Diario - Aliocha

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Diario - Aliocha - Página 21 Empty Re: Diario - Aliocha

12/6/2023, 21:05
Parabéns pelos 15 dias, meu amigo! Siga em frente um dia de cada vez, e tenho certeza que a vitória baterá na sua porta. Continua com essa pegada, mano.

Grande abraço!

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14/6/2023, 10:45
Dia 17 do reboot.

Sigo firme, graças a Deus.

Eu não tinha necessidade de vir postar aqui hoje.

Estou numa flatline, acredito. Ou seja, zero interesse por pornografia. Sem ereção. Coisas naturais, como sabemos.

O negócio é aproveitar a maré boa, ficar forte pra quando a coisa ficar brava.

É importante pra mim seguir no HARD MODE. Acho que masturbação perde o sentido depois de algum tempo nesse barco.

Mas fica a grande questão, a pergunta de 1 milhão de dólares. Como lidar com a energia que provém dessa prática da retenção seminal?

Sabem, eu me recordo de ter pesquisado uma vez no google academico (fabulosa ferramenta!) sobre os possíveis efeitos de se manter no hard mode (considerando alguém que não vai transar, significa total retenção do esperma, certo?). Retenção seminal. Eu encontrei uma série de coisas sobre o aparelho reprodutor masculino. Coisas evidentemente muito complexas para mim - detalhes de fisiologia que eu desconheço completamente. Mas fazendo uma leitura dinâmica de alguns poucos trabalhos, não encontrei o que eu queria. Claro, eu não pesquisei a fundo. Procurei rapidamente. Também, me recordei de que poderia encontrar algumas respostas na filosofia indiana. E encontrei. Há uma classe de monges celibatários, dentro da tradição religiosa hindu. E há literatura sobre as práticas desses monges, assim sobre o funcionamento ou possíveis benefícios da retenção seminal.

Não quero ser celibatário, hehe. Porém, como provavelmente não vou transar tão cedo, eu quero me manter no hard mode o quanto der. A questão FUNDAMENTAL? O que eu farei com minha energia??? Acho que esse é o ponto mais importante para se pensar.

Vou deixar uma dica importante aqui.

Se sente frustrado sexualmente? Acha que precisa transar? Acha que não consegue fazer o reboot porque não tem vida sexual?

Tudo equívocos. Alias, tem casos e casos. Mas em grande maioria dos casos: puro equívoco.

Faça o reboot a sério, e se os sentimentos de frustração sexual, ou de querer transar de qualquer jeito. Se não DESAPARESCER, vai diminuir enormemente.

Não precisamos de sexo. Precisamos de reboot. Nem sequer temos como saber o que é sexo, sendo viciado em pornografia. Mesmo pra quem tem vida sexual, e dai? Pode-se ter vida sexual e ser um completo babaca, que destrói a si mesmo e ao outro. Como todo viciado geralmente faz. Destrói a si mesmo, e também aos que estão próximo, já que só pensa exclusivamente em si mesmo.

Reboot não é só sobre nós. É também sobre os outros. Quer dizer, o reboot é por nossa conta, é claro. Mas quem estiver avançado no reboot vai receber mais elogios e sorrisos de manhã, de sua família. Vai brigar e discutir menos, já que sua clareza e seu equilíbrio emocional vão aumentar, conforme o vício é vencido. Vai ter mais energia e um melhor senso de cuidado, portanto, talvez passe a contribuir mais com as coisas da casa, deixando-a mais limpa. Menos discursão e brigas, maior empatia, maior equilíbrio emocional, maior clareza de tudo. Tudo isso são benefícios do reboot. Vejam como as repercussões e melhorias do reboot na nossa vida são profundas. São mudanças profundas para melhor, EM TODOS OS ASPECTOS DA VIDA.

Não deixem de lado o reboot.

O que podemos fazer HOJE nos poupará uma quantidade enorme de sofrimento amanhã.

Todo e qualquer esforço é válido.

Bom, em relação à minha vida....

Ainda tenho muitos problemas. Eles vão continuar por mais tempo, mesmo com o reboot. Claro que o reboot automaticamente significa uma MELHORIA SIGNIFICATIVA DE TODOS OS MEUS PROBLEMAS. Mas não uma solução.

Tomei a decisão de bloquear 100% a internet, deixando só uma janela de três horas diárias, em 3 turnos diferentes, apenas. Para resolver as coisas do dia a dia. Preciso conferir o email? Só das 9 às 10:30. Depois disso a internet fecha. Só abre as 14:00 até as 15:30. Ou das 18:30 até as 20:00. Foram os horários que eu coloquei para mim.

Isso é uma decisão FUNDAMENTAL, pois eu acabei ficando viciado em internet. Consumo muito material útil, isso é verdade, porém, internet acabou se tornando um vício. Isso me atrapalha MUITO na minha vida.

Essa decisão tem o potencial de melhorar bastante o meu reboot. Bastante mesmo.

Afora isso, preciso tomar a decisão definitiva de fazer exercícios de força (calistenia) ao menos 3x na semana. Nem mais. Nem menos. 3x na semana de exercícios de força está ótimo pra mim.

Agora a tarde vou me matricular em um curso de meu interesse, que ocorrerá online. Mais um passo importante na área profissional, pra mim.

Estou um pouco perdido na vida. Apenas um pouco.

Objetivamente, tenho teto, comida, afeto, carinho de minha família.

Tenho uma boa instrução intelectual. Uma área de interesse.

Estou seguindo no meu reboot. Acredito que isso, por si só, poderia ser meu objetivo número 1. Se meu reboot estiver seguindo corretamente, porque me preocupar excessivamente com as outras coisas? O nível de clareza só vai aumentar com o reboot. Eis um fato. Conforme o reboot avança, fica muito mais fácil dissipar as sombras, dissipar os equívocos e ver claro. Todas as outras coisas na minha vida vão ficar mais claras, mais possíveis, mais palpáveis, até mais brilhantes e coloridas, conforme o reboot avança!

Não estou trabalhando ainda na minha área de interesse? Tudo bem, oras! Porque? Porque devido ao fato deu estar longe de pornografia, e às minhas práticas meditativas, consigo ver que as coisas levam tempo. E que a de se ter toda a paciência e confiar. Passo a passo. Dia após dia. Entender que eu ainda estou nesse degrau em que me encontro agora, e que devo subir para o próximo degrau. Não há problema algum em eu estar nesse degrau agora. Muito menos me diz respeito quem está atrás de mim. Ou na minha frente. Sempre haverá quem está atrás de mim, ou na minha frente. E se forem pessoas que me AJUDAREM, ótimo. Se não ajudarem, devo me BLINDAR contra os maus comentários. Devo concentrar-me em subir pro próximo degrau. Independente do fato de que os outros me critiquem, me julguem, pela minha idade, pela minha condição, pelo meu ritmo. Não vai faltar quem nos desestimule. Não se comparar a ninguém, pois as tarefas, desafios e até privilégios dos outros fogem completamente da nossa compreensão. Mal sabemos de nós mesmos, que dirá dos outros. Entender que estou NESSE DEGRAU, não em outro. Não devo me envergonhar por estar no lugar em que estou. (ainda mais considerando que eu mesmo construí esse caminho). Não é pra ficar sonhando com o topo, é pra subir pro próximo degrau. Só isso que importa.

Chegar aos 90 dias e seguir adiante é o próximo degrau que eu quero chegar. Todas as outras coisas irão se resolver. Sim, eu confio nisso. Porque terei a clareza e a energia para resolver os meus problemas. Não a solução, mas a energia para trabalhar! Percebem a diferença?

Vamos focar no reboot.

Um viciado em pornografia, alguém que está imerso na lama do vício, não é capaz de fazer boas reflexões.

Sua energia para pensar é pouca. Foi embora, ejaculada.

Sua visão é curta. Muito, muito curta.

Sua concentração é baixíssima. É só parar pra refletir que já bate a vontade de consumir P.

A inquietude interior é absoluta. A alma está rachada. Não deixa de haver uma certa culpa - já que, no fundo, falando em termos bem grosseiros, sabemos que se entregar ao vício é como jogar a vida fora, ralo abaixo. É natural sentir culpa, quando sabemos que estamos fazendo péssimas escolhas para nossas vidas.

O ponto em que eu quero chegar é que fica muito difícil de resolver os problemas de nossa vida. Enquanto estamos imersos no vício. Dai a importância do vício ser a prioridade número um. O reboot será a base da reconstrução da nossa vida.

Não tenho mais o que falar.

Diminuirei as postagens no meu diário. Pois não tenho muito o que falar sobre minha rotina, ou sobre os desafios do vício. Continuarei postando, sim, mas com menos frequência. Ao invés disso, vou buscar postar mais nos outros diários, tentar ajudar os colegas de algum modo.

Não ignorem o reboot.

Quem ignorar, vai descobrir depois que não há como ignorar. Quantos já vieram aqui, desistiram, e voltaram depois?

Quem estiver maduro o suficiente, recomendo que tome AGORA a decisão de fazer o experimento dos 90 dias sem P.

É ver pra crer, senhores. Eu já passei dos 90 dias umas 4 vezes, se não me engano (não lembro bem). Meu máximo de dias foi 120. Isso ocorreu em algum momento da pandemia, durante o lockdown.

Tinha uns 6 meses que eu não passava dos 10 dias.

Hoje sigo.

Mais dias de vitória para todos nós.

Chegar ao fim do dia limpo é motivo de comemoração, senhores. Grandes vitórias começam com pequenos passos.

Excelente reboot para todos.

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15/6/2023, 23:41
Dia 19 do reboot.

Ainda me sinto inseguro. Não estou tão firme quanto eu pensava.

Eu não acho que vou recair. Mas parece que parte de minha alma ainda está voando no vazio completo, ao menos nesse momento.

Me masturbei hoje de manhã. Sei que hard mode é o fino da bossa. Mas não estou me esforçando para resistir à m. Também, parece que senti uma espécie de efeito depressor bem maior, hoje. Foi só uma vez, mas eu senti muito claramente a baixa da energia. E também, o relaxamento - nesse sentido, até que faz bem. Mas não é desse jeito que eu pretendo relaxar!

Afirmo que excesso de tela deprime a pessoa. Nem falo de porn, só de tela mesmo. Excesso de tela deve equivaler à várias drogas, no seu efeito depressor. São muitos os estudos, os especialistas que apontam isso. Até para as crianças. Casos de crianças com quadros graves de ansiedade, até síndrome do pânico, aumentou muito em relação a 20 ou 30 anos atrás, por exemplo. O excesso de tela está por trás disso (um dos fatores né). Se é pornografia ou não, quem vai saber? Se os pais não monitorarem, o adolescente pode estar até planejando o próximo crime de ódio, atraído por nazistas pedófilos na internet.

Minha geração (nascida no início da década de 90) foi a primeira a ser exposta ao uso massivo de tecnologia, tela, celular, etc. Parando pra pensar, é um impacto muito profundo, em muitos sentidos. Alguns desses impactos precisam de décadas para serem devidamente verificados. Então, de certo modo, ainda estamos entendendo como lidar com a tecnologia. As coisas ainda estão sendo estudadas, inclusive o vício em pornografia.

Todas as minhas experiências apontam para o fato de que excesso de tela fode nosso organismo. Deprime profundamente. Leitura sobre isso, eu não tenho, mas sinceramente, não acho que eu precise tanto. Mas posso dar uma pesquisada.

Resumo da coisa: fechar a internet de modo radical. Tive que mudar a senha hoje. Por que já sabia a antiga de cor. Já enviei pro email de uma pessoa de confiança. É só apertar uns botões no blok free e pronto.

É difícil pra mim abrir mão do uso da internet. Mas ou faço isso, ou estarei enrolando a mim mesmo. Ficarei estagnado. Realmente estagnado.

Por fim, eu conclui que, apesar dos dilemas sexuais serem uma parte extremamente relevante dos seres humanos....

No meu caso 99% das vezes, essas questões são puro equívoco. Eu não preciso de sexo. Eu preciso de reboot. Poderia dizer que preciso de socialização - ai sim, me faria realmente muito bem! E socializando, pode ter alguma menina atraente! Ok, acontece! Mas não devo pensar em sexo. Melhor substituir por reboot.

Estou estudando a obra do Jung. E sinceramente, me encontrei muito mesmo nesses estudos. Me ajudou profundamente a entender algumas coisas. Várias coisas, para as quais eu não tinha resposta antes! Nisso, a leitura dos livros do Jung mudaram a minha visão sobre as coisas.

Eu estava estudando uma outra coletânea de textos, coisa muito profunda, da Índia. Alimento da melhor qualidade. Mas resolvi dar um tempo desses textos.

Estou interessado em começar a estudar as escolas gnósticas. Faz tempo que me interesso por isso. Parece-me que a igreja católica cometeu verdadeiro crime contra a humanidade, ao perseguir seitas contrárias ao catolicismo, ao queimar obras "heréticas", ao selecionar o que as pessoas devem ou não ler, ao "criar" a bíblia. Bíblia, do grego, significa "os livros". A questão é quem escolheu os tais livros, e porque. Bom, os estudos dos textos gnósticos é do meu maior interesse. Apresentam um Cristo diferente do bíblico.

Na contramão disso, não fiz minhas meditações diárias hoje nem ontem.

Na verdade eu estou sentindo uma tristeza muito profunda nesse momento. É aquilo: reboot não vai resolver minha vida, apenas vai me dar a energia e a visão para agir.

Tenho uma noção razoável do porque disso. Dessa tristeza, que é profunda. Mas preciso sentir, compreender.

E continuar no reboot.

Não só continuar no reboot como MELHORAR o reboot.

Porque digo isso?

Porque eu sinto que ainda não estou firmado o suficiente.

19 dias. É um EXCELENTE principio para se começar a trabalhar a sério, no que diz respeito a erradicar o vício.

Já deu pra dar uma primeira desintoxicada. Mas eu ainda penso em P, as vezes. Leve, é verdade, mas ainda penso.

Quanto menos se alimenta o vício, senhores, mais fome ele vai passar. Deixem o vício minguar, até desaparecer. Não alimentem o troll.

Desejo um excelente reboot para todos.

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16/6/2023, 09:51
Decolando, Aliócha! Continua assim, meu amigo, que o pódio te espera!

Como você bem falou, é um bom momento pra iniciar as verdadeiras mudanças nas nossas vidas.

Segue firme, mano. Torcendo por você. Abraço!

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16/6/2023, 14:21
Recai, infelizmente.

Fui fraco. Pois estava, realmente, em minhas mãos. Assim, pode-se dizer que eu fiz o que eu realmente quis fazer. Há muita coisa a ser aprendida com essa queda. Realmente, uma excelente oportunidade para a COMPREENSÃO.

Duas coisas.

1) ainda não compreendi a fundo a lição, incluindo as coisas que eu repito em todos os posts aqui. Se tivesse compreendido, não teria recaído

2) Existem as coisas para corrigir. Corrigindo, meu reboot vai decolar, tenho isso por quase certo. A questão, que ao meu ver ocorre inconscientemente, é: eu quero mesmo ir fazer o que eu tenho que fazer? Ou vou fugir da vida e de suas leis?

Vejam, isso ocorre inconscientemente. Porque, embora a ciência explique o vício, o explica apenas racionalmente.

Se o vício fosse pura e simples lógica e racionalidade, a coisa seria fácil. Porque é fácil entender que 3 + 3 = 6. Que o vício não compensa nunca. Etc. Mas eu não vejo o vício somente assim. Pra mim o que parece pesar mais é a parte inconsciente e irracional. Que a estrita ciência não alcança nem explica.

Eu já sei perfeitamente o que fazer, que fique claro. Perfeitamente o que fazer, para não voltar a recair.

Excelente reboot....e evitem cometer o mesmo erro que eu.

Vou levar uns dias pra postar e correr atrás de corrigir os erros. Ou corrijo os erros. Ou o vício me espera.

Tenho TUDO o que preciso para seguir e acabar com o vício em minha vida.

Até a próxima.

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21/6/2023, 10:04
Indo pro dia 5 do reboot.

Acredito que meu vício está relativamente sobre controle. O fato de que vim de 19 dias , e que recai apenas uma única vez facilitou a coisa.

Necessário estar 100% afastado de gatilhos. Os visuais (da internet). Mas e os mentais? Aqueles pensamentos que temos, nem sempre relacionados a P, mas que acaba nos levando até ela? Esses também podem ser prevenidos, mas é mais complexo. Eu estudo coisas úteis nesse sentido, mas acredito que todos acabam fazendo esse controle, intuitivamente. Fica a dica: aprendam a lidar melhor com os seus pensamentos. Em alguns casos de vício em porn, isso pode ser uma chave fundamental.

