Diario - Aliocha

Isso é verdade, o vício cria uma falsa ideia que vc aliviou sua necessidade. O pior que é o contrário. Finalmente eu estou me conectando com uma moça real, e admito que às vezes é um desgaste mental, porque são novas conexões cerebrais que estou fazendo. Mas a medida que avanço no reboot + novas experiências, o medo vai desaparecendo. Não acho isso algo por acaso.

Você está certo, companheiro! Grato pela sua passagem aqui.

Dia 3 do reboot.

Hoje me masturbei, mas não vou zerar. Tenho boas notícias. Boas reflexões.

Senhores, acredito que estou a colher a fina flor dos meus processos terapêuticos.

Eu estou ÓTIMO? Não. Ótimo eu estaria se eu tivesse com 50 dias de reboot. Porém, eu sinto claramente que o nível de pressão interna diminuiu absurdamente,

Eu estou me sentindo em paz. Não sei explicar.

Eu estou me sentindo BEM. Também não sei explicar. Eu não to feliz, pulando de alegria, mas eu estou BEM. Isso me parece ótimo, porque eu vivi tempo demais ANGUSTIADO e DEPRIMIDO, entendem? Mas agora, eu não to me sentindo deprimido. Eu estou bem, apenas. Isso me parece maravilhoso, compreendem?

Acima de tudo, eu estou me sentindo ALIVIADO. Acho que essa é a palavra. Estou sentindo um bem estar que provém do alívio.

Sabem, eu acredito que estou nas condições PERFEITAS pra não só completar o reboot, como iniciar uma nova vida. Agora está tipo "show de bola".

Hoje eu conversei com uma menina que eu conheço, uma amiga. Conversamos por instagram. Ela está em Minas Gerais (eu não sou de lá, então estou a uma certa distância). De Minas, eu só conheço Ouro Preto, o resto não conheço nada.

Pois bem, conversamos um bocado. Ela me falou umas coisas muito bacanas, e tudo o mais. Dai eu desliguei o computador e fui ler...

Enquanto lia, eu senti umas sensações estranhas. O coração acelerado. Uma inquietação. Frio na barriga. Uma energia mais forte na parte inferior do corpo. Mas era uma sensação boa. Uma vontade de rir, sem motivo. Eu pensei em ir deixar mais umas mensagens pra ela. Antes de ligar o computador, eu consegui entender o que eu tinha.

Podem chamar de tesão, se quiserem. De fogo. Desejo.

E eu senti que era verdadeiro. Que eu estava bem resolvido. E até compreendi que eu naturalmente transaria com ela, se ela estivesse presente aqui (eu iria propor, hehe). Sem maiores neuras. Sem bloqueios nem travas. Na mais maravilhosa sensação que existe, na minha opinião, a qual eu denomino LIBERDADE INTERIOR. Sabem, eu literalmente nem lembro direito como foi, da última vez que eu senti isso.

Sabem quando eu senti essa sensação, quando estive com essa amiga presencialmente? NUNCA. Não é curioso? Pra mim é evidente. Eu estou diferente. É isso.

Isso significa muito pra mim. Isso me dá ânimo, perspectiva, alegria, empoderamento, poder, melhora minha auto estima, melhora minha auto confiança e me fez ter mais GOSTO PELA VIDA.

Eu vou transar com ela? Claro que não (não agora, hehe, em outro momento quem sabe!). Ela está em Minas. Ela nem mora no meu estado. Não sei quando a verei. O que vale não é transar ou não transar, MAS A MINHA PERCEPÇÃO SOBRE MIM MESMO, A CLAREZA CRISTALINA DOS MEUS SENTIMENTOS. Percebem a grande diferença e o ponto realmente fundamental pra mim?

É isso, senhores. Estou colhendo grandes benefícios das minhas práticas. E eu ainda não utilizei todo meu poder de fogo, vejam bem.

Eu quero continuar pedalando nessa corrida do reboot, nos próximos dias.

Os próximos dias serão decisivos. Faz muito tempo que eu não passo de 7 dias.

Ando profundamente confuso sobre a parte profissional, senhores. Muito confuso mesmo. Realmente, paira uma grande interrogação, nuvens nebulosas sobre mim, nessa área da minha vida.

Penso em tentar mais uma vez fazer um mestrado. Eu tenho talento pra área acadêmica. Eu poderia contribuir muito pra sociedade, como professor e pesquisador. Eu devo ter a coragem de assumir isso pra mim. Eu só preciso escolher um tema pro projeto. Mas adivinhem? Eu não tenho a MÍNIMA ideia de sobre o que quero pesquisar. Não sei se é meu estado mental. Eu tenho até alguns livros aqui. Dá pra ir procurando alguma coisa, alguma ideia. Putz. Eu tenho muita vontade de seguir na carreira acadêmica, mas devo estar enrolado, talvez até me sabotando pra isso, de alguma forma. Eu não duvido. Minha confusão é muito grande, pra eu saber de algo agora.

Uma última reflexão. Acompanhem.

Vejam, o vício em pornografia reduz o nosso controle e equilíbrio emocional.

Nossa capacidade de lidar com o estresse diminui absurdamente.

A probabilidade de reagirmos negativamente aos outros, também aumenta muito quando imerso no vício. (vejam quanta desgraça o vício traz...alguma dúvida?).

Com isso, quero dizer que podemos nos sentir no inferno, mesmo que estejamos seguros em casa. O vício tem o potencial para aumentar e muito o nosso estresse. Tem o potencial para corroer nossas relações. Ok.

Por outro lado, as vezes vivemos com uma quantidade imensa de estresse sobre nós.

Discursões familiares. Problemas no relacionamento. Problemas financeiros. Problemas de saúde. As vezes as coisas podem ser realmente estressantes. As vezes vivemos de uma forma explosiva mesmo....

O estresse leva....para o vício!

Poderia desenvolver esse raciocínio em várias linhas. Mas o ponto que eu quero chegar é que vencer o vício fica realmente quase impossível, quando sua própria rotina, relações, outros hábitos, são como uma bomba relógio.

Vencer o vício, claro, para aumentar a capacidade de RESOLVER os problemas.

Por outro lado, atuar diretamente sobre as possíveis fontes de estresse ou de perturbação. Seja exterior. Ou interior. Ninguém vai pensar em fazer um reboot, se estiver no meio da guerra. Só os mais sábios ou casca grossa. Acredito mesmo que algum nível de ordem deve haver, para que se consiga fazer um reboot decente. Eu sei que existem pessoas que passam por rotinas infernais. Eu já fui uma delas.

Não sei se ficou claro. Eu estou um pouco confuso.

Até a próxima e excelente reboot para todos.

Cai mais uma vez. Tem tempo que não passo dos 5 ou 7 dias.

Algumas questões

1 - conversei mais com a tal menina que citei no post anterior. A conversa não foi explícita, mas eu senti uma conexão muito forte, só por mensagem mesmo, e também um tesão forte (eu já convivi com ela, etc). Isso me levou para um mau lugar, entendem.

2 - eu estou autenticamente com um forte desejo de ficar com alguém. Porém, não estou saindo de casa. Não estou interagindo com ninguém, a não ser a minha família. Há um erro grosseiro aí - estou querendo fritar o ovo sem quebrar a casca. Claramente um equívoco. Mais interessante seria eu tomar um banho, me vestir bem, e ir pra qualquer lugar razoável onde tenha pessoas. Mas só em casa, é impossível "solucionar" isso.

3 - hoje tive que mexer nos bloqueadores, porque estava bloqueando várias coisas que eu precisava usar. Isso contribuiu pra minha queda. (só consigo bloquear o computador, o celular é impossível, mas hoje cai pelo computador).

4 - Ajustes mentais. Preciso relaxar sobre algumas coisas. Eu me cobro demais, demais mesmo. Eu me sinto culpado, por "não fazer nada", entendem? Só que isso é um equívoco. Preciso relaxar mentalmente. Isso me consome uma quantidade de energia absurda. Também percebi que gosto de ficar em casa. Isso é um problema? Depende. Se eu me aceitar ("eu  autenticamente me sinto bem ficando em casa, esse sou eu, é um gosto meu, e é assim que eu me sinto bem"). Se eu me aceitar, isso jamais seria um problema. O problema, o GRANDE problema é não se aceitar como se é! Tudo questões de ajustes mentais. Tudo vai pro processo terapêutico! Profissionalmente, eu também me encontro em grande dilema. Eu entendo muito de algumas coisas, sabem. São coisas que eu dediquei uma quantidade grande de tempo - por isso fiquei bom, como qualquer um que pratica qualquer coisa por um período longo. Eu basicamente, senhores, não sei diferenciar se as coisas que eu me aprofundei são HOBBIES ou TRABALHO. Sendo hobbie, eu poderia estudar física atômica, anatomia das baleias, alquimia chinesa, QUALQUER COISA. Nas horas livres. Pra minha diversão, pro meu passatempo, por um gosto pessoal. Sendo trabalho, a coisa muda de figura. Eu acho que confundi hobbie com trabalho. As vezes as duas coisas vão junto. Mas nem sempre. Enfim, são dilemas internos que eu preciso primeiramente relaxar e me acalmar, depois refletir. Tudo pro processo terapêutico.

5 - Estou tendo dificuldades pra parar de fumar maconha. Sofro de séria compulsão. Eu consigo ficar uns dias sem, mas em algum momento eu simplesmente compro um pouco e fumo. Sempre pego em pequenas quantidades, exatamente para controlar melhor meu vício. Eu já peguei quantidades maiores e me dei mal, então prefiro ir pegando aos poucos. Sinceramente, não sei ao certo como resolver isso, como parar de fumar maconha. É completamente diferente da pornografia, tem outro significado, outros efeitos, outra energia. Acho que a erva está bastante ligado ao isolamento. (cada droga tem as suas especificidades).

São algumas coisas que eu pensei, por enquanto.

Sigo no reboot. Um pouco desanimado. Não estou levando a sério.....não consigo ficar nem 7 dias longe disso.

Não devo estar fazendo por onde....

Fico por aqui. Segue um sambinha do Ivan Lins, ouçam no youtube se quiserem.

Desesperar, jamais
Aprendemos muito nestes anos
Afinal de contas, não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo
Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada, nada, nada de esquecer
No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora acho que chegou a hora
De fazer valer o dito popular
Desesperar, jamais

Excelente reboot para todos nós.

Deus no comando.

Bom dia, amigos.

Ontem entrei em profundo desespero (devido a queda em pornografia). A morte se aproximou de mim. Meu mental ficou o de um "louco". Eu quase fui pro hospital, esperando que me dessem um "sossega-leão" - alguma droga pra eu simplesmente dormir e apagar, era só isso que eu queria. Acabei ficando em casa mesmo.

Essa noite conclui, de forma talvez definitiva, que o vício está me aproximando prematuramente da morte. Ou que mesmo vivo, o vício está me fazendo levar uma vida miserável, próxima a de um morto vivo.

Parei pra pensar também que eu não consigo ter uma vida sexual/afetiva, isso desde os 14 anos. É um problema grave. Eu quero ver quem é o "macho" ou a "fêmea" que consegue ficar 7, 8, 9 anos sem NENHUM CONTATO ÍNTIMO e ter a cara de pau de dizer "ah, está tudo ótimo, isso não é importante". Meu c* pra essas pessoas.

Também, me parece que não preciso de pós doutorado, nem ser um grande gênio pra entender como fica 100 vezes mais difícil largar o vício em pornografia, nessas condições. Alguém que sabe calcular 2 + 2 já seria capaz de entender isso que eu estou falando. Quem não é capaz de entender são os com pós doutorado que são babacas. Muito estudo não necessariamente tem a ver com caráter, ética, ou em ser uma pessoa compreensível. A certo tempo atrás, uma pessoa com todo esse estudo, alguém próximo, me disse que eu não tenho problemas na vida, pois meu aluguel está pago. Disse também que meus problemas são "white people problems". Eu estava pedindo uma espécie de socorro pra ele, sabem? Eu estava mal. Ele me disse que não tenho problemas, pois meu aluguel estava pago. Minha vida, meu bem estar, minha felicidade, minha harmonia e meu equilíbrio valem 800 reais, pra esse cara. 800 reais, na opinião dele, resolvem todos os problemas da vida, até o forte desejo por suicídio. Eu fiquei o tempo inteiro olhando pra uma pedra meio grande que estava por perto, pensando realmente em arrebentar a cabeça dele e matar ele ali mesmo. Pensar nas consequências depois - me entregar pra polícia ou me matar, pra não ser preso. sei lá. Minhas mãos ficaram tremendo, cheias de vontade de rachar a cabeça dele em dois. Se eu ia estragar a minha vida com um crime, paciência. Na hora da dor profunda, eu realmente quase que faço isso.  Um tempo depois, me lembrei do que a psicologia me ensina. Que ele não estava me ouvindo. Ele estava projetando os problemas dele na minha fala. Provavelmente, ELE estava precisando muito de 800 reais. Eu estava falando sobre meu desejo de tirar a minha vida, e ele estava pensando sobre o aluguel dele, ou seja, ele não estava me ouvindo realmente. Por  isso, falou o que falou. Porém, para pessoas em situações emergenciais, em estado psíquico grave, UMA PALAVRA BEM COLOCADA PODE SALVAR A VIDA DELA, E UMA PALAVRA MAL COLOCADA POR DAR UM FIM À VIDA DELA.

Me desculpem minhas falas amargas, defensivas. Realmente me desculpem. É o vício em pornografia que me deixa nesse estado, agora eu não tenho dúvidas. Estou desesperado como no primeiro dia em que cheguei nesse fórum.

Eu comecei a pensar que tenho um problema (não conseguir dar vazão ao meu desejo).

Eu comecei a pensar que pra resolver qualquer problema, é preciso ter a mente em ordem, certa energia, disposição, visão clara, etc.

A partir disso, eu conclui que tenho um SEGUNDO PROBLEMA. O vício em pornografia.

O vício em pornografia é como uma fumaça densa, que IMPEDE DE VER AS COISAS CLARAMENTE, IMPOSSIBILITA A RESOLUÇÃO DE QUALQUER PROBLEMA.

Afora que isso me deixou, por dentro, UM CACO. É IMPRESSIONANTE OS EFEITOS DISSO NA ESTRUTURA EMOCIONAL, PORRA! Pornografia deixou minha cabeça confusa, nebulosa, incapaz de conseguir enxergar além do meu próprio palmo.

Ou seja, a pornografia me impede de resolver qualquer tipo de problema na minha vida, seja lá que tipo de problema for.

A o vício em pornografia deve ser A PRIORIDADE NÚMERO 1 para resolver. Porque?

Porque ele IMPEDE E ATRAPALHA de resolver todos os outros.

Parar de ver pornografia, senhores, talvez não resolvam nossos problemas.

Mas parar de ver pornografia NOS DEIXARÁ EM UM EXCELENTE ESTADO, PARA A PARTIR DAI, RESOLVER OS NOSSOS REAIS PROBLEMAS. É o PRIMEIRO PASSO. Sem energia, ordem na mente, disposição, visão clara, NÃO TEM COMO RESOLVER OS PROBLEMAS. Resolver o vício vem em primeiro lugar, pois SÓ VENCENDO O VÍCIO VAMOS TER A DISPOSIÇÃO E A ENERGIA PRA RESOLVER TODOS OS OUTROS PROBLEMAS.

É preciso primeiro tirar a fumaça do caos. É preciso ter a mente minimamente em ordem. Minimamente.

PRIMEIRO, VENCER O VÍCIO. O vício ENCOBRE E OCULTA nossos problemas. No entanto, eles continuam atuando fortemente sobre nós.

Depois, viver a vida, com todas as suas dificuldades e problemas. Eu nem devo VER OU SENTIR OS PROBLEMAS. ELES ESTÃO ENCOBERTOS PELO VÍCIO. Por isso que eu não consigo resolve-los!!!!! Porque o vício me deixa cego, me impede de encontrar soluções!!!

No vício, eu nunca conseguirei resolver nenhum tipo de problema que eu tenho. O vício atua como uma nuvem densa que me IMPEDE DE VER CLARAMENTE AS COISAS. Logo, efetivamente, ME IMPEDE DE RESOLVER A MINHA VIDA. É isso.

Estou concluindo, por livre e espontânea vontade, que já não tenho outra opção. Minha "alma" está entendendo essa lógica simples.

E também, o vício em pornografia coloca minha vida em risco.

O vício em pornografia me deixa, psiquicamente, como se meu tecido emocional estivesse em carne viva. Eu estou tão em carne viva - psicologicamente falando - que estou precisando de algum auxilio emergencial. Estou tendo que lutar contra o espírito da morte que se aproximou de mim. Que SEMPRE se aproxima, quando eu mergulho no vício.

Ontem eu realmente me desesperei a um nível mais profundo. Quase faço besteira. Efeito DIRETO DO VÍCIO EM PORNOGRAFIA.

Sabem, o fato de que APENAS EU POSSO TOMAR A DECISÃO FIRME DE VENCER O VÍCIO, na verdade me deixa EM DESESPERO.

O barco da nossa existência é SOLITÁRIO.

Esse fato, de que OU EU RESOLVO, OU EU RESOLVO, E QUE NINGUÉM VAI RESOLVER POR MIM, na verdade me deixa realmente em desespero.

Porra. Eu não estou aceitando a realidade da vida???? Putz. Não tem opção pra quem não aceita a realidade. A não ser encher o rabo de drogas variadas, realmente. Ou se matar, já que essa pessoa literalmente, não aceita as regras da vida. Uma terceira opção é se entregar a Deus, e humildemente ficar trabalhando no dia após dia. Ficar vivendo um dia de cada vez, ir lutando contra o vício.

Sabem, minha auto imagem é extremamente distorcida. Tão distorcida que eu passei mais de 12 anos sem beijar na boca, isso quando VÁRIAS meninas, mulheres, etc, me chamavam de lindo, até de gostoso, etc.

Talvez, agora, seja influência do vício. Claro que é. Porque estou me sentindo não só um babaca escroto, como a pessoa mais fraca da Terra. É a porra do vício.

Chega dessa porra.

É sério, chega.

Deus está quebrando meu orgulho, minha prepotência, minha arrogância. Se eu não entender, que eu sofra mais até entender. Se meu orgulho é tão extremo assim, que Deus me rebaixe e me faça ver que só tenho uma única opção pra ficar bem: viver um dia de cada vez e ir trabalhando humildemente pra vencer o vício. Qualquer coisa fora disso é golpe ou pilantragem.

Prefiro tentar viver o dia de hoje, ficar limpo HOJE, ao invés de tirar a minha vida.

E também, conforme o reboot avança, a mente entra mais em ordem.

Consumir pornografia agora está me levando a pensamentos suicidas. Ótimo. Nem é a primeira vez que isso acontece - engatilhado pelo vício mesmo, sem dúvidas!!!! Talvez seja isso mesmo que eu precisasse. Sentir minha vida em risco, pra tomar uma atitude mais firme. A pornografia está colocando a minha vida em risco. Se trata, ao menos para mim, de uma luta PELA VIDA.

Me perdoem as palavras amargas. Realmente, me perdoem. Eu estou DOENTE, MUITO DOENTE, por causa do vício.

Não irei desistir. Até mesmo porque desistir do reboot seria desistir da minha vida, já ir morar perto do cemitério e ficar lá esperando a minha morte. Ainda não quero dormir na grama, perto das lápides, se é que vocês me entendem.

Sei que tudo melhora com o passar dos dias de reboot.

Sei que não devo esperar, absolutamente, por nenhum tipo de grande benefício, ou de grande melhora.

Sei que devo vivar um dia de cada vez. Isso é realmente muito difícil, senhores. Mas é a mentalidade que nós, que enfrentamos o vício, devemos desenvolver. Viver um dia de cada vez. Esse é realmente um lema pra quem sofre com vícios.

Aos poucos. Aos poucos.

Cada dia limpo é motivo de vitória, de agradecimento.

