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Karnall
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Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade - Página 2 Empty Re: Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade

20/5/2023, 11:02
nabusca escreveu:Fala, Karnall

Cara, obrigado por essa interação. Acho que você captou muito bem o processo todo, até por ter passado por algo semelhante.


Uma coisa que tem ocorrido é que as vezes tenho me sentindo meio que sem tesão total. Aí meio que vou até a P (sem MO) pra dar uma "ativada", e pior que parece que funciona. Vejo um pouco, me excito e aí a excitação meio que segue comigo. E eu não queria que isso se desse assim, porque é um tipo de dependência e estou um pouco confuso de como lidar com isso.

Quanto á minha bissexualidade, creio que exista de fato,  nesse sentido bem sexual e não afetivo que mencionei, e tenho conseguido viver com isso. Como disse, essa bissexualidade vejo mais como um fato, afinal eu tive relações sexuais homo na infância e pré-adolescência que me mostraram que e eu posso sentir prazer. Na verdade acredito que qualquer um pode ter prazer numa relação sexual homo, porque o corpo responde a estímulos. No entanto a maioria das pessoas nao se interessa por isso, porque sempre desenvolveram sua sexualidade de acordo com sua afetividade, direcionada ao sexo oposto. Eu tive esse "acidente" no caminho, que enquanto abriu em meu cérebro caminhos de prazer, não produziu em mim afetividade, que acredito ter a ver com orientação, e um aspecto mais difícil de "mudar" a partir de experiências.

Mas acredito na monogamia, não conseguiria ir ter prazer com outros homens e naturalizar isso dentro do meu relacionamento, e também não imagino nesse arranjo de minha esposa fazendo o mesmo. Pra mim minha família e meu relacionamento são preciosos demais para um experimento arriscado. Então o jeito é conviver com esses desejos e não realizá-los, como qualquer pessoa monogâmica faz em relação aos seus desejos por outras pessoas. Também é outro ponto que tenho tido tranquilidade em conviver.

Mais uma vez lhe agradeço pel interação!

Abs.

Fala ai,nabusca!

Bom cara, a questão da bissexualidade está diretamente ligada a relacionalidade das interações, e não a questão sexual. Aliás, a bissexualidade não está, nem de longe, ligado a questão meramente sexual. Assim como a hetero/homossexualidade.

Acredito que sim, há muito tabu nas relações heterossexuais. Mas aí é questão de você quebrar esses tabus na sua vida.
Para mim, é absolutamente normal um hétero sentir prazer no toque anal, por exemplo. É cientificamente provado ser uma área erótica do homem também.
E está tudo bem.

Pensa melhor sobre isso, converse com seu terapeuta.
Entenda, bissexualidade não tem haver com sexualidade.

Quanto ao consumo da P. De fato você está condicionado há anos.
Sem dúvidas você vai sempre associar o uso a sua disposição sexual.
Mas isso é questão de treino e persistência. Você vai ter que se reeducar sexualmente.
Eu também tinha essa visão, de que só sentia tesão quando assistia.
Mas depois que comecei a concentrar essa visão para o real, isso mudou.
Sem falar que, se você não está com tesão, qual o problema? Não é todo dia que estamos mesmo, isso é normal.
Deixa o negócio fluir naturalmente, sem forçar.
A prática de exercícios, musculação, alimentação; ajuda muito também. Não só a melhorar a libido, como a distração.
Talvez seja saudável você se abster da P por um tempo.
E esse tempo, que não seja algo calculado, para não te gerar ansiedades e compulsão.

Concentre a sua energia sexual no seu relacionamento!

Abç!