Sabem, eu sou um cara ferido demais.....eu sangro por dentro....e eu vivo assim a muitos e muitos anos. Eu tenho uma forte tendência à autopiedade? Sim, eu tenho. A autopiedade é uma forma de fuga, fuga da vida, das minhas responsabilidades. Mas quando eu estou dizendo que sangro por dentro, apenas quero me ater ao fato de que sinto DOR. Muita dor. É, está doendo. É só isso que eu quis dizer. E na verdade está doendo devido aos próprios erros que eu cometi (é quase sempre assim, senhores, mesmo que demoremos a entender ou aceitar). Não é "injusta" a dor grande que eu sinto. Ela é o resultado das minhas más ações.

Certamente, isso me levou para o vício em pornografia. Considerando que a dor deve vir de algum erro meu. E que eu fujo do que devo fazer. No fim das contas, o vício em pornografia tem a ver com FUGA DAS PRÓPRIAS RESPONSABILIDADES.

Ontem eu explodi, berrei e quase meto a mão no meu pai. Ia dar ruim, ele ia reagir, sei lá o que poderia acontecer. Mas não aconteceu o pior.

Meu pai é um cara que me criou dizendo que "eu não seria nada". Que eu "passaria fome". Ele também me disse  uma vez que o fato deu não transar a 7 anos é normal (logo ele, que mesmo casado, tinha várias amantes.....aquele ali se ficasse 1 ano sem transar ia entrar em desespero). Enfim, meu pai me deu uma educação tóxica, venenosa, praticamente mortífera. Deve ter sido por ignorância (ignorância aqui no sentido de desconhecimento). Todos somos ignorantes, de um certo modo.

Ontem ele falou uma merda pra mim. Me parece claro agora, fora do turbilhão emocional, que eu HIPER ESTIMEI o que ele me falou. Bom, eu não consegui me controlar e explodi de ódio. Eu feri o meu pé, dando chute na porta. Se eu tivesse uma arma de fogo, capaz de ter descarregado nele (e me arrepender amargamente depois, o resto de minha vida, com certeza, hehe). Por isso sou contra facilitar armas de fogo pra população.  É muita gente com merda na cabeça, consumindo porn demais, ou outras drogas, muito homem machista que se acha no direito de matar a esposa, ou então antigas mágoas e feridas, até da época da escola. Vou resolver isso com arma de fogo? Bom, isso foi só um detalhe, nada tem a ver com o fórum, mas com o equilíbrio médio emocional das pessoas, ia ser chuva de bala e de morte, se mais gente resolvesse comprar sua arma pra andar por ai.

Essas explosões sentimentais, no caso, de ódio, são um óbvio gatilho pro vício em porn....

Acho que o ódio tem algo a ver com o amor. Minha reação é tão extrema por se tratar do meu pai. Muito amor envolvido. Mas o amor pode virar facilmente ódio. Qualquer qualidade positiva pode se transformar em seu oposto.

Ontem eu passei boa parte do dia com vontade de esganar meu pai. Me imaginando fazendo as piores barbaridades com ele. Em parte, isso realmente existe em mim. Mas também, eu ALIMENTEI isso ontem, e muito. É difícil de resistir, sabem? Ele me ferrou tanto quando criança e adolescente (agredindo a minha frágil auto estima, ao afirmar que "você é inútil, não vai conseguir nada na sua vida". Sim, ele fez isso comigo, durante muitos anos. Pra minha percepção, isso foi uma espécie de tortura. Tortura longa, de anos. Ok, isso tem suas consequências. Mas é FÁCIL DEMAIS eu não fazer NADA da minha vida, dizendo "eu fui torturado! Então foda-se. Consumo porn mesmo. Não faço nada. Dane-se!" . Fácil de mais. Jogar minha vida fora, sempre apontando um culpado pelo meu estado. Percebam como esse pensamento tem tudo a ver com o vício em pornografia.

Essas coisas me fizeram pensar em uma "lei" importante da psicologia.

Sabem, psicologicamente falando, não existe "varrer pra debaixo do tapete". Quer dizer, até é possível varrer os problemas pra debaixo do tapete, mas isso é apenas ADIAR. Nunca, resolver. O que quer que tenha sido colocado debaixo do tapete, em algum momento no futuro, obrigatoriamente teremos que levantar o tapete e limpar lá. Não tem escapatória disso aí. E o pior é que, dependendo do que foi colocado debaixo do tapete, pode ficar CRESCENDO LÁ, ficando MAIS FORTE. Enquanto você acha que resolveu as coisas....seus problemas pioram, sem que você saiba.

Meu crescimento emocional, espiritual, como pessoa, em todos os sentidos e implicações, sem exceção, está diretamente atrelado a vencer o vício em pornografia.

Quem ainda consome porn com muita frequência é porque AINDA NÃO CRESCEU.

Ainda é uma vítima do destino.

Ainda não consegue enxergar os próprios erros.  O negócio mesmo é dizer que os outros foram os responsáveis por nosso mau estado. Sempre sobra pros pais, ou pros mais íntimos.

Eu ainda sou assim. Imaturo. Mesmo com mais de 30 anos. (tem gente de 60 fazendo merda a torto e a direito....idade por si só nunca significou nada pra mim. Ou a idade vem acompanhada de falas razoáveis, cabíveis, equilibradas. Ou nada feito. Idade apenas, não é NADA).

Quero dizer que foi foda sobreviver ao meu pai. Eu sinto que arruinei diante dele. É como se eu não tivesse suportado que a pessoa que eu mais amo (toda criança geralmente ama os seus pais), tivesse repetido pra mim, ao longo de anos e mais anos, que "eu não ia ser nada". Parece até que ele estava torcendo pro meu fracasso. Que não queria me ver livre, nem autônomo. Me chamava de inútil constantemente. "Nem pra lavar um prato você serve". Ficar ouvindo essas coisas do meu pai, quando criança e adolescente, de forma repetida e rotineira, me arruinou. Ele repetiu tanto pra mim que eu sou inútil que eu passei a acreditar realmente, que sou um inútil. Algumas vezes eu devo ter me sentido "morto", depois dele ter me dito isso.  Não a toa, eu ainda me sinto "morto" até hoje, com alguma frequência. As crianças/adolescentes valorizam muito as palavras e opiniões dos pais. Mas não possuem discernimento suficiente pra compreender quando os pais falam coisas venenosas, tóxicas, equivocadas, erradas, etc.

Fora isso, ainda lido com a repressão sexual. Desde sempre. É difícil de lidar. É muito ruim uma vida com ZERO sexo, intimidade, carinho, ZERO contato íntimo, sem beijo na boca, nada. Nada disso por 5, 10, 15 anos, 20 anos, em suma, a vida inteira. Isso ainda me dói. Acredito que doeria em QUALQUER UM. Na verdade, acho que isso pode levar uma pessoa ao colapso. Sexualidade é uma parte muito importante e poderosa da vida, para viver a vida inteira nas sombras, debaixo do tapete, escondido no armário, trancada nos porões, restrita aos mais imundos puteiros que se possa imaginar. Será possível que minha sexualidade sempre será clandestina, oculta, motivo de vergonha, de tremor, de medo, sempre será associada a tudo de pior e de mais negativo que há? Eu não tenho a mínima ideia do que é o amor, senhores. Sei o que é o ódio e o desprezo, mas o amor não. Eu neguei tanto meu amor, que ele virou todinho desprezo. Eu não quero ver uma mulher sorrindo pra mim, porque me achou atraente. Só sobrou cinismo, desprezo profundo em meu coração. Muito veneno. Eu seria capaz de responder pra essa mulher: "tá olhando o que, vagabunda? Se você tocar em mim eu te mato! Vai chupar o pau de outro, sua pu..". Esse tipo de coisa, senhores, meu pai disse certa vez que é NORMAL. Que não é motivo de preocupação. Pedi socorro e ajuda, e levei pedrada. E isso acabou virando uma depressão fodida, uma depressão gigante, e eu vivo nela a muitos anos, até hoje.

Bom, é o meu modo de reagir. Cada um é cada um. "Qualquer um é capaz de controlar uma dor, exceto quem a sente". Essa frase do Shakespeare resume a coisa.

Também, são palavras duras. Elas tem a sua parte de verdade. Eu estou ferido agora. Mas isso vai passar. Não há bem que dure pra sempre. Nem mal que nunca se acabe. Também o ódio pode virar amor. Mas não rapidamente.

Por fim, fiquem cientes de uma coisa.

NÃO EXISTE CRESCIMENTO REAL, ENQUANTO ESTIVERMOS NO VÍCIO EM PORNOGRAFIA.

Quer ficar adulto? Ser feliz? Equilibrado? Maduro? Fazer um sexo de qualidade? Sentir amor? Ter clareza emocional? Podem esquecer tudo isso, enquanto estiver no vício.

O vício em pornografia corresponde à nossa parte adolescente, que ainda não está bem resolvida com as coisas.  Acho que é razoável supor isso.

Eu vou seguir.

Sei que minha energia vai melhorar, conforme o reboot avança.

Percebo que o reboot melhora a qualidade de nossos sentimentos, sua transparência e fluidez. Com o reboot, bem longe de porn, fica muito mais fácil AMAR (consequentemente, perdoar aqueles que nos fizeram mal). Mas são coisas que só serão colhidas por quem chegar no pódio.

Dia 10 do reboot faço outro post. Sigo sem ansiedade nem pressa, até a marca anterior de 19 dias, e dai em diante.

Até a próxima.

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25/6/2023, 16:32
Dia 9 do reboot. Em frente.

O vício parece sobre controle, porém, eu sei que ainda não ajeitei as coisas que preciso ajeitar. Afim de mudar de vida. Mudar de vida - de estilo, de hábitos, de vivências - é acabar com o vício. Ele não resiste a isso!

Essas coisas que eu ignoro, ou adio, podem se tornar uma bola de neve mais tarde. Podem contribuir fortemente para uma queda. De onde eu concluo que ainda não estou me esforçando o quanto poderia, para vencer o vício. Apesar de sentir o reboot relativamente estável, nesse momento.

Coloquei o modo bloqueio total, no PC. Foi a melhor coisa que eu fiz. Eu ainda dou uma escapadinha, mas a ideia é tornar a escapada impossível.

Vou ficar sem internet durante a maior parte do dia. Excelente. Realmente maravilhoso pra mim e pro meu reboot!

Sigo estudando a obra do Jung. Estou apaixonado pelo seus livros. E também, esse conhecimento é extremamente útil pra mim. É realmente um tipo de poder, na medida em que esclarece meus mecanismos de funcionamento - meu e dos outros. Sabem, estudar psicologia não é a mesma coisa que fazer psicoterapia, mas quanto mais leio, mais e mais coisas sobre mim vão ficando claras e límpidas. Leva anos pra se aprofundar na obra do Jung. A obra do cara é uma mina de diamante. Um chamado pro auto conhecimento.

Eu preciso, pra ontem, dosar esses estudos. Eu gosto bastante, mas não trabalho com isso. Nem ganho dinheiro com esses estudos. Eles me servem pra outra coisa. Não vou deixar de estudar. Mas tenho que me lembrar dos outros aspectos da vida.

Sabem, eu possuo uma certa quantidade de dinheiro, que ganhei a um tempo atrás. Meu estilo de vida é bem modesto - não gasto muito, saio pouco de casa, não costumo ir a shopping, restaurante, nem fazer compras. Mas mesmo assim, o dinheiro vai acabar. E quando acabar, eu vou sentir falta dele.

Decidi que vou começar a estudar pra concurso público.

Sei que tem muito concurseiro por ai. Bom, eu tenho uma habilidade natural pro estudo. Posso estudar pra concurso também.

Meu plano é começar a estudar todo o conteúdo básico - que cai em todos os concursos - e ficar observando os que surgem.

Não tenho interesse nos com salário muito alto. Os concursos com salário muito alto são muito concorridos. Esses é pra quem está estudando a 3, 4 anos. Não é meu caso.

Quero então, fazer um plano, afim de dominar todo o básico das provas de concurso.

Também, devo dizer, senhores, que entrei em pleno processo criativo...

Pois é, estou fazendo arte. A coisa está decolando. Não quero parar. Nem que seja um pouco por dia, quero trabalhar na minha composição. Eu acredito no meu trabalho. (preciso ser o primeiro, se não, eu já tinha jogado tudo fora). Estou fazendo algo ambicioso, grande em tamanho, mas acredito que dentro das minhas capacidades. O mais importante de tudo é a regularidade. A constância. Fazer um pouco todo dia. Isso torna o mestre, um mestre.

Observei que me sinto melhor comigo mesmo, quando produzo arte. Acho que isso é um sinal importante de que devo continuar fazendo. Ainda enfrento grandes resistências no processo. Minha capacidade de concentração ainda é baixa. Mas vou ficar melhor.

Ontem sai com minha família. Eu nem sei dizer a quanto tempo não saia de casa. A garçonete era atraente. Eu olhei pra ela. Mas não muito, pra não ser desagradável, incoveniente, pros outros não notarem demais, etc.

Em suma, eu senti que estou mais "excitável", se é que é essa a palavra. As vezes me dá a impressão que uma faísca pode me fazer incendiar, se é que me entendem.

Só não digo que estou louco pra transar porque, pra satisfazer esse desejo assim, a hora que eu quiser, só pagando. Então não é que eu esteja louco pra transar. Eu diria que estou precisando "me forçar" a sair de casa. E a socializar. É isso.

Nosso organismo possui um equilíbrio muito delicado. Ele luta o tempo inteiro pra manter nossa integridade (psicológica e física). Eu acho que estou aprendendo a confiar mais em mim mesmo, na natureza. Preciso, acima de tudo, estar cada vez mais atentos aos sinais. Eu ainda ignoro muita coisa que eu já vi, e já sei o que é.

O intuito é melhorar o reboot, daqui em diante.

Quero pagar a academia, mas eu já tentei tantas vezes engatar a musculação, que penso: "lá vou eu dar mais 90 reais pro dono da academia, e ir só 3 dias pra não voltar".

Me "forçar" a sair de casa. Sabem como é. As vezes a gente precisa de um empurrão, um impulso, uma ação forte. Eu acabei ficando excessivamente introvertido. Mas eu devo compensar isso, ou irei me dar mal depois, isso é fato. A vida é equilíbrio. E nós precisamos de muitas coisas diferentes, pra ficarmos bem. E com frequência, o que mais precisamos, é aquilo que nos deixa mais resistentes!

Vou buscar me manter afastado da internet. E tentar contribuir mais nos outros diários.

Excelente reboot pra todos.

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27/6/2023, 20:04
Aliócha escreveu:Dia 9 do reboot. Em frente.

O vício parece sobre controle, porém, eu sei que ainda não ajeitei as coisas que preciso ajeitar. Afim de mudar de vida. Mudar de vida - de estilo, de hábitos, de vivências - é acabar com o vício. Ele não resiste a isso!

Essas coisas que eu ignoro, ou adio, podem se tornar uma bola de neve mais tarde. Podem contribuir fortemente para uma queda. De onde eu concluo que ainda não estou me esforçando o quanto poderia, para vencer o vício. Apesar de sentir o reboot relativamente estável, nesse momento.

Coloquei o modo bloqueio total, no PC. Foi a melhor coisa que eu fiz. Eu ainda dou uma escapadinha, mas a ideia é tornar a escapada impossível.

Vou ficar sem internet durante a maior parte do dia. Excelente. Realmente maravilhoso pra mim e pro meu reboot!

Sigo estudando a obra do Jung. Estou apaixonado pelo seus livros. E também, esse conhecimento é extremamente útil pra mim. É realmente um tipo de poder, na medida em que esclarece meus mecanismos de funcionamento - meu e dos outros. Sabem, estudar psicologia não é a mesma coisa que fazer psicoterapia, mas quanto mais leio, mais e mais coisas sobre mim vão ficando claras e límpidas. Leva anos pra se aprofundar na obra do Jung. A obra do cara é uma mina de diamante. Um chamado pro auto conhecimento.

Eu preciso, pra ontem, dosar esses estudos. Eu gosto bastante, mas não trabalho com isso. Nem ganho dinheiro com esses estudos. Eles me servem pra outra coisa. Não vou deixar de estudar. Mas tenho que me lembrar dos outros aspectos da vida.