Talvez eu não esteja exatamente ótimo, ao final do dia. Mas sei que a confusão vai se dissipar. Cada minuto sem porn é um processo de desintoxicação. As vezes o processo de desintoxicação - o orgânico mesmo! - causa processos desagradáveis. As toxinas estão saindo dos órgãos, onde estavam confortavelmente alojadas, e estão vindo à superfície...para depois serem eliminadas. Mas esse processo, senhores - de sair do centro para fora - é evidentemente desconfortável. Eu sei que é para o meu bem. Uma fissura talvez seja o chamado de Deus, pra eu ficar mais forte. Isso é um teste. O teste da vida mesmo.

Excelente reboot para todos......e EU VOLTAREI COM BONS RESULTADOS.

Até a próxima.

Recaí mais uma vez. Não devo ficar a mais de 7 dias limpo a meses. Meu diário deve estar ficando chato.

Cai no youtube (pois é, tem muita coisa no youtube....). Sabem, eu uso realmente o youtube pra coisas úteis e muito instrutivas, o youtube tem cursos inteiros dos temas os mais variados possíveis. Porém, tem também pornografia. Eu não queria bloquear o youtube. O que fazer? Não é a primeira vez que recaio por lá.

Hoje eu me abri com minha coroa sobre o vício. Falei uma série de coisas pra ela.

Falei que quando eu for grosso, estúpido, ou algo do tipo, é muito provável que eu tenha consumido pornografia.

Falei que isso me deixa burro, imaturo, defensivo, confuso.

Falei que isso é um vício de quem não cresceu. Ou de quem está evitando crescer, pra não assumir as responsabilidades da vida adulta.

Falei que isso coloca em risco a minha saúde mental.

Falei que eu nunca vou crescer, trabalhar, me desenvolver bem, ser feliz, ter responsabilidades, etc, enquanto eu permanecer no vício. E sinceramente, eu acho que isso é mesmo verdade.

Ela me ouviu atentamente. Me perguntou como ela pode me ajudar. Como ela poderia contribuir com a minha batalha.

Vejam que apoio eu tenho. E bastante, até. Da coroa então. Coroa é rainha. A minha me apoia, graças a Deus. E é uma excelente pessoa. Apoio eu tenho!

Porém, lutar e vencer por mim, ninguém vai.

Eu não lido bem com isso. Ou seja, eu não lido bem com a realidade. Pois o esforço da batalha de cada um, superar o vício (ou qualquer outro desafio que a vida nos colocou) é DE CADA UM PARA CONSIGO MESMO. Quem vai superar o seu problema? VOCÊ. Isso me parece a realidade. Qualquer coisa fora disso é engano, ilusão, loucura ou vício.

É isso que querem dizer quando falam: "está em suas mãos".

Vencer está mesmo em minhas mãos. Eu que não lido bem com isso. Eu não lido bem com a realidade. Me parece que todos os viciados possuem problema com isso. De não aceitar a vida, as suas regras, a sua dificuldade, as suas implicações. Os viciados tentam fugir das coisas como elas são.

Fugir da realidade, ao meu ver, só vai trazer sofrimento. Não tem jeito. Porém, acredito também que a realidade vai vencer no final. Ou seja: eu posso me drogar o quanto eu quiser, por não ter as coisas que eu quero, do jeito que eu quero. Porém, em algum momento o desespero vai bater forte, fortíssimo, e então eu vou me render. Sempre a de se voltar para o bom caminho.

Sempre é tempo de fazer o reboot. Sempre. Nunca é tarde para entrar nesse barco. Quem entrar no fórum com 60 anos de idade, determinado a parar com o vício em porn, irá colher benefícios.

Sabem, as pessoas costumam dizer coisas como: "eu pago meus vícios, ninguém tem nada a ver com isso". Ou então: "se o cara quiser beber, ele que beba 10 litros de cachaça. Não interferindo na liberdade dos outros, não matando ninguém com o carro, problema dele!"

As pessoas dizem: "se não interferir com a liberdade dos outros, cada um faça o que quiser. É problema de cada um".

Mas isso é falso. E eu já explico o porque.

Hoje eu recai, e acabei entrando em um estado meio de desespero.

Nisso, eu acabei berrando com minha mãe. Pois é, eu tratei ela mal. Efeito do vício. Estivesse eu com 20 dias limpo e eu JAMAIS teria esse tipo de atitude.

Pois bem, seria muito lindo se eu pudesse dizer "eu estou trancado no quarto consumindo porn, não estou forçando ninguém a ver, não estou atrapalhando ninguém, então foda-se, ninguém tem nada a ver com isso".

As coisas simplesmente não são assim. Ao menos, essa é a minha opinião.

Meu irmão me preocupou esses dias.

Eu sei que ele está com problemas. Ele não se abre muito, mas sei que está com algumas dificuldades.

De uns tempos pra cá, ele deu de trazer cerveja todos os dias pra casa,  pra beber depois do trabalho.

Hoje ele trouxe, além da cerveja, uma garrafa de vodka e 2 litros de refri. Eu nunca vi ele bebendo vodka com refrigerante aqui.

Eu pensei o seguinte: "ele está bebendo, pois está com problemas e não consegue relaxar. Na verdade o álcool não beneficia em nada. Ele acha que o álcool é um tipo de sonífero, porém, o sono alcoolizado não é nada bom pro corpo, não é reparador, não é nada disso. E agora, ele está bebendo bebidas mais fortes. É um claro caso de aumento da tolerância. Antes ele só bebia cerveja, agora precisa de umas doses de vodka pra ficar legal. Porra. Eu sei muito bem o que é isso, sei perfeitamente onde isso vai dar. Gostaria de alertar ele de algum modo".

Vocês sabem, as vezes pode ser difícil falar essas coisas. Amor em primeiro lugar. Sem nenhum tipo de julgamento.

Eu pensei muito em mim mesmo, quando vi ele nessa situação.

Fico pensando que minha mãe devia me observar do mesmo modo. Todas as vezes que olhava pra mim, e quando muitíssimas vezes, devia me ver triste. Devido ao vício. Ela devia me ver triste, mas não sabia o porque. Pois quando eu tinha 20 anos, e já estava imerso no vício a tempos, ela não tinha a mínima ideia de que eu sofria dessa doença. Vejam que ela tentou me ajudar, sem saber em detalhes do que eu sofria.

Do mesmo modo, eu olhei pro meu irmão. Com preocupação. As coisas se interferem e se interconectam, senhores. Eu consumindo porn, afeta tudo ao meu redor. Não só a mim. Meu irmão bebendo, afeta a todos, não só a ele. Podemos ajudar um ao outro, mas mudar de fato, é direito inalienável de cada um. Só nós podemos mudar, decidir mudar, se esforçar para mudar. SÓ VOCÊ. Quanto aos outros, onde não temos domínio algum, o jeito é rezar muito. É aquela oração do AA: "Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos, e Sabedoria para distinguir uma das outras".

Acho que ser bem resolvido com a família é uma questão básica e essencial pra qualquer pessoa. Não precisa ser próximo nem íntimo, caso a gente simplesmente não se dê bem com a família, ou realmente não tolere o clima ou os hábitos. Mas ser bem resolvido me parece uma questão fundamental. Ser bem resolvido é ficar com o coração limpo de mágoas. Eu felizmente, tenho tido bons progressos nisso. O que me fez muito bem, e indiretamente, interfere até no reboot. É incrível e lindo a liberação interna que ocorre, quando superamos essas coisas.

Tenho seguido com minhas terapias. É difícil avaliar. A melhora do quadro nem sempre é linear. As vezes piora para depois melhorar. São várias possibilidades. Vou continuar e ver. Eu tenho mais conhecimento e mais poder de fogo senhores, mas está difícil aplicar todo meu conhecimento!

Hoje considerei procurar algum psicólogo que trabalhe com tcc. Eu sou um amante da psicologia, mas nunca fiz uma sessão dessas. Eu sei que na terapia cognitivo comportamental, existe a "tarefa de casa". Que consiste em anotações de momentos chave, gatilhos, quais os sentimentos envolvidos em tais situações, e coisas do tipo. Eu pensei o seguinte: "porra, se for assim mesmo com essa tarefa de casa, a maioria deve largar essa terapia, pois isso com certeza é extremamente poderoso do ponto de vista dos resultados, porém, mais exigente de realizar, na prática. Isso não é para preguiçosos". Por exemplo, em uma sessão de psicoterapia, ou de psicanálise, o sujeito se desloca até o lugar da sessão, fica lá por 50 minutos em média e sai. Claro que se pode refletir muito, longamente depois de uma sessão dessas. As coisas ficam, são trabalhadas pela mente. Porém, a sessão acaba ali, quando o sujeito sai do consultório. Dali ele pode ir pra qualquer lugar. Até ir beber cerveja com vodka , por que ficou perturbado com o que o analista falou. Não há algo como uma "tarefa de casa". Ter uma tarefa de casa aumenta o grau de dificuldade do processo. Exige mais disposição, mais energia, mais comprometimento, sei lá.

Essa é uma ferramenta e uma técnica que eu já conheço, mas não conheci isso lendo sobre Tcc. Aprendi em outro lugar. Claro que não é exatamente, 100% a mesma coisa, mas os princípios são extremamente semelhantes.

Anotar os momentos disfuncionais, como reagimos, e como nos sentimos no momento, tudo isso em palavras-chave, é uma das coisas mais poderosas que se pode fazer pra ir resolvendo aos poucos os nossos problemas interiores. Isso é do maior poder que vocês podem imaginar. É como ir desenhando um mapa de nós mesmos, que fica registrado em papel, visível, palpável. Podemos olhar aquilo depois e ir descobrindo padrões., conexões, descobrindo coisas sobre nós mesmos que não sabíamos antes. As coisas vão ficando mais e mais claras, conforme se avança nessa prática. Eu fiz isso uma vez por 4 dias, depois parei. Não achei muito fácil de executar, acho que exige um alto grau de disciplina, comprometimento e atenção. Acho que esse método é "pros fortes". Ou então "PARA QUEM QUER", até mesmo porque os resultados disso são fabulosos. Se bem que, parando pra pensar, é possível usar essa técnica restringindo-a aos momentos de fissura por porn. Quando bater a fissura, parar. Anotar: 1) o que e quando 2) como reagi 3) o que estou sentindo nesse momento. Eu acho que isso pode dar certo. Fica a dica pra quem quiser tentar. (negócio é andar com bloquinho na mão, pra anotar as pistas, que sem ser anotadas, iriam se perder no lago da consciência!).

Bom, no mais, eu não sei o que houve comigo, mas eu quase não saio de casa.

Eu estou, literalmente, juntando coragem pra sair de casa.

Devo dizer que estou na casa dos meus pais, onde as coisas são diferentes do lugar em que eu estava antes. No interior, acho que eu vivia muito melhor, sei lá. Em interior as coisas são diferentes. Lá tinha cachoeiras e 15 minutos do centro, e podia-se ficar em qualquer lugar da cidade, que era 100% seguro. Eu podia deixar o notebook na rua, ninguém ia mexer. É como se a cidade fosse a extensão da minha casa, quase um quintal. Porra, era maravilhoso. Eu saí de lá porque não aguentei viver todo esse tempo sozinho. Fiquei com saudades de coisas simples, mas que eu não tinha a vários anos. Como ouvir um bom dia de manhã, ou almoçar com alguém na mesa, em casa. As vezes ter até um café pronto, que outra pessoa fez. Ou então eu fazer, pra outra pessoa beber depois. Eu não tinha essas coisas. Eu tinha só um prato, uma colher, um garfo e uma faca. Tudo em 1. Me parece que depois de passar anos sem isso, eu passei a valorizar muito mais.

Penso que posso estar enrolando aqui. Pois é fato que trancado em casa, não vou conseguir vencer o vício. Falei isso pra minha mãe hoje.

O melhor remédio pro vício é ir viver a vida sem medo. Enquanto o medo de viver for maior, talvez o vício leve a vantagem.

Continuo tentando lidar com certos pensamentos. Sobre o fato deu não ter vida sexual. É difícil pra mim lidar com esses pensamentos. São um forte gatilho pra mim. Eu preciso desenvolver um jeito de lidar com esses pensamentos específicos. Pois eles são realmente um gatilho forte pra mim.

Um amigo um dia desses comentou que foi numa "casa de massagem". Pois é, a massagem das primas, hehe.

Acho que indo com um amigo, eu me sentiria mais encorajado. Sozinho, me falta algo. Bom, eu comentei com meu amigo que eu tenho medo de ficar "dependente" disso pra transar. Afinal, eu, diferentemente dele, tenho vida sexual nula. Eu tenho um certo receio de ficar nisso, recorrendo só a isso. Algo que me faria muito mal enquanto homem. Se sexo pra mim fosse sempre assim, pagando. Bom, é claro que ir eventualmente não teria problema. Mas eu fico receoso de gostar demais da coisa, e ficar dependente de algum modo. Quem sabe não venço esse medo e experimento uma vez. E avalio a experiência. Quem sabe não me faça bem de algum modo. Posso até me abrir pra GP, pedir umas dicas, coisas do tipo. No final das contas, acho que sozinho mesmo eu não iria. Acompanhado com alguém, as chances deu ir aumenta. De qualquer modo, meu interesse por isso não é muito alto. Ficaria no nível da experiência, da tentativa, da curiosidade.

Fico por aqui.

Se lembrem que esse caminho do reboot é muito abençoado: para o nosso crescimento, desenvolvimento, e melhoria enquanto ser humano, em TODOS os aspectos de nossas vidas. Beneficiando a nós mesmos, consequentemente, irá beneficiar TODOS ao nosso redor. Como isso é para O BEM e pelo AMOR geral de nós mesmos e da humanidade, isso aqui tudo com certeza conta com as bênçãos de Deus. A nossa batalha é NOBRE. É louvável. Isso tudo que passamos é para nosso próprio bem, no final das contas!  O negócio é continuar, não desistir desse barco.

Bom reboot pra vocês.

Aliócha escreveu:Recaí mais uma vez. Não devo ficar a mais de 7 dias limpo a meses. Meu diário deve estar ficando chato.

Cai no youtube (pois é, tem muita coisa no youtube....). Sabem, eu uso realmente o youtube pra coisas úteis e muito instrutivas, o youtube tem cursos inteiros dos temas os mais variados possíveis. Porém, tem também pornografia. Eu não queria bloquear o youtube. O que fazer? Não é a primeira vez que recaio por lá.

Hoje eu me abri com minha coroa sobre o vício. Falei uma série de coisas pra ela.

Falei que quando eu for grosso, estúpido, ou algo do tipo, é muito provável que eu tenha consumido pornografia.

Falei que isso me deixa burro, imaturo, defensivo, confuso.

Falei que isso é um vício de quem não cresceu. Ou de quem está evitando crescer, pra não assumir as responsabilidades da vida adulta.

Falei que isso coloca em risco a minha saúde mental.

Falei que eu nunca vou crescer, trabalhar, me desenvolver bem, ser feliz, ter responsabilidades, etc, enquanto eu permanecer no vício. E sinceramente, eu acho que isso é mesmo verdade.

Ela me ouviu atentamente. Me perguntou como ela pode me ajudar. Como ela poderia contribuir com a minha batalha.

Vejam que apoio eu tenho. E bastante, até. Da coroa então. Coroa é rainha. A minha me apoia, graças a Deus. E é uma excelente pessoa. Apoio eu tenho!

Porém, lutar e vencer por mim, ninguém vai.

Eu não lido bem com isso. Ou seja, eu não lido bem com a realidade. Pois o esforço da batalha de cada um, superar o vício (ou qualquer outro desafio que a vida nos colocou) é DE CADA UM PARA CONSIGO MESMO. Quem vai superar o seu problema? VOCÊ. Isso me parece a realidade. Qualquer coisa fora disso é engano, ilusão, loucura ou vício.

É isso que querem dizer quando falam: "está em suas mãos".

Vencer está mesmo em minhas mãos. Eu que não lido bem com isso. Eu não lido bem com a realidade. Me parece que todos os viciados possuem problema com isso. De não aceitar a vida, as suas regras, a sua dificuldade, as suas implicações. Os viciados tentam fugir das coisas como elas são.

Fugir da realidade, ao meu ver, só vai trazer sofrimento. Não tem jeito. Porém, acredito também que a realidade vai vencer no final. Ou seja: eu posso me drogar o quanto eu quiser, por não ter as coisas que eu quero, do jeito que eu quero. Porém, em algum momento o desespero vai bater forte, fortíssimo, e então eu vou me render. Sempre a de se voltar para o bom caminho.

Sempre é tempo de fazer o reboot. Sempre. Nunca é tarde para entrar nesse barco. Quem entrar no fórum com 60 anos de idade, determinado a parar com o vício em porn, irá colher benefícios.

Sabem, as pessoas costumam dizer coisas como: "eu pago meus vícios, ninguém tem nada a ver com isso". Ou então: "se o cara quiser beber, ele que beba 10 litros de cachaça. Não interferindo na liberdade dos outros, não matando ninguém com o carro, problema dele!"

As pessoas dizem: "se não interferir com a liberdade dos outros, cada um faça o que quiser. É problema de cada um".

Mas isso é falso. E eu já explico o porque.

Hoje eu recai, e acabei entrando em um estado meio de desespero.

Nisso, eu acabei berrando com minha mãe. Pois é, eu tratei ela mal. Efeito do vício. Estivesse eu com 20 dias limpo e eu JAMAIS teria esse tipo de atitude.

Pois bem, seria muito lindo se eu pudesse dizer "eu estou trancado no quarto consumindo porn, não estou forçando ninguém a ver, não estou atrapalhando ninguém, então foda-se, ninguém tem nada a ver com isso".

As coisas simplesmente não são assim. Ao menos, essa é a minha opinião.

Meu irmão me preocupou esses dias.

Eu sei que ele está com problemas. Ele não se abre muito, mas sei que está com algumas dificuldades.

De uns tempos pra cá, ele deu de trazer cerveja todos os dias pra casa,  pra beber depois do trabalho.

Hoje ele trouxe, além da cerveja, uma garrafa de vodka e 2 litros de refri. Eu nunca vi ele bebendo vodka com refrigerante aqui.

Eu pensei o seguinte: "ele está bebendo, pois está com problemas e não consegue relaxar. Na verdade o álcool não beneficia em nada. Ele acha que o álcool é um tipo de sonífero, porém, o sono alcoolizado não é nada bom pro corpo, não é reparador, não é nada disso. E agora, ele está bebendo bebidas mais fortes. É um claro caso de aumento da tolerância. Antes ele só bebia cerveja, agora precisa de umas doses de vodka pra ficar legal. Porra. Eu sei muito bem o que é isso, sei perfeitamente onde isso vai dar. Gostaria de alertar ele de algum modo".

Vocês sabem, as vezes pode ser difícil falar essas coisas. Amor em primeiro lugar. Sem nenhum tipo de julgamento.

Eu pensei muito em mim mesmo, quando vi ele nessa situação.

Fico pensando que minha mãe devia me observar do mesmo modo. Todas as vezes que olhava pra mim, e quando muitíssimas vezes, devia me ver triste. Devido ao vício. Ela devia me ver triste, mas não sabia o porque. Pois quando eu tinha 20 anos, e já estava imerso no vício a tempos, ela não tinha a mínima ideia de que eu sofria dessa doença. Vejam que ela tentou me ajudar, sem saber em detalhes do que eu sofria.

Do mesmo modo, eu olhei pro meu irmão. Com preocupação. As coisas se interferem e se interconectam, senhores. Eu consumindo porn, afeta tudo ao meu redor. Não só a mim. Meu irmão bebendo, afeta a todos, não só a ele. Podemos ajudar um ao outro, mas mudar de fato, é direito inalienável de cada um. Só nós podemos mudar, decidir mudar, se esforçar para mudar. SÓ VOCÊ. Quanto aos outros, onde não temos domínio algum, o jeito é rezar muito. É aquela oração do AA: "Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos, e Sabedoria para distinguir uma das outras".