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Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade - Página 2 Empty Re: Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade

21/5/2023, 14:53
nabusca escreveu:Olá,

Tenho 40 anos, um casamento feliz com a mulher da minha vida, duas filhas, uma de 9 outra de 6.
Li alguns relatos, e encontrei histórias muito parecidas com a minha, o que não achei que existissem. Pensava ser um caso único no mundo. Isso já me trouxe alento!
Pois bem, começarei do começo rs.
Tive uma inicação sexual muito precoce, por volta dos 9 ou 10 anos de idade. Tudo começou quando um amigo do prédio, um pouco mais velho, me contou sobre uma brincadeira que faziam com outro menino do prédio, na qual ficavam simulando sexo. A propaganda desse meu amigo sobre a brincadeira foi de que o pau ficava gigante. Enfim, tinha inocência envolvida, descobreta do corpo etc. E então esse meu amigo me convidou para participar da brincadeira, e eu aceitei (costumo dizer que foi a pior decisão da minha vida).
No início a brincadeira era coletiva, envolvia vários meninos do prédio. Mas com o passar o do tempo, o menino que era considerado "a mulher" da brincadeira, uma criança com trejeitos claramente homossexuais, começou a concentrar em mim a brincadeira, e com o passar do tempo a brincadeira foi evoluindo, até que começou a acontecer atos sexuais (sempre escondido, pelas escadarias do prédio, esse tipo de coisa). Eu sempre o ativo e ele sempre passivo.  Por vezes ele queria testar ser ativo, e quando isso ocorria eu sentia muita repulsa, me sentia humilhado, e a coisa acabou nunca acontecendo porque não conseguíamos.
Mas essa "brincadeira" durou anos, até o início da adolescência, com 14 anos, quando me dei conta de que aquilo era "coisa de viado" e falei pro menino que não queria mais.
Sempre na minha cabeça, e eu falava isso pra ele,  aquilo era um reinamento, e eu falava pra ele "imagina quando pegar uma mulher de verdade como deve ser bom".
E a partir disso, sempre mantive minha atração e afetividade na vida real direcionadas às mulheres. Nunca cogitei ter um relacionamento com um homem, e sempre interpretei o ocorrido como coisa de moleque, criança, "troca-troca", descobertas etc.
No entanto, desde aquela época já assistíamos filmes pornográficos. Esses vizinhos eram em 3 irmãos, e eles tinha playboys, vídeos pornôs, revistas etc., coisa que não tinha na minha casa. E eu acabei desenvolvendo interesse, porque ficávamos na casa deles assistindo, já que a mãe deles nunca estava.
Até que chegou a internet, quando eu tinha cerca de 16 anos. Aí, acessando os chats do uol, vi que existia a sala de pornografia gay, e entrei pra ver. Me senti excitado com as imagens, e passei a consumi-las com frequencia, para me masturbar.
Ao passo que continuava atraído por mulheres, na escola vivia de ficadas, namoricos, sonhando em perder a virgindade com uma, na masturbação usava imagens e vídeos gays.
Fui crescendo, e comecei a me tornar uma pessoa muito insegura em relação à minha sexualidade, as imagens das "brincadeiras" homo da infância, associadas ao consumo de porno gay, me faziam sentir um E.T, uma pessoa bagunçada por dentro, estragada, diferente de todo mundo. E nos relacionamentos com mulheres isso começou a afetar. Por mais que me apaixonasse, sentisse tesão pelas mulheres, nas preliminares a coisa fluía muito bem, amava beijá-las, quando via que haveria a possibilidade de penetração, isso me bloqueava, eu morria de medo de falhar, e minha mente me acusava que eu era estragado. Isso foi fonte de muita angústia. Eu sabia que era hetero, porque me atraía por mulheres, me apaixonava, queria estar com elas, ao mesmo tempo que tinha esse "segredo" que me fazia questionar que tipo de heterossexualidade era aquela, me dava medo de ser "descoberto", de que eu não era o macho alfa que idealizava, e me dava medo de me relacionar com alguma mulher sexualmente porque achava que eu poderia passar vergonha,  que os outros homens eram melhores que eu, já que minha sexualidade era toda destruída. Vivi por anos essa angústia solitária, com autoestima destruída. Mas mesmo em meio a isso tudo, eu nunca me senti atraído por um homem na vida real, nunca desenvolvi qualquer afeto, enunca me imaginei num relacionamento romântico com um homem. Tudo se dava no âmbito da pornografia e fantasias a ela associadas e lembranças da experiência da infância. Podia até me imaginar na masturbação com um amigo. Mas quando estava perto dele na vida real, não sentia uma atração. Tudo era muito virtual e mental.
