas coisas. E também assisti P. Lamento. Eu me envergonho disso.

Sexta-feira tenho terapia, a psicóloga pediu que eu assista Caninos Brancos. Seria para ressignificar a minha relação com meu pai. Vou assistir daqui a pouco.
Sinceramente o vício em P parece o mesmo que aqueles que tem alcoolismo, são várias recaídas.

Sobre esse vazio, estou sentindo uma apatia diante da vida.
Na minha mudança de casa, várias me pessoas me ajudaram (em procuram outra casa, nos transporte dos móveis). Mas não sei, racionalmente eu sou grato, mas continuo com sensação de vazio.
Hoje fui visitar uma tia doente. Ela tem um câncer no fígado e não tem mais cura. Isso deveria me tocar em refletir sobre a minha vida. Mas não tocou. Não veio reflexão.

Enfim, esse vazio será assunto para terapia.

Olá Jorge
Esse vazio é muito comum. Também sinto às vezes. E, principalmente, por eu ser sozinho, solteiro. Uma vontade imensa de ter um parceiro, de ter uma companhia, mas quanto mais eu busco, mais cabeçada eu dou. Então resolvi parar e silenciar meu coração.
Sinto muito pela sua tia. Mantenha-se em oração por ela, para que quando chegar a hora, ela faça uma boa passagem.
Fortaleça-se cada vez mais.
Que bom que você já faz terapia.
Muito bom.
Abraços! Paz!

Jorge,

Sinto pela queda e eu lhe entendo quando diz sobre essa não aceitação do tédio, pois me identifico também dessa forma.
Seria interessante, já que você já faz terapia, essa abordagem, porque a maioria das vezes essa aceitação está relacionada à cobranças internas que temos conosco mesmo. Essa necessidade latente de sermos produtivos e acabamos que não somos produtivos.
Reforço que gostaria de ver mais de ti aqui. Não necessariamente todo dia, sempre que puder. Seu último compartilhamento conosco antes de ontem foi há quase 1 mês.

Te desejo força e garra.

Obrigado Talde e David pelo apoio

Um dos meus erros tem sido esse: não comemorar o dia após dia sem P. Eu acabo só pensando nos 30, 60 dias, mas esqueço do processo, do dia a dia.

Já deixei na minha agenda e também um link do fórum no meu próprio contato do Whatsapp. Deve facilitar eu vir todos os dias aqui.

Hoje estou bem cansado. Preciso retomar a higiene do sono.

Seguimos!

Bati a última punheta hoje as 19 horas.

Olá JorgeVaz
Parabéns pelas conquista de 1 dia que já é uma glória. Qualquer tempo longe da PMO, já é uma vitória
Continuamos firmes e sensatos.
Quem é este Souza que disse que bateu uma punheta. É vc mesmo? Vc mudou seu nickname? Se não não entendi porque vir aqui no diário do Jorge dizer que bate uma.
Seria melhor escrever no seu diário, Souza.
Abraços! Paz!

Bom dia, chegamos ao segundo dia. Com as demandas da faculdade a cabeça fica mais ocupada.
E dia ensolarado em Curitiba também ajuda.
Seguimos!

JorgeVaz2023 escreveu:Bom dia, chegamos ao segundo dia. Com as demandas da faculdade a cabeça fica mais ocupada.
E dia ensolarado em Curitiba também ajuda.
Seguimos!

Que notícia boa!
Sigamos na paz!
Abraços!

Salve! Salve
3° dia

Acordei mais disposto hoje. Acordei também com uma ereção matinal. Não lembro de quando foi a última vez que isso ocorreu. Foi uma boa sensação.

Chego tarde da faculdade. Quanto a isso não tem muito o que fazer. Mas erro ainda em mexer no celular antes de dormir, tenho tentado diminuir a quantidade de tempo. Ontem fiquei no máximo 5 minutos. Mas tenho consciência que usar celular antes de dormir faz mal.
Mas acho que o uso de celular é por carência, como se sentisse uma falta dentro de mim...mas é assunto para terapia hehe

E o dia segue ensolarado, isso é muito bom!

David Silva escreveu:

JorgeVaz2023 escreveu:Bom dia, chegamos ao segundo dia. Com as demandas da faculdade a cabeça fica mais ocupada.
E dia ensolarado em Curitiba também ajuda.
Seguimos!

Que notícia boa!
Sigamos na paz!
Abraços!

Obrigado pelo apoio. Tmj!

Jorge,

O celular tem sido uma das armadilhas desse século.
Eu também me pego muito nessa questão de ir dormir mexendo no celular e acordando mexendo nele.
Já tentei algumas vezes estipular regras quanto a utilização, mas sempre peco.
Que tenhamos sabedoria pra lidar com isso.

Parabéns pelos dias longe de PMO.

Abraço.

Bom dia, hoje acordei de manhã com muito tesão, e acabei que masturbei sem P.
A minha psicóloga já havia orientado que talvez esse seria um meio termo bom pra mim, pois consumir P que é o mais prejudicial.
Estou correndo risco de voltar a consumir P devido ao Reels. Entre um vídeo e outro acaba aparecendo algum gatilho. Foi esse um dos motivos que me fez cair a última vez.
Vou tentar usar menos o Instagram.

Pretendo voltar a realizar atividade física. O difícil é que também vou trabalhar sábado e domingo (além de segunda a sexta no serviço fixo que eu já trabalho + faculdade a noite) e vou ter pouco tempo.
Mas acho que uma corrida na rua no momento que der já ajudaria.


Seguimos!

Talde escreveu:Jorge,

O celular tem sido uma das armadilhas desse século.
Eu também me pego muito nessa questão de ir dormir mexendo no celular e acordando mexendo nele.
Já tentei algumas vezes estipular regras quanto a utilização, mas sempre peco.
Que tenhamos sabedoria pra lidar com isso.

Parabéns pelos dias longe de PMO.

Abraço.

Sim, exato. Eu tenho acessado muito. É como tivesse um vazio dentro de mim que eu necessito preencher vendo o celular.

Vou levar isso para a terapia amanhã.

Eu tb me considero que uso excessivamente o cel, principalmente o Insta que tem os gatilhos.
Quanto a MO sem P de boa é um momento de relaxamento e de atendimento às necessidades corporais, físicas, carnais.
Só cuidado com o efeito caçador.
Caminhemos juntos!