Acho que ser bem resolvido com a família é uma questão básica e essencial pra qualquer pessoa. Não precisa ser próximo nem íntimo, caso a gente simplesmente não se dê bem com a família, ou realmente não tolere o clima ou os hábitos. Mas ser bem resolvido me parece uma questão fundamental. Ser bem resolvido é ficar com o coração limpo de mágoas. Eu felizmente, tenho tido bons progressos nisso. O que me fez muito bem, e indiretamente, interfere até no reboot. É incrível e lindo a liberação interna que ocorre, quando superamos essas coisas.

Tenho seguido com minhas terapias. É difícil avaliar. A melhora do quadro nem sempre é linear. As vezes piora para depois melhorar. São várias possibilidades. Vou continuar e ver. Eu tenho mais conhecimento e mais poder de fogo senhores, mas está difícil aplicar todo meu conhecimento!

Hoje considerei procurar algum psicólogo que trabalhe com tcc. Eu sou um amante da psicologia, mas nunca fiz uma sessão dessas. Eu sei que na terapia cognitivo comportamental, existe a "tarefa de casa". Que consiste em anotações de momentos chave, gatilhos, quais os sentimentos envolvidos em tais situações, e coisas do tipo. Eu pensei o seguinte: "porra, se for assim mesmo com essa tarefa de casa, a maioria deve largar essa terapia, pois isso com certeza é extremamente poderoso do ponto de vista dos resultados, porém, mais exigente de realizar, na prática. Isso não é para preguiçosos".  Por exemplo, em uma sessão de psicoterapia, ou de psicanálise, o sujeito se desloca até o lugar da sessão, fica lá por 50 minutos em média e sai. Claro que se pode refletir muito, longamente depois de uma sessão dessas. As coisas ficam, são trabalhadas pela mente. Porém, a sessão acaba ali, quando o sujeito sai do consultório. Dali ele pode ir pra qualquer lugar. Até ir beber cerveja com vodka , por que ficou perturbado com o que o analista falou. Não há algo como uma "tarefa de casa". Ter uma tarefa de casa aumenta o grau de dificuldade do processo. Exige mais disposição, mais energia, mais comprometimento, sei lá.

Essa é uma ferramenta e uma técnica que eu já conheço, mas não conheci isso lendo sobre Tcc. Aprendi em outro lugar. Claro que não é exatamente, 100% a mesma coisa, mas os princípios são extremamente semelhantes.

Anotar os momentos disfuncionais, como reagimos, e como nos sentimos no momento, tudo isso em palavras-chave, é uma das coisas mais poderosas que se pode fazer pra ir resolvendo aos poucos os nossos problemas interiores. Isso é do maior poder que vocês podem imaginar. É como ir desenhando um mapa de nós mesmos, que fica registrado em papel, visível, palpável. Podemos olhar aquilo depois e ir descobrindo padrões., conexões, descobrindo coisas sobre nós mesmos que não sabíamos antes. As coisas vão ficando mais e mais claras, conforme se avança nessa prática. Eu fiz isso uma vez por 4 dias, depois parei. Não achei muito fácil de executar, acho que exige um alto grau de disciplina, comprometimento e atenção. Acho que esse método é "pros fortes". Ou então "PARA QUEM QUER", até mesmo porque os resultados disso são fabulosos. Se bem que, parando pra pensar, é possível usar essa técnica restringindo-a aos momentos de fissura por porn. Quando bater a fissura, parar. Anotar: 1) o que e quando 2) como reagi 3) o que estou sentindo nesse momento. Eu acho que isso pode dar certo. Fica a dica pra quem quiser tentar. (negócio é andar com bloquinho na mão, pra anotar as pistas, que sem ser anotadas, iriam se perder no lago da consciência!).

Bom, no mais, eu não sei o que houve comigo, mas eu quase não saio de casa.

Eu estou, literalmente, juntando coragem pra sair de casa.

Devo dizer que estou na casa dos meus pais, onde as coisas são diferentes do lugar em que eu estava antes. No interior, acho que eu vivia muito melhor, sei lá. Em interior as coisas são diferentes. Lá tinha cachoeiras e 15 minutos do centro, e podia-se ficar em qualquer lugar da cidade, que era 100% seguro. Eu podia deixar o notebook na rua, ninguém ia mexer. É como se a cidade fosse a extensão da minha casa, quase um quintal. Porra, era maravilhoso. Eu saí de lá porque não aguentei viver todo esse tempo sozinho. Fiquei com saudades de coisas simples, mas que eu não tinha a vários anos. Como ouvir um bom dia de manhã, ou almoçar com alguém na mesa, em casa. As vezes ter até um café pronto, que outra pessoa fez. Ou então eu fazer, pra outra pessoa beber depois. Eu não tinha essas coisas. Eu tinha só um prato, uma colher, um garfo e uma faca. Tudo em 1. Me parece que depois de passar anos sem isso, eu passei a valorizar muito mais.

Penso que posso estar enrolando aqui. Pois é fato que trancado em casa, não vou conseguir vencer o vício. Falei isso pra minha mãe hoje.

O melhor remédio pro vício é ir viver a vida sem medo. Enquanto o medo de viver for maior, talvez o vício leve a vantagem.

Continuo tentando lidar com certos pensamentos. Sobre o fato deu não ter vida sexual. É difícil pra mim lidar com esses pensamentos. São um forte gatilho pra mim. Eu preciso desenvolver um jeito de lidar com esses pensamentos específicos. Pois eles são realmente um gatilho forte pra mim.

Um amigo um dia desses comentou que foi numa "casa de massagem". Pois é, a massagem das primas, hehe.

Acho que indo com um amigo, eu me sentiria mais encorajado. Sozinho, me falta algo. Bom, eu comentei com meu amigo que eu tenho medo de ficar "dependente" disso pra transar. Afinal, eu, diferentemente dele, tenho vida sexual nula. Eu tenho um certo receio de ficar nisso, recorrendo só a isso. Algo que me faria muito mal enquanto homem. Se sexo pra mim fosse sempre assim, pagando. Bom, é claro que ir eventualmente não teria problema. Mas eu fico receoso de gostar demais da coisa, e ficar dependente de algum modo. Quem sabe não venço esse medo e experimento uma vez. E avalio a experiência. Quem sabe não me faça bem de algum modo. Posso até me abrir pra GP, pedir umas dicas, coisas do tipo. No final das contas, acho que sozinho mesmo eu não iria. Acompanhado com alguém, as chances deu ir aumenta. De qualquer modo, meu interesse por isso não é muito alto. Ficaria no nível da experiência, da tentativa, da curiosidade.

Fico por aqui.

Se lembrem que esse caminho do reboot é muito abençoado: para o nosso crescimento, desenvolvimento, e melhoria enquanto ser humano, em TODOS os aspectos de nossas vidas. Beneficiando a nós mesmos, consequentemente, irá beneficiar TODOS ao nosso redor. Como isso é para O BEM e pelo AMOR geral de nós mesmos e da humanidade, isso aqui tudo com certeza conta com as bênçãos de Deus. A nossa batalha é NOBRE. É louvável. Isso tudo que passamos é para nosso próprio bem, no final das contas!  O negócio é continuar, não desistir desse barco.

Bom reboot pra vocês.

Muito bacana a sua reflexão guerreiro.
Apesar da queda, 'levante a poeira', faça as avaliações necessárias, e faça melhor daqui para frente!
Bora vencer essa guerra!!

Grande Abraço!

Vim aqui me esclarecer.

Estive lendo sobre terapia cognitivo comportamental. Extremamente útil, realmente muito bom. Eu posso inclusive aplicar algumas das ferramentas por conta própria. Claro que o correto, o ideal, seria procurar logo um psicólogo que trabalhe com isso, afinal ele tem domínio da ferramenta. E assim, meu processo poderia fluir de modo mais eficiente.

Pelo que já ficou evidente, eu tenho ferramentas, técnicas e conhecimento intelectual suficiente para vencer o vício. É que meu problema não é de ordem intelectual; é de outra natureza.

Sabem, eu estudo terapias, psicoterapias, por conta própria - não tenho formação nisso. As pessoas leigas costumam achar que buscar ajuda profissional é uma "solução". As vezes esperam algum tipo de resposta, ou algo do tipo. Isso pra não falar dos profissionais que são mau caráter, que prometem o que jamais poderiam cumprir.

Quem vai resolver o seu problema? VOCÊ! Se é você que vai resolver seu problema, onde estão as soluções, que tanto se busca fora? O prazer, a paz, o contentamento, o equílibrio que tanto se busca fora? Em VOCÊ!

Ajuda? O ebook está aí. Os colegas do fórum estão aí. Psicólogos, terapeutas, médicos, profissionais da saúde estão aí, e alguns deles "tratam" o vício em pornografia.

Eu vejo a ajuda como alguém que vai me dar uma excelente pá, para cavar terra. Ajuda pra mim é alguém que vai me ensinar uma boa técnica, de como cavar bem. Mas quem vai suar no meu terreno, manejar a pá, cavar a terra e encontrar o tesouro? EU.

Hoje me ocorreu - e me corrijam se eu estiver errado - que de modo geral, NÓS SABEMOS O QUE DEVEMOS FAZER PARA MUDAR.

Eu conclui, vejam bem, que QUALQUER UM PODE MUDAR A SUA VIDA, SE ASSIM O DECIDIR FIRMEMENTE DENTRO DE SI MESMO. Isso vale tanto para o vício, quanto pra qualquer outra coisa. Eu estou errado?

Cabe uma questão importante. Porque não fazemos o que tem que ser feito? Uma vez que SABEMOS EFETIVAMENTE o que fazer?

A resposta vai variar. Algumas são comuns. De qualquer modo, o reboot não é fácil. Não é tão difícil. Está em um tipo de meio termo. Sem dúvidas, se levado a sério os métodos e as técnicas, a coisa poderia ser resolvida em bem menos tempo.

APENAS VOCÊ PODE ESCOLHER MUDAR, E SEGUIR ESSE CAMINHO.

Não existe certo. Nem errado. Existem consequências, e cada um as sentirá de um modo. Cada um é que sabe o quanto está disposto, de fato, a lutar. Eu me encontro pouco disposto, admito aqui com os senhores.

Qual o segredo pro reboot, e pra própria vida em geral?

Auto conhecimento, senhores. Esse é o segredo da vida e de todas as coisas. Evidentemente, nem todos aqui irão enxergar a coisa por esse ângulo. Nem todos vão se identificar com esse modo de ver as coisas. Existem outros caminhos, outras possibilidades, e cada um deve escolher a mais adequada para si. No entanto, é esse o caminho que eu escolhi pra mim. Por me parecer o mais eficiente de todos.

Quem tem auto conhecimento, tem o maior tesouro de todos. O vício não resiste a um trabalho sério, regular, persistente, com métodos e técnicas corretamente aplicados. O vício não resiste a esse auto exame. Existem técnicas e métodos para se fazer isso. Não é só teoria. Eu tenho pouco de prática, e esse é o meu maior erro.

Porque deixei de lado minhas ferramentas de auto conhecimento? Deixar de lado minhas ferramentas de auto conhecimento é a mesma coisa que dizer sim ao vício.

Porque eu ESCOLHO (sim, trata-se de uma escolha, ainda mais no meu nível de consciência, são 6 anos de fórum) permanecer no vício? Essa é a pergunta de um milhão de dólares.

Eu posso, literalmente, dar um fim ao meu sofrimento. Na verdade, todos nós podemos. É isso que querem dizer, quando falam: "está em suas mãos". Isso é ou não é verdade?

Eu poderia resumir a coisa, utilizando jargões da psicologia, que esse é um conflito entre o ego e o espirito. No caso do viciado, o ego evidentemente cresceu demais. Ele se tornou a voz dominante e agora está controlando o barco. Todos nós precisamos do ego, é uma parte essencial do aparelho psíquico, porém as vezes ele pode inflacionar e crescer demais. Isso pode se tornar um problema. Na verdade, o vício em pornografia compromete o crescimento saudável do ego.

Acredito que o vício tem muito a ver com dar demasiada importância a si mesmo. Aos seus desejos. Nossos desejos são extremamente importantes, eles precisam ser satisfeitos agora, ou então eu vou ter uma crise. É, acho que quem é viciado dá uma grande importância a si mesmo. É realmente uma espécie de inflação do ego.

Como resolver isso?

Existem variadas respostas. Não acredito em um caminho único. A terapia cognitivo comportamental, por exemplo, vai buscar "enquadrar" os pensamentos disfuncionais dentro da realidade. Fazendo a pessoa ver, por exemplo, que ela não é um lixo. Pra ver que eu não sou um lixo, um merda babaca inútil, etc, basta eu olhar para mim mesmo com os olhos da realidade.

Ver com os olhos da realidade é deixar o ego um pouco de lado. Deixar meus pequenos desejos e frustrações de lado. Aprender a olhar para mim mesmo desse modo. Serenamente. Calmo.

Há um canto de paz dentro de cada um de nós, senhores. Eu recorro a isso com menos frequência do que deveria. Mas existe. Dentro de cada um de nós existe um lugar tranquilo de muita sabedoria. Quem buscar, vai encontrar.

Fazer isso todos os dias por 30 minutos, no mínimo. Um grande hábito, aliado da boa saúde mental. Que tem me faltado. Não só da saúde mental, como do auto conhecimento. O auto conhecimento é uma chave para o reboot, ao meu ver.

Estou em falta comigo mesmo, como vocês podem ver. E por isso, não estou tão firme nesse reboot. Espero que minhas reflexões possam ser úteis. Mesmo que eu não seja o melhor dos exemplos.

Excelente reboot para todos.

Recaí mais uma vez. Porém, acho que estou me aprofundando em meus processos. As coisas não são lineares. As vezes dá-se um passo para trás, e depois, dois pra frente.

Meu post passado foi excelente, ao meu ver. Chegou em pontos importantes. Vou desenvolve-lo mais, buscando associar todos esses conhecimentos ao vício em pornografia.

Primeiro, o vício em pornografia (ou qualquer outro vício) NÃO RESISTE a um trabalho sério, consistente e metódico de auto conhecimento. De auto exame.

Quando as coisas são minunciosamente verificadas, sobre a clara luz do dia, na plena realidade de si, sem distorções, o vício em pornografia derrete como o gelo diante do sol. Nem todos aqui vão agir desse modo. Essa é uma das possibilidades, e o caminho que eu escolhi para mim.

Também, senhores, é preciso avaliar, na luz claríssima da realidade, os custos envolvidos no reboot. Porque eu digo isso?

Porque um dos motivos mais comuns para não se fazer o reboot, ao meu ver, é NÃO ESTAR DISPOSTO A PAGAR O PREÇO.

Simplificando. Uma coisa é querer ficar no shape. Outra coisa é malhar regularmente por 6 meses ou 1 ano, se alimentar bem, dormir bem, e evitar drogas, pra ficar no shape.

O primeiro quer ficar forte, mas bebe álcool constantemente, as vezes fica a semana inteira sem malhar, até que vai parar de ir pra academia, e consequentemente, não vai ficar no shape. Talvez essa pessoa se sinta frustrada, porque não atingiu seus objetivos. Uma tendência NATURAL é culpar os outros. "Eu não tenho dinheiro" (mas gasta com cervejada todo fim de semana). "Em casa só tem fritura e coca cola" (é só fazer o seu próprio rango e não comer tudo que os outros comem). "Eu não tenho tempo" (tempo todos tem, a questão é qual é a prioridade e o quanto se quer, tem pessoas que trabalham todos os dias, nem por isso deixam de malhar, elas ajustam suas prioridades no seu tempo livre). A propósito, "eu não tenho tempo", geralmente significa: "isso não é a minha prioridade".

Em suma, a primeira atitude é culpar os outros ou as circunstâncias externas pelo nosso fracasso.

Quando a realidade é simplesmente que não pagamos o preço, para obter aquilo que queremos.

Você, que está imerso no vício, como eu estou.

Há um preço para se entrar nesse barco do reboot.

Os que não pagarem o preço vão cair, afundar, ou até desistir desse barco. Os que não pagarem o preço não vão entrar nessa viagem, para um mundo mais sereno, calmo, amoroso e feliz. O mundo distante do vício em pornografia.

Estamos dispostos a pagar integralmente o preço do reboot?

Essa é uma questão para se refletir. Não é pra responder superficialmente. Ou responder no desespero, quando a coisa aperta. É pra responder na luz clara da verdade. Na devida avaliação, refletida profundamente. É pra refletir com o coração, entendem? Deve ser uma decisão LIVRE e POR CONTA PRÓPRIA. São questões que só podemos resolver em nós mesmos, senhores. Ninguém poderá dar essa resposta para nós.

O reboot em si só começa quando se responde SIM, para essa pergunta. Um sim verdadeiro e autêntico, profundo, avaliado em todos os seus prós e contras. Só esse SIM serve. O sim vacilante, duvidoso, inseguro não serve. Esse é fruto de uma reflexão fraca, enviesada, falsa em algum ponto.

Sem essa resposta, não há reboot. Ou é sim. Ou é não. Sem meio termo. Só entra no barco quem responder SIM. Os outros estão aqui criando coragem, partilhando suas inseguranças, suas indecisões, suas dificuldades em pagar o preço pela viagem. Eu acredito ser um desses. Que estão no caís, vendo outros já distantes no horizonte, sendo encorajado pelos marinheiros já experientes, que foram e voltaram nessas veredas do vício. Eu venho partilhando com vocês o meu caminho preparatório para dizer SIM. Sim, para TODO O CUSTO, INTEGRAL, QUE O REBOOT ENVOLVE.

Não existe meio termo nessa resposta. Ou é sim. Ou é não. Recomendo que reflitam com a devida seriedade essa pergunta: estou disposto a pagar integralmente o preço do reboot, com todas as implicações que isso envolve? Então terão uma chave. E a possibilidade de um novo início, quiçá de uma nova vida. Muitos dos que não avançam no reboot (eu aqui incluido) é porque no fundo, deram uma resposta negativa pra essa pergunta. Mas eu quero mudar isso.

Não devemos fazer o reboot pelos outros. Ou pra agradar os outros. Essa motivação extrínseca não se mostra forte o suficiente para um processo longo, bem feito, firmado. As motivações devem ser intrínsecas. As motivações intrínsecas são as mais poderosas e efetivas.

Pois bem, em uma das minhas leituras sobre temas espirituais, li algo interessantíssimo, que acredito ser da maior valia para esse fórum. Pode ser adaptado, para os que não possuem crenças religiosas ou metafísicas.

Li que o verdadeiro amor à Deus significa trabalhar pelo seu auto desenvolvimento, pela sua melhoria enquanto ser humano, pelo seu crescimento e desenvolvimento. Trabalhar para ampliar sua consciência, superar as suas dificuldades, superar todas as coisas que nos impedem de sermos melhores, mais felizes, etc. Percebam que nisso, podemos incluir o vício em pornografia. Apenas os que fazem isso, podem verdadeiramente afirmar que amam e servem à Deus.

Belas orações, louvores, oferendas, missas e rituais. Tudo isso é muito bonito, útil, pode elevar o espírito, mas quando não há um trabalho pessoal para superar a si mesmo e os seus problemas, tudo isso são como ornamentos vazios, desprovidos de sentido. São apenas túnicas, castiçais, belos templos e lindos hinos de amor à Deus. Possuem seu valor material, valor enquanto belas palavras. Mas são espiritualmente vazios.

Ler, estudar temas espirituais. Ler livros sagrados. Tudo isso pode ser útil, bonito, etc. Mas sem um verdadeiro desejo de se auto superar, de resolver os seus problemas pessoais, se tornam palavras espiritualmente vazias. Só servem para mostrar aos outros como se sabe das coisas, ou para um falso conforto para uma vontade fraca. Se tornam palavras inócuas.

Dízimos, ajuda aos mais necessitados, etc. Muito bonito, ajuda muita gente, mas sem um verdadeiro desejo de se auto superar, de resolver os seus problemas, não deve passar de exercício de vaidade, desconectado de propósitos espirituais maiores.