Tanto que mesmo nessa fase, consumindo pornô gay etc., eu nunca me considerei gay,  nunca tive desejo de "me assumir", sempre atribuí o desenvolvimento desses gostos pelo meu histórico infantil, e tinha quase nenhum conflito em relação à minha orientação, que fluía naturalmente para as mulheres.
Com uma namorada que tive um relacionamento um pouco mais longo eu comecei a ter relação sexual, mas sempre com muita culpa, porque eramos da igreja, e a ideia era casar virgem. Mas num dia que decidimos e nos programamos para fazer sexo, numa primeira tentativa deu "tudo certo", estava com tesão, mas por ela ser virgem, foi bem difícil. Aí na mesma noite tentamos novamente mais tarde e eu broxei. Daí eu desenvolvi um certo pânico, e tinha muito medo de passar por isso de novo.
Todo esse tempo, continuava viciado em pornô, e as vezes passava a madrugada assistindo. Majoritariamente gay, embora não exclusivamente.
Aí conheci minha esposa, nos apaixonamos loucamente e começamos a namorar. No namoro com ela, por termos muita cumplicidade, mais rranquilidade em relação à culpa da religião, eu desenvolvi melhor minha sexualidade, embora tenha tido ansiedades também, mas nunca cheguei a brochar. No entanto, ainda era um namoro na igreja, então nunca desencanamos da culpa e vivemos como casal com vida sexual ativa, eram sexos esporádicos. Mas tínahmos muita química, muito tesão, muita preliminar, muita descoberta gostosa.
Enfim, nos casamos, no começo tive asniedades  sexuais, porque não sabia bem como era ter uma vida sexual ativa e aberta, sem culpa. Toda minha sexualidade era relacionada às experiências da infância e pornografia e algumas frustrações na vida adulta, sempre com culpa, poribição etc.
Mas com o tempo nos acertamos, e posso dizer que a partir daí minha vida mudou da água pro vinho. Praticamente abandonei a pornografia, e nossa vida sexual foi só melhorando, pelo período de dez anos. Nesses anos parece que toda aquela culpa e angústia ficaram no passado, comecei a me desenvolver como ser humano em todas as áreas, nas artes, nos estudos de meu interesse, em tudo, como nunca tinha ocorrido. Foram os 10 melhores anos da minha vida, tive duas filhas, que são as coisas mais maravilhosas, e vivo um relacionamento de amor muito satisfatório.
Mas sempre tive um fantasminha das lembranças, e ocasionalmente "caía" na pornografia. NUnca me livrei definitivamente.
Refletindo comigo, por sentir de fato excitação com imagens de homens fazendo sexo e nudez masculina, ainda que majoritariamente no âmbito virtual, eu me defini nesse período com um tipo de bissexual, e fiquei ok com isso, já que vivia bem com minha sexualidade pela primeira vez na vida, meu sexo com minha esposa só melhorava com muita frequencia a intensidade. Minha esposa muito aberta na cama explora áreas de prazer que descobri  nesses anos, consideradas não convencionais, e não me acha gay por isso, e ok, vida feliz, as vezes com alguma masturbação esporádica com fantasias homo, tudo certo, sem maiores refelxões, fui acomodando essas questões na minha mente.
No entanto, tive um episódio em que estava sozinho, e um homem gay se aproximou e começou a me paquerar. Era numa praia deserta, e ele estava praticamente me chamando pra fazer sexo ali mesmo. Obviamente neguei, mas percebi depois que fiquei excitado naquela situação, e isso me perturbou muito, porque não era uma situação virtual, era real, embora não houvesse chances de ocorrer porque eu jamais faria aquilo comigo e com minha mulher etc. Mas o desejo apareceu e mais tarde eu me masturbei fantasiando que aceitava o convite.
No dia seguinte, ainda perturbado com isso, fiquei sozinho com minha mulher e fomos dar uma rapidinha. Eu não estava muito a fim, porque estava perturbado, mas ela estava e demos uma. Mas embora não tenha brochado, não foi um sexo muito prazeroso. E foi aí que minha cabeça pirou.
Comecei a questionar tudo, se tudo que eu tinha vivido com ela era uma farça, se eu nunca tinha gostado do sexo com ela e na verdade eu era apenas um gay enrustido, e esses pensamentos cresceram e cresceram, e eu comecei a me autotestar, comecei a pensar em todos episódios na minha vida e comecei achar que eu era homossexual enrustido, que a conta tinha chegado, que eu ia perder tudo, minha família, minha esposa, minhas filhas, meus amigos, tudo.