Sabem, eu possuo uma certa quantidade de dinheiro, que ganhei a um tempo atrás. Meu estilo de vida é bem modesto - não gasto muito, saio pouco de casa, não costumo ir a shopping, restaurante, nem fazer compras. Mas mesmo assim, o dinheiro vai acabar. E quando acabar, eu vou sentir falta dele.

Decidi que vou começar a estudar pra concurso público.

Sei que tem muito concurseiro por ai. Bom, eu tenho uma habilidade natural pro estudo. Posso estudar pra concurso também.

Meu plano é começar a estudar todo o conteúdo básico - que cai em todos os concursos - e ficar observando os que surgem.

Não tenho interesse nos com salário muito alto. Os concursos com salário muito alto são muito concorridos. Esses é pra quem está estudando a 3, 4 anos. Não é meu caso.

Quero então, fazer um plano, afim de dominar todo o básico das provas de concurso.

Também, devo dizer, senhores, que entrei em pleno processo criativo...

Pois é, estou fazendo arte. A coisa está decolando. Não quero parar. Nem que seja um pouco por dia, quero trabalhar na minha composição. Eu acredito no meu trabalho. (preciso ser o primeiro, se não, eu já tinha jogado tudo fora). Estou fazendo algo ambicioso, grande em tamanho, mas acredito que dentro das minhas capacidades. O mais importante de tudo é a regularidade. A constância. Fazer um pouco todo dia. Isso torna o mestre, um mestre.

Observei que me sinto melhor comigo mesmo, quando produzo arte. Acho que isso é um sinal importante de que devo continuar fazendo. Ainda enfrento grandes resistências no processo. Minha capacidade de concentração ainda é baixa. Mas vou ficar melhor.

Ontem sai com minha família. Eu nem sei dizer a quanto tempo não saia de casa. A garçonete era atraente. Eu olhei pra ela. Mas não muito, pra não ser desagradável, incoveniente, pros outros não notarem demais, etc.

Em suma, eu senti que estou mais "excitável", se é que é essa a palavra. As vezes me dá a impressão que uma faísca pode me fazer incendiar, se é que me entendem.

Só não digo que estou louco pra transar porque, pra satisfazer esse desejo assim, a hora que eu quiser, só pagando. Então não é que eu esteja louco pra transar. Eu diria que estou precisando "me forçar" a sair de casa. E a socializar. É isso.

Nosso organismo possui um equilíbrio muito delicado. Ele luta o tempo inteiro pra manter nossa integridade (psicológica e física). Eu acho que estou aprendendo a confiar mais em mim mesmo, na natureza. Preciso, acima de tudo, estar cada vez mais atentos aos sinais. Eu ainda ignoro muita coisa que eu já vi, e já sei o que é.

O intuito é melhorar o reboot, daqui em diante.

Quero pagar a academia, mas eu já tentei tantas vezes engatar a musculação, que penso: "lá vou eu dar mais 90 reais pro dono da academia, e ir só 3 dias pra não voltar".

Me "forçar" a sair de casa. Sabem como é. As vezes a gente precisa de um empurrão, um impulso, uma ação forte. Eu acabei ficando excessivamente introvertido. Mas eu devo compensar isso, ou irei me dar mal depois, isso é fato. A vida é equilíbrio. E nós precisamos de muitas coisas diferentes, pra ficarmos bem. E com frequência, o que mais precisamos, é aquilo que nos deixa mais resistentes!

Vou buscar me manter afastado da internet. E tentar contribuir mais nos outros diários.

Excelente reboot pra todos.

Noussa, mano, que fixe que estás com um monte de projetos na cabeça!

Como vai a jornada?

Siga sempre em frente, meu amigo.

Eu também tenho estado mais afastado da internet, e isso também tem me feito um bem enorme. Há muita distração na internet, e parece-me ser melhor ocupar o tempo com outras coisas mais úteis.

O caminho para os concursos é esse mesmo aí que você citou, mano: começar garantindo o básico, e ir galgando aos poucos os cargos maiores. E então buscar um concurso menos concorrido para poder ter uma garantia pra ficar mais relaxado com a questão financeira e depois, com mais experiência, buscar os concursos melhores.

Segue firme, meu nobre. Torcendo por você.

Abraço!

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29/6/2023, 03:30
Dia 12 do reboot

Eu não precisava postar hoje. Não sei se tenho algo a acrescentar. Mas ao visitar aqui, me deu vontade de dar umas palavras.

Estava no aniversário de um amigo. E lá bebi cerveja e licor.

Bom, eu estava quase que sem beber (raramente). Eu já tive um certo problema com álcool. Embora nunca tenha me considerado um alcoólatra. Sabem, alcoolismo é um problema muito pesado, e pela minha experiência pessoal, nem todos que bebem, ou que possuem algum nível de problema com álcool, merecem ser enquadrados na categoria de alcoólatra.

Provavelmente, alcoolismo é também uma categoria médica - embora o senso comum não fale nesse sentido. Formados em medicina é uma pequeníssima parte da população, então quando as pessoas falam alcoolismo, no geral, não estão se referindo ao estrito quadro e sintomatologia que consta nos manuais de medicina.

Pois bem, não sou alcoólatra, mas bebi hoje. Ponto negativo: álcool SEMPRE me deixa mais fraco. Não tem jeito. Álcool deixa a vontade mais fraca, no meu caso. E não só a vontade, como realmente desregula meu sistema de um jeito muito peculiar. Então amanhã será um dia de risco maior. Dia que pretendo passar na tranquilidade, bem longe de pornografia.

No mais, vontade de pornografia anda a ZERO, graças a Deus.

As neuroses ainda batem. As vezes com força. A neurose é uma possível força propulsora pro vício. Pro neurótico viciado , o vício em pornografia é o próprio sintoma de sua alma dividida, ferida, em guerra.

Como estava em um aniversário, fiquei conversando um pouco com um amigo que encontrei. Ele falou pra eu procurar um psicólogo. Eu já estou em casa. Senti vontade de falar algo pra ele pelo zap, mas depois conclui "isso é totalmente desnecessário, não preciso provar nada pra ninguém". Porém, eu vim postar.

Sabem, eu moro com minha família. Minha mãe é psicóloga. Além do fato de minha mãe ser psicóloga, eu me abro totalmente pra ela, no que diz respeito aos meus problemas e dificuldades. Minha mãe sabe todos os pontos que são difíceis pra mim. Ela sabe em que momentos eu preciso de apoio. Ela sabe porque eu falei pra ela. Se lembrem que as pessoas não são adivinhas. E que se você não comunicar as coisas claramente aos outros, ninguém vai intuir de seu meio sorriso o que você quis dizer. Isso é importante.

Com certeza, minha mãe é a pessoa encarnada que mais me ajuda, na minha vida. Aqui na terra, é sempre ela. Um dia, quando ela morrer, a coisa será outra. São coisas que não me cabem decidir, apenas Deus e mais ninguém. Sobre a hora da morte de cada um. Exclusivamente Deus, e só nos resta aceitar. Mas as vezes eu penso nisso. Fico pensando que quando minha mãe morrer, eu vou precisar de um nível de auto controle. De auto educação. De disciplina. De ordem. De gerência do tempo. Gerência da vida. Vou, literalmente, ter mil vezes mais dificuldades, responsabilidades e tarefas para cumprir. Deus é sábio. Eu ainda sou fraco, imaturo, etc. Portanto, eu tenho o apoio de que eu preciso - minha família.

Pra mim, o reboot é muito mais do que simplesmente parar de ver pornografia. Pra mim, particularmente, é uma missão espiritual. É estar mais próximo de Deus. O reboot é a mais nobre das missões - só quem já esteve na lama do vício vai entender isso. O reboot é realmente a base da minha vida. Sem o reboot, não adianta, nada dará certo. Namorada, um milhão de dólares. Tudo isso equivale a NADA com o vício em pornografia.

Do que adianta dar um milhão de dólares pra um viciado em pornografia? Tem gente que gosta de dinheiro. Mas eu já estive em Roma (sim, Roma, Itália) por 14 dias, e bem uns dois dias eu fiquei trancado no quarto de hotel consumindo porn. Ou vocês acham que o vício vai sumir, apenas porque estão em lugar diferente? O cérebro gosta de novidades, é verdade. Um lugar diferente sempre areja um pouco nossos hábitos. Mas por pouco tempo. Fique em 1 mês em Roma, Paris, Los Angeles ou qualquer lugar do mundo, se for viciado, o vício vai bater na porta, do mesmíssimo jeito que bate na porta aqui no Brasil. Porque o vício está EM VOCÊ. Em nós. Quem ainda acredita que o vício está fora de nós, se ligue.

Pois bem, meu amigo falou que eu preciso de um psicólogo....

É, eu sei que eu tenho sérios problemas (como a maioria das pessoas, aliás). Fosse desse jeito. 99% das pessoas precisariam de psicólogo. O mundo está longe de ser um paraíso. Isso fora o que a gente não vê. Pois é, você pode até sorrir e dar bom dia pro seu colega de trabalho, e ele corresponder com toda a educação. Mas, se não for uma pessoa íntima, quem colocaria 1 centavo apostando na sanidade mental daquela pessoa?

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

No trabalho, uma pessoa super correta, comunicativa, sem problemas. Mas e em casa? Alguém sabe o que essa pessoa faz em casa? E se ela abrir a aba do navegador e ficar consumindo porn, quando chega em casa? Se for todos os dias? Mas ela vai trabalhar no dia seguinte. Vai dar bom dia pros colegas. Como muitos aqui no fórum devem fazer.

Sabem, eu sou muito influenciável pelo externo. E isso é uma "falha", digamos assim. Quis dizer que é algo característico meu, e eu tenho que aprender a lidar com isso. Preciso ser mais confiante comigo mesmo, de modo a não me deixar abalar facilmente por algo que alguém me diz.

Me chama a atenção pessoas que vieram me dar conselhos ao longo da vida. Muitas dessas vezes eu devia estar muito mal, é verdade. Mas é incrível: essas pessoas não sabiam que eu sofria de vício em pornografia. E quando eu falava sobre vício em pornografia, elas não tinham a mínima ideia do que é isso.

Eu já fiz terapia por vários anos. Atualmente não estou fazendo.

Os terapeutas que eu tive foram muito bons. Compreensíveis. Quando eu falei do vício em pornografia (um problema real, recorrente, característico, etc), elas (eram mulheres, quase sempre) entenderam bem. Eu cheguei a instruir meus psicólogos sobre isso. Disse algo como: "se você atender alguém que diz ser viciado em porn, se queixa disso, por favor, leve na maior seriedade. Eu estou aqui pra te dizer o quanto isso me fez sofrer, relatar minha luta pra vencer isso. Não é brincadeira, de jeito nenhum. É inclusive um problema que vai chover nos consultórios dos psicólogos, por ser um problema novo, atual. Pois aprenda comigo. Vício em pornografia: problema real, sofrimento real". Falei algo mais ou menos assim.

Pois bem, minha última terapeuta era pelo SUS. Eu estava morando em outra cidade. Não pagava nada. Atendimento muito bom, e gratuito. Por ser interior, cidade pequena, isso facilita muito, Conversei muito com minha última terapeuta sobre o vício em pornografia.

Bom, hoje eu não estou fazendo terapia por alguns motivos.

Primeiro, que sou "casquinha" e não quero pagar por isso agora. Porque, infelizmente, esses serviços não costumam ser baratos. Também, não é algo que eu preciso urgentemente. Se fosse um problema grave, urgente, claro que eu pagaria. Mas como não é, prefiro não pagar.

O segundo porque comecei a questionar a minha necessidade desse acompanhamento.

Bom, pode parecer arrogante (e talvez seja mesmo!), mas eu creio entender mais dessas coisas do que meu amigo.

Sabem qual é a única pessoa que vai dizer se precisa ou não de tal ajuda? A própria pessoa. Isso mesmo que vocês leram. Quem vai ao consultório? A própria pessoa. Pra chegar ao ponto de irem por ela, é porque extrapolou todos os limites do razoável, e já se encontra em um estado patológico avançado. Mas esse não é meu caso.

Psicoterapia é que nem o reboot.

Dizem que é pra quem precisa. Mas isso não é verdade.

Quantos estão chafurdando na lama? Pensando até em suicídio, por causa do vício? Quantos estão na ruína, por causa disso?

Uma coisa é precisar, senhores. Outra bem diferente é querer. O reboot não é pra quem precisa. Tem milhões de pessoas no mundo todo que teoricamente precisam do reboot. Mas o reboot não é sobre precisar. É sobre querer. São duas coisas bem diferentes. Meu irmão consome pornografia, provavelmente desde adolescente. Eu sei disso. Eu falei pra ele do meu problema e dos prejuízos que o vício traz. Mas o que ele disse: "eu não preciso disso". Que é um jeito de dizer: "eu não quero, não tenho interesse em fazer o reboot". Ao meu ver, não há o que fazer em relação a isso. Insistir seria lutar contra o real. Seria uma conversa infrutífera e fanática entre direita e esquerda. Não ia dar em lugar nenhum. Não ia resolver nada. Só dar em estresse.

O mesmo principio se aplica à psicoterapia, na minha opinião.

Acaba que as pessoas são diferentes. E por serem diferentes, elas precisam de tipos de ajudas diferentes.

Sabem, eu não preciso de igreja. Eu me conecto com Deus em qualquer lugar que eu estiver. Mas outros tipos de pessoas, de personalidade, perfil e gosto diferente, precisam da igreja. Elas não só precisam, como aquilo é realmente essencial pro religari delas. As religiões de matriz africana, o terreiro é muitas vezes na natureza. O templo é o rio, um lugar com árvores e mata, etc. Muitas pessoas ai se encontram, e seria inútil pra elas ir até uma construção, como a igreja. O curioso? É que todas essas pessoas chegam mais ou menos no mesmo lugar. Ou buscam a mesma coisa. Por vias completamente diferentes.

Eu acredito que cada um vai acabar sendo encaminhado de algum modo, pro lugar mais benéfico para ela.

Eu acredito que cada um deve criar o próprio caminho.

Não que os caminhos sejam inéditos. Eu estudo muito psicologia, filosofia e outras coisas. As vezes, quando estudo algum texto do mundo antigo, eu penso o seguinte: "porra. Um indiano de 2 mil anos atrás está me relatando sobre a experiência dele. E veja como é o mesmo dilema que eu enfrento. Muda a época e o lugar, mas olhando apenas o dilema, ele é exatamente o mesmo. E esse cara, de 2 mil anos atrás, me deixou o relato dele, de como ele solucionou isso. Ou seja, temos mais de 2 mil anos de ESCRITA, ou seja, de RELATOS, VIVÊNCIAS, de pessoas como eu e como você, que passaram por mil coisas, e deixaram o conhecimento deles adiante.

O que quero dizer é que já houve muito homem e mulher nesse mundo. Esses homens e essas mulheres já devem ter passado por muitas coisas que eu passo hoje (incluindo o vício). A experiência do passado - dos sábios do passado, no caso - são valiosas fontes de informação, para todas as coisas da vida,

Eu não sou Platão. Nem Plotino, Trismegisto Mestre Eckhart, Jung, Krishnamurti. Eu sou eu. As palavras desses "mestres" são maravilhosas, evidentemente. Mas o meu caminho é meu. Só meu. A propósito, nenhum mestre realmente sério se coloca como "dono da verdade". Ao contrário. Os mais sábios jamais se colocam nessa posição. É exatamente o contrário. Eles orientam, sim, mas recusam qualquer tipo de "autoridade" ou "portador da verdade". Krishnamurti, sem dúvidas um grande "mestre", sempre deixou claro que não era mestre de ninguém, que isso seria erro e ignorância, por mais que as pessoas insistissem em idolatrar ele. As coisas realmente importantes, só uma pessoa pode descobrir: nós mesmos. Não estão nos livros, a escola e a família não vão ensinar.

O caminho só passa a existir quando você começa a trilhar ele. É por isso que não existe uma "fórmula" pra vida. Cada um tem que criar o seu próprio caminho. Acho que isso vale pro reboot também. O ebook é um principio, um ponto de partida.

E só nós mesmos podemos dar esse passo, mais ninguém. É nisso que eu acredito.

Esse post foi só desabafo.

Reboot segue na ordem. Desejo por porn quase zero.

Até a próxima!

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29/6/2023, 21:45
Dia 13 do reboot

Bebi ontem. E me masturbei duas vezes pela tarde.

Álcool quase nunca vale a pena pra mim. Devo considerar a possibilidade de parar de vez, simplesmente. Já que sempre me afeta de um jeito muito negativo. De qualquer modo, eu quase não tenho bebido. Raramente.