Essa foi uma das coisas mais interessantes que eu li nos últimos tempos.

Eu particularmente, adapto isso ao meu caso particular.

Devo fazer o reboot por amor à Deus.

Amar à Deus significa dizer SIM para meu crescimento e desenvolvimento. Pra minha melhoria enquanto ser humano.

Amar à Deus significa LUTAR, vencer o vício, pois assim me tornarei um cara melhor em todos os sentidos, vou me superar e vencer, e depois ser uma ajuda fortíssima aqui no fórum, ajudando os outros.

Amar à Deus é trabalhar pelo seu auto desenvolvimento, trabalhar pra ser uma pessoa melhor. Sem isso, todo o resto são firulas e coisas de menor importância. Alguém que luta todos os dias para superar as suas más tendências, para educar a si mesmo, possui mais graça e está mais próximo de Deus, mesmo ateu,. Do que o teólogo que estuda as escrituras de uma ponta a outra, ou do que a pessoa que vai religiosamente em todas as missas e consagrações, mas que não olham para si e não se esforçam para superar suas más tendências. Lindas orações e pouco trabalho duro para se superar são só palavras bonitas, nada mais. Palavras bonitas eu tenho aqui, nos livros de Carlos Drummond de Andrade ou de Cecília Meireles. São lindos livros, mas não vão me ajudar a vencer o meu vício.

Portanto, seguindo esse raciocínio, eu opto por fazer o reboot, por amor a Deus. É isso que ele deseja: que eu me torne forte, me livre dos vícios, cresça, fique responsável, trabalhe por mim e pelos outros, e seja feliz. Longe do vício. Isso é amar e servir a Deus.

Percebam que nisso, senhores, eu já encontrei a minha motivação INTRÍNSECA. É fundamental que se encontre uma motivação intrínseca, para vencer nesse reboot.

Fiquem bem.

Vou levar meu processo a sério. Me aguardem. Eu chegarei no pódio.

Excelente reboot para todos.

Dia 3 do reboot (manterei tanto o contador atualizado, quanto o cabeçalho, sempre indicando o dia do reboot)

Senhores, ainda estou no início dessa tentativa, porém gostaria de dize a vocês que estou seriamente comprometido em erradicar o vício da minha vida.

Erradicar o vício para crescer emocionalmente, ficar mais responsável, dar passos mais largos na minha pequena existência sobre essa Terra. Erradicar o vício para conseguir AMAR de fato. Quem é viciado em porn, fica seriamente comprometido na sua capacidade de amar. E realmente, meu deus, eu não quero ser essa pessoa. Não quero e nem vou.

Bom, eu tenho ficado em casa o dia todo. Estou assim a algum tempo. Estou tentando entender se é uma vontade natural - e nesse caso, devo respeitar! Ou se isso indica algum possível problema.

Ficar em casa, de modo geral, não é muito favorável ao reboot. Mas não é um impedimento. Na verdade, existem 1001 coisas que eu poderia fazer em casa. Desde exercícios físicos. Até fazer desenhos aleatórios com papel e canetas coloridas. Algo que eu nunca fiz - seria, portanto, novas conexões cerebrais, atividades diferentes, aprendizados, desafios, etc. Tudo coisa que joga o vício de escanteio. Tudo possível de fazer em casa. Botar uma música e cantar junto: pode ser uma boa dose de dopamina. Poderia ser alguma música da Elis Regina por exemplo (eu gosto muito), com um profundo efeito emocional. Possível de fazer em casa. Pra jogar o vício pra bem longe.

Vejam como a vida é rica.

Vivendo e aprendendo jogar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo mas, aprendendo a jogar.

Pois bem, hoje eu resolvi sair de casa. Um evento em um bar. Sim, um bar (lugar de se beber álcool), porém, é um evento bacana. Tinha pessoas diferentes. Rolou um samba ao vivo. Foi legal.

Bebi cerveja.

Fisiologicamente falando, eu cometi um erro. Algo desforável pro reboot. Digo fisiologicamente, pois o álcool possui um efeito bastante específico, bastante determinado, e os quais eu já estou careca de saber. Muito mais por experiência própria do que pela ciência.

Falei com um amigo que o álcool de modo geral, não é benéfico, pois, ao que me parece, ele sempre aumenta nosso desejo, nos deixa com vontade de MAIS. Porra. Usar algo, seja lá o que for, que me deixe com vontade de MAIS, é um mau hábito.

Um mau hábito leva a outro mau hábito. Beber cerveja. Quem gostar de um cigarrinho, do industrial, ou do outro, o de artista, verdinho, é um pulo. Dai pro porn, a coisa fica fácil.

As coisas não são NECESSARIAMENTE assim. Uma grande força de vontade é capaz de encher a cara hoje e ir correr a meia maratona amanhã. O ser humano possui níveis de energia que absolutamente desconhecem. Definitivamente, poderiamos, se nos esforçassemos para tal, ser 1000 vezes mais felizes, produtivos, equilibrados, e capazes de coisas realmente inacreditáveis.

Bom, eu estou ok com a quantidade de álcool que bebi hoje. Não bebi um monte. Já estou bebendo bastante água. Amanhã eu vou acordar em um cenário levemente desforável pro reboot, por isso, vou beber mais e mais água. Já que o álcool desidrata o organismo, vou beber um monte de água (eu, quando bebo álcool, depois eu realmente bebo uns 4 copos de água de uma vez só, e 40 minutos depois, bebo mais 4, e tenho bons resultados).

O negócio é ir beber água pra combater o vício. Quem é muito viciado esquece de beber água. Desidratação não necessariamente é ficar com a pele seca e morrer de sede. Pode ser também em níveis sutis e leves. Vamos beber água gente, que é bom pra saúde.

O resultado de minha saída foi positivo.

Conversei. Interagi. Tinha algumas gatinhas no ambiente, mas não tive facilidades, oportunidades claras para interagir.

Eu sou um introvertido. Eu não sou o cara que vai chegar e ir falar com todas as pessoas que estão no ambiente. Não que eu não possa fazer isso. Mas isso não me é natural, digamos assim.

Ser você mesmo. É o melhor remédio para combater o vício. E também, pra conseguir transar, namorar, amar. Ser você mesmo. Ser você mesmo é a melhor coisa que se pode fazer. Auto aceitação É OURO, É DIAMANTE. São coisas que tem totalmente a ver com o vício. Quem se aceita como é não precisa de pornografia!!!

Bom, consegui interagir. Foi bom e positivo. A quantidade de álcool foi ok - só não posso ficar bebendo com frequência. Ai a coisa desanda, realmente. Mas tudo certo. Amanhã é outro dia.

Eu estou começando a sentir necessidade de sair de casa e interagir. Estou ficando com vontade de ver outras pessoas. Eu acho isso bom.

No sábado, vai ter o aniversário de um amigo. Eu irei. Vai ter um monte de gente lá. Vai ser muito bom pra mim. E também, se trata de um amigo muito querido. Um cara show de bola.

Sabem, hoje me bateu uma vontade danada de transar com uma GP....

Eu com certeza devo me reprimir absurdamente com isso. Sabem, eu sou tão opressor comigo mesmo quanto Hitler ou Stalin. Eu não sei como eu não me coloquei em um forno, pra virar pó, ou me metralhei, de tanto que eu me odiava. Eu já fiquei sem comer na casa de uns parentes, porque eu achava que eu não merecia aquilo. "eu sou um desgraçado e devia estar morto, é melhor eles darem a comida pros porcos ou pros cachorros. Eles tem mais valia do que eu".

Vejam, senhores, o quanto eu vou precisar ME AMAR. Isso é realmente o meu desafio de vida. Porque foi muito brutal o meu AUTO DESPREZO. Então, eu preciso realmente começar a aprender o amor do zero. São pequenas coisas!

Voltando um pouco, me bateu uma vontade danada de experimentar transar com uma GP. Nunca fiz isso.

Eu obviamente me reprimo pra isso. Pra essa experiência. Vou tratar meramente como um experimento. É ir lá e experimentar. Só isso.

Eu basicamente estou cansado de não transar a 7 ou 8 anos. Porra. Isso é foda. Se coloquem um pouco no meu lugar e imaginem como se sentiriam, se estivessem sem encostar em uma mulher, intimamente, a 7 ou 8 anos. É um exercício de empatia. Estou ficando cansado disso aí, entendem. Acho que ter uma vida sexual é ser si mesmo, se expressar, ser livre, espontâneo, não ter medo de si nem do outro, etc. São coisas da maior valia, amigos. E sem essas coisas, sem dúvidas fica faltando algo. Algo de importante.

Estive pensando que se algum amigo fosse comigo, seria bem mais fácil pra mim.

Hoje eu consultei GPs na internet. A cara do vício em porn, não é? Com fotos e tudo.

Mas eu não queria me masturbar. Não, não, eu queria transar.

Eu quero tomar essa decisão. Ou eu vou, porque eu quero ir. Ou eu desisto da ideia, porque não tenho real interesse. Quero me decidir. Estou fortemente tentado pelo sim. Eu acho que eu tenho MEDO de ser um cara que só vai conseguir fazer sexo se pagar. Acho que nada poderia me fazer mais mal como homem, do que só conseguir transar pagando. Bom, é um medo hipotético, do futuro. Transar uma vez com uma GP - o experimento - não vai me tornar essa pessoa, incapaz de se relacionar sem o dinheiro no meio.

Um amigo ficou de me indicar um lugar. Eu acho que ir presencialmente é muito melhor do que ficar vendo pela internet. Presencialmente tem outro clima. Até pra escolher a GP é outra coisa. Sabem, eu fiquei até com vontade de fazer uma massagem "tântrica". (tantra é uma antiga filosofia indiana, a galera distorceu a palavra completamente, kkkk). Eu fiquei com vontade de gastar uma grana alta, pra ter uma experiência top de linha, com tudo que tem direito. Uma massagem boa, feito por quem entende, me faria muito bem. Uma massagem erótica então, seria realmente maravilhoso. Deve ter umas profissionais que fazem um trabalho realmente fenomenal, se é que vocês me entendem. Eu fiquei com vontade de ir numa dessas. Gastaria fácil uns 400 reais ou até mais, nisso aí. Felizmente eu tenho essa grana, recebi de um trabalho que eu fiz uns meses atrás. De qualquer modo, acho que vou no lugar que meu amigo vai indicar, pra uma primeira experiência. Ele falou que lá é ok, bacana, agradável, etc. Eu creio que irei. Matar minha curiosidade. E tirar esse "7 anos sem transar".

Bom, por hoje é isso.

Baixei um livro de terapia cognitivo comportamental.

A terapia cognitivo comportamental possui coisas da maior valia, tanto para o vício em pornografia, quanto pra vários outros problemas. Eu nunca fui numa sessão dessas, estou pensando em começar a estudar porque sou um auto didata. De qualquer modo, recomendo fortemente a terapia cognitivo comportamental. Podem ir sem medo, que o negócio é incrível, muito bem embasado, e realmente eficiente.

Vou tomar banho, e dar uma meditada. Mesmo alcoolizado. Deus está em todos os lugares. Até entre os viciados. Quem chamar pelo nome Dele, em qualquer lugar e situação em que esteja, se for chamado com fé verdadeira, ele se fará presente. Deus é mais amoroso do que os seres humanos. Os seres humanos julgam o tempo inteiro. Julgam o tempo todo. Mas Deus é o único Juiz verdadeiro. Só ele tem o conhecimento de todos os fatores da vida de cada. Os outros, que me julgam por beber ou fumar, não sabem é caralhos de nada da minha vida.

Eu preciso ligar MENOS pro que os outros pensam sobre mim. Notei isso esses dias. Preciso meditar sobre esse ponto.

Amanhã é outro dia, amigos.

Todos os dias, é uma nova oportunidade.

Se há uma coisa que podemos ter a certeza, além da morte, é que o Sol virá, e amanhã teremos a oportunidade para tentar de novo todas as coisas que não deram certo hoje. Eu não sei se já houve algum dia em que o sol não apareceu. Ele não deve nem mesmo atrasar, senhores. Variar sim, mas atrasar, provavelmente não. Vejam como é a natureza. Perfeita.

Fiquem com Deus. Se lembrem que o reboot é um ato de amor à Deus. Melhorar, se desenvolver como ser humano, crescer, evoluir, amar mais. O reboot significa tudo isso. Como são coisas BOAS, para nós mesmos e para todos, essa é uma batalha abençoada, onde muitas forças do bem operam a nosso favor, caso estejamos comprometidos realmente com o reboot.

Excelente reboot para todos.

Dia 3 do reboot.

Pois recaí do último post pra cá. Também, me masturbei ontem. Vou falar sobre isso.

Primeiramente, começo dizendo que optei por métodos  mais particulares, no que diz respeito ao meu reboot. Nem todos vão se identificar. Talvez não sirva mesmo, para alguns. Para outros, vai funcionar muito bem.

O ebook sem dúvidas é um excelente, dos melhores pontos de partida. Os diários desse fórum constituem provavelmente o melhor acervo em língua portuguesa, sobre o vício. Ao longo dos diários, estão expostos métodos, técnicas, ferramentas, percussos, processos, etc. Disponibilidade de informação não é o problema, ao meu ver.

Pois bem amigos, esses dias eu mesmo fiz o meu batismo, e ESCOLHI seguir meu caminho espiritual. Isso tem a ver com o reboot, e vou explicar melhor a seguir.

Eu sou um estudioso das tradições espirituais. Já estudei sobre várias coisas. Nunca me interessei muito pelas tradições de origem afro. Quanto às linhas indígenas americanas, essas me atraem mais. A base é a tradição ocidental, já que crescemos ouvindo falar em Platão e Roma, além de Jesus. Porém, sou um apaixonado pelo oriente desde sempre, e sigo muito as tradições indianas (a Índia por si só é um mundo, extremamente plural). Falta-me conhecimentos sobre o budismo, que eu conheço muito pouco, quase nada. Ultimamente tenho lido sobre Gnose, e esta me revelou um outro Jesus Cristo, muito diferente do apresentado pelo catolicismo. Estudo aos poucos tudo isso, mas não me ligo institucionalmente a nada. Não preciso das instituições. Das dogmáticas então, eu fujo.

Como podem ver, são tradições diferentes, de lugares diferentes, de épocas diferentes. Mas o que elas tem em comum? Na verdade, elas possuem realmente muitas coisas em comum, mas para os fins do fórum, do reboot, qual é o ponto em comum que vai me servir como ferramenta e método para vencer o vício?

O auto conhecimento? Sim, poderia ser o auto conhecimento. Pois quem vem a conhecer as suas motivações, seus desejos ocultos, e as suas reações às coisas, decerto que esse será vitorioso sobre o vício. As técnicas de auto conhecimento, elas podem perfeitamente ser aplicadas ao combate contra o vício em pornografia. Sem papo de espiritualidade, só as ferramentas frias mesmo, para quem não acredita.

Eu prefiro pensar em termos de AUTO PURIFICAÇÃO. O que seria isso? Seria trabalhar para purificar a si mesmo. Purificar o corpo. A mente. A alma. Purificar, no meu entendimento, significa limpar e ir tirando os detritos e as sujeiras. Visando se preparar para receber as coisas boas. Para se visitar um rei, uma autoridade, deve-se estar bem trajado. Se for um rei espiritual, isso não significa roupas limpas, mas um coração limpo, uma mente ordenada. Duas coisas que com certeza estão longe do viciado em pornografia.

Todo caminho espiritual sério exige um esforço direcionado para a auto limpeza. É uma metáfora, mas serve perfeitamente para o entendimento até prático de como funciona a coisa. A pornografia constitui um poluente, um tóxico, um veneno, uma mancha. Todo caminho espiritual sério exige um esforço para a auto limpeza. Logo, eu concluo que o reboot é um pré requisito BÁSICO, ESSENCIAL, FUNDAMENTAL para qualquer um que queira adentrar esse caminho. Sem reboot, nada feito. É uma escolha.

O excesso de sujeira atrapalha brutalmente os sentimentos para as coisas boas...

Que tipo de energia eu vou atrair, se eu sair na rua sujo e imundo, cheio de pornografia na cabeça? É o lance do jardim.

Um jardim bonito e bem cuidado vai atrair todos os tipos de seres, que vão ter ali um lugar pacífico, acolhedor, em que se sentem a vontade. Isso inclui também as pessoas. As pessoas gostam de lugares bem cuidados, e ali se reunem, geralmente de modo pacífico e amistoso.

Um jardim feio, sujo e abandonado vai atrair o que? Usuários de crack, que vão ter ali um lugar adequado para alimentarem a má energia. Que leva a tudo de ruim que se possa imaginar.

Eu me expresso aqui em termos de metáforas, mas pra mim é uma verdade que uma pessoa que é viciada em pornografia, entrega-se a seus maus sentimentos e pensamentos. A idéias más. As vezes cruéis. Injustas. Tudo fica confuso. Tudo isso cria uma "paisagem interior", que é muito real. Isso afeta diretamente a nossa vida. Porque as coisas estão dando errado? Basta olhar para o que se passa dentro de si mesmo. E o que se passa dentro de si mesmo, depois de consumir porn? Há um cenário. É o nosso jardim. Só nós podemos cuidar dele, esse é o lance.

Vejam que falo tudo isso pensando no vício em pornografia. Aparentemente pode não ter nada a ver. Mas na minha cabeça tem tudo a ver.

A pornografia é uma doença, senhores. Como doença, afeta todos os níveis de uma pessoa. Somos corpo. Somos mente. E talvez espírito. O vício em pornografia afeta a pessoa como um todo, ou seja, todas as suas partes. Atacar de todos os lados possíveis: sem dúvidas um excelente conselho, que só vem a contribuir.

O que eu quis dizer com tudo isso é que irei me dedicar fortemente nessa tentativa, COM TUDO QUE ISSO IMPLICA, para vencer o vício em pornografia.

Minha motivação: amor à Deus. Uma motivação intrínseca. Motivações externas - porque minha namorada me pediu pra fazer reboot - não costumam dar certo. É preciso encontrar em si uma forte motivação intrínseca. A minha me parece a maior e melhor motivação de todas. Faço o reboot em nome do Sol, dos pássaros que cantam, da internet, do sambinha do Paulinho da Viola que escuto agora, em nome de todos vocês que estão aqui, de todas as coisas existentes. Faço o reboot por amor ao Senhor de todas as coisas.

Eu irei vencer. E vocês também, se assim o determinar dentro de si mesmo. Esse é o passo importante: a decisão interior, bem pensada, avaliada, disposta a pagar integralmente o preço, para vencer o vício e melhorar de vida. Esse é o passo fundamental, que muitos que estão aqui a vários anos, ainda não tomaram. Noto que aqui nesse fórum, partilhamos não só o processo do reboot em si - seguir o método do ebook à risca, integralmente, sem fugir de nada. Como, digamos, a aceitação do sujeito de que vai ter que seguir todas essas regras para vencer. Alguns aqui estão no barco do reboot. Outros, estão no porto, admirando os marinheiros experientes, "namorando" a paisagem, sonhando com o pódio. Escrevem aqui, desejam vencer, mas ainda não entraram no barco de fato. Falta uma decisão interior forte. Um fundamento. Eu mesmo estive aqui enrolando, nos últimos meses. Agora é claro pra mim, como eu ainda não possuía esse fundamento da decisão. Mas agora eu quero. Eu ESCOLHO DE BOA VONTADE FAZER O REBOOT, COM TODO O ESFORÇO QUE ISSO IMPLICA.

Que uns cheguem hoje, outros amanhã, ou ainda, daqui a 6 meses, pouco importa. Cada um caminha no seu ritmo. Uns aqui são ricos, não precisam trabalhar. Outros trabalham o dia todo. Alguns aqui tomam remédios diversos, talvez psiquiátricos. Outros possuem boa saúde geral. Uns consomem outras drogas além da pornografia. Outros, só a pornografia. Uns consomem muitas vezes todo dia. Outros, algumas vezes na semana. Uns namoram, possuem vida sexual desde cedo. Outros são virgens aos 30 anos. Uns são religiosos. Outros, céticos. E entre cada um desses extremos, existem mil matizes e variações O que todos aqui possuem de semelhante: todos são viciados em pornografia.