Entrei num parafuso gigante, com crise de ansiedade, andava pela minha casa e parecia sempre que eu estava me despedindo de tudo, das coisas que amo, e meu destino era viver como um gay em prostíbulos por aí, porque jamais conseguiria amar um homem romanticamente.
Aí nesses autotestes eu voltei pra pornografia mas habitualmente, fiacava vendo mulher pelada o dia inteiro, instagrm, facebook, ora me excitava, ora meus pensamentos diziam que eu tava estava forçando pra não aceitar que sou gay. Aí ia assistir pornô gay e me excitava, e isso me destruía.
Não conseguia mais disfarçar minha angústia, e tive que confessar tudo que estava se passando pra minha mulher, com muito medo que ela me abandonasse.
Mas ela me ama, e foi muito compreensiva!
Destalhe: antes do episódio que gerou esse gatilho todo, eu comecei a fazer terapia. Não estava mal, era na intenção de autoconhecimento e tal, naquela ideia propagada por aí de que é bom pra todo mundo fazer terapia. Mas logo nas sessões a questão da sexualidade veio à tona e eu, pela primeira vez, comecei a lidar com a questão e verbalizar tudo que tinha passado. Até então vivia tudo como um segredo, por 40 anos.
Então, como eu estava mexendo nessas questões que estavam adormecidas, recordando coisas da infância etc., tudo estava muito a flor da pele, por isso quando recebi a cantada, que me gerou excitação, a coisa explodiu. Somou-se a isso as angústias de outras áreas da vida, como a profissional, onde estou estagnado, ter passado por uma pandemia, o momento político do país, o sorimento que há no mundo, que me afetam muito etc., e foi a tempestade perfeita.
Só que desde então eu nunca consegui normalizar minha mente. Na rua fico olhando pra todo homem que passa, fico imaginando se sentiria prazer no sexo real, fico me imaginando em um relacionamento romantico pra ver se eu conseguiria, e obvio, nunca chego a uma conclusão, aumento o medo de perder tudo e fico preso nesse ciclo.
Mudei de psicólogo, porque o anterior queria normalizar muito as coisas, dizendo que não tinha nada de errado em ver um pornô, se masturbar e seguir a vida, e eu não acho que isso seja um caminho para mim, por causa do meu histórico. Eu simplesmente não consigo ver um pornô e não sentir culpa, desprezo por mim mesmo etc.
Mas o novo terapeuta tem me ajudado bastante e sinto que estou progredindo. Meu medo de perder tudo passou, a vida sexual com minha mulher melhorou muito relativamente ao que estava no momento da crise em que eu não conseguia fazer sexo, embora me sentisse obrigado pra provar pra mim e pra ela (pra quem tinha confessado tudo) que eu não era gay, e isso fazia com que não funcionasse e aumentava minha angústia.
Mas percebo que tem momentos, quando estou me sentindo sem libido, que eu acho que a pronografia pode ativar meu libido, mas aí acabo caindo em porno gay muitas das vezes, e o ciclo todo recomeça.
Percebi que tem um nível de excitação que eu só consigo acessando pornografia, porque se estende por horas, e o tesão as vezes está naquela busca de imagens, até achar a "imagem perfeita".  E a verdade é que desde a infancia eu nunca consegui ficar mais de 3 meses sem pornografia. Porque parece que meu cérebro é dependente de um tipo de excitação, a tal "bomba de prazer", que tem a ver com a proibição, com o sujo, que eu não obtenho em nenhum outro lugar.
Nesse processo estou em altos e baixos. Momentos que acho que superei, que minha sexualidade, desejo pela minha mulher e satisfação no sexo normalizaram, em outros momentos acho que o sexo está meio ruim, por eu não gostar mais de mulher, e que eu nunca vou estar satifeito e bem mentalmente enquanto não me assumir gay, ainda que isso me custe tudo que mais amo.
Por isso digo que, como descobri na terapia, meu caso é complexo, envolve traumas sexuais de infância (início precoce que me fez perder a inocência e me desenvolver precocemente - aos 12 anos parecia q tinha 20), o que me levou ao abuso de drogas e alcool, e me levou a querer repetir a experiência traumática (que trazia prazer) por meio da pornografia, que tinha os componentes do sujo, proibido etc, assim como as primeiras experiencias sexiais precoces, além de vício em pornografia por muitos anos, o fato de eu sentir  excitação com imagens e corpos masculinos, e também sintomas da HOCD.
Enfim, chegando agora e despejando tudo isso. Se alguém achar que pode me ajudar de alguma forma, esse é meu objetivo de estar aqui.
Desculpem o texto imenso.