Estou no dia 13 do reboot....

Hoje estou fraco. Aliás, meus últimos dois dias foram péssimos, do ponto de vista da harmonia. Eu meti o pé na jaca, sabem.

Quero dizer aqui que essa tentativa não está sustentável. Nem um pouco.

Com o avançar dos dias, uma tormenta mais forte iria me fazer afundar.

É, realmente, eu ainda não estou fazendo por onde com essa tentativa. Não sinto vontade de consumir porn, mas me parece que é questão de tempo pra eu cair.

Porque eu digo isso?

Porque eu mudei muito pouco dos meus hábitos. Da minha POSTURA diante da vida. Da minha atitude perante a minha vida.

Basicamente, estou com 13 dias de reboot, mas sinto que permaneço cometendo os mesmos erros. Isso não vai dar certo.

Amanhã vou na academia. Me matricular e malhar. Eu prefiro fazer algo que é pura saúde (regula a neuroquímica, regula a pressão, o sono, hormônios, melhora a auto estima, a disposição, aumenta os níveis energéticos, fortalece toda a estrutura óssea e muscular). Eu prefiro fazer isso. Do que tomar remédios psiquiátricos. O remédio é mais fácil e prático: basta tomar o comprimido. Mas eu me recuso a fazer essa escolha. O comprimido não traz nenhum desses benefícios, no máximo o primeiro item, e só. (absolutamente nada contra quem faz, eu me refiro à minha vida em particular).

Deus me ajude a vencer esse desafio. Malhar por um tempo.

Deus me ajude, porque é algo muito difícil pra mim. Por ser muito difícil, é algo que eu muito preciso. Sabem, eu não tenho como evitar essas coisas. Se eu não cuidar do meu corpo, eu com certeza vou ter SÉRIOS PROBLEMAS no futuro. Isso pra mim é claro como água. É malhar agora. Pra poupar miséria e sofrimento no futuro. E ainda, os benefícios de curto prazo, que a musculação também possui.

Pra mim é uma escolha pela vida. Sei lá. Musculação é o melhor que eu posso fazer por mim. É o maior gesto de auto amor que eu consigo imaginar, nesse momento. Na verdade, eu recorro à musculação nos períodos de extrema crise. Várias vezes já me matriculei em academia, porque achava que estava perto do surto. E de fato, malhar regulou mesmo meu cérebro.

Bom, hoje eu cometi uma série de erros. Não estou me sentindo muito culpado, mas sei que fui extremamente injusto e cruel, por um motivo fútil. Poderia ter evitado. Mas dei vazão ao meu pior lado.

Eu estou a andar em espirais....porque espirais?

Porque não existe andar em círculo. Cada volta do círculo é uma nova compreensão sobre ele. Há muitos detalhes pra observar, de modo que são necessárias muitas voltas, pra apreender todos os elementos do percurso.

Uma vez que você atinge a maestria e plena consciência dessa estrutura, consegue sair dela.

Vejam, PARECE ser a mesma coisa de sempre. Tudo igual. Um saco. De novo isso? Mas apenas PARECE ser igual. Na verdade mesmo, não é, senhores! O céu muda. Basta ir todo dia no mesmo horário, pra olhar a mesma paisagem. Eu já fiz isso por uns 5 dias, e realmente fica diferente.

Senhores, eu encontrei um caminho espiritual. Que, fora qualquer coisa que esse termo possa significar, implica em auto purificação.

O reboot é elementar, básico, primário, pra qualquer um que queira adentrar um caminho espiritual sério. No vício em porn, as coisas se tornam impossíveis. O vício em pornografia é uma BARREIRA, um IMPEDIMENTO. Uma camada de PORCARIA, que oculta nosso brilho, nossa luz.

Reboot é auto limpeza diária.

E ampliar a visão. Eu preciso urgente desse ponto.

Vou ficar por aqui.

A coisa agora é: tornar o reboot sustentável. Ou faço isso. Ou o barco vai afundar alguma hora.

Até a próxima.

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2/7/2023, 11:35
Indo pro dia 16 do reboot.

Cada vez sinto menos necessidade de postar aqui. Mas ainda me sinto um tanto inseguro nessa tentativa.

Acredito que essa vai ser a tentativa definitiva. Estou me sentindo pronto pra encarar esse processo até os 90 dias. E fazer o que for preciso para me manter firme.

Alguns pontos.

1) fundamental me manter no hard mode pelo máximo de tempo que der. Quero levar isso na maior seriedade. Eu quero experimentar o hard mode. Tanto pra acelerar minha recuperação. Quanto pra lidar com níveis maiores de energia. Embora a pergunta de um milhão de dólares, seja as questões envolvendo os processos energéticos da psique. A energia aumenta com o hard mode, com certeza, mas pra onde ela vai fluir e com que barreiras vai se encontrar, é uma outra questão.

2) preciso socializar. E quando eu digo isso, falo do ponto de vista de um cara que se introverteu a níveis muito grandes. Muito grandes mesmo.

3) preciso superar o ressentimento sexual. Pornografia faz o ressentimento sexual pipocar, mas mesmo sem pornografia, já é um problema que eu possuo desde a minha pré adolescência.

O ressentimento sexual é algo grave, que pode atingir níveis alarmantes. Adoecer e degenerar psiquicamente a pessoa. Trazer muita amargura e desgosto profundo com a própria vida. A pessoa pode também ser tornar um grande babaca, um imbecil mesmo. Ou adotar ideologias extremistas, que chovem hoje em dia na internet. Redpill é uma dessas ideologias, e pra mim sempre foi extremamente claro de como se trata de caras feridos, ressentidos, amargurados, que precisam construir uma falsa imagem do macho alpha para conseguir suportar a mediocridade de quem realmente são. Todas essas coisas me cheiram à doença emocional. (eu também estou doente emocionalmente, ao meu modo, estou em recuperação do vício em pornografia).

Vejo duas possibilidades pra resolver o ressentimento sexual

Um trabalho psicológico ainda mais aprofundado e mais contínuo ainda. Fora seguir no hard mode, já que o vício em pornografia, apesar de não ser o único fator do ressentimento sexual, é um dos mais relevantes. Ressentimento/frustração sexual e vício em pornografia é que nem pão com queijo, ou arroz com feijão. Essa dupla sempre anda junta.  O primeiro passo eu já dei, e preciso dar de novo todos os dias. SEGUIR E GALGAR MAIS DIAS DE REBOOT.

E em algum momento, arranjar uma parceira. Uma amante. Namorada. Ou o que for. Pra ZERAR esse sentimento. Porém, como os sentimentos atuam muito fortemente sobre nós. É muito pouco provável que alguém profundamente ressentido ou amargurado vá arranjar alguém. Porque essa pessoa, que está imersa nesses sentimentos negativos, exala isso por todos os poros. E com certeza, nenhuma mulher vai querer ficar com um cara que emana misoginia, preconceito e feridas sexuais. Quer dizer, até tem essas, mas eu que não me interesso por elas, hehe. A mulher se afasta. Porque sente a negatividade. O macho tóxico acha que a culpa é de quem? Da mulher, claro. Tem muito homem que ODEIA mulher! Em essência e na maior parte do tempo, eu não sou assim, realmente. Mas as vezes, quando a negatividade está muito forte, esses sentimentos e pensamentos equivocados e venenosos vêm à tona.

De qualquer modo, a parte emocional/psíquica vem EM PRIMEIRO LUGAR. Porque qualquer conquista, de qualquer tipo, provém da saúde da alma.

4 ) sigo em processo criativo, porém, aos trancos e barrancos. Eu não quero perder o foco. Não quero acelerar o processo, apenas quero manter aquela velocidade mínima pra bicicleta continuar a andar. Se trata de um projeto de longo prazo. Isso só me faz pensar que é ainda mais necessário manter o lema "Um pouco por dia, fazendo devagar, um dia chego lá".

Considerando o trabalho do artista, tem algumas coisas de suma importância, e que na verdade servem para todas as pessoas.

Organização. Nada como um ambiente organizado pra trabalhar bem. Um ambiente limpo. Acho que a mente funciona melhor, quando o ambiente está limpo, arejado, bem cuidado, etc.

Concentração. Coisa essencial pra se conquistar qualquer coisa na vida. Concentração é ouro, em certas situações, certas profissões, etc. Meus níveis de concentração são baixos pra médio. As vezes consigo elevar a concentração, quando trabalhando, mas por pouco tempo. Eu faço meditação as vezes (tenho em mente em algum momento fazer todos os dias, mas ainda não cheguei lá). Meditação é excelente pra desenvolver a concentração. Bom, concentração também tem a ver com eliminar todas as distrações. Eu ainda peco nisso. Trabalho no computador, vira e mexe vou fazer outra coisa completamente diferente nele. Enfim.

Arejamento da mente. Trabalhar é fundamental, sem dúvidas. Mas tão importante quanto trabalhar, é relaxar do trabalho. Aproveitar o tempo livre. E aliviar o estresse da mente. Isso é realmente essencial e fundamental para certas profissões. Fora que, pra quem trabalha com criatividade, são nas caminhadas sem propósito, livre de preocupação, que as boas ideias fluem. Chamo isso de arejamento. Eu preciso bastante disso.

5 ) ainda não fui fazer exercícios físicos.

Da próxima vez que eu sentir vontade de me masturbar - o que vai ocorrer, se eu ficar no hard mode - vou logo fazer flexões.

Posso fazer exercícios ao longo do dia, se não estou fazendo uma sessão certinha. Antes pouco. Do que nada.

Também, tenho uns amigos que moram perto, que correm e treinam em casa. Vou falar com eles. De repente, juntar com um amigo pra ir treinar pode ser uma ótima ideia.

6) grupos.

Como quero socializar, estou pensando seriamente em entrar em algum grupo. Pode ser um esporte. Um grupo de estudos. Sei lá. Só não digo que pode ser qualquer coisa, porque quero algo afinado com meus interesses. Se eu estivesse apenas me sentindo sozinho, e não me importasse com meus interesses subjetivos, era só entrar em qualquer igreja evangélica e acompanhar o culto. E tentar fazer alguma amizade ou algo do tipo. Mas não sou assim. Preciso pensar em algo que tenha a ver comigo.

Há um grupo de estudos EXCELENTE aqui, ligado a estudos gnósticos. Claro, estudar filosofia antiga, mas em grupo, onde dá pra conhecer outras pessoas. Dá pra conhecer, se interessar por alguém, sair pra se divertir, distrair, etc. Seria unir o útil ao agradável. Eu fiquei muito interessado, porém, ainda estão tentando fechar o grupo. Uma quantidade mínima de pessoas que ainda não foi atingida.

Pensei em entrar em um curso de idiomas. Eu gosto bastante de idiomas. Com certeza seria da maior valia para mim, pra minha vida em geral.

Uma vez busquei também por cursos de teatro. Teatro é maravilhoso. O negócio é que eu não tenho interesse em ser ator, mas apenas em experimentar a ferramenta. Logo não procuro um curso de formação, mas um curso livre, pra qualquer um. Existem esses cursos aqui, eu posso ir atrás deles.

Eu já participei algumas vezes de oficinas livres de teatro. Não 100%, porque todas as vezes eu larguei antes. Posso garantir que para certas pessoas, e para certos tipos de problemas, o teatro pode ser uma cura muito profunda.

Preciso me envolver em alguma atividade em grupo. Isso é essencial pro meu reboot. Isso é pra ontem.

Fico por aqui.

Excelente reboot para todos.

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4/7/2023, 21:02
Dia 18 do reboot

Cheguei aqui me arrastando.

Recai ontem com softcore (não explícito). Ativa o vício. Deprime. Lixo pra mente e pra alma. Porém, menos maléfico do que porn explícito. Softcore é como uma droga leve. Assim eu sinto a coisa.

Acho que o contador tem um efeito psicológico sobre mim. 18 dias. É bastante coisa. Mas reboot com softcore não é reboot. Portanto, se eu recair de novo com softcore, vou resetar o contador.

Bom, devo dizer que minha saúde mental é péssima.....

Eu sou um cara inteligente, tenho bastante conhecimento, etc. Mas minha saúde mental é péssima.

Pornografia tem o poder de me destruir e de me enlouquecer.

Bebo álcool as vezes. Fumo maconha, as vezes. Mas nenhuma dessas duas substâncias tem o poder de me destruir e de me enlouquecer, como a pornografia.

Hoje meu dia foi muito louco.

Eu estou muito louco.

Estou aqui pensando no que vou fazer.

O reboot é apenas o início de uma longa caminhada.

Conforme os dias limpos passam, aumenta a pressão para que eu AJA.

Mas eu não estou agindo, compreendem? Continuo tendo as mesmas atitudes erradas. Isso vai me levar à queda, com certeza absoluta.

Hoje eu basicamente dialoguei com a morte, pela manhã. É sério. Eu estou ferrado da cabeça. Preciso URGENTE mudar algumas atitudes.

Eu na verdade, senhores, tenho vivido de um modo bastante miserável, interiormente. Meu estilo de vida é totalmente doentio, kkkkk.  Faz tempo que eu estou nessa. Inclusive, passei meses sem passar dos 7 dias. Essa meta de 18 dias foi difícil pra mim!!!!!

Contudo, terei que fazer uma escolha.

Tomar medidas enérgicas e reais.

Ou recair em porn mais uma vez. Porque é exatamente isso que vai acontecer, se eu não me mexer.

Sempre fico considerando retornar pra psicoterapia. A questão é que não estou afim de desembolsar essa grana. Faria, se estivesse no limite, mas sempre fico achando que estou conseguindo passar sem esse auxilio (e sem esse custo). Opção é buscar no serviço público - viva o sus. Posso ver isso.  Eu na verdade estou precisando. Estou vivendo de uma maneira bastante absurda, extrema, e claramente doentia.

Fico a pensar que a leis da boa saúde são simples. São coisas que todos sabem. 1 - fazer exercícios físicos 2 - comer bem (frutas e verduras variadas, sem tóxicos e químicos, etc) 3 - ter boas relações (amizade e também vida sexual digna) 4- evitar as drogas (porn é das piores) 5 - ter um propósito e ser útil (encontrar seu lugar na sociedade). 6 - Tomar sol 7 - Lazer.  Etc. Quero dizer com isso que as vezes penso que todos sabem o que fazer. ´Pois as leis da boa saúde são simples. Eu basicamente estou tentando vencer o vício trancado no quarto escuro, totalmente sedentário, passando períodos sem comer nada. E sem interagir com absolutamente ninguém fora minha mãe. Não beijo na boca a 7 anos, mais ou menos. Não tenho noção do que seja tocar intimamente em uma mulher (esqueci, de tanto tempo que passou). Isso não é, nem nunca foi saudável. Eu bem poderia dizer que o ressentimento e a frustração sexual são um câncer dentro de mim. Isso pode, de fato, virar um câncer mesmo, físico, um dia. Muito das doenças tem a ver com as emoções. Alguém que não ama de jeito nenhum. Engole todo o amor. Vive o egoísmo, de um certo modo. E consequentemente a solidão. Fora o ressentimento. E até ódio contra os felizes (Nietzche foi um cara que falou bastante sobre isso). Tudo isso começa nas emoções e nos pensamentos, mas no longo prazo, adoecem o corpo. Viram doença. Eu estou tendo que me debater também com essas questões, dentre outras.

Resumo da ópera: preciso AGORA começar a reconstruir a minha vida.

Reboot, o primeiro passo. 18 dias. Ainda é pouco. A função dos primeiros dias é devolver um pouco o controle, eliminar aquela compulsão violenta e sem medidas. De fato, aos 18 dias eu sinto uma certa sensação de controle sobre o vício.

Mas agora é hora de AGIR.

Minha resistência à mudança está sendo testada, senhores! Acho que é isso o que está a acontecer! Não sei se me sinto bem. Ou se me sinto mal com isso. De qualquer modo, tenho sentido de modo dramático. Uma mistura de desespero e esperança.

Sábado vou continuar uma formação profissional que é do meu desejo.

As vezes eu duvido de mim mesmo, em relação à minha capacidade pra trabalhar com isso. Devido à minha péssima saúde mental.

Mas eu farei o curso. Mesmo que aos trancos e barrancos. Não vou desistir, pois minha vontade de me formar nisso é maior do que qualquer tipo de insegurança.

As vezes, as coisas boas que nós precisamos nos dá medo. Abrir perspectivas, pode dar medo. Uma vida nova: poucas coisas podem dar mais medo do que isso. Porra, eu devo ter um medo grande, imenso, da vida!