Absolutamente, não se comparem aos outros. É um conselho que deixo aqui registrado.

Agora a tarde vou fazer a barba, sair, cortar o cabelo.

O tempo aqui é só frio e chuva. Acaba que isso interfere muito no nosso humor. Nos deixa mais em casa, mais introspectivos, talvez mais melancólicos.

Se tiver um pouco de sol, vou na praia.

Ontem eu me masturbei. Uma bobeira. Poderia ter evitado facilmente.

Infelizmente, me condicionei a procurar material pornográfico ou softcore no youtube. E isso é um problema. Verei o que faço quanto a isso.

Não posso e não irei tratar softcore como algo menor. Vai atrapalhar meus objetivos igualmente.

Devo fazer um treino mental, pessoal, para rebater alguns sentimentos e pensamentos constantes, que geralmente levam à recaída. Tenho os meios para tal. É só trabalhar duro.

É melhor aceitar de bom grado, todo o esforço necessário para se fazer o reboot. Aceitar DE BOA VONTADE. É o caminho para se ter sucesso. Fruto de uma escolha realista, com pés no chão.

Eu retornarei amigos, com MAIS DIAS NO CONTADOR.

Excelente reboot para todos!

Siga sempre em frente, meu nobre Aliócha!

Se o que você busca lhe ajuda no seu percurso para manter-se longe da PMO, continue buscando isso. De fato, a espiritualidade dá um sentido à nossa existência, e é sempre bom seguirmos aquela espiritualidade com a qual nós mais nos identificamos.

Torcendo por você, mano.

Grande abraço!

Grato, Gardenzio!

Dia 3 do reboot (sempre colocarei o dia aqui, no topo do post).

Também, manterei o contador atualizado.

Como podem ver, tive uma recaída e aqui estou, novamente no dia 3. Também, tentarei postar apenas quando atingir o mesmo dia ou mais, pra não ficar fazendo postagens desnecessárias sem progresso.

Hoje me masturbei, de um modo que achei preocupante, pois agi de forma automática, como se não tivesse nenhum controle. Achei isso um pouco preocupante, é a primeira vez, que eu me lembre, que aconteceu assim, tão automático e impulsivo.

Também, pra mim é muito claro que ainda vivo sob o signo do trauma. É foda.

Vejo dois tipos de pessoas aqui no fórum: os que tem sérios e profundos problemas, e os que são viciados, mas não tem problemas tão profundos assim. Acho que as pessoas que chegam aos 90 dias rápido, devem ser do tipo que possuem menos problemas. As que levam anos pra chegar aos 90 dias são as que possuem problemas mais profundos.

Eis a lógica do Toguro - quem não consegue passar 7 dias sem porn é porque não quer. É má vontade, simplesmente. (o que ele dizia era mais ou menos isso). Essa é uma forma de pensar muito dura, porém, acredito ser verdadeiro e válido. Então eu vejo duas possibilidades: 1) ou a pessoa está em tal estado de caos que simplesmente não consegue mesmo se segurar   OU   2) essa pessoa não tomou uma decisão séria e madura. Não avaliou bem, finge pra si mesmo que está no barco, mas não faz por onde, e assim vai levando. Eu me enquadro na segunda opção.

Quero levar essa tentativa a sério. O que significa levar essa tentativa a sério? Essa é uma excelente questão para se refletir, pra meditar.

Avaliando de forma objetiva como tenho vivido, acho que realmente não tenho levado a sério como deveria. Não estou seguindo à risca todos os preceitos. Isso também é uma questão que eu devo meditar.

Acredito que cada um tem a sua forma de se sentir bem. O ebook é um principio.  Saber o que é bom pra saúde, todos sabem. Exercícios, boa alimentação, não usar drogas (o que inclui porn). Isso todos sabem. É porque a vida não é apenas "saber". A vida é VIVER. E pra se viver, até pra se fazer o reboot, tem que se correr algum risco. Viver é arriscado, senhores, essa é que é a verdade. Mas quem fica paralisado por causa disso não vai viver bem. E nem vai conseguir fazer o reboot. Eu já estive fortemente nesse lugar, de paralisia diante da vida, mas estou saindo disso aos poucos.

Reboot é sobre sair da zona de conforto, essa é que é a verdade. Sem sair da zona de conforto em algum momento, as chances de progresso são baixas, ao meu ver.

Eu estou em uma fase bastante especifica. Sem querer sair de casa. Conclui que devo respeitar isso, pois é minha vontade natural. Não estou me sentindo mal com isso, realmente. Fico ansioso, pensando no que vou fazer. No que eu realmente quero fazer. A um tempo atrás eu fiz uma prova de mestrado pela primeira vez na vida, e não passei. Um mestrado é realmente algo que eu desejo. Vai ter outra seleção em outra universidade daqui, e é preciso ter um projeto pronto. Eu estou tendo dificuldades em elaborar meu projeto. Em encontrar um tema, mais especificamente. Eu teria que ficar lendo coisas da área - o que evidentemente iria me abrir possibilidades. Ler coisas da área é absolutamente necessário pra eu fazer meu projeto. Vou ter que sentar e estudar, é isso. (ainda preciso selecionar a bibliografia, mas já tenho algumas coisas aqui). Eu estou realmente bem perdido quanto a isso, senhores!

Realmente, um mestrado tem tudo a ver comigo, com meus propósitos e objetivos, com o tipo de vida que eu gostaria de levar. Com a parte profissional, tem tudo a ver. Claro, quando eu terminar o mestrado, vou ser mais um desempregado, procurando emprego na área. Quem se dedica a estudar uma área específica quer aquilo, não ir procurar empregos aleatórios. As vezes me preocupo com isso, mas não devo levar a preocupação muito a sério. Preocupação não leva a lugar nenhum - sequer é uma reflexão, são só ideias sabotadoras dando voltas. Eu estaria disposto a ir pra outro estado do Brasil trabalhar na minha área. Seria muito desafiante, é claro, mas eu tentaria.

Realização profissional é algo muito, muito importante pra mim. Eu quero trabalhar com o que é significativo pra mim. Ficar anos e anos trabalhando com coisas alheias aos meus interesses pessoais seria deletério pra mim. Bom, acho que a maioria das pessoas que estão trabalhando com coisas que não gostam, o fazem por força da necessidade, mas sempre se articulando pra sair dali e achar outra coisa melhor, mais adequada. Frequentemente se ouve: "faço universidade pra trabalhar com a caneta, ao invés da enxada". Acho que faz algum sentido. Quem quer um trabalho extremamente desgastante, e que paga pouco? Hoje, o salário mínimo vai a 1300, se não me engano, um pouco mais do que isso. Quem paga aluguel ganhando isso está ferrado, mas essa é outra história. Em suma, tudo relacionado a trabalho é confuso pra mim, embora eu tenha uma clara direção. Ainda assim, tudo isso é muito obscuro pra mim. Talvez eu sinta medo de seguir o meu caminho.

Amanhã e depois de amanhã, terei um curso online. Um curso do meu interesse. Não gosto muito do formato online, admito. Mas farei o curso - até mesmo porque essa é a única modalidade dele, não existe esse curso presencial aqui no meu estado. O curso é de manhã e a tarde. Termina as 17:00. Logo, estarei ocupado durante a maior parte dos próximos dois dias. Me dedicando a esse curso.

Vou dar umas palavras sobre vida espiritual.

Acredito que o estudo dos temas espirituais, em muitos casos, devem ser levados do ponto de vista PESSOAL. O que quero dizer com isso? Que ao ler a bíblia, por exemplo, um trecho, deve-se pensar: "como isso se aplica A MIM?"

Eu acredito muito em uma espiritualidade PESSOAL. A relação com Deus é PESSOAL, é minha. Eu sou um ser único, com as minhas necessidades particulares. Como eu sou, o que faço, no que acredito, tudo isso são coisas PESSOAIS, e apenas DEUS sabe disso tudo. Ele que me fez assim. Acredito, em suma, que o contato PESSOAL com Deus é o caminho. A obra de Deus é muito ampla e rica, e existem seres humanos extremamente diversos de mim. Muitos preferem as religiões, necessitam desse apoio externo, da igreja, do livro, da hóstia, etc. É isso que torna a vida maravilhosa: a variedade. De pessoas, de caminhos, de métodos e de formas. E não há nada de errado com ninguém. Cada um é do jeito que é.

Continuando esse raciocínio, busco desenvolver minha relação com o mestre Jesus de duas formas

1 - Como amigo. Pois com ele posso me abrir PLENAMENTE. SEM SEGREDOS. Nada devo deixar oculto diante desse amigo, pois ele é o melhor amigo de todos, pleno em amor e bênçãos, em justiça e sabedoria. Nada devo temer desse julgamento, pois ele é o julgamento perfeito, o único que tem pleno conhecimento de TODOS os fatores envolvidos. É o amigo que devo buscar, quando estiver aflito, sem esperanças, triste, etc. Nele terei tudo para dissipar as sombras e ficar forte.

2 - Como mestre. Pois ele é o mestre, o professor. Com quem devo tomar aulas. Me instruir mesmo. Aprender as lições sobre como se viver. São aulas, que tenho no meu quarto, sentado em uma cadeira, e a qual exige uma preparação. No sentido da meditação, da quietude, da calma, da oração. Segue-se a aula, a aula com o mestre que leva ao viver pleno. Eu ainda não pego essas aulas todos os dias. Eu gostaria de ter essas aulas TODOS OS DIAS, pois isso iria me deixar forte como um touro. No entanto, ainda não consigo. É preciso aceitar-me no estado em que estou, e isso é um tanto quanto difícil.

Também, isso é uma relação. Como ter uma relação boa com um amigo? As mesmas regras se aplicam, pois isso é igualmente, uma relação. Deve-se cultivar a amizade. Deve-se usufruir dos bons momentos - e dos maus também. Não se deve buscar os amigos apenas na hora da forte necessidade. Toda relação tem que ser cultivada, do jeito saudável pra relação ser boa, ao invés de tóxica. Pode-se também cultivar essa relação com o mestre. Quanto mais for cultivada, melhor e mais forte será essa relação.

Essa é uma interpretação pessoal e adequada para mim. Talvez ler isso possa ajudar outras pessoas, de algum modo.

Vou ficar por aqui, nesse dia abençoado. Como todos os dias são. Abençoados.

Fiquem bem. Se passaram o dia de hoje limpos, isso é motivo de bem estar e agradecimento.

Excelente reboot para todos.

Eu recaí mais uma vez. Primeiro com softcore. Depois, porn.

Reboot com softcore não é reboot, apesar do softcore ter um efeito menos maléfico. Complicado é que eu consumo no youtube. Admito que eu não quero tomar a medida radical de bloquear o youtube, até porque eu também uso pra coisas úteis e muito benéficas.

Bom, eu compreendo que cheguei no ponto em que ninguém pode mais me ajudar, apenas incentivar, falar coisas boas, etc. Na verdade, acho que isso se aplica a todos que possuem os conhecimentos de como se fazer o reboot.

A ferramenta (o ebook, por exemplo) é SIMPLES. Basta seguir o método à risca. Quem tem esse conhecimento, essa ferramenta, talvez seja DECISÃO SUA. De seguir à risca ou não. E a decisão deve ser INTEGRAL. Se eu me decidi a fazer o reboot, e repentinamente surge aquela voz dizendo "vai lá, olha que gostosa, abre o pvideos". E eu sou CONDIZENTE com essa voz,  dou ouvidos a ela, significa que há uma parte de mim que não quer o reboot. Na verdade, essa parte sempre existirá! Porém, a VONTADE CONSCIENTE deve SE IMPOR sobre essa voz. Deve superar ela. Isso é uma luta, uma longa batalha. Nós iremos vencer., na proporção direta de nossos esforços. NENHUM esforço sincero é em vão. NENHUM, absolutamente, por menor que seja. Pequenas vitórias ficam registradas na nossa mente. São reconhecidas pelo nosso espírito. Iremos vencer. Uns mais lentamente, outros mais rapidamente. RESPEITEM O SEU TEMPO INDIVIDUAL. E jamais se comparem com os outros! (deveria escrever isso na parede do meu quarto). O reboot é coisa de cada um para consigo mesmo. No fundo, não devemos satisfação a ninguém, só a Deus.

Porque não se comparar aos outros?

Um jovem de porto alegre faturou o primeiro milhão aos 19 anos. (talvez ele tenha problemas com pornografia. Quem vai saber? Não sabemos da vida íntima dessas pessoas, só dos aspectos positivos. Ele pode perfeitamente ser um viciado em pornografia, não interessa o quanto de dinheiro ele tenha).

Uma atriz da globo está no terceiro relacionamento, aos 22 anos. (eu perdi a virgindade aos 27, porém, eu não sou ela! Não faz sentido??)

Outros atores famosos se descobriram na profissão cedo. 20 anos, encontrado e bem sucedido na profissão! (Ousmane Sembène, um grande artista do Senegal - não é conhecido, mas foi o que me veio à mente. Frequentou a escola até os 14 anos, passou por mil empregos e ocupações diferentes - pescador, mecânico, pedreiro, militar. Aos 40 anos, se tornou um dos artistas mais reconhecidos de seu país, e em sua obra percebe-se a nítida influência e sabedoria que apenas a vida que ele teve podia dar).

Qual é a questão?

Deus deu a cada uma dessas pessoas uma missão e uma tarefa diferente. Não é melhor nem pior, são apenas diferentes.

Impôs condições externas diferentes.

Deu um corpo, um tipo de cabelo, uma cor de pele, uma condição genética qualquer, para cada um.

Deus espera coisas diferentes de cada pessoa. Deus não espera que o empresário gordo, fumante e sedentário vença os 100 metros rasos nas olímpiadas. Não é essa a tarefa que lhe cabe. Cada caminho é único.

Portanto, não há sentido algum em eu me comparar com quem quer que seja. Eu desejo levar essa reflexão mais a fundo. Enfim.

A frase clichê:

"Seja você mesmo, porque todos os outros já existem".

Também, lembrar que TUDO É APRENDIZADO. O aprendizado é a lei da vida, senhores.

Vejam bem. É comum sentirmos que estamos dando voltas em círculos, no que diz respeito ao vício. Achamos até que não estamos avançando. Porém, isso é FALSO. Porque eu digo isso?

Porque o círculo possui muitas minúcias e pequenas chaves, as quais uma vez conhecidas, possibilitam a saída dele. Pra sair da prisão, só com as chaves. O negócio é que a chave pode estar "escondida", digamos assim. O fato da chave estar escondida nos força a procurar MINUNCIOSAMENTE por TODOS OS LUGARES. Para procurar nos mínimos detalhes, teremos que dar voltas e mais voltas, olhar mil vezes o mesmo cômodo, conferir uma fresta, conferir o telhado, conferir se o chão tem algum fundo falso, etc. Isso são as voltas no círculo do vício - mais uma vez no mesmo lugar. Estamos novamente no mesmo ciclo. Não saímos dele, porque ainda não vasculhamos todos os centímetros desse círculo. No entanto, a cada volta, olhamos mais pontos e temos mais conhecimentos do percurso. Ajustamos uma coisa aqui. Encontramos outro detalhe ali. Até achar a chave. Vários encontraram, e já estão em outro desafio de vida.

Sabem, eu não preciso de mais conhecimento. Eu tenho as ferramentas pra fazer minha própria terapia. O negócio é que o reboot (e a vida) não é APENAS sobre conhecimento e intelecto. Conhecimento e intelecto é MUITO BOM, ok, mas APENAS isso não leva à uma vida bacana. Eu posso ter lido a Ética de Spinoza (ainda não li, foi só um exemplo) e dar aulas de filosofia, falar de metafísica, etc, e alguns podem me admirar por isso. Mas me coloque diante de uma mulher atraente que quer transar comigo. Não vou saber o que fazer. Um adolescente de 16 anos, meu aluno na aula de filosofia, vai ter um entendimento muito melhor do que eu, sobre essa situação especifica. Talvez transe e fique relaxado e tranquilo, ao contrário de mim, que vivo na extrema tensão, ressentimento, inveja, etc. No que eu penso que eu poderia pedir umas aulas pra esse adolescente. Pra ele me ensinar sobre essas coisas essenciais da vida. E isso não é nenhum problema, na verdade. O doutor tem muito o que aprender com o analfabeto. Assim é a vida.

Esse lance do saber demais e sentir de menos constitui minha falha trágica. Mas não foi totalmente inútil. Posso afirmar que disponho realmente, do conhecimento de técnicas e ferramentas fabulosas. Tudo fruto do estudo. Uso-as na medida do possível, mas ainda não atingi todo meu poder de fogo.

Sigo no reboot.

Preciso tomar a decisão firme de bloquear a internet, deixar livre só 1 ou 2 horas no dia. Isso só iria me trazer BENEFÍCIOS, sinceramente. E também, iria ajudar MUITO no reboot.

Vou fazer aqui uma breve reflexão filosófica.

Os indianos tem o conceito de karma. Esses conceitos nunca são fáceis de compreender em sua plenitude. Embora seja muito associado a "vidas passadas", o karma pode ser entendido simplesmente como ação e reação. Então se eu cometer um crime e for preso, isso vai ser uma consequência de minha ação. Se eu consumir pornografia e me sentir triste e deprimido, isso vai ser uma consequência da minha ação. Isso também é karma. Bom, os indianos estudaram isso a fundo, desenvolveram um pensamento especulativo filosófico muito profundo sobre o karma.

Primeiro princípio: A ação de ontem já foi feita. Não há como barrar a consequência. A colheita é obrigatória, como se diz. Só podemos evitar as más ações no futuro. O erro de ontem, de 10 anos atrás, ou de apenas 5 minutos, terá sua consequência, inevitável e obrigatoriamente. Quanto ao passado, nada se pode fazer. Só em relação ao presente ou futuro.

Em relação às consequências, temos pouco ou nenhum controle sobre isso.

Um dia desses, vi uma reportagem, em que um cara era preso, depois de 15 anos cometido o crime. Estava na lista de procurado, vivia sua vida tranquilamente. Aposto que 15 anos depois, o cara nem devia pensar na possibilidade de ser preso. Mas a polícia bateu na porta dele, e foi levado. Por algo que ele cometeu 15 anos antes! Isso também é karma - ação e consequência.

Onde eu quero chegar e o que isso tem a ver com o reboot?

Quero dizer que podemos tomar as decisões certas, e DEMORAR pra colher os frutos.

Quero dizer que mesmo depois da decisão correta ser tomada, ainda vamos colher do plantio passado, pois é o que está maduro. O que foi plantado uns meses atrás! (pra comprovar o que digo, muitos que estão com 90 ou mais dias de reboot ainda sofrem consequências do vício, como a própria DE).

Quero dizer também que quanto mais conseguirmos ligar causa e consequência, melhor estaremos. Quanto mais tivermos consciência dos nossos problemas, e da sua relação direta com o vício, isso é um avanço.

Por fim, que quem recaiu possa levantar e tentar de novo.  Sem vergonha, sem culpa, por não ter passado na prova.

Se fomos maus alunos, teremos que arcar com a consequência direta disso. Da lei do karma, ninguém foge. A lei do karma é impessoal, implacável. É impossível fugir da lei do karma.

Mas SEMPRE podemos passar a estudar HOJE, se dedicar HOJE, afim de tentar mais uma vez a prova.

Por fim, deixo a sabedoria suprema do mestre. Palavras que estão muito acima da minha compreensão, motivo pelo qual devo constantemente pensar nelas.

"Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal."

Que possamos meditar nessas palavras. E que essas palavras confortem todos aqueles que tiverem recaído, ou que estejam aflitos por algum motivo.