Eai mano, blz?
Cara que relato, li tudo e me identifico em mtas partes.
Começo dizendo que isso aqui é na verdade algo que gostaria de ter pessoalmente, esse desabafo, olhar no olho de algum amigo e jogar tudo pra fora, mas me custa muito confiar nas pessoas pq é um segredo que carrego há 22 anos. Hoje com 36 anos, ainda não me casei e sou virgem, infelizmente, pois meu sonho sempre foi o de construir uma família linda, esposa e filhos para eu amar muito.
Acontece que, como vc, eu tive um amigo mais velho na infância que incitava a mim e a outros a ir a uma casa abandonada para nos mostrarmos uns aos outros, as vezes nos tocávamos, naquela época não sabia o que era M, mas rolava uns esfregas sem penetração, o mais velho tinha diferença de 2 anos e tinha o P maior que o meu e dos outros dois amigos que iam junto.
Após uns 2 anos, essa cara mais velho numa outra situação, numa brincadeira de rua e também numa casa abandonada, me ensinou o que era M, ele praticou isso na minha frente enquanto eu tentava também, ele gozou mto e eu nada, pois tremia demais... tive que ir embora e em casa concluí tento mto O. A princípio achei algo espetacular, era inocente, não sabia o que era aquilo que saiu, não sabia o que era aquilo que senti, mas defino como a pior descorberta da minha vida. Esse cara em dias posteriores perguntou o que achei, e também na mesma casa abandonada chegou a sentar em um tijolo com o P duro e pedir para eu sentar no colo dele, não tive coragem e sai dali. Depois disso cortei contato e até hoje nunca mais conversei com ele, deve ter uns 20 anos já.
Bom, ressalto que desde a quarta série já tive namoradinha na escola, sempre dávamos uns beijinhos antes de ir embora, fiquei poucas vezes depois disso, aquela menina foi mto especial, depois disso me apoixonei por uma garota, fiquei anos e nunca fui considerado uma possibilidade por ela, chorava mto e me decepcionei, depois daquilo, nunca mais amei alguém.
Acontece que hoje eu sinto prazer por quase tudo, até coisas de animais já vi, eu conto isso com mta vergonha, arrependimento e tristeza! Hoje com 36 anos, virgem e solitário, me vejo lutando contra a P e M que dia após dia me sugam logo pela manhã, durante a tarde quando faço homeoffice, de noite e até de madrugada, é um extremo absurdo. Desenvolvi HOCD, eu que sempre imaginei e ainda imagino, construir uma família, luto também com a ideia de ser gay, algo que não me vejo assumindo nunca.
Sou cristão, amo a Deus e acredito no plano dele para mim, esse plano diz respeito a ser homem, ter uma esposa, criar filhos e ser feliz, não aceito, mesmo com tudo isso que tenho enfrentado, ser gay, tampouco bi.
Bom estou limpo há 8 dias apenas, meu máximo foram 36 dias há 1 ou 2 anos atrás, depois disso foi só queda atrás de queda. Hoje inicio novamente o processo pq quero encontrar uma mulher para amar, ter contato sexual pela primeira vez com alguém do sexo oposto, descobrir como é esse relacionamento que eu nunca descobri. Esses 22 anos viciado só trouxeram solidão, não sinto vontade em sair de casa, em me relacionar com amigos, em buscar uma namorada, tenho mta insegurança, medo de me aproximar de uma mulher, cara eu me vejo como um doente as vezes, desenvolvi um complexo de inferioridade absurdo, e confesso que não sei o que será de mim.
Enfim... se eu fosse contar aqui tudo o que passei, as experiências, as vezes que fui taxado de gay por ser cristão e não andar no mesmo rumo dos demais, eu passaria horas escrevendo. Mas voltei a lutar, não tenho nada físico pelo que lutar como uma esposa ou um filho, eu só tenho a Deus, só tenho ao Senhor que nesses 8 dias tem me dado forças, pois na minha própria não daria conta.
Eu nunca tive contato físico com homem, mas sempre fantasiei, como ativo e passivo, vi mta P homo, mas não é algo que eu quero, parece que lá no fundo, no meu interior algo me diz fortemente que essa não é a minha natureza, acredito que seja Deus, que seja Ele dizendo que ainda há chance de mudar e viver o que ele planejou para mim.
Cara talvez não seja o que esperava como comentário em seu post, mas o que vc escreveu me incitou a desabafar e colocar algumas coisas pra fora que ninguém nunca soube.
Desejo sucesso a vc em sua jornada, que vc vença e seja mto feliz ao lado da sua família. Lute por eles!