Vou seguir nessa tentativa. Sem softcore! Se eu consumir softcore de novo, reseto o contador.

Espero voltar com mais dias de reboot, e com um astral melhor.

Mais dias de reboot estão nas minhas mãos apenas. Volto daqui a uns dias. Não posso prometer nada. Não sei nem quantos fios de cabelo eu tenho, que dirá. Mas Deus sabe.

Excelente reboot para todos.

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4/7/2023, 23:20
Só te digo uma coisa:
Use a dor a seu favor.

Eu tenho uma forma de ver a vida que está funcionando em relação a pmo.
Sem misticismo e sem ilusões.
Só a verdade e a vida. Com tudo o que ela traz.

Peace

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5/7/2023, 09:04
Use a dor a seu favor.

Mensagem essencial, caro Full.

Profunda gratidão por essa resposta.

Indo pro dia 19

Estou a pensar que meu estado de ontem pode ter sido devido à recaída com softcore. Isso me afetou. Porém, passou. Hoje eu acordei normal.

Eu tenho aqui em casa aqueles quadros que as pessoas usam para colar avisos.

Peguei ele e comecei a escrever metas, tarefas, coisas diárias, e missões de vida. Buscando, é claro, sintetizar essas coisas de um modo organizado. Em um dos papeis (acabei por usar mais de um papel, para coisas diferentes), eu escrevi o seguinte.

1 - Fazer exercícios físicos

2 - Arrumar a casa, manter o quarto limpo

3 - Limitar o uso da internet

4 - Seguir o reboot, no hard mode na medida do possível

5 - Continuar meu projeto artístico

6 - Estudar os temas espirituais

7 - Comer. Tomar café da manhã. Tomar banho. Escovar os dentes.

Eu fiquei nesses 7 itens por enquanto.

Tenho outro papel onde coloco as coisas que tenho que fazer no dia. (ir no banco, sair pra tal lugar, resolver tal coisa)

Dai eu coloquei esse quadro próximo à minha cama. De modo que seja uma das primeiras coisas que eu vou ver no dia. De modo que eu sempre possa olhar pro quadro, pra lembrar das coisas importantes.

Comigo isso funciona às mil maravilhas. Recomendo fortemente essa "técnica".

Agora estou a olhar no quadro o item 3. Limitar o uso da internet. Eu retirei o bloqueio total, pois vou fazer um curso online nos próximos dias. Vou ter que ficar acessando a plataforma, etc. Mas eu estou olhando o item 3.

Limitar a internet.1 hora por dia seria suficiente para mim, para resolver tudo. Isso porque geralmente eu não trabalho com internet. As vezes sim, mas na maior parte do tempo, não. Porque eu lembrei disso? Porque olhei pro quadro. Simples e incrível.

Ontem eu acabei por comprar uma pequena quantidade de maconha (sempre pego quantidades pequenas, exatamente para conseguir controlar. Se eu tivesse uma quantidade grande, fumaria tudo de uma vez).

Eu preciso repensar minha relação com drogas. Provavelmente afeta mais do que eu penso. É essencial que eu repense sobre minha relação com a erva. Do álcool eu já estou bem afastado.

A propósito, continuo a utilizar a formulação ortomolecular. Um composto com uma série de boas coisas orgânicas (vitaminas, enzimas, proteínas, minerais). Gaba, COQ10, triptofano, várias vitaminas, etc. Também, utilizando os lactobacilos (as boas bactérias do intestino, que promovem nossa saúde). Uma série de lactobacilos (tem várias espécies de lactobacilos, eles devem se complementar).

Estou me tratando com isso (e com mais algumas coisas) faz uns 3 meses, mais ou menos. Sinceramente, é difícil dizer o quanto senti os benefícios. Realmente, não saberia dizer. Ruim não é. Ao contrário. Com certeza absoluta é coisa boa. Eu não vivo de forma saudável o suficiente, pra estar quimicamente suprido. Então com certeza ajuda. (apesar deu não conseguir apontar o resultado, sentir claramente o efeito disso, etc). Também, quero buscar algum especialista em fitoterapia. É uma área muito ampla, com muito potencial. Encontrando um fitoterapeuta, eu com certeza me consulto com ele.

Vou tomar banho agora. Está frio aqui, e isso com certeza está me fazendo resistir, hehe. Sem chuveiro quente. Mas fazer o que? Vou ter que tomar banho.

Depois, vou sair. Ir na farmácia fazer uns compostos pra mim. Ir na praia, mas não sei se vou entrar na água. O frio está demais. Visitar meu pai. Que não é um cara perfeito, mas é o único pai que eu tenho.

Nos próximos dias me dedicar ao curso.

Acho que eu senti pesado os efeitos da droga leve do softcore. Putz. Foi praticamente uma recaída. Mas acho que posso continuar, retornar o controle, depois desse deslize. Na próximo, zero o contador e pronto.

As vezes penso sobre meu rumo profissional. Estou perdido em relação a isso. Quer dizer, estou fazendo um curso de formação (que ainda tem outras etapas além dessa). Eu tenho uma área, compreendem? E eu amo essa área. Moro com minha família e sou bancado por eles. Ganho pequenas quantidades de dinheiro, com trabalhos ocasionais (que utilizo pros gastos mais pessoais). Só em não pagar aluguel já é uma vantagem. Há pessoas que precisam muito da independência financeira, precisam sair de casa dos pais de qualquer jeito, ou simplesmente se sentem mal em ser bancados.  Há pessoas que precisam e necessitam ganhar dinheiro por conta própria (mesmo que tenham todo o básico). Ou que são ambiciosas materialmente (buscam grandes rendas e posses). Deveríamos respeitar todos os tipos de pessoas (nem sempre é assim, e reina muitas vezes a incompreensão, a intolerância e a discursão no sentido negativo). Mas eu não sou desse jeito aí. Claro que eu desejo essas coisas um dia (ganhar meu dinheiro e me bancar com meu trabalho) mas eu não me incomodo por AINDA não estar lá. Fora que minha relação com minha família é bem boa, no geral (tem seus problemas, eventuais brigas, mas tem muito amor e acolhimento também. E esse amor e acolhimento é verdadeiro e profundo. Coisa que eu não consegui me dar, quando morava sozinho, percebam. Esse amor acaba por superar as brigas e as discursões menores). Auxílio fundamental e essencial.

Nossos sonhos (metas profissionais, por exemplo), dentre outras coisas, são coisas que levam TEMPO. MUITO TEMPO.

Vai ser MUITO INVESTIMENTO, meus amigos, antes de ter um bom retorno! Eu acho que essa é que é a verdade. Isso é pra tudo na vida, mas eu estou a pensar em atuação profissional.

Vou ficar por aqui.

Hoje estou com um astral melhor do que ontem.

Essa pode ser a minha tentativa definitiva.

Excelente reboot para todos.

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5/7/2023, 15:29
Fala bro.

Queria te agradecer pelos comentários em meu diário e gostaria de te ajudar agora, mas mal consigo raciocinar depois de gastar tanto a minha energia com futilidade, vou continuar te acompanhando e se eu tiver algo a acrescentar eu compartilho aqui.

Força na batalha!

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7/7/2023, 09:09
Grato, Drew. Estamos aqui para ajudar uns aos outros, pois temos um propósito e objetivos comuns, mesmo com todas as outras diferenças. E quanto mais livres do vício estivermos, mais forte e efetiva será nossa ajuda. Eu tenho o sonho de ficar LIVRE do vício, e ser uma ajuda forte pros outros, aqui no fórum. Juntos somos mais fortes. É uma frase clichê, mas é verdade. Pra isso, é preciso ter um propósito comum, coisa que nós temos, e bem firmado. Estamos aqui para vencer o vício, e ajudar qualquer um que queira vencer o vício, seja quem for.

Dia 21 do reboot

[ use a dor a seu favor ]. Eu preciso cultivar, lembrar, compreender melhor essa frase. É uma chave pra mim nesse momento.

Ontem pela manhã, me invadiu uma súbita luz divina, e eu fiz minha meditação e minha oração, imediatamente. Não resisti ao chamado.

Louvores e hinos à Deus são bonitos, mas é preciso sobretudo as obras. Não é só com coisas bonitas que se resolvem as coisas. E a obra é pessoal. Por exemplo, vencer o vício. Vencer o vício é a verdadeira prova de amor à Deus que eu posso dar.

E o que está acima do amor à Deus, o criador de todas as coisas? Portanto, o que está acima do reboot? Será que deixar de consumir pornografia é um preço alto, para conquistar meu equilíbrio, felicidade e harmonia? Putz! Daria pra dizer até o contrário: é um preço baixo, baixíssimo, pra recuperar a alegria de viver!

O vício em pornografia tem tudo a ver com o egoísmo. É tão grande o mundo. E somos nele um grão de areia. Os seres humanos são apenas 1 das milhões de espécies de bichos que existem. E eu, 1 individuo no meio de bilhões de outros indivíduos, de espécies variadas. Cada um deles com um DNA único. Quando estamos mergulhados no vício, sequer conseguimos ver esse quadro. Um viciado em porn poderia estar no topo do universo, a contemplar as galáxias. Estivesse com uma tv em alta qualidade, e com internet, e iria se acabar na masturbação. Por mais maravilhosa que fosse a vista à sua frente.

Portanto, vencer o vício envolve um certo altruísmo. O universo deixa de girar em torno do nosso umbigo. E alguém que não esteja disposto a entender essas coisas, dificilmente irá pra frente nessa batalha.

Pois bem, ontem tive um dia ok.

Pela tarde, me aconteceu uma desarmonia. E eu logo compreendi que minha reação tinha uma origem claramente infantil.

Continuo estudando psicologia. Comecei a ler um livro do Freud (o mal estar na civilização). Porem, não me identifico com o Freud. Mesmo que tenha sido um pioneiro. Um cara extremamente ousado pra sua época. Seu trabalho revolucionou o tratamento das questões mentais na área da saúde. Mesmo com todos esses méritos, minha identificação com seu pensamento, suas premissas, sua ideologia, é quase zero. Eu sigo outras linhas, não a freudiana. Porém, estou lendo um pouco do Freud, apenas pra ter uma noção. Já que quase todas as psicoterapias modernas partiram da obra do Freud como princípio. Até a terapia cognitivo comportamental - bem científica e pragmática - começou a partir das reflexões sobre a psicanálise.

Bom, estou falando essas coisas pra dizer que aquele papo de "curar a criança interior". Não é coisa de "jovem místico". É realmente verdade. Muitos dos comportamentos compulsivos, auto destrutivos, vícios, etc, possuem uma clara e óbvia origem infantil.

Eu senti essa dor ontem. Da minha criança interior. Senti vontade de beber. Mas pensei: "porra. Vou continuar reagindo desse modo? Continuarei preso a comportamentos e reações infantis? Mesmo que eu já tenha recursos e conhecimento para não acontecer isso? Eis um impedimento para meu crescimento: a repetição do comportamento infantil. Essas coisas tem a ver até com o vício em pornografia, evidentemente". Foi o que pensei.

Fui pra casa, tentei ficar tranquilo, mas acabei indo beber pela noite.

Bebi uma quantidade super ok. Bebi muita água. Acordei com uma ressaca leve. Bem leve mesmo. Perfeitamente manejável.

Mais algumas coisas.

Eu tinha dito que precisava fazer psicoterapia. Sim, eu precisava mesmo. Mas por outro lado, eu adquiri os meus próprios recursos de auto análise. Consigo fazer, em parte, o trabalho psicológico por conta própria. Não exatamente psicoterapia, porque psicoterapia sempre envolve um outro. Envolve duas pessoas, portanto, uma troca e um encontro. Mas eu consigo sim, fazer uma auto análise relativa, por conta própria.

Também, ontem conheci uma menina. Bom, a conheci rapidamente e tal, mas eu senti bons níveis de desejo e tesão real. Eu fiquei afim dela, mas não deu pra interagir muito, ela não é daqui, etc.

Eu estou um pouco ansioso. Não pra transar. Mas pra interagir no mundo. Sentir o cheiro da pele de uma mulher, de perto - seja numa interação social, numa festa, dança, etc.

Eu estou louco pra arriscar dar em cima de alguém. Transar "ao natural", digamos assim. Sem pagar pra isso. Me arriscar. Dizer quem eu sou. Confiar em mim mesmo, nas minhas habilidades. Vencer meu medo e o frio na barriga. Ouvir, respeitar, olhar no olho, ser um ser humano igual à quem está na minha frente. Uma mulher, mas antes de ser mulher, uma pessoa. Com sentimentos, desejos, inseguranças como eu. Beijar na boca uma mulher, de livre e espontânea vontade dos dois. Eu quero pagar o custo pra transar, o custo emocional. Vencer o medo, e não pagar 200 reais, pois isso não me faria crescer. Sair da porra do meu isolamento. Dar minha luz pro mundo, e meu corpo pras gatinhas legais e interessadas, hehe. Acho que são essas as coisas que eu mais preciso. São as que iriam proporcionar maiores níveis de cura pra mim. Vencer o isolamento e meu egoísmo é meu maior desafio. Pra isso, o reboot primeiro. Chega de fazer meu prazer girar em torno de punheta. Isso é o cúmulo do egoísmo em seu sentido mais negativo! Agora chego a pensar que é ridículo, sendo o mundo tão grande, e o prazer tão imenso. A maravilha da relação, até de transar e ter um orgasmo mesmo! Mas não só isso! Muito mais do que isso. Só conversar com um amigo diante de uma paisagem bacana, por exemplo. Mas olhando no olho dele. Sem ter a porra da vida dupla do vício! Nós trocamos isso por prazer com punheta? Eu sei que eu fiz isso por longos anos na minha vida. E não desejo, realmente, julgar quem faz isso. Mas agora tudo isso me parece absurdo e surreal, senhores!!!! Trocar o GRANDE PRAZER DA VIDA por punheta!

Façam o quanto antes sua escolha. Avaliem o esforço necessário. Sejam realistas, acima de tudo. Mas pra quem tiver compreendido tudo, não perca mais tempo com pornografia!!

Decidi que vou levar no hard mode. Vou corrigir o que for preciso, pra buscar o hard mode.

Uma vez pesquisei sobre a retenção seminal, seus efeitos, etc. Não encontrei muita coisa. Só informações esparsas e diversas. Mas há material sobre isso na filosofia indiana. Há uma classe de monges celibatários, que não se masturbam, nem fazem sexo. Bom, eu não quero ser celibatário, de jeito nenhum!!!!! Mas eu gostaria de pesquisar sobre o hard mode. Sobre o significado e implicação de não ejacular. Que tipo de implicação isso tem. Sei que existe material sobre isso na filosofia indiana, só seria difícil encontrar a referência e os livros!

No mais, preciso parar de me preocupar sobre dinheiro, emprego, etc. Eu me cobro demais. Realmente, demais mesmo. Mas eu estou seguro. Estou com minha família. Temos uma relação boa, de confiança. Eu estou em processo de recuperação. Não preciso ficar aflito por nada, essa é a verdade.

Eu finalmente cheguei a um tema perfeito para o projeto de mestrado.

Vejam bem, eu sou um tipo intelectual. É a minha habilidade, meu talento. Se é o que eu sei fazer de melhor, porque não trabalhar com isso? Mas tem outros fatores envolvidos nessa jogada.

Eu me tornei uma pessoa muito unilateral, do ponto de vista do pensamento. Eu achei que com o conhecimento apenas, conseguiria dominar e vencer na vida. Porém, eu quebrei a cara. As coisas não são assim senhores. Precisa-se de várias coisas para ficar bem. Alguém, por exemplo, que quer dominar tudo pelo dinheiro e pelo material. Se for exclusivamente assim, dinheiro. Essa pessoa vai se dar mal. Vai ser rica e ter tudo (de material, hehe). Mas talvez já não tenha a atenção e o afeto de sua família. Já que ele esteve longe, trabalhando. Deu tudo, menos a sua presença e as coisas imateriais. Compreendem o que eu digo? Outra forma de unilateralidade: se entregar à paixão. Conhecer alguém ótimo, show de bola, incrível. Linda relação, muito sexo, amor. Mas viver isso ao máximo, a que custo? Ao custo de sua vida pessoal, e de seus planos pessoais? Disposto a qualquer coisa, coisas não razoáveis? São formas diferentes de ser unilateral - uma atitude fechada, exclusiva e enviesada diante da vida. 1) querer dominar tudo pelo intelecto 2) querer dominar tudo pelo poder material, pelo dinheiro 3) querer dominar tudo com intensas paixões. Quem estiver no extremo dessas situações, está em maus lençóis, em termos de saúde emocional!!!!