Como não quero enrolar muito aqui no fórum, nem mentir excessivamente para mim mesmo, não vou ficar postando com muita frequência. Só quando superar alguns dias, pra chegar aqui com dignidade e autoridade de quem está limpo.

Fiquem bem.

Excelente reboot para todos nós.

Mais um post.

Vou falar de várias coisas, mas meu intuito aqui é ser útil.

Sabem, estou estudando a obra do Jung a um tempo. Carl Gustav Jung, o famoso médico suíço. Um grande mestre, ao meu ver. Pois bem, o Jung possui a sua teoria sobre o aparelho psíquico. Ou seja, sobre os mecanismos básicos de funcionamento da nossa psique. Psique vem do grego, significando basicamente "alma", e é também a raiz da palavra "psicologia". Psyché (alma, espírito) + logia (estudo, compreensão) = Psicologia. Voltando ao Jung, sua teoria do aparelho psíquico está espalhada ao longo de sua obra. E como o mestre era muito erudito e profundo, o estudo de sua obra não é fácil nem simples. Pode-se recorrer aos comentadores, os "resumistas", ou seja, pessoas que leram todos os livros do Jung e resumiram a coisa em 200 páginas. Esse tipo de leitura também funciona bem, especialmente pra quem não tem interesse em se aprofundar. Eu prefiro ler direto da fonte.

Acho que esse conhecimento é maravilhoso, acrescenta enormemente à minha vida, me ajuda a entender melhor os outros que são diferentes de mim. Entender melhor as minhas reações e as dos outros. Em suma, a obra do Jung é uma maravilha para quem busca auto conhecimento. Me ajuda diretamente na compreensão do meu vício. Também, amplia minhas possibilidades de manejo do vício, assim como esclarece as suas causas mais profundas

Hoje meu dia foi ok. Ontem eu bebi duas ou três cervejas com um amigo. Eu estou sem beber - ontem foi totalmente ocasional. Bom, álcool virou um tipo de veneno pra mim. Porém, eu bebi grande quantidade de água, e acaba que ficou tudo bem. Sabem, eu acho que peguei um profundo asco de ressaca. Já devo ter passado tão mal com isso que hoje eu penso: "nunca mais quero passar por essa situação, de acordar de manhã destruído, passando mal, com dor de cabeça e fraco. Eu não, Deus me livre guarde dessa falta de amor!".

Mas eu acordei bem, apesar de ter bebido ontem.

Sabem, eu larguei os exercícios físicos....

Acredito que pelo meu perfil, biótipo, condição genética, constituição psicológica e histórico de vida, essas coisas são extremamente difíceis pra mim, de implementar como hábito.

Estou me desculpando, me justificando? Não é isso.

Sabem, eu sempre quis ter um corpo mais forte. Isso é um fato. Eu só devo refletir se isso implica em algum tipo de não aceitação de mim mesmo. Porque nesse caso, seria prejudicial ficar alimentando essa ideia, de que "eu preciso ser mais forte". O complicado é se aceitar, putz! Como isso é difícil!

Alguém que se aceita não precisa de pornografia, simples assim.

Onde eu não estou me aceitando? Eu já tenho uma boa parte dessa resposta, senhores.

Sabem, eu percebi que minhas ultimas quedas estão relacionadas com um pensamento. Praticamente uma palavra chave. Uma palavra que é um gatilho. Um gatilho muito poderoso mesmo, quase irresistível sobre mim.

Acredito que o fato de várias de minhas quedas estarem diretamente ligadas a uma PALAVRA é algo do maior interesse psicológico. É uma palavra pornográfica, que com certeza poderia ser o gatilho de muitos para mim. Mas eu resolvi refletir sobre essa questão, pensando inclusive do ponto de vista da teoria junguiana do funcionamento da psique. (espero não estar sendo chato trazendo esses termos aqui pro fórum, mas espero estar ajudando alguém, quem sabe).

Uma palavra mental, que é também um pensamento, é um gatilho poderoso para mim.

Esse pensamento está altamente carregado de energia psíquica. Ou seja, ele é poderoso e consegue mobilizar minha atenção, me fazer parar tudo para dar atenção a ele. Como lidar com um pensamento que, em termos psíquicos, é como um furacão, mexendo profundamente conosco? E que pode até mesmo nos fazer recair?

De certo modo o reboot é sobre isso: eliminar o hiperfoco energético que ocorre com a pornografia.

A solução só pode passar por uma desmobilização energética. Uma diminuição dessa energia girando em torno da pornografia. O reboot naturalmente possui esse efeito: de eliminar em nós qualquer desarmonia ou vibração equivocada em relação a esse tema.

Outra parte da solução seria criar um método de lidar diretamente com esses pensamentos, quando eles surgirem. Sim, criar um método de ação direta! Pra não ser tomado de assalto por um pensamento-gatilho!

Criar um método de ação direta até pra aquela voz que diz: "vai lá, só um pouco, você quer sim ver aquele vídeo".

Acredito que criar um método de ação direta para lidar com quaisquer pensamentos ou ideias que nos arrastem para o vício é algo da mais fundamental importância. Acho que de certo modo, cada um faz isso ao seu próprio jeito! Pois todos temos que lidar com essas coisas. Mas uma sistematização desses métodos poderia ser útil e ajudar muito.  

Daria pra explorar bem mais coisa, a partir dessas teorias. Mas como eu não sou um especialista no assunto (alguém que estudou isso por anos e anos seguidos, por exemplo), minha reflexão ficou superficial. Mas útil, acredito. É mais uma das possibilidades para se ver as coisas. Um bom conhecimento nessas coisas (ou pagar uma terapia com um bom profissional) pode ajudar e muito, no combate ao vício.

Na quinta tenho um encontro online com um ex professor. Ele vai me dar uma luz em relação aos meus projetos acadêmicos. Espero que termine a reunião mais esclarecido sobre esse tema.

Fiquem bem.

"Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal."

Excelente reboot pra todos.

Indo pro dia 4 do reboot.

Hoje eu quase caio. Fui salvo pelo gongo. Um amigo me enviou uma mensagem, me chamou pra ir pra casa dele. Assim que vi a mensagem, desisti completamente da ideia, fui lá e voltei.

Estou meio tenso em relação à essa tentativa. Preciso fazer a diferença entre o QUERO e o GOSTARIA. São duas coisas bem diferentes.

Não posso confiar muito em mim mesmo, com apenas 4 dias. Tudo é confusão e caos nos recomeços.

Eu PRECISO sair de casa, caso queira vencer. Sei lá. Ao menos um pouco. Não me sinto mal aqui, mas que tipo de zona de conforto gigante é essa? A vida está acontecendo lá fora. Aqui eu estou em um tipo de mundo paralelo dos livros ou da internet.

Sabem, eu gostaria de, todas as noites, poder rever o meu dia, ver em que momento me senti mal, ver onde eu falhei. Perfeitamente possível, certo? Mas não é fácil pra mim. Também não é tão difícil. Eu preciso compreender O QUE está me impedindo de fazer isso.

Também, estou incorporando o hábito da oração. Eu nunca fui muito de oração, mas ao fazer algumas leituras, conclui que é um hábito 100% benéfico, e que na verdade tem tudo a ver com o lugar que eu quero chegar. A oração pode ser 10 minutos de luz, no meio de 24 horas do dia. Talvez os únicos 10 minutos do dia onde conseguimos perdoar alguém, onde conseguimos autenticamente desejar o bem aos outros, ou fortalecer nosso propósito de vencer o vício, etc. São 10 minutos importantes. E se feito todos os dias, acabarão por ter um efeito mais amplo sobre o praticante. Além do que, a oração pode ser praticada de muitas formas. É uma prática, e como qualquer prática, precisa-se de tempo pra ficar bom e efetivo nela.

Agora pela noite vou ler um pouco, arrumar o quarto, meditar antes de dormir. Vou ficar bem.

Preciso tentar, tentar e tentar incorporar os exercícios físicos. Não posso simplesmente desistir e pronto! Mesmo que vá capengando, aos poucos, falhando, sei lá, é inteligente tentar de novo sempre! Eu acredito que nenhum esforço sincero é inútil. Nenhum, absolutamente. De cada momento verdadeiro, de esforço, de conexão, alguma coisa fica.

Por hoje é só.

Fiquem bem.

Excelente reboot pra todos.

Dia 5 do reboot, graças a Deus.

Vou deixar pra falar as coisas da minha rotina em outro post. Deixo aqui uma reflexão que fiz agora pela manhã.

Sabem, meus estudos da mente apontam para o fato de que dentro do "eu", existem "mil eus". A alma, ou a mente (como preferirem) é recheada de contradições. Vemos isso até em casos simples. As vezes, pra quem sofre de indecisão, por exemplo, nossa alma fica rachada diante de uma simples escolha. "Sorvete de chocolate ou de morango? Ou de flocos?". Ficamos aflitos, e capaz de sair sem nenhum sorvete. Até frustrados, porque queríamos o sorvete. Esse foi só um exemplo. Todos passamos por isso em algum grau, uns mais que outros, em áreas diferentes.

Uma parte de nós pensa: "é isso! o reboot é o que eu preciso! E eu quero realmente, autenticamente, de verdade, trilhar esse caminho, me superar, vencer, colher os frutos, acabar com a depressão e os problemas sexuais, ter mais energia, etc. Eu quero!".

Mas em nossa alma existe muito mais espaço. Ao mesmo tempo que existe essa parte que quer vencer, que é sábia, não tem dúvidas, e possui todas as nossas qualidades boas e positivas...

Existe também a parte que não quer fazer o reboot. A parte que duvida. Que acha difícil. A que é preguiçosa. Que só quer mais porn. Que não se importa com os outros. A parte altamente egoísta, que absolutamente não liga a mínima para nada nem para ninguém. A parte que possui todas as nossas falhas e más tendências. E que também luta por seus objetivos (mais porn).

O que é interessante? Que as duas partes coexistem dentro do mesmo corpo. Qualquer um pode estar nessas duas posições. Inclusive, ao mesmo tempo. Pois enquanto uma ocupa a consciência (nossa parte que decide, escolhe, tem autonomia e independência), a outra ocupa a inconsciência (aquela parte de nós que desconhecemos, ou que não queremos ver). Portanto, nós somos as duas coisas. Possuímos as duas tendências em nós. Tanto a que quer verdadeiramente vencer e superar a si mesmo. Quanto a que não quer fazer nada e continuar no vício.

A alma humana é extremamente dinâmica. Essas duas partes estão interconectadas, diretamente relacionada, e aparecem e reaparecem das mais variadas formas. As vezes uma domina, em outro momento, a outra. Assim são os fenômenos da natureza. O movimento da alma, ao meu ver, poderia ser comparado aos fenômenos da natureza, como o dia e a noite.

A luta para superar o vício em pornografia é uma luta interior entre duas partes de nós mesmos. A vitória só ocorrerá quando o lado A (que quer vencer) for mais forte que o lado B (que só quer mais P). Quando sua voz for mais dominante, e for tanta a sua autoridade que vai educar o lado B. A consciência decidirá qual quem será o vencedor. Consciência que é como uma fogueira: precisa ser alimentada todos os dias, para ficar forte e viva. Eis uma boa dica pro reboot - cultivar todos os dias a chama, o desejo de vencer. A fogueira que não é alimentada se apaga com o tempo, e então as trevas podem ocupar nosso espírito por um tempo. Apenas por um tempo. Porque "não há bem que sempre dure, e nem mal que nunca se acabe".

Hoje ocorreu-me que o viciado em pornografia deseja fugir das regras da vida.

Vejam, o que vou falar ocorre em nível inconsciente. Porque conscientemente, ninguém pensa dessa forma. Nós não somos só racionalidade. Somos também irracionalidade. Exemplo disso é o fato de muitos aqui, mesmo muito esclarecidos sobre o vício, experientes e tudo, estarem recaindo, chafurdando na lama. Isso não é irracionalidade? Enquanto isso, a voz da razão diz: "devo retornar ao reboot. Pornografia não tem sentido, nem lógica, não me ajuda, não traz nada de bom, é irreal, etc". Essa é a voz da racionalidade. Possuímos os dois valores dentro de nós.

Pensei que, como no vício em pornografia estamos SOZINHOS, com nossas próprias tendências e gostos, o vício em pornografia consiste basicamente no pleno exercício de sua própria fantasia. Pornografia é o mundo da imaginação. É importante ter isso em mente.

Bom, a fantasia e o mundo da imaginação são coisas fundamentais pro bom funcionamento da alma humana. Mas porn evidentemente é um péssimo alimento pra alma - equivale a um junkie food, bem tóxico e podrão. Na pornografia na verdade, não estamos apenas com nós mesmos, estamos influenciados pelo conteúdo que está sendo exibido. Por suas intenções, suas escolhas, os corpos escolhidos, pela maquiagem em cena, pela posição da câmera. Tudo isso é produção de subjetividade alheia. Então, estamos sós, mas diretamente influenciado por outros. Os corpos que vemos não são criados pela nossa imaginação. São posicionados e filmados por terceiros. Isso faz muita diferença. É muito mais saudável criar a sua própria fantasia. E talvez outras pessoas, que não são viciadas em masturbação, ou que possuem melhor relação com o real, possam tirar bons benefícios disso.

Poderia dizer que excesso de fuga para a fantasia e o imaginário só pode significar uma má relação com o real. Mais do que isso, diria que é uma tentativa de fuga das leis da vida, pensando no vício em p. Porque falo tal coisa?

Estava pensando aqui em como muitas vezes sou tomado por sentimentos de frustração sexual. Acredito que meu caso em particular no que diz respeito ao vício possui sim, uma ampla relação com o fato de que eu vivi a maior parte da minha vida 100% bloqueado sexualmente. Há ainda um "selo" de negatividade em tudo que diz respeito ao sexo real, físico, carinho, até ao amor. Me parece evidente e claro que se eu me PERMIRTIR "gozar" da vida e das coisas boas, inclusive das meninas que vêm até mim com um claro interesse sexual, e se eu me permitisse relaxar, ficar tranquilo, dar uns beijos descompromissados, etc, estou certo de que iria mandar o vício pro espaço muito mais rapidamente. Isso ai eu não tenho dúvidas. O vício em pornografia é uma compensação da minha brutal auto repressão sexual. Foi um mecanismo que minha mente encontrou pra não explodir de tensão (a compensação é um fenômeno psicológico natural, que visa o equilíbrio). O que manda é o equilíbrio senhores. Sei que pode parecer estranho, mas nossos corpos e as leis da natureza estão atuando o tempo inteiro sobre nós. Tenham a certeza que nossos organismos estão tendo que fazer mil adaptações e regulações, estão dando o seu melhor, pra que estejamos aqui, pra que consigamos nos levantar e cumprir as coisas do dia a dia. O corpo humano, a alma humana, o ser humano, enfim, é uma máquina extremamente complicada. E estamos muito longe mesmo de entende-la por inteiro, mesmo com todo o avanço que temos tido em todas as áreas.

(tudo que eu falei acima é sobre meu caso em particular, e sempre com uma abordagem psicológica).

Venho resolvendo esse problema da auto repressão sexual aos poucos. Não posso ficar dependente disso para avançar no reboot, caso contrário, poderia passar mais vários anos no vício.

Pensei que alguém em condição semelhante à minha está violando as leis do real, em sua própria alma, ao consumir porn. Vejam: eu gostaria de ter uma parceira, fazer um sexo maravilhoso, etc (quem não? haha). Seria bom demais pra mim. Eu desejo isso, porém, como lidamos com a vida real, qual é o modo de se obter sexo? Ou melhor, algo mais, como amor e intimidade?

Bom, lidamos com a vida real. TUDO na vida real tem um CUSTO. A vida real também possui um certo RISCO. Viver é arriscado, senhores. Se não fosse tão arriscado, já estaríamos livre da pornografia, amando muito e trabalhando com energia e alegria. RISCO e CUSTO são duas palavras importantes para se lidar com a realidade.

Mas o que o viciado em pornografia quer?

Tudo no ZERO CUSTO. E também, no ZERO RISCO.

ZERO CUSTO não existe na lei da vida, na lei da natureza. Muito menos o zero risco. Se existir, esse caminho só pode levar pro inferno.

Quer dizer, eu quero gozar, sim, mas sem nenhuma contrapartida? Nem sem nenhum risco? Gozar é maravilhoso, mas apenas na realidade! Quanto existe uma contrapartida, um custo e um risco. Aí estamos falando de viver mesmo!

Eu conclui o seguinte. Que o vício em pornografia tem por base subjacente emocional e espiritual uma atitude de FUGIR DA LEI DA VIDA, DA REALIDADE.

Acho que essa linha de raciocínio vai me ajudar. Quanto mais claro estiver o equívoco, a visão do véu da ilusão, mas fácil será passar através dele.

Porque só o real vale a pena, senhores.

O contrário seria como se enforcar em algum momento. Ou viver à base de drogas variadas, pra contrariar a realidade.

Não, não. Eu quero ser útil nessa vida. Fazer coisas boas e reais.

Fico por aqui.

Depois falo de coisas da minha rotina.

Sigo no 5 dia.

Excelente reboot pra todos.

Indo pro dia 8 do reboot.

Tenho meditado. Meditei nos últimos 3 ou 4 dias. Eu consigo chegar em lugares muito incríveis e maravilhosos com a prática da meditação. Literalmente, consigo me conectar com a melhor parte de mim, consigo dissipar os maus sentimentos, os desejos equivocados (porn, por exemplo). Eu consigo recarregar minhas energias e adquirir um nível bem maior de clareza, auto confiança e consciência. Sabem, meditação é o melhor remédio que eu conheço para todos os males na minha vida, inclusive pro reboot.

Meditação é uma palavra genérica. Existem mil e um tipos de meditação. Para diferentes objetivos. Eu cheguei a uma técnica adequada para mim. Esses "lugares maravilhosos" a que me refiro só podem ser alcançados depois de um tempo de prática. De persistência. Eu na verdade nem tenho taaaaaanta experiência assim. Por isso, quero praticar todos os dias. Pois é a ferramenta mais incrível, potente e maravilhosa que eu conheço, pra colocar ordem na mente, e consequentemente, ordem na vida.

Negócio é fazer todo dia, pra ficar expert. (qualquer coisa que você faça 30 minutos por dia, todos os dias, em 1 ou 2 anos, certamente estará em um nível excelente). 30 minutos apenas. É questão de prioridade, não de falta de tempo.

No mais, hoje tive um desarranjo intestinal. Estou fraco. Mas acredito que amanhã estarei melhor.

Sabem onde está boa parte da dopamina/serotonina e outras mil substâncias que regulam o humor e outras coisas? No cérebro? Negativo. No intestino.

É comum os especialistas dizerem que o intestino é o segundo cérebro. Se lembrem disso. 50% da dopamina está no intestino (acabei de ver esse dado aqui na internet, é só pesquisar).

Mexeu com o intestino? Mexeu com tudo. Até com a fissura por P.

Bom, hoje tive fissuras leves vendo tv. Mas não estava vendo nada apelativo ou duvidoso. Filmes comuns, jornal, etc. Porém, foram pensamentos bem leves, de modo que passou e estou tranquilo agora.

Pretendo ver um filme agora, um filme japonês clássico. Depois ficar tranquilo, me alimentar (frutas, frutas são extremamente importantes pra saúde).

A bateria está acabando.

Até a próxima.

Aprofundando um pouco o post anterior.

Ontem eu me masturbei. Sabem, eu poderia perfeitamente ter evitado isso. Perfeitamente mesmo. Eu estava doente - mal estar físico, como febre, diarreia, fraqueza, etc, costumam as vezes deixar nossa vontade mais fraca, nossa consciência mais frágil. A mim, pelo menos, me deixa mais vulnerável ao vício. Bom, está tudo bem em relação a isso. Mas é muito bom lembrar de desenvolver uma estratégia clara e definida, para os momentos em que, por qualquer motivo, estejamos em mau estado.