A unilateralidade da vida leva à tragédia, senhores. Por unilateralidade, eu quero dizer: uma atitude de vida muito fechada, exclusiva e viciada. Levando em conta apenas um ponto, ou um viés. Isso dá ruim! Muito ruim!

Por ter me tornado viciado em racionalizar as coisas, eu fiquei com medo da universidade. Por ser exatamente o lugar onde as pessoas mais são assim, e onde essas coisas são cobradas. Eu no fundo fico a pensar que preciso me tornar uma pessoa mais equilibrada. O equilíbrio seria corrigir as unilateralidades. Sem dúvidas preciso corrigir isso, para conseguir trabalhar com o que eu quero. Se um dia eu pensar em transar com a Virginia Woolf. Ou em transar com um livro dela. E olhar pra minha cama e pensar: "tem 10 anos que uma mulher não deita na minha cama. Só tem livros aqui. Veja como é bonita a Virginia Woolf e essa narrativa. Vou transar com esse livro". Ai eu terei enlouquecido e irei direto pro hospital psiquiátrico. Pós doutorado não iria fazer diferença alguma na minha ruína mental - e de fato existe essa classe de doentes da cuca, os com muito conhecimento e estudo. Claro, isso foi uma caricatura absurda, mas não é uma metáfora tão distante assim de quem eu me tornei ou poderia me tornar, caso eu não cuide da minha saúde mental.

Bom, eu cheguei a um tema perfeito de pesquisa. Possível. Excelente. Agora me resta a decisão final, se é isso mesmo que eu desejo ou não. Tecnicamente, quanto antes eu fizer o mestrado melhor. Pois a tendência é que as coisas compliquem mais com o passar do tempo.

Preciso me encontrar profissionalmente. Eu ainda não me encontrei plenamente com meu propósito. Nem encontrei meu lugar no corpus social. Sempre é tempo de aprender.

Fico por aqui.

Estou feliz com mus 21 dias.

Volto com mais notícias.

Até a próxima.

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7/7/2023, 11:34
Salve, ilustre Aliócha!

Parabéns pela marca, meu amigo. Segue firme com essa pegada!

Muito profundas suas reflexões! 👏🏽

Que bom que conseguiu encontrar um bom tema para o mestrado. Pelo que você escreve, de fato isso parece fazer muito bem a você.

Torcendo por você. Abraço!

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8/7/2023, 21:15
Dia 22 do reboot

Dias de curso. Ocupado hoje e amanhã, o dia inteiro. E com tarefas pra fazer, afim de concluir mais uma etapa de minha formação.

Vou deixar apenas uma frase de um cara chamado Carl Rogers. Um conhecido e importante psicólogo norte americano. Nunca li nada dele, mas tenho interesse. A frase é a seguinte:

“o paradoxo curioso é que, quando me aceito como sou, posso mudar”.

Uma frase que eu achei absolutamente espetacular. Simples. Mas profunda. Quem tiver entendido isso até as últimas consequências, certamente está pronto para largos passos no reboot.

Depois eu posto mais.

Até a próxima.

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10/7/2023, 22:23
Dia 24 do reboot

Hoje me masturbei uma vez. Eu podia ter resistido. Eu tenho o intuito de seguir no hard mode, mas em termos efetivos, estou fraco nisso.

Pela manhã eu senti uma "brisa" espiritual muito boa. Mas não aproveitei pra meditar. Sabe, as vezes me bate uma inspiração, o chamado da oração e da meditação. São coisas boas, evidentemente. Da maior e mais fundamental importância, pra quem sabe fazer do modo correto. Recebemos o chamado - uma voz interior, saudável, correta, que nos diz o que devemos fazer. Mas infelizmente, nem sempre cumprimos. E eu não cumpri hoje.

Não seguir a nós mesmos e nossa voz interior. Duvidar dela. Não confiar. Ter medo de obedecer. Talvez obedecer a voz de outra pessoa . Muitas vezes estar em tal estado de confusão que sequer conseguimos ouvir essa voz interior. Essa é a razão e motivo básico da tragédia das pessoas.

A tarde fiz umas coisas que tinha que fazer, mas não saí de casa. Produtividade baixa.

Pela noite eu fui no mercado e comprei "porcarias". Alimentos pouco saudáveis.

Um pouco antes de comer, eu já me arrependi. Minha mãe tinha feito sopa. Sopa é saúde. É vida. Sopa alimenta e deixa o corpo forte, feliz. Já salgadinho, cheio de sal, aditivos, etc. Só é gostoso, mas não deixa o corpo feliz. Ao contrário. Deve entristecer ele. Acabei comendo, porque conclui que era isso mesmo que eu queria, mesmo não sendo algo saudável.

Finalmente, em uma breve reflexão. Eu senti que eu estou profundamente triste com a minha vida. Essa é a verdade. (e não foi o alimento que me deixou assim. É uma tristeza proveniente do jeito equivocado com que tenho conduzido a minha vida).

A primeira coisa que me veio na mente é que eu não transo nem beijo na boca a 7 anos.  A sensação é que eu tentei matar uma parte de mim ao longo dos últimos 20 anos, e não tendo conseguido o assassinato, essa parte está internada, precisando de cuidados intensivos.

Isso é o suficiente pra me deixar triste. São coisas fortes - "eu tentei matar uma parte de mim mesmo, de forma reiterada". Pois sem sombras de dúvidas, eu ignorei e deixei de fazer as coisas que eu realmente queria. Durante a maior parte da vida. São quase 20 anos de auto anulação, senhores. A auto anulação por tanto tempo me deixou desesperado para fazer o que eu sempre quis fazer. O que ignoramos não desaparece, apenas saí da vista pra reaparecer depois - é assim que funciona em termos psicológicos, e isso pode ser constatado com simples observação pessoal. Logo, eu estou tendo que lidar com quase 20 anos de sentimentos que não foram expressos. Felizmente, parece que eu sai da fase do afogamento, pois consegui chegar até aqui no reboot. Agora sim, eu vou ter a força necessária para resolver a minha vida.

Isso tem sua validade e sua razão de ser. Mas é preciso ir mais fundo no questionamento da minha tristeza. Muitas e muitas coisas podem surgir nessas reflexões. São muitas, muitas camadas. Muitas coisas juntas e associadas. As vezes coisas completamente contraditórias. Portanto, não estou a falar de uma coisa apenas (não tenho vida sexual). Estou a falar de uma mistura intensa de variados sentimentos e situações. Que interferem em todas as áreas da minha vida.

Eu tenho uma noção boa do meu quadro psicológico interior.

Posso dizer que sinto MEDO de seguir meu caminho profissional. O MEDO nos deixa escravos. Ser escravo leva à infelicidade. Não realizar os nossos sonhos, porque fomos dominados pelo MEDO. Isso me parece suficiente pra tornar alguém infeliz. Não, eu não quero isso! Deixar de brilhar e de contribuir pras pessoas com o meu melhor porque tive medo.

O oposto do medo é a CORAGEM. Então, eu preciso da CORAGEM pra combater o medo.

Também, posso dizer que após anos e mais anos de "fracassos", especialmente no quesito amoroso. Eu desisti, por assim dizer, de muitas coisas. Fracasso após fracasso me levou a um estado de desesperança.

O oposto da desesperança é a ESPERANÇA. Eu preciso resgatar a ESPERANÇA.

Ainda em relação ao meu problema "sexual". Bom, pode haver mil e um motivos pra alguém não conseguir se conectar com o seu próprio desejo. Eu particularmente me sinto desesperado, quando sinto que estou queimando por dentro, mas não consigo me conciliar, encontrar, fazer as pazes e dizer SIM ao meu desejo. Ainda mais que as vezes a coisa é forte. O tesão as vezes é alto, isso pra não falar do amor. Eu já estrangulei violenta e friamente muitos amores (dentro de mim, hehe). O esforço para contrariar o próprio desejo é IMENSO. Ter vivido assim durante a maior parte da vida me deixou exausto.

Esse é um problema de muitas camadas.

Cada vez mais percebo que problemas emocionais são intricados, complexos, interligados. É mexer aqui, pra surgir outra coisa ali. As vezes algo diferente, inesperado, sem aparente conexão com as coisas anteriores. Eu já lido com as várias camadas desse problema a algum tempo. Já passei por várias etapas.

O ponto importante em que me encontro agora é PARAR DE RACIONALIZAR AS COISAS. E acima de tudo, SENTIR.

Sabem, a ciência, o modelo cartesiano, etc, tudo isso são coisas importantes, fundamentais, que trouxeram muitas coisas boas pra humanidade. Eu não nego o valor, a utilidade da ciência. Não mesmo.

Mas a questão é que a ciência só diz respeito a uma parte do ser humano. Àquela parte racional, material, que pode ser verificada pelos parâmetros científicos. Perfeito, porque essa parte realmente existe! Mas a coisa é que não é apenas esse lado que existe.

Existe um lado simples das coisas. Um lado Intuitivo. Que não precisa de grandes técnicas, grandes conhecimentos, nem intensa pesquisa. Pra algumas coisas, não são necessário aparelhos complicados, nomes estranhos, nem arcabouço teórico. Em alguns casos, aplicar a lógica cartesiana não leva a lugar nenhum. Há um lado das coisas que não é material. Existem coisas que não podem ser alcançadas por esses métodos.

Nem tudo se explica pela razão, amigos. Pra mim é mais do que evidente que existem coisas que a lógica e a ciência nunca vão conseguir explicar e alcançar. Algumas portas estão fechadas para quem se orienta exclusivamente por esse viés.

O pior é quando o excesso de racionalidade atrapalha. E onde atrapalha? No SENTIR. Pensar demais atrapalha o SENTIR.

Em suma, eu apenas preciso SENTIR MAIS. E pensar menos. Essa é uma questão básica, essencial pra mim. Me conectar ao meu sentimento. Afastar a lógica e a razão. Isso é o que vai me salvar da tragédia, senhores.

Preciso me des condicionar dessa atitude diante da vida. Esquecer todos os livros que li. Ser o mais simples possível. Sem teorias.  As coisas que me trariam maior satisfação e felicidade, são coisas extremamente simples, amigos! Percebam como é irônica a vida. Eis uma frase de Clarice Lispector: "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho".

Eu quero trabalhar pra ser simples.

A natureza e suas leis são simples. A mente e a racionalização atrapalham o entendimento de certas coisas. Muitas vezes é só parar e observar. Apenas sentir. Sem teorias, justificativas, questionamentos. Eu desejo fortemente trabalhar esse aspecto meu. Isso seria uma chave para minha felicidade. De um certo modo, não há o que ser buscado - isso é um vício da mente racional, ficar buscando, procurando, fazendo associações, etc. Não é sobre buscar. É sobre parar e ver.

Parar e sentir. Simples. Isso pode ser o remédio para muitos males.

Me faria bom interromper quaisquer leituras que sejam. Eu sou daqueles que lê até bula de remédio, hehe. Mas trocar essa lógica. Experimentar outro modo de estar na vida. Outra forma de compreender as coisas.

Pra finalizar esse tema, li em algum livro (agora não lembro qual) uma história que contava sobre um grupo de europeus na áfrica. Eles estavam bem no interior do continente, em um lugar tribal (isso a mais de 100 anos atrás). Tiveram contato com os povos nativos, ocorrendo tudo bem. Estavam lá para fazer pesquisa. Um dos europeus fala algo sobre o pensar, para o nativo. Aponta para a própria cabeça. O nativo então fica surpreso. E pergunta: "vocês pensam com a cabeça?". O europeu, surpreso, responde: "sim ué. E vocês, pensam onde?". O nativo africano ri do europeu. "Vocês europeus são loucos. Não sabem o que é pensar". Então ele apontou para o próprio peito, pro coração. E disse "nós aqui pensamos com o coração".

Nenhum dos dois lados está certo ou errado. O europeu cultivou a racionalidade e a ciência. Já os nativos africanos citados cultivaram outras coisas. Não possuem o mesmo nível tecnológico dos europeus. Mas certamente, não devem sofrer de neuroses, doença que atinge boa parte da sociedade europeia. Difícil pensar em problemas sexuais, onde as pessoas estão mais conectadas com seu lado instintivo e natural. Até com o próprio ritmo da natureza - dia e noite, estações, cheia e vazante dos rios, etc. Nesse lugar, os métodos do Freud se mostrariam inúteis, completamente desnecessários. Freud teria que trabalhar como caçador ou artesão, se quisesse ficar num lugar desses. Na europa ele ficou rico e famoso, já que chove neuróticos, histéricos, paranoicos, viciados em pornografia, cocaína, etc. Tudo isso são coisas da chamada "civilização". São males que certas populações desconhecem. Não estou falando que esses lugares são bons - com certeza eles tem os problemas típicos deles. Apenas que possuem problemas diferentes.

Eu não acho que há nada de errado na racionalidade. Ou na irracionalidade. Eu vejo problema no desequilíbrio. O grande problema é ir pra um dos extremos. Eu fui pra um deles. Isso atrapalhou MUITAS coisas ao longo da minha vida, incluindo simplesmente curtir beijar uma gata e transar na paz com ela. Eu não tenho como ser feliz sacrificando uma parte de mim, em prol da outra. Devem ter pessoas que fazem isso, mas essa loucura aí não é pra mim.

Tudo isso vai dar no problema da conciliação dos opostos. Um problema filosófico do maior interesse. Mas eu vou buscar deixar a filosofia especulativa de lado. Agora eu quero a filosofia do sentir e do viver, que é simples, e é acessível a qualquer um.

Escrever me deixou melhor. Eu pensei em várias outras coisas, mas escrevi o básico e essencial.

Preciso investigar mais e melhor a minha tristeza. Ela é um sinal. Algo em mim está gritando por atenção.

A tristeza que sentimos pode ser como um guia, uma luz, que nos indicará do que precisamos.

A dor que sentimos pode ser compreendida, ouvida, e disso virá uma linda lição.

A insatisfação. A frustração. Tudo isso PODE ter um sentido positivo. Existe uma atitude positiva diante dessas coisas. Eu tenho consciência de que existe essa possibilidade. Ocasionalmente ajo desse modo - quando estou bem, quando estou no meu melhor.

Mas nem sempre estamos bem. Há um tempo para cada coisa. Um tempo para ignorar. E um tempo para ouvir. A vida é dinâmica e não é nada linear. É incrível e lindo como as coisas são. Apesar de tanto sofrimento que existe por aí.

Que possamos fortalecer nossa fé.

Jamais confundam as coisas como estão agora. Com as coisas como elas são.

Sempre virá um dia de sol brilhante pra nos alegrar (falo isso com tristeza agora, afim de lembrar da realidade das coisas). De fato, virá o sol, eu irei na praia e me sentirei contente. Todas as tempestades passam. Na verdade, todos os estados (alegria, tristeza, satisfação, insatisfação) passam. Feliz de quem vive no presente. Pois apenas a realidade nos dará real satisfação. A luta pra mim é pra me adequar à realidade, e às suas leis. E é grande, linda e generosa a obra do mundo. Muito amor. Quero continuar rumo à essa compreensão. Reboot é essencial pra minha vida.

Espero que estejam bem. E se não estiverem, que melhorem. Firmeza nesse barco.

Vou ficar por aqui.

Até a próxima.

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12/7/2023, 01:43
Dia 25 do reboot

Caros amigos. Eu estou em uma fase muito importante, essencial e fundamental da minha vida.

Poderia falar mil e uma coisas. Um textão bem longo. Vou escrever um texto longo, provavelmente. Mas o essencial vai ficar na próxima linha.

O momento extremamente especial que eu estou vivendo na minha vida, nesse exato momento. É deixar a pornografia para trás. Deixar a pornografia para trás. Um dos passos mais importantes da minha vida. Isso é um ritual, uma passagem. Os próximos 3 meses serão extremamente essenciais e especiais pra mim. O reboot é a melhor coisa que já ocorreu na minha vida.

Reboot: uma oportunidade MUITO, MUITO ESPECIAL. Profundamente essencial. Uma LINDA, INCRÍVEL e BELÍSSIMA oportunidade que Deus me deu. E que eu não quero largar.

É isso. O essencial do meu post já foi dito.

Eu não orei hoje. Eu não vou conseguir vencer, se não me entregar à Deus. O reboot é a maior prova de amor à Deus que eu posso dar.

Orações, meditações, estudos, louvores. Tais coisas não teriam valor algum, caso eu simplesmente resolvesse recair com pornografia. Compreendem o que eu digo?

O reboot é muito mais importante do que as orações ou as meditações. Esse é meu verdadeiro teste de fé. Devo orar e meditar pra compreender a fundo a lição do vício, e por fim, SUPERA-LO.

O reboot é uma prova de amor à Deus. E o que é mais importante do que o amor à Deus?

Parar de ver pornografia é um preço alto para conquistar minha liberdade? É o contrário!!!!!! É um preço BAIXO, MUITO BAIXO pra conquistar minha vida de volta! Minha alegria e vontade de viver. É UM PREÇO ABSURDAMENTE BAIXO A PAGAR, PARA SER FELIZ! A vida é feita de tal modo que só compreendemos esse fato A POSTERIORI. 2 ou 3 meses atrás eu não tinha essa compreensão! E ainda, posso esquecer isso!!! (recair e ficar na lama). Escrever, escrever pra gravar, pra marcar, pra registrar. Escrever pra não esquecer. Escrever pra crescer, pra compreender melhor! E ajudar os outros! Confiem nas minhas palavras: O REBOOT É UM PREÇO ABSURDAMENTE BAIXO A PAGAR, PARA SER FELIZ. E que Deus os ajude a atingir essa compreensão.

Senhores, o vício em pornografia é um vício de quem ainda não cresceu, de quem não é adulto no sentido pleno da palavra. Em termos emocionais, e não simplesmente cronológicos. (tem gente de 50 anos, casado e com filhos, dono de empresa, que é viciado em pornografia). E eu não quero colocar nenhuma conotação negativa em "não crescer". Cada um é cada um. Não se comparem aos outros. Cada um tem o seu rolê. O crescimento depende muito de cada um. Alguns ficam como crianças a vida inteira. Eu gostaria de não julgar ninguém. Cada um que deveria saber de si. Tento seguir essa lógica, com meus erros e falhas, já que não sou perfeito.

O vício em pornografia é um vício de quem ainda não cresceu.

40 dias atrás eu estava afundado completamente na punheta. Não conseguia ficar 5 dias sem essa porcaria. Eu devo ter levado entre 6 meses e 1 ano na lama.

Deve ter quase 1 ano que eu não chego aos 25 dias.

O ponto que eu quero chegar é o seguinte.

Essa tentativa significa para mim, a minha passagem para a vida adulta.

Isso é sério.

O reboot pode ser uma das mais lindas passagens de minha vida.

Me livrar da pornografia. Isso iria me tornar, realmente, um adulto. No sentido pleno da palavra.

Eu estou na transição, senhores. Aos 31 anos de idade.

31 anos de idade. Deixando de ser um garoto punheteiro. Pra ser um adulto.

Esse é um dos momentos mais importantes da minha vida.

Os próximos 65 serão os dias mais importantes da minha vida.

Largar a pornografia é a coisa mais importante da minha vida. Não duvidem disso.

Eu quero crescer.

Cansei de ter reações infantis. Nada contra as crianças e adolescentes, mas eu não desejo mais me comportar, emocionalmente, como eles.

Cansei de tratar mal a minha mãe. Uma pessoa que sempre esteve do meu lado. E que hoje me falou palavras absolutamente abençoadas. Quando meus pais morrerem, a dor será grande. A falta será grande. Isso é certo. Quando meus pais morrerem, eu irei sentir no coração a falta deles. Portanto, nada mais justo e digno do que agradecer a eles por tudo. Pois, bem ou mal, eu estou aqui.

Se eu culpo eles pelos meus problemas.....

É porque eu ainda não cheguei nos 120 dias de reboot.

Eu simplesmente JÁ TENHO OS RECURSOS SUFICIENTES PRA COMEÇAR MINHA VIDA ADULTA

Uma recaída agora seria PURA MALDADE. Vocês compreendem o que eu digo?

Temos de fato, um lado maldoso em nós.

Mas eu não quero fumar crack. Nem pegar uma arma de fogo e matar alguém. Ser preso. Viver uma tragédia.

Também não quero passar o resto da minha vida sem transar. Sem nunca namorar. Eu não quero me blindar contra o amor. Me blindar contra o amor quase me levou à ruina.

O maior investimento que se pode fazer na vida....

É amar, amar cada vez mais. Isso vale mais do que todo o dinheiro do mundo.

Pra isso, o reboot primeiro.

O reboot é a coisa mais importante da minha vida. Isso é a mais plena e autêntica verdade da minha alma.

Eu vencerei.

Foda-se porra de pornografia.

Eu quero é viver e amar. Só conseguirei isso com orações.

Vai ser preciso muito amor. Porque foi muito grande o desprezo. O ódio anda extremamente disseminado nos dias de hoje.

Se cuidem.

Força nesse barco.

Pensem 8 vezes antes de fazer besteira (recair).

Até a próxima.

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12/7/2023, 19:09
Salve, meu nobre Aliócha! Muito boas as reflexões, mano, como sempre.

Segue firme com essa pegada, pois já estás decolando! Vamo pra cima!

Abraço!

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15/7/2023, 11:28
Dia 29 do reboot. (amanhã, fecho os primeiros 30 dias do experimento de 90).

O grosso da compulsão diminuiu. Graças a Deus, pois era exata e precisamente isso que eu queria. Raramente penso em P,.

Isso significa que meu auto controle - e porque não dizer, autoconsciência - aumentou.

Muitas graças e bênçãos, coisas boas e maravilhosas aguardam aqueles que se permanecerem firmes no reboot. Não só vale 500% a pena, como é provavelmente uma das melhores coisas que alguém como nós - que sabemos o que é o vício - pode fazer.

Não estou saindo de casa. Isso é curioso.

Conclui que estou na casa de minha mãe, me curando. Não tenho problemas em relação à casa, ao espaço. Sou respeitado como sou por minha família. Convivo perfeitamente com eles. Ocasionalmente eu sou grosso com minha mãe, mas eu tenho consciência de que isso diz respeito A MIM. Não a ela. E ela, sendo maravilhosa como é, sempre me acolhe com amor. Mesmo que eu dê pedradas, ela ouve, compreende, pergunta como pode me ajudar. Me orienta. Vira e mexe me fala palavras abençoadas. Um dia desses ela disse pra mim que aprende demais comigo. Que eu ensino grandes lições pra ela. Em suma, no fundo, estou no lugar ideal, onde eu tenho que estar. Estou me curando do vício em pornografia. Tenho tudo o que preciso aqui. Tenho amor e afeto, duas coisas que eu estive negando a mim mesmo nos últimos anos.

Eu ainda estou me masturbando com muita frequência.

Bom, dos males, o menor. Poderia, por exemplo, focar em acabar com porra de pornografia. E nunca, jamais me masturbar "imaginando" os tais vídeos. Masturbação é com imagens reais - lembranças de transas boas, por exemplo.

Sabem, eu me contive sexualmente durante a maior parte da vida. E creio ser impossível viver desse jeito - ao menos pra mim. Como se eu houvesse passado correntes, travas e bloqueios. Tivesse pendurado uma bola de ferro no meu desejo e tesão autênticos.

Pois bem, acaba que eu amadureci bastante, senhores....

Eu não me sinto a mesma pessoa de 3 meses atrás, honestamente. Acho que obtive compreensões significativas e fundamentais de um tempo pra cá.

Acaba que o crescimento, o desenvolvimento, sempre ocorre. É uma lei natural, um processo natural que ocorre, independentemente da nossa vontade ou não. Claro, podemos jogar a favor da natureza. Ou contra. Mas impedir suas leis, isso é impossível.

O que eu quis dizer é que acredito que HOJE, em uma hipotética situação de dar em cima de uma mulher, eu acredito honestamente que saberia o que fazer. Creio que conseguiria me expressar - meus sentimentos. E, caso ela gostasse, poderia curtir e relaxar. Na paz de quem disse o que tinha que falar, e não no tormento e no vício, proveniente de quem tranca, oculta ou não lida com suas emoções.

A questão é que eu não tenho saído de casa, nem estou inserido em nenhum grupo. Sinto falta de uma atividade em grupo, em que possa interagir com pessoas, conhece alguém, etc.

Estou a me dedicar, em passos lentos, ao curso que estou fazendo. O prazo de entrega das tarefas é bem longo. Eu estou fazendo um pouquinho a cada dia. Acho que assim dá certo. Ainda há algumas aulas para assistir - formato online.

Eu quero viajar, ainda esse mês. Uma viagem de uns 10 dias. Ir pra um lugar de natureza, onde posso ficar largado no rio, nu, dormir lá, no zero risco de que alguém mexa comigo. Meditações na natureza são outra coisa - eu sinto como mais potente. Também, fazer trilhas. Tenho algumas em mente. As vezes duvido da minha capacidade pra essas coisas. Eu sou sedentário, na maior parte do tempo. No fundo, consigo fazer, é apenas insegurança.

Há também uma mulher que ficou na região que eu quero ir. É uma pessoa que me atrai muito - sexualmente, hehe. Mas eu não disse isso pra ela.

As coisas que não falamos apodrecem dentro de nós.

Eu devo ter vivido bem uns 15 anos como um grande pântano por dentro. Beeeeeem parado, com um tipo de vida de seres decompositores.

Eu não quero mais que isso aconteça. Nunca mais na minha vida (seria um sonho). Já sofri o suficiente com essas coisas, compreendem? Eu já cheguei em um nível de entendimento em que não preciso sofrer tanto assim.

Porra, curtir a vida, aproveitar as coisas boas, não é tão difícil, meus caros! O problema são as neuroses, medos, paranoias, coisas que vamos colocando entre nós e nossa felicidade. Principalmente, o vício em pornografia! É impossível ser feliz com o vício em P!!!

Em suma, eu vou dar em cima dessa mulher. Isso é essencial pra mim. Se rolar algo, vai ser ótimo, heheheheheh. Mas se não rolar, tudo bem.

Meu negócio é não deixar que meus sentimentos apodreçam dentro de mim. Porque podridão interior atrai diretamente a pornografia.

Ainda estou longe de onde quero estar.

Ainda estou no dia 30.

Ainda não estou me sentindo ótimo.

Ainda me masturbo muito. A intenção é diminuir, agir pra controlar isso. Não fantasiando com P, são coisas secundárias no momento. Principal é acabar com o vício em P.

Por fim, Deus existe, amigos.

Apenas que o nosso ponto de vista - humano, o ponto de vista de um indivíduo no meio de 6 bilhões de indivíduos. Nunca, jamais seria capaz de captar certas coisas. Que no entanto, existem, atuam e funcionam, mesmo que não tenhamos ideia de que processos são esses.

Isso aí é coisa de fé. Considero fé um sentimento. Uns tem. Outros não. É possível desenvolver - como qualquer outro sentimento. Tal sentimento me parece, agora, a coisa mais importante do mundo. Eu conheci pessoas bem mais velhas que eu, que possuíam esse tesouro bem desenvolvido. Essas pessoas me transmitiram uma sensação muito, muito grande de bem estar e harmonia. Só por estar perto delas. Fora as palavras. As palavras das pessoas que possuem a fé forte são mais poderosas. Eu lembro claramente de pensar sobre uma senhora que conheci: "eu gostaria de ser assim!". Uma mulher semi analfabeta, trabalhadora rural durante a maior parte da vida, que estava passando por um problema grave de saúde. Ela não estava nada bem fisicamente (imaginem. Internação, medicamentos fortes, dores, etc). Terrível. No entanto, interiormente essa mulher estava mais forte do que eu - vejam a ironia! Ela doente, acamada, e eu que estava triste e cabisbaixo! Foi ela que me deu ânimo!

Essa mulher conhecia esse tesouro de que estou a falar, e que desejo do fundo do coração cultivar.

Se as pessoas compreendessem a maravilha das coisas. A sabedoria e o amor de Deus por todas as coisas. A perfeição de suas leis, e a exatidão milimétrica das coisas. A lei perfeitamente justa, amorosa. Até mesmo por trás das coisas que parecem desagradáveis, injustas, etc. Se as pessoas compreendessem 0,1% da grandiosa maravilha que há por trás de cada coisa - até de uma folha de árvore, ou naquela pessoa que achamos ser um desfavor á humanidade. Porra, se soubessem a maravilha de todas as coisas, não hesitariam em dar 15 minutos do seu dia apenas para agradecer, saudar, pedir forças e orientação ao Criador.

Eu estou nesse processo. De criar essa conexão firme. Ainda não estou fazendo o suficiente. Mas eu quero e chegarei lá. Estou trabalhando pra isso.

São coisas diretamente relacionadas ao vício em pornografia.

Quem quiser sentir o amor, o amor de modo geral. O amor sexual. O amor aos amigos e familiares. Ou amor à Deus. Deve fazer o seu processo de reboot.

Investir na capacidade de amar é o melhor investimento que se pode fazer, para a vida.

O que equivale a dizer que investir no REBOOT é simplesmente a melhor coisa que você pode fazer por fazer.

Fico por aqui.

Desejo um excelente fim de semana à todos, e até a próxima.

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17/7/2023, 20:38
Dia 31 do reboot - post extra.

Hoje transei com uma GP, pela primeira vez na vida. Achei uma boa ideia relatar aqui. Meu relato será 100% subjetivo, e não terá gatilhos. Mas não digo que vou evitar totalmente os palavrões.

Pois bem, ao acordar, pensei: "meu deus, eu preciso mesmo transar". Sei lá. Não transo a anos, sabem.  Abri o computador e fui procurar anúncios de GP. Ai bateu o primeiro alerta. Uma escolha.

1) ou você procura a GP e vai até o fim (ir lá e transar com ela)

2) ou é melhor fechar o computador, desligar a internet. Porque isso seria uma recaída clara e óbvia em pornografia.

Escolhi a primeira opção. Olhar os anúncios, disposto a ligar, ver o lugar, perguntar o preço, como chegar no lugar, etc.

Encontrei uma que atendia no centro da cidade. Vi fotos. Perguntei algumas coisas, e tudo parecia ok. Só ir e fazer o programa.

Eu fiquei extremamente hesitante antes de ir. Em dúvida. Pensando se isso seria o melhor. Pensei em meditar - consultar a minha alma - para ver se, de fato, aquele era o melhor pra mim.

A essa altura eu já estava excitado. Achando que ia poder realizar algumas fantasias - nada muito estranho ou bizarro. Eu estava realmente excitado e afim. E fui meditar nesse estado. Pra saber se aquilo seria bom pra minha alma. Ou seria uma ilusão profunda, como a pornografia.

O que vou contar agora é a parte mais interessante do meu relato. Eu fui e transei com a GP, mas a melhor parte do meu relato é na meditação.

Na meditação, um anjo amigo veio e me disse o seguinte:

"Pegue o dinheiro que você vai usar pra isso e doe pra uma instituição de caridade. Você não sentirá falta da transa ou do orgasmo. Ao contrário. Vai se sentir bem e satisfeito, sem necessidade dessas coisas. Doe o dinheiro. Pode ser pro gaac (grupo de apoio à criança com câncer). Ou qualquer instituição da periferia que acolhe idosos, doentes, etc. Doe o dinheiro".

Foi isso o que o anjo do senhor falou pra mim.

Seria um sacrifício, digamos assim. O sacrifício não diz respeito ao valor da coisa em si. Diz respeito à atitude da pessoa. 100 reais não são grande diferença pra alguém. Claro, pode garantir o alimento dos próximos dias. Mas então será preciso mais 100 reais, compreendem? E muitas pessoas doam, quantias bem maiores do que essa. O valor não está na quantidade de dinheiro. O valor está na atitude. É a postura que indica o sacrifício. 1 milhão, pra alguém que tem 500 milhões não é nada. Claro que ajuda, lógico que ajuda! Mas isso não é um sacrifício pra essa pessoa. Ela dá o 1 milhão como nós damos 10 centavos pra quem tá pedindo na porta da padaria.

O anjo do senhor me colocou essa possibilidade. De colocar Deus acima das minhas feridas humanas, demasiado humanas. Porque eu sou um cara ferido, especialmente na minha parte sexual.

Mas eu não fiz essa escolha. O senhor Buda disse certa vez que qualquer um pode se tornar o Buda. Ou seja, é possível. Mas apenas diante de grandes sacrifícios.

Eu não transo nem toco intimamente em uma mulher a muitos e muitos anos. Então me pareceu demais esse sacrifício. Fui transar com a GP. Não me importo com julgamentos, já que eu estou longe, muito longe de ser o senhor Buda. Cada um sabe onde seu calo aperta. Eu sei onde aperta o meu. Não sou perfeito - quem é?