Uma coisa é avançar quando os ventos estão favoráveis, quando o tempo está bom, e há fartura de peixes. Mas as marés mudam. O que não quer dizer que devemos mudar de propósito. Constância significa: manter as boas práticas, os bons pensamentos, nos dias de chuva ou de sol, nos de alegria ou de tristeza. Devemos manter o foco fixo (no reboot) independente de qualquer circunstância. Sozinho ou acompanhado, trabalhando ou desocupado, com dinheiro ou sem.

Como sabemos, é um fato notório que ao eliminar o vício em pornografia, ficamos muito mais fortes, alegres, capazes, felizes, com maior capacidade de amar, de trabalhar bem, até mais sorridente, sei lá. Isso é um fato. Quem não acredita nos relatos alheios, deve experimentar por conta própria. A melhora existe.

Porém, isso muitas vezes parece uma espécie de teste de fé.

Se vamos ficar fixos no reboot ou não. No meio das emoções descontroladas. No meio do estresse. Ou no meio dos problemas e desafios da vida.

Volto a dizer isso, porque considero um ponto fundamental. A chama do reboot deve ser alimentada TODOS OS DIAS. É o único modo de manter ela forte, firme, acessa. A chama que não é alimentada fica fraca, e pode apagar. Então podemos ficar nas trevas, mas apenas por um tempo. Porque "não há bem que dure sempre, nem mal que nunca se acabe".

Pois bem, quem está mergulhado no vício tem alimentado a chama equivocada. Tem alimentado o fogo do vício.

A força de vontade que se usa pra combater o vício é a mesma força de vontade que usamos para correr atrás de porn, no meio da fissura violenta. Ou seja, VONTADE é algo forte, que existe dentro de todos nós, e que pode pode nos levar a grandes conquistas. A questão é que não dominamos, não controlamos bem a nossa própria força.

Percebam o potencial amplo, imenso e maravilhoso que temos dentro de nós, senhores! Tanta vida, tanta coisa maravilhosa que podemos conhecer, experimentar! Para isso, basta tomar a decisão certa. Entrar no barco do reboot e ir até o fim. Entrar no reboot e ir até o fim significa DOMAR e CONTROLAR a própria energia. Utiliza-la do modo CORRETO - ao nosso favor, não para nossa auto destruição.

Acha que está fraco pra ir atrás dos seus sonhos? Falta energia para fazer as coisas da vida? Talvez o reboot seja a sua solução.

Fazer o reboot é se apoderar de si mesmo. É ganhar a liberdade sobre sua própria energia. Eu considero, para minha vida, que nada é mais importante para mim do que isso. Do que o controle sobre minha própria energia. Logo, o reboot é realmente algo que eu desejo do fundo do coração fazer - mesmo que muitas vezes minta pra mim mesmo, inclusive aqui no fórum. Está tudo bem com isso. Fazer o reboot é também, um profundo exercício de honestidade. É tirar as máscaras. Acho que o reboot exige VERDADE de nós mesmos. Quem mente demais para si mesmo, as coisas complicam (eu sou um desses, estou no caminho para minha verdade).

Sabem, não adianta varrer as coisas para debaixo do tapete. Eu tenho isso como verdade universal. As leis da vida simplesmente não permitem que se ignore algo pessoal que seja importante. A cobrança virá. A exigência virá.

Há pessoas aqui que sabem que devem fazer o reboot em algum momento. Porque certamente é o único meio para ter o controle sobre sua própria vida. No entanto, muitas ficam anos e anos lendo os diários dos outros. Sabendo e tendo clareza de tudo, mas sem tomar a sua decisão. Elas ignoram a sua tarefa. Não há nada de errado com isso, uma vez que fazer o reboot é uma escolha de LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE. Só VOCÊ pode fazer esse trabalho (do reboot) mais ninguém! Sim, muitos ignoram a tarefa do reboot. Eu ignorei isso por muito tempo. Até mesmo enquanto estava aqui no fórum. Escrevendo coisas interessantes. Mas sem resultados práticos. As vezes precisamos de esclarecimento de muitas coisas, antes de conseguir galgar mais dias.

Como o reboot é, literalmente, AMPLIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, sempre muita coisa será iluminada...

É aquilo: o reboot não é sobre parar de ver porn. É sobre LIDAR COM AS SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES. Esse é o segredo de um reboot bem sucedido. Quem interrompe externamente o vício - com o uso de bloqueadores, por exemplo. Mas não toma consciência de si mesmo. Fatalmente irá recair em algum momento. Não estou dizendo que não é pra usar bloqueadores. Eu vejo os bloqueadores como fundamentais, essenciais mesmo, pros casos de compulsão. Estou dizendo que apenas o bloqueador, sem um trabalho de desenvolver auto consciência sobre si, sem estar disposto a se entender, a se compreender, vai levar à recaida futura. Uma coisa é não ter drogas disponíveis para usar. Outra é estar disposto a abdicar de nossos desejos doentios e equivocados. São coisas diferentes.

Acho que o reboot é sobre abdicar do próprio desejo. Sem dúvidas. Isso é muito profundo.

Suponhamos que eu esteja morrendo de vontade de transar com uma menina linda, que vai fazer tudo que eu queira, que vou transar um monte mesmo, mas isso sem que ela me incomode, me exija nada. Muita intimidade, mas sem responsabilidade. Suponhamos que eu queira transar legal mesmo, no zero custo.

Bom, esse é um desejo impossível - porque não são assim que as coisas funcionam no mundo real. Só se eu fosse um cara frio, que não liga pros sentimentos dos outros, que não se importaria em deixar rastros de destruição emocional na busca pela satisfação dos meus desejos. Mas eu não sou assim. Vejam que coisa interessante: mesmo sendo um desejo impossível, ele existe em mim. Eu chamo isso de desejo equivocado. É como achar que vai ficar no shape, indo malhar regularmente, mas se enchendo de álcool, cocaína, etc. Impossível. Mas mesmo sendo impossível, muita gente possui esse desejo. Até aqui mesmo no fórum. Quantos simplesmente não pagam o preço do barco do reboot, mas ficam sonhando nos altos mares e terras desconhecidas?

Qual é a questão?

A questão é que possuímos desejos equivocados e errôneos. Desejamos coisas que não são possíveis. Ou que vão contra as boas leis da vida. (nesse caso, pagaremos o preço amargo por nossas más escolhas).

Eu sei que pornografia faz mal. Se eu consumir pornografia, vou ficar com uma expressão de profunda tristeza. No entanto, há uma parte de mim que deseja consumir porn. Ainda por cima, esse desejo é todo baseado em equívocos. Como por exemplo, pensar: "ah, eu vou me satisfazer com aquela gostosa do outro lado do mundo! É, que delícia de sexo!". Isso olhando pra uma tela. É um claro equívoco, em todos os níveis.

O ponto em que quero chegar - e que me parece fundamental pro reboot - é que DEVEMOS ABDICAR DE NOSSOS DESEJOS EQUIVOCADOS.

O desejo existe, mas ele é equivocado. É como uma criança pedir pro pai ou pra mãe um carrinho de brinquedo de 1 milhão de dólares, cravejado de diamantes. "Filho, o papai não tem condições de te dar esse carrinho. Podemos ir pra outra loja, escolher outro.". "Mas eu quero pai! Eu quero brincar com ele, no meu quarto!". Bom, nesse caso, o que se deve dar é EDUCAÇÃO, literalmente. E se a criança começar a berrar e a gritar, por não ter seus desejos equivocados satisfeitos?

EDUCAÇÃO não diz respeito só sobre crianças. Diz respeito a todas as pessoas, de todas as idades. Adultos também podem berrar com os outros, quando não tem seus desejos equivocados satisfeitos. Sempre sobra pra quem é íntimo (família, esposa, etc).

Precisamos ser EDUCADOS.

É uma educação INTERIOR.

Claro, podemos nos educar por meios externos. Informação sobre o vício. O fórum. Vídeos, palestras, estudos. Tudo isso é importante. Mas o trabalho essencial é INTERIOR.

Se trata do redirecionamento  de nossa própria energia. Só nós podemos fazer isso, porque essa energia corre dentro do nosso próprio corpo. Só nós podemos canalizar corretamente esse rio caudaloso e potente que corre dentro da gente. Através de um ato de VONTADE.

Persistir no redirecionamento energético, dia após dia. Pois os antigos caminhos ainda estão muito ativos. Foram 10 ou 15 anos fazendo o rio correr com força em direção ao vício. Eu estou no fórum a uns 6 anos, e meu máximo de dias longe de porn foi 120 dias. Hoje disponho de bons conhecimentos de engenharia psíquica, e venho trabalhado para construir um novo canal energético, por onde a energia irá correr. Na verdade, já corre energia por esse novo caminho. Mas a questão é: trabalhar, dia após dia.

Constância é a palavra chave.

Através do ato de VONTADE  e buscando a REGULARIDADE, devemos trabalhar para ampliar nossa consciência. Ampliar a consciência significa compreender que a vida tem coisas muito mais incríveis e maravilhosas para nos oferecer, do que uma gozada na mão diante de uma tela.

A vida é muito mais ampla, rica e variada do que imaginamos. Para perceber isso bem, só fazendo o reboot. Pra nós, que somos viciados, não há outra alternativa.

O trabalho que se pode fazer HOJE, poupará uma quantidade enorme de sofrimento e dificuldades no futuro. Não se pode fugir de tais compromissos. Fugir significa tornar mais difícil. O reboot, para nós que somos viciados, é tarefa de fé, missão de vida. Fugir do reboot, para nós, seria como desistir da nossa vida. Ou ter que fazer o reboot com mais sofrimento e desespero, posteriormente. E se pararem para pensar bem, essa não é uma escolha inteligente, nem razoável. O quanto antes entendermos esse ponto, melhor será para todos nós. Mas não adianta apenas ler. São coisas que temos que entender no fundo de nosso coração. Por isso digo que esse é um trabalho de educação interior.

Não desperdicem a oportunidade que esse fórum representa nas nossas vidas. Que possamos ter fé e coragem para trabalhar hoje, afim de não cair em lamentação amanhã.

Excelente reboot para todos.

O texto acima ficou bom. Que minhas palavras possam ajudar alguém, assim como me inspiro com os bons exemplos aqui no fórum.

Gostaria de pedir para a moderação me mover para a sessão de 30 anos ou mais. Eu faço 31 daqui a pouco. Coloquei a mensagem separada, pra alguém ver melhor. Não vou deixar de vir aqui comentar no diário de vocês. Também podem ler o meu, são 2 cliques de distância, hehe.

Grato ao fórum, pelas bênçãos na minha vida desde de que conheci esse lugar!

Vim aqui postar umas coisas que me ocorerram.

Estou alcoolizado. O bom é que consumi uma quantidade moderada. Já estou bebendo uma grande quantidade de água - isso dilui o álcool e auxilia o organismo no processo de desintoxicação. Vou sentir amanhã? Com certeza. Haverá uma baixa química no meu organismo (dopamina, e outras milhões de "inas")? Com certeza. Então, amanhã é um dia de extrema atenção. Um dia para se estar firme.

Hoje eu também me masturbei. Não vejo como positivo pro meu reboot. As vezes é difícil se segurar. Se masturbar não é recair em porn. Mas não é algo positivo pro meu processo. É bom ter isso em mente. Me masturbar me fez refletir sobre o que exatamente eu estava buscando com esse "alívio". É fundamental entendermos (prestem atenção nisso) qual é a nossa necessidade que não está sendo satisfeita, qual a nossa necessidade oculta por trás da pornografia. Isso pode variar de pessoa pra pessoa. Pode ser sexo. Mas pode não ser. Pode ser outra coisa completamente diferente. Eu diria que, como nossa noção de sexualidade é muito distorcida, na maior parte das vezes é outra coisa, e não sexo.

Indo nessa linha, conclui que meus vícios em geral vão bater em um ponto mais ou menos comum. Que é a solidão. Existem vários tipos de solidão. Pode-se estar no meio de muita gente, rindo, bebendo e cantando com todo mundo, e ainda assim se sentir solitário. Não vou me aprofundar nesse ponto agora.

Pois bem, eu me masturbei. Ok - aconteceu, não é o ideal, mas não é motivo de muita preocupação. A vida não é ideal. Depois fui beber. O que também não é o ideal.

Sabem, eu tinha um hábito de beber e ler. Eu gostava bastante disso. Digo gostava porque tenho evitado esse "hobby", se assim posso chamar. Pois conclui que não é um bom hábito. Não considero isso saudável. Porém, hoje eu bebi e fui ler. Um livro do Jung.

Sabem, o álcool já estava correndo no meu sangue, eu já sentia seus efeitos, mas quando li um parágrafo do livro do Jung ("Tipos Psicológicos", pra ser mais exato) eu senti uma grande sobriedade. Sabem, a obra do Jung é o poço das maravilhas pra quem busca auto conhecimento, e ele chega em níveis absurdos de profundidade. Pra mim se trata de um dos maiores e mais interessantes pensadores do século XX (apenas minha opinião).

Sabem, eu estudo bastante. É meu talento natural (e eu gostaria de ganhar dinheiro e trabalhar com isso um dia). Porém, a vida não é só sobre estudo. Existem muitas coisas que não se aprendem pela via intelectual. Muitas coisas mesmo.

Se o estudo não é o suficiente eu crio uma PRÁXIS (prática, ação concreta). A partir do estudo. Nesse sentido, a PRÁXIS é uma união entre o estudo e a prática. É a aplicação dos conceitos e ideias que se aprendeu lendo.

Eu consegui criar uma práxis bem determinada, delimitada, adequada para mim. Vejam bem, não se trata de teoria, se trata de colocar a mão na massa!

A vida é isso, companheiros. Trabalho. A coisa é saber qual o trabalho a se fazer. E o modo correto de se trabalhar. Evidentemente me refiro a algo mais amplo do que o trabalho pra se ganhar o pão de cada dia, mas esse também está incluído nessa lógica.

Eu encontrei, através dos meus estudos, um caminho muito claro, prático, algo firme, realmente resistente. Eu encontrei a mina de ouro, senhores. Mas não sou nenhum gênio ou pessoa especial! Tal mina de ouro já se encontra em escritos de 2000 mil anos atrás, em todas as épocas, disperso em variadas formas, para todos os povos e continentes.

O negócio é que é algo que se constrói dia após dia. Na verdade, por toda a vida, amigos.

E é evidente que essas palavras se aplicam diretamente ao reboot também.

Eu desejo construir a minha vida sobre o barco do reboot.

Porque sei que a pornografia representa uma fenda no meu barco. Que pode até me fazer afundar.

Reboot pra mim é uma missão espiritual. É assim que eu vejo a coisa. Na maior seriedade (mesmo que eventualmente, eu não leve tão a sério). Não sou perfeito. Posso recair, é verdade. Mas desejo me tornar um grande marinheiro. E também quero ajudar a resgatar os outros. O que só posso fazer depois de estar bem firmado nisso aqui. No reboot.

Reboot não é sobre parar de ver pornografia. Reboot é sobre controlar a si mesmo.

Nosso inimigo não é a pornografia. A pornografia está lá, parada. Ela não vem até nós. Somos nós que vamos até ela. Nosso inimigo são as nossas más tendências. Nossos desejos equivocados. A pornografia está lá, e certamente ainda irá continuar por muito tempo, disponível. Não podemos acabar com a pornografia na internet, nem com os programas apelativos de tv. Só podemos controlar a nós mesmos. Nós somos responsáveis por nossas escolhas, boas ou más. Isso é o que se espera de um ser humano maduro - que entenda isso a fundo. E é o que exercitamos e aprendemos plenamente através do vício em pornografia. O vício não é uma maldição. Pode ser visto como uma lição, que as vezes é dura, mas é pro nosso bem. Visto sob esse ângulo - aprendizado da liberdade, pra saber escolher bem, diferenciar as coisas e ficar responsável e maduro - o vício em pornografia é pro nosso próprio bem. São lições que não poderíamos aprender de outro modo. É apenas uma questão de ver a coisa de um outro ângulo. Espero que isso possa abrir a mente de quem estiver lendo.

Vou ficar por aqui.

Volto para dar notícias dessa tentativa.

Desejo do fundo do coração permanecer fixo no reboot.

Amanhã será um dia mais duro (pela M e pelo álcool). Mas tomarei medidas preventivas.

Ainda há muita coisa errada na minha vida. Algumas estão diretamente relacionadas com o vício em porn.

Eu sigo.

Excelente reboot para todos.

Dia 11 do reboot.

Estou me arrastando no dia 11. Chance de cair é alta. Mas ainda dá pra virar o jogo.

Porra, simplesmente tem muita coisa de errada na minha vida.

Preciso encarar isso com calma, com toda a calma, e tentar permanecer fixo no reboot. Se recair, eu não sou perfeito. É retomar o bom caminho com dignidade.

Eu enchi a cara cara hoje.

Sabem, eu não tenho bebido álcool. Apenas ocasionalmente. As vezes, entendem. O problema é que todas as vezes que eu estou consumindo álcool, eu tenho ficado destruído no dia seguinte. A quantidade faz toda a diferença, mas mesmo quantidades pequenas ou médias já me afetam demais no dia seguinte.

Bom, álcool não é mais jogo pra mim, sinceramente. Melhor beber um refri (se estiver numa circunstância social, num bar, sei lá). Hoje inclusive foi um uso social. Estava com amigos. Estar com amigos tem o seu lado positivo. Podia ter ido sem beber, isso é verdade.

Eu ja sabia que havia algo de errado comigo, bem antes de beber. O problema principal não foi beber. O problema estava em mim antes disso. Beber foi o passo seguinte de uma desordem que já estava lá.

As vezes eu acho que, conforme o reboot avança, é como se fosse a pressão aumentando na panela....na verdade, em uma analogia psíquica, acredito que é exatamente isso que ocorre. A pressão interior pode aumentar durante o reboot, sem dúvidas.

Convém encontrar meios para liberar a pressão....para que a panela não exploda....

Álcool é alivio hoje e mais pressão amanhã. Álcool, quando usado nesse sentido, nunca, jamais poderá dar certo.

Eu tenho uma noção razoável, eu diria, de onde estou errando. Não uma noção boa, mas razoável.

Os erros podem ser fonte de aprendizado, quando vemos sob certo ângulo. É possível aprender com os erros. Mas isso é uma forma de ver. Uma postura diante das coisas.

Porra, eu to na merda. Envenenado por álcool.

Vou fechar meus dispositivos em um lugar pouco acessível. Esse é o primeiro passo da emergência. Depois, vou pra praia. Ir pra praia seria a única coisa capaz de me curar. No momento (efeito do estresse, sei lá) o lugar onde eu estou me parece horrível, parece claustrofóbico.

Amanhã praia. É isso.

Estou na corda bamba senhores......

Excelente reboot para todos.

Chegando ao dia 12 do reboot....

Hoje foi um dia caótico, de maus sentimentos, de muita bagunça interior.

Pela tarde eu quase caio em P. Cheguei perto. Mas veio a luz da razão: "não, não é isso o que você realmente quer. Está na hora de começar a obedecer o seu espírito, que deseja se curar do sangramento causado pelo vício em pornografia". Eu obedeci meu espírito. Em contraposição à química, pois sem dúvidas quimicamente eu estou totalmente zoado nesse momento.

Um tempo depois senti vontade novamente de P. Acabei me masturbando.

Não vou zerar o contador - acho que seria contraproducente pra minha mente. Mas eu sei que não é positivo pro meu processo eu ficar me masturbando demais.

De vez em quando, tudo bem. As vezes é difícil de controlar. Eu ainda não sou um iogue, nem um brahmacharya (monges celibatários). As vezes, tudo bem. Mas ficar me masturbando com frequência é furada.

Eu já sei o que fazer pra galgar mais dias no hard mode. É, eu ainda quero ficar no hard mode por um tempo, ainda nessa tentativa....

Sabem senhores, eu me sinto muito feliz, pois eu encontrei o MEU CAMINHO.