Continuando o relato.

Antes de sair de casa, tomei banho. Claro, pra transar é bom mesmo tomar banho.

Ao me olhar no espelho - me arrumar minimamente no espelho - me ocorreu o seguinte:

"Você é bonito. Tem seu charme. Tem talentos e habilidades bacanas. Tem muitas mulheres que transariam com você de graça. Você está pagando pra transar. Tem muita coisa errada aí! Um cara como você, não precisaria disso! Quanta mulher que não simpatiza com seu tipo, fica até excitada com seu jeito? Pagar pra transar? isso está errado!"

O problema não são as mulheres que querem transar comigo. O problema sempre foi eu. Já sei disso. A voz interior falou a verdade, mas eu queria transar naquela hora, naquele momento. Na hora. Assim, só pagando mesmo.

A GP foi simpática e bacana comigo - ponto positivo. Eu falei pra ela que queria relaxar e desinibir. Falei que não transava com ninguém a anos.

A GP era bonita. E quando eu digo bonita, eu quero dizer: tão bonita quanto qualquer mulher. Isso é importante.]

Avaliando de modo objetivo minha experiência (foi bom? foi ruim?) eu chego na seguinte conclusão (meio confusa).

Foi bom, porque me ajudou a desmitificar o sexo, o corpo feminino. Sexo é só sexo. É normal. Não tem nada demais. Pode tocar o corpo da mulher, se for consentido. Sim, pode transar. Não precisa ter vergonha do próprio corpo, do corpo do outro. Pode até peidar na transa - se for ser humano, corre esse risco. Desse ponto de vista - tornar o sexo mais comum, mais alcançável, mais banal - foi muito positivo pra mim. Eu preciso tornar o sexo mais banal. Uma vez que o considerei como um mito durante a maior parte da vida!

Segundo ponto. Só é bom se o cara tiver com a saúde sexual em dia.

Daí o cidadão tá com 10 dias de reboot. Louco pra transar. Paga uma grana. Pra ter uma experiência bosta? (porque passou os últimos anos consumindo porn). Nem vale a pena!

Acaba que o sexo é um fenômeno bastante complexo. (podendo também, ser muito simples).

O cidadão vai achando que tudo diz respeito à gostosa. "claro que eu vou ter ereção com uma gostosa dessas!", ele pensa. Esse aí está com pornografia na cabeça. Sexo real é outra coisa.

Sexo pra mim é sobre abertura interior. Ou você está aberto pra experiência, e relaxa. Ou as coisas não vão fluir. Até o sentimento, é uma questão interior. A fruição do sexo depende uma quantidade imensa de fatores, amigos. Desde a abertura emocional - o coração, pra aqueles que se envolvem mais e conseguem sentir amor. Até fatores biomecânicos. Tem muita musculatura envolvida no orgasmo. Orgasmo é uma descarga energética, portanto, as questões relativas ao orgasmo dizem respeito às questões energéticas do corpo. Diz respeito ao fluxo energético, amigos. Isso é coisa muito fina, de mil e um fatores. Todas essas coisas estão envolvidas na capacidade de fruir a experiência sexual, ao meu ver. Quanto à pornografia, todos estão carecas de saber que o viciado em pornografa nunca vai saber o que é transar bem. Nem adianta: é impossível. Largue o porn ou transe mal pra sempre!

Dai eu concluo que não terei uma experiência sexual realmente satisfatória, antes dos 100 dias de reboot.

Concluo também que NUNCA terei uma vida sexual boa ENQUANTO não superar o vício em porn!

Vício em pornografia compromete FATALMENTE a vida sexual! É isso!!!!!

E é curioso, porque os frustrados sexualmente (como eu) consomem porn, pensando que não transam. kkkkkk. Putz!

Não tem chororô.

Quer transar bem? Largue o porn. Caso contrário, as delícias do sexo estarão fechadas pra você!

Enfim, eu conclui que esse negócio de GP só vale a pena se a pessoa estiver com a saúde sexual em dia. São muitos fatores que influenciam nisso. O reboot é um deles. Se a saúde ou disposição estiver em baixa (o que foi meu caso), eu julguei que não vale a pena.

Meu corpo basicamente é todo travado.

Eu dificilmente seria capaz de ter uma experiência sexual realmente satisfatória. Mas isso não diz respeito à coisas que se podem comprar. Isso são coisas biológicas, energéticas. Nada dizem respeito ao dinheiro. Absolutamente nada.

Nisso o dinheiro é completamente inútil. DE, EP, ER, essas coisas não tem nada a ver com  "gostosura" da pessoa na sua frente. Eu senti a falta de poder do dinheiro, Que não poderiam resolver questões relacionadas ao meu estado biológico.

Não ejaculei. Tudo bem. Essa é a vida real. Em uma parte do programa, eu compreendi que ficaria no chove não molha. Nem duro, nem totalmente mole. Sensibilidade baixa. O dinheiro não pode comprar a biologia do orgasmo. Impossível. Eu jamais teria como ter tido uma boa experiência, nem se fosse a p de 1 milhão de dólares. Basicamente, atores pornôs homens devem viver à base de drogas variadas pra trabalhar. Ator pornô é isso: usar drogas, não sentir nada, basta ficar duro pra câmera. E a gente pensando que existe prazer envolvido nessa porra! Impressionante!

Voltaria nessa mesma GP, se estivesse com uns 100 dias de reboot e no hard mode. Aí talvez eu saísse com uma sensação de satisfação. Antes disso, seria jogar dinheiro fora. O corpo tem o seu tempo pra se recuperar do vício em pornografia. De nada adianta querer usar a bateria antes dela estar carregada. Só iria atrapalhar e atrasar mais o processo. Por isso a paciência.

Porém, essas coisas não são prioridade pra mim. Só faria se estivesse com grana EXTRA, em último caso. Eu prefiro até ir pra um bom restaurante com algum amigo, do que transar com GP! Prefiro ir dar um passeio no parque, ou pro cinema. Com essa grana, dá pra ir passear, fazer lanche, alugar bike. Putz. Até comprar de cerveja pra beber em boa companhia - bem melhor que esse bagulho de GP. Eu prefiro muitas e muitas coisas, antes da GP!

GP está longe, muito longe de ser algo importante pra mim - ainda bem né, haha. Fui, matei a curiosidade. Sei que existe. Obtive algum aprendizado. Ótimo.

No final, valeu a pena ou não?

De um lado, sim. Pois desmitifiquei um pouco o sexo. Transar é transar. É simples. Espero levar esse aprendizado adiante. Nunca tive uma vida sexual digna, regular. Quero passar a ter, conforme essa tentativa de reboot avançe. Mas não com porra de GP! Aliás, eu me sentiria humilhado e diminuído enquanto homem, caso só fizesse sexo com GP!  Eu almejo coisas mais sublimes, ou no mínimo, mais espontâneas e gratuitas, se é que vocês me entendem! Por mais que essas coisas sejam desafiantes!

Por outro lado, não tive uma experiência satisfatória. Isso diz respeito ao meu corpo e suas reações, apenas. Coisas que o dinheiro não compra. A biologia do orgasmo tem regras muito específicas, e o único modo de cultivar sua força é CUIDANDO DE SI. Através do reboot e do hard mode, por exemplo!

Por fim, senti uma pequena ressaca e mal estar. A GP era bacana e me tratou bem. Eu considero isso importante pra minha experiência.

Voltei pra casa. E postei.

No resultado emocional, a experiência foi mais negativa do que positiva. Porém, os possíveis "malefícios" não vão durar muito. Daqui a uns dias eu to ok de novo. Acaba que o valor "experiência" - no sentido de agregar coisas novas - fez tudo valer a pena.

O poço do desejo equivocado é um poço sem fundo. Não tem fim. Nem resultado. É como beber água do mar estando com sede. Isso é foda. Hoje eu tive um desejo equivocado. Tentei, meio desesperado, realizar ele. Mas não adianta. É incrível como bebemos água do mar estando com sede - consumindo porn, por exemplo. Vamos ficando secos, secos. Eu senti um pouco disso, nessa experiência com a GP. Uma insatisfação, de um desejo equivocado e impossível de realizar. Na verdade, pensar nisso me faz me sentir mal. De que estive a tentar realizar algo impossível. Saí insatisfeito. E ainda paguei pra isso.

O senhor Buda estava certo. Nunca li muito dos ensinamentos budistas, mas sei que ele está certo nisso.

Isso tudo me fez repensar no meu próprio reboot, e sobre esse forte desejo meu. São coisas para se aprender a lidar. Fundamental. Já sei de antemão que estou errado. O prazer autêntico tem um custo. Nem adianta, que não se burla as leis da natureza. É ter paciência. Isso é osso, kkkkkk.  O prazer AUTÊNTICO tem o seu preço!!!! Só trabalhando pra chegar lá!

Minha experiência com a GP hoje teve algo de positivo - de tudo fica um pouco. Mas no geral, não foi bom pra mim, nem pro meu reboot. Agora, me parece até que regredi no reboot, mas isso vai passar. Eu estou a me sentir um pouco mal, apesar das boas compreensões. Amanhã tô ok de novo.

Não pretendo repetir a experiência tão cedo. Prefiro passar sem isso, senhores. Ficou a lição. Agora já sei, ao menos (foi minha primeira vez nisso). É, eu tinha que ir ver como é! Foi interessante, e teve algo de útil. Mas ao mesmo tempo foi uma bosta. Me deu até vontade de resetar o contador. De certo modo - não sei explicar bem o porque - sinto em meu coração que é como se eu tivesse resetado com porn.

Na verdade, apesar da confusão, creio que tudo isso me deixou com vontade de consumir porn. E se for isso mesmo, é um mau, péssimo caminho. Ótimo, porque eu já não queria mesmo isso. Prostituição não é a minha. Eis o que concluo.

E pensar que poderia ter doado o dinheiro pra alguma instituição de caridade. Conforme me sugeriu o anjo do senhor. Gastei o dinheiro com meu prazer que não pode ser saciado e estou com vontade de consumir porn.

Minha moral ficou mais baixa conforme eu escrevi e refleti sobre o que me aconteceu hoje.

Não vou resetar. Vou segurar as pontas. Vou colocar a cabeça em ordem.

A compulsão estava quase sumindo, e eu tenho certeza que se eu retornar ao bom caminho imediatamente, do modo correto, em poucos dias eu estarei bem, sem a maldita compulsão!

Vou colocar a mente em ordem.

Impressionante em como ainda falta muito pro meu reboot ficar decente. De certo modo, não estou me mexendo muito. Estou me masturbando - sem imagem de p, nem na imaginação. Eu não estou com um bom processo, amigos.

Estou levando o reboot na barriga, sem dúvidas. Mas é alguma coisa, ao menos. Não estou morrendo afogado. Estou recebendo os primeiros socorros. Mas minha vontade está bamba. Eu sinto que ainda corro o risco de recair, eis a verdade!

Fico por aqui.

Até a próxima e excelente reboot para todos.

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Aliócha
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Diario - Aliocha - Página 21 Empty Re: Diario - Aliocha

19/7/2023, 14:10
Dia 33 do reboot

A experiência com a GP não me fez bem, e não agregou em nada com meu reboot. Águas passadas. Estou aqui, e não pretendo repetir esse negócio de sexo pago.

Estou me sentindo profundamente, profundamente triste com a minha vida.

Curioso que esse sentimento, se crescer, se ficar realmente sombrio, pode levar direto pro vício em porn.

Eu estou sentido crescer em mim uma vontade de consumir. Vira e mexe estou pensando nisso. Sinto a pressão subir, digamos assim.

Coloquei na cabeça que não vou me masturbar. É muito, muito importante pra mim não ficar me masturbando. Eu diria que o hard mode é essencial pra mim, nesse momento. Meu objetivo é acabar com o vício em porn, mas ficar se masturbando (sem pensar em p) também não dá em nada, não ajuda em nada. Eu diria que, em termos energéticos, masturbação ativa a parte sexual! Sem porn, sem pensar em porn, ok, mas mesmo assim, ativa a parte sexual! Ou não ativa? Claro que ativa, então o bom é NÃO SE MASTURBAR. Putz, o hard mode é a real e profunda cura dos males sexuais, e do vício em porn! Sem sombra de dúvidas!!!! Tenho que botar na cabeça os benefícios do HARD MODE. É disso que eu preciso!!!!!

Não tenho mais o que falar, ou o que fazer, a não ser seguir meu reboot, seguir minha vida (que eu sinceramente, não sei ao certo no que consiste. Eu sou louco. Me sinto doente, mesmo aos 33 dias de reboot).

Conclui, de modo definitivo, que uma sexualidade saudável só se manifesta quando é requisitada. Só se manifesta quando alguém se aproxima, acontece a troca de hormônios e substâncias pelas narinas mesmo, olhares, etc. Aí a sexualidade saudável se manifesta.

Tá em casa sozinho, pensando em "gostosas"? Vício em pornografia. Cura: fazer o reboot.

Sai na rua, olha pra qualquer mulher aleatória e fica pensando: "que gostosa. Olha só que delicia!" e começa a fantasiar? Muito provavelmente vício em pornografia. Cura: fazer o reboot.

Simplesmente pensa demais em sexo, o tempo todo? Será que não é fruto das horas e horas de gente transando que se assistiu, na pornografia?

Vício em pornografia afeta a sexualidade de modo FATAL, ao meu ver. Não interessa se a pessoa é casada, solteira, gay, promíscua ou monogâmica. Pornografia é uma facada sem dó nem piedade na vida sexual da pessoa.

Eu decidi que não vou pensar, nem dar trela nenhuma a NADA relacionado a essas coisas.

Tudo deve ser fruto dos anos e anos de vício em pornografia. Deve ser por isso que eu me sinto tão confuso em relação a algumas coisas!!!!!

Único modo, única esperança de um dia ser uma pessoa "normal" no quesito sexualidade - conseguir tratar isso com naturalidade, respeito e potência que é - é chegando de início, nos 90 dias de reboot. Ou mais.

Antes dos 90 dias, não fiquem ansiosos por nada, por nenhum tipo de resultado.

Cheguem nos 90 dias primeiro e sigam. Algumas coisas precisam de mais de 90 dias para serem "recarregadas".

Então é isso. Não darei corda, nem energia pra qualquer pensamento relacionado a sexo. É simples. É um equívoco da minha mente intoxicada por pornografia.

33 dias não é o suficiente pra minha mente ficar realmente limpa.

É o suficiente pra compulsão diminuir bastante. E eu sinto isso. Mas não o suficiente pra me fazer entender meu real desejo, minha real sexualidade. Já que ela foi soterrada por maluquices, loucura, fantasias de outros, perversões, orgasmo sem limite, e mulheres que eu nunca toquei nem senti o cheiro.

E ainda, tem que mudar de vida. Ou tudo pode voltar. É foda.

Vou seguir...seguir. Extremamente importante o hard mode pra mim.

Ontem comecei a escrever meu projeto de mestrado. Já tenho um professor pra me orientar.

Hoje tenho mais uma aula do curso que está fazendo. Pela noite.

Eu sinto que ainda sou uma pessoa gravemente doente. Minha vida é absurda, hehe, no mau sentido da palavra.

Reboot é BASE, UMA BASE PARA A VIDA. Mas devo ser realista, oras! Não vou resolver tudo apenas com isso! Isso é só a primeira camada, o alicerce básico da minha casa. Ainda tem todo o resto.

De qualquer modo....

Eu estou ansioso, mas 33 dias simplesmente não é o suficiente para resultados mais efetivos, profundos, visíveis.

Então eu devo me esforçar pra chegar aos 90 dias limpo. É isso. Exercitar a paciência.

Excelente reboot pra todos.

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Diario - Aliocha - Página 21 Empty Re: Diario - Aliocha

20/7/2023, 19:51
salve, Aliócha!

Desde já, parabéns pela marca, meu amigo!

Quanto ao S que você relatou, eu reparei a mesma coisa comigo. A E não estava nem tão forte nem tão ruim. A tendência é que, se possível ter outras oportunidades de relações, associando com o reboot, a E vai melhorando ao longo do tempo. Eu notei a mesma coisa que você relatou, porém com + ou - 11 dias. Com 18 dias a E já estava bem melhor. O seu caso talvez tenha sido ocasionado por aquilo que o e-book e programa revert chamam de desuso da bomba peniana...

Vamo pra cima, mano. Abraço!

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