Vocês certamente possuem o caminho de vocês. As pessoas chegam ao mesmo lugar, por vias diferentes. Isso é completamente natural.

A questão, ao meu ver, é que o caminho não existe a priori. O caminho só passa a existir quando você começa a caminhar nele. Então, de certo modo, é preciso CRIAR o caminho.

Estou me aprofundando nos estudos espirituais. Minha experiência me diz que esses estudos devem encarados de um modo "pessoal". Ou seja, ao ler algo, eu devo refletir sobre como aquilo se encaixa na minha vida. Um mesmo ensinamento, uma mesma frase, pode refletir de modo completamente diferentes em cada um. Bom, por fim, digo que o próprio reboot não deixa de ser uma tarefa de aprimoramento espiritual. Sim, sim, perfeitamente possível dizer isso. Totalmente verdadeiro. Os viciados que superam o vício, superam a si mesmos, ficam mais próximos de Deus - mesmo que não acreditem nele. Certamente sentirão isso como aumento da vitalidade, da alegria, etc.

Eu quero voltar para a musculação.

Eu sempre quis passar, por exemplo, 1 ano malhando regularmente. Porém, meu máximo foi 2 meses. Eu já tentei várias vezes incorporar o hábito da musculação. Várias vezes mesmo. Mas eu nunca obtive sucesso. Estou pensando em utilizar uma técnica simples para a formação de hábitos. Que é ir malhar sempre nos mesmos dias e horários. Segunda, quarta e sexta, as 9:00 da manhã. Estaria ótimo pra mim. 3 vezes na semana: perfeito. Muito melhor 3 vezes na semana do que nada. Antes devagar do que parado. E as 9:00 da manhã.

Fazer a mesma coisa, no mesmo dia da semana e no mesmo horário facilita a incorporação do hábito. Depois de um tempo, vai ser uma sexta feira, 8:15, e vai bater automaticamente na minha cabeça: "daqui a pouco ir malhar!". Fazer no mesmo dia e horário tem uma probabilidade muito maior de sucesso do que eu ir a hora que eu quiser. Em horários diferentes, dias diferentes. Isso realmente não funciona.

No mais, preciso escrever um projeto de mestrado. Não sei o que se passa comigo. Eu não tenho uma "profissão", eu tenho habilidades. Eu quero trabalhar com produção de conhecimento, ensino e pesquisa. Mas pra isso só seguindo carreira acadêmica. Ai eu fico enrolando para trabalhar no projeto que significa um passo fundamental na minha realização profissional. Ser realizado profissionalmente é uma coisa extremamente importante pra mim, absolutamente vital. Mas eu fico enrolando. Sem querer fazer. Putz. Bom, vou buscar relaxar quanto a isso. Eu estou aguardando um edital. Tenho tempo.

Hoje me deu vontade de pegar um ônibus e ir pra outro estado, qualquer cidade que eu queira conhecer.....

Eu tenho um bom dinheiro guardado, de um trabalho que fiz a um tempo atrás. Vira e mexe me dá vontade de viajar (tenho muita vontade de conhecer o interior de minas, por exemplo). Sabem, viajar não é apenas questão de dinheiro e tempo. Também precisa de uma certa coragem, de uma certa liberdade interior. Há aqueles que são tão livres que vão sem dinheiro mesmo, mas eu não sou desses.

Encerrando o post:

Eu cometi muitos erros nos últimos dias. Preciso corrigir eles.

Aprender com os erros. Uma alta ciência, da maior importância. Disciplina obrigatória para o reboot. Obrigatória para a própria vida.

Estou ok com relação à conhecimento. Não preciso de mais nada, para seguir daqui em diante. Eu realmente já possuo tudo o que eu preciso para ACABAR COM O VÍCIO, chegar aos 90 dias e adiante.

Ainda há alguns desajustes graves. Eu consigo identificar eles. Os desajustes graves são uma prioridade. Devo solucionar, ou ao menos aliviar esses pontos. Eles estão excessivamente tensionados, e no médio prazo me levarão à queda.

Basicamente: durante o reboot, a pressão na panela aumenta. Claro que aumenta. Uma quantidade grande de energia, que era escoada em forma de esperma, agora está retida em nós. Claramente, isso é uma retenção de energia - mais ainda se for hard mode. Com mais energia circulando, a pressão pode aumentar. É natural.

A grande questão é como cada um vai aliviar a pressão. Se não, a panela explode. Cada um tem o seu mecanismo para redirecionar a energia. São temas da maior importância, que todos aqui conhecem perfeitamente (ou deveriam). Ainda que pensem com palavras muito diferentes das minhas, mas a essência da coisa é a mesma.

Se eu recair, eu não sou perfeito. Mas agora a chama de vencer o vício em pornografia está queimando forte em mim, e eu vou incendiar mais e mais essa fogueira, ficar assistindo a pornografia virar fumaça e ir embora da minha vida.

Ainda há muita coisa errada na minha vida, amigos. Isso é um fato.

Nunca subestimem o vício. Isso possui um significado, uma profundidade e um efeito ainda maior do que se imagina.

Acabar com o vício é, com certeza, a melhor escolha que eu posso fazer para a minha vida agora. Eu quero obedecer o meu espírito. Eu coloco minhas pedras, gritos e facas de lado. Pra obedecer meu espírito. Que está profundamente ferido pela pornografia e está desejando de modo profundo a cura. Eu consigo sentir a chama da cura queimando em mim. Graças a Deus.

Vamos continuar com essa luta abençoada.

Excelente reboot para todos.

Dia 13 do reboot.

Sabem, não posso deixar de constatar que minha vida ainda está muito zoada.

Parar de ver pornografia não é um milagre. É só estar em uma posição em que se tem uma visão clara da realidade. E também, energia para trabalhar.

Você que está lendo, viciado em porn e com sérios problemas: o reboot é o pré requisito número UM para COMEÇAR a colocar a sua vida em ordem.

O vício em pornografia representa um grande gasto energético NO LUGAR ERRADO. Eu digo errado, porque essa energia gasta não retorna. Não nos faz ter mais energia - o contrário da musculação, por exemplo. Porque na musculação você GASTA energia, porém, seu reservatório fica MAIOR depois desse gasto. No caso da pornografia, é energia mal aplicada, sem retorno, o puro prejuízo mesmo. E gastando energia no lugar errado, o que acontece? Falta energia para usar no lugar certo! Percebem o grande lance?? Se você está passando por problemas, vale a pena se perguntar se não é essa a questão: MUITA energia no lugar errado, e por consequência, FALHA, PANE ou FALTA nos lugares essenciais!!!

Todos temos uma certa quantidade de energia à nossa disposição. É algo que não se pode comprar. É nosso, inalienável. Cabe A NÓS, apenas a nós, usar, cuidar, controlar,  aumentar, a coisa mais valiosa que Deus nos deu. Nossa energia. Porque é com ela que conseguimos todas as coisas que nós precisamos, desde trabalhar pra pagar contas e alimentação, quanto pra absolutamente qualquer outra coisa que se possa imaginar. Até escrever é uso de energia. E se estou escrevendo essas palavras, é porque não me masturbei 4 vezes hoje. É uma questão energética, senhores. Mais energia na escrita - ou em QUALQUER outra atividade: mais bem feita, refinada, rica, ampla e brilhante ela será. Coisas impossíveis pra quem está mergulhado no vício.

Daí se percebe como o reboot é uma coisa realmente essencial, fundamental, uma base PARA A VIDA. Tenham a certeza, os benefícios do reboot são AMPLOS, são EM TODAS AS ÁREAS DA VIDA. Uma vez livre do vício em pornografia, TUDO que você fizer terá mais brilho e vida! Pois as quantidades de energia que você terá à disposição serão BEM MAIORES.

E ao constatar que ainda há muita coisa errada na nossa vida, não se deve desesperar. Desespero é coisa que, ou vem do vício em pornografia, ou leva para o vício em pornografia.

Devo ser "homem" (sem nenhuma conotação machista aqui, poderia ser "mulher" também) para encarar meus problemas de frente e soluciona-los. Fugir dos problemas significa abraçar a pornografia! Eis um fato! Se atentem para isso!!!

Consumindo pornografia? Do que você está fugindo? É uma pergunta importante!

A visão e a energia pra solucionar as coisas? Só seguindo no reboot. No vício, é impossível. A energia para solucionar terá sido drenada em esperma. A visão estará turva. Então o reboot é o primeiro passo.

A pouco eu estava arrumando meu quarto, e encontrei uns preservativos que tenho guardado. Isso me serviu de gatilho. "Eu não transo a 6 anos. Comprei achando que poderia precisar, como toda pessoa adulta pode precisar eventualmente, porém, essas vão vencer. Quando eu tinha 15 anos tive aulas de educação sexual, onde se dizia que era importante ter preservativo em mãos, para se prevenir. Eu basicamente nunca tive do que me prevenir (nesse sentido), nunca soube o que é "precisar" de um preservativo". Bom, são os pensamentos-gatilho. É dar corda pra isso e o sentimento de frustração vai aumentando. O sentimento de frustração é uma base para o vício em pornografia. Na frustração, o vício é bem recebido, bem alimentado e tem toda a atenção. Na frustração pesada, o vício vence. Fato.

O que importa não é a solução desse pensamento, mas a compreensão dele pelo que realmente é: um sentimento equivocado, que traz dentro de si o desejo de me levar para a pornografia, no que se constata que é um equívoco completo, de ponta a ponta, de 100%. O gatilho pode vir em forma de pensamento. Por isso, considero fundamental ter algum conhecimento da dinâmica dos pensamentos, de como lidar com eles. Também, entender o básico de sentimentos, pra poder entender bem o que essas coisas significam, e como desarmar elas.

Eu sinto que cheguei em um ponto que estou com nível de controle bom. As opções estão bem claras, e não existe uma força irresistível me puxando pra P. Existe sim, uma força, mas ela não é irresistível, nem me domina. Eu estou conseguindo enxergar bem a serpente do vício. Ver bem me dá amplo domínio sobre ela.

Além de saber lidar corretamente com os pensamentos-gatilhos (meus estudos de psicologia me ajudam de forma magnífica nesse ponto), é fundamental corrigir o que eu sei que está ao meu alcance corrigir. Como eu disse no post passado, tenho alguns pontos graves que tenho que priorizar.  Uma vez nesse reboot, sinto que já não me é possível ignorar certas coisas. Ficar fazendo corpo mole significa alimentar um pouco a chama do vício.

Estou me sentindo tenso. Não sinto um perigo real de cair. Apesar da serpente ainda vir rondar meu jardim de vez em quando.

Esse jardim é osso.....

Um dia sem trabalhar nele, e alguma erva daninha já pode ter se instalado.

Garanto que trabalhando TODOS OS DIAS, mesmo que por pouco tempo, as chances de sucesso aumentam enormemente. Enquanto que alguns dias de descanso podem significar alguma surpresa desagradável, trabalho acumulado ou até mesmo armadilhas!

Já tenho todas as ferramentas necessárias para seguir.

Quero seguir em hard mode. Para colher mais benefícios, enfraquecer bastante as correntes do vício, fazer aumentar minha energia.

As vezes me bate uns pensamentos sobre quando terei as "bênçãos". Ou seja, aquele presente abençoado, aquilo que chega para nos fazer ficar radiantes de alegria, etc. A vida tem dessas coisas, e todos receberão seu "presente" no JUSTO MOMENTO - que não sou eu, nem você, nem ninguém que escolhe, mas apenas Deus. Portanto, é extremamente importante barrar qualquer tipo de ansiedade nesse sentido. Não sabemos nem mesmo se estaremos vivos amanhã. Tamanha é a nossa falta de controle sobre as coisas. Não nos cabe ficar revoltados porque nossa hora ainda não chegou. Acredito que esse comportamento faz o presente retardar ainda mais. Mais rápido receberá as bênçãos aquele que é humilde e aguarda a sua vez trabalhando com afinco.  Eu ainda preciso ser mais assim. Trabalhar mais e melhor, reclamar menos.

Eu descobri o caminho perfeito. Mas ele só existe quando eu o decido trilhar todos os dias. Deixando de trilhar, ele corre o risco de desaparecer. E desaparecendo o caminho perfeito, podemos acabar indo pra algum outro caminho mais antigo, conhecido e fácil.

É preciso desativar o caminho da pornografia de tal modo que o mato tome conta, que as onças voltem a andar por lá, que as árvores caiam naturalmente no meio das trilhas, até ficar um caminho inutilizado, abandonado, e que acabará retornando ao seu estado natural. De muita natureza crescendo - como em todos os lugares - mas sem que meus pés cheguem perto. Pois além de não ter absolutamente nada pra fazer lá, ainda é possível sentir o cheiro do perigo. Pornografia, um caminho interditado por falta de uso, pelo risco bem documentado, pelos venenos que ali proliferam. Estou fechando essa trilha na minha vida.

E enquanto se fecha um caminho, é necessário abrir o outro. Eis a coisa do reboot. Deve-se trabalhar nessas duas frentes: 1) fechar os caminhos antigos 2) abrir novos. Quem desconsidera isso, poderá ter dificuldades adicionais no processo.

Preciso manter toda a calma e a seriedade do mundo, pra lidar com meus problemas. Sem me desesperar. Mais dias de reboot significa mais clareza e mais energia para as soluções.

Excelente reboot para todos.

Dia 15 do reboot

Honestamente, eu estou muito feliz com essa marca de dia hoje. Fazia meses que eu não chegava nesse ponto. Lembro perfeitamente, de quantos posts eu fiquei aqui me lamentando, falando coisas interessantes até, mas entregue ao vício. Hoje, o cenário está diferente.

Não há mal que nunca se acabe. Nem bem que dure pra sempre. A vida é dinâmica. Porém, o reboot não precisa as variações da vida. Pois o reboot é NOSSO TERRITÓRIO. Sobre fazer o reboot, nesse ponto nós temos o poder!

Fácil? Claro que não. Reboot é resistência ao estresse. É auto conhecimento. Gerência emocional. É combater a preguiça e os maus modos. É acordar cedo e ir fazer exercício. É quando o amor e a vida supera a morte. Reboot é o combate à negatividade dentro de nós - estados emocionais intensos de raiva, ódio e frustração são um risco para o viciado em pornografia. Quanto mais limpo estiver nosso coração, mais facilmente nos livraremos do vício. Isso não está no ebook, isso é prática e observação. Podem constatar em si mesmos se isso é verdade.

O vício em pornografia provém de um forte desejo, equivocado em suas bases, e do qual não queremos abrir mão, pois achamos que estamos certos. "Ah, meus amigos vão transar hoje [porque tiveram a coragem que eu não tive, hehe, mas isso eu não desejo ver!]. Bom, eu não transo a anos, então foda-se, vou consumir porn mesmo". Isso foi só um exemplo. Cada um terá seu caminho interior para o vício. São diferentes para cada pessoa.

Para vencer completamente o vício em pornografia, acredito que é necessário reorientar completamente esse desejo interior, exterminar ele dentro de si, compreender a fundo o seu equívoco. Chegar ao ponto de uma pessoa esclarecida, que toma uma decisão correta por conhecimento pleno dos fatos. E assim dizer: "pornografia? Tô fora!". Não por ser feio, errado, porque o padre disse que não podia, ou porque as namoradas reclamam. Negativo! Dizer "tô fora" por plena convicção e certeza interior do que queremos e do que não queremos para nós! Dizer "estou fora" sem hesitar!

Também, considero de suma importância a compreensão do que chamo de pensamento-gatilho.

Minha experiência e a leitura dos outros diários apontam para o fato de que o caminho para o vício é um caminho mental. Há um percurso de ideias, até chegar à recaída. Por isso chamo de pensamento-gatilho. É a manifestação particular de cada um com o vício. A substância, como os senhores sabem, é a mesma (pornografia), mas as reações são variadíssimas. Duas pessoas não reagem igualmente ao mesmo estímulo. Isso é coisa básica de psicologia. A palavra asiática pode ser gatilho pra alguém. (me desculpem por essa, se for o caso). A mim, não é gatilho. Se eu ver um jornal e ouvir essa palavra, meu gatilho não vai ser ativado. Já outros, possivelmente poderia ativar. Percebem como há detalhes particulares, na forma de ativação do vício, em cada um?

Acredito que é preciso dominar esse percurso mental, conhecer cada detalhe do caminho que leva ao vício - as pedras, os tipos de árvores, detalhes das casas ou prédios, visão ao fundo. Conhecendo cada detalhe desse círculo, é certeza de que se conseguirá sair dele!

Falo sobre essas coisas porque considero conhecimentos importantes para o combate ao vício. Tento falar sobre isso de uma forma básica, até onde vai meu conhecimento. Poderia tentar escrever de modo mais aprofundado, focando sempre no vício em pornografia. Um post bem explicado, resumido, sempre focando no combate ao vício em pornografia. Isso seria útil.

A propósito, ainda falando de psicologia, a terapia cognitivo-comportamental lida com essas coisas. A "tcc" pode ser extremamente útil para ajudar a vencer a pornografia. Auxilia a ver os padrões do vício. São excelentes ferramentas. Quem puder contar com esse auxílio, pode ir sem medo. Pode ajudar muito mesmo a vencer nossa batalha!

Por fim, pensei hoje que uma sexualidade saudável funciona como a justiça: só funciona quando acionada! A comparação pode ter sido curiosa. Mas a Justiça, institucionalmente falando, só age quando é acionada ou solicitada. O juiz não vai lá averiguar o crime e julgar porque quer, a hora que quer. Alguém precisa ACIONAR a Justiça, cumprir os trâmites. Se ninguém acionar - e aí se encaixa o ministério público, que como o nome diz, age em interesse público - a Justiça não irá se manifestar. Irá continuar trabalhando em outras coisas, ou esperando ser acionada. Bom, eu não sou da área de direito, apenas me interesso um pouco. Uma comparação estranha, mas que eu vejo como válido. Porque?

Porque uma sexualidade saudável só se manifesta quando é solicitada. Não está sendo solicitada em nenhum grau? Porque se manifestar? Estar em casa, por exemplo, varrendo o chão, ou estudando (fazendo coisas objetivas) e ser tomado por pensamentos sexuais, ficar persistentemente ereto, me parece ser vício em pornografia, não sexualidade saudável.

Vejam, entendo pouco dessas coisas. Estou apenas tentando compreender alguns pontos.

Dia desses vi uma mulher indígena (alto do xingu) falando sobre como é a vida lá, e um pouco sobre o funcionamento da sociedade indígena. Bom, acho que não seria justo fazer comparação com uma sociedade indígena - a tv só foi chegar lá anos 90, imaginem. Outra coisa. Fora as diferenças culturais, que devem ser realmente muitas. Mas me chamou atenção a seguinte fala dela.

Que é comum as pessoas andarem nuas, ou seminuas. Logo, é comum os homens verem os corpos das mulheres, e vice e versa. Isso é NATURAL (vejam como isso é uma coisa avançada). E que esse fato - andar nu, ver outros corpos nus - não tem a ver com sexualidade. Sexualidade - na visão deles - é sobre quando, digamos assim, "bate a química". Se bater a química, tudo bem. Apesar das diferenças culturais, o resto do caminho é o mesmo. Mas se não bater química, então não acontecerá nada. Mesmo que essa mulher esteja nua, ou até em alguma posição corporal que me permita ver mais do corpo dela. Isso não é um problema pra uma sexualidade saudável.

Ficar olhando de modo indevido. O vício em pornografia é também uma doença do olhar.

Educar o olhar, outro ponto totalmente fundamental pro viciado em pornografia.

Todos devem saber do que eu estou falando. Dos olhos que vão direto para certos lugares. Há de se corrigir "na marra" o olhar. Deve ser parecido com qualquer outro aprendizado: treinar, treinar. Corrigir e corrigir. Um dia, se terá sucesso, sem dúvidas.

Encerrando o post, percebo que um dos meus principais inimigos é a PREGUIÇA.

Devo focar nesse inimigo em particular.

Fico por aqui.

Excelente reboot para todos!