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Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade - Página 2 Empty Re: Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade

18/7/2023, 17:17
Salve, pessoal!

Após um bom tempo volto a postar aqui. As coisas estao indo relativamente bem. O sexo com minha esposa esta indo bem, estou cada vez com mais tesao por ela, entao a HOCD esta talvex em sua melhor fase. TAlvez eu tenha finalmente chegado a uma conclusao de que nao passo por um conflito de orientaçao, embora sinta excitaçao com P homo em razao de um histórico. Entao estou em paz nesse sentido, o que é ótima notícia, ja que desde meu gatilho a um ano atras essa questao era a que mais me atormentou, me levou a ter TAG etc. Estou bem, sem remedios.
Voltei pra Bahia de ferias semana passada, no lugar onde todo toemento veio a tona, e fiquei feliz de estar ali com maior autoconhecimento, paz de espírito etc.
Mas nem tudo sao flores e desde que voltei estou meio depressivo. Estou completamente insatisfeito com minha profissao, apreensivo quanto ao meu futuro e sem força pra me mover. Tenho sonho de sair de SP e ir viver na praia, na Bahia, sinto que minha profissao e essa cidade me mortificam aos poucos. Mas ao mesmo tempo nao consigo me mover no sentido dos meus sonhos, tenho medo de me frustrar, tenho muitas bocas pra alimentar, pais ficando velhos, minha esposa tambem, toda uma vida social e profissao construída aqui etc., isso tudo me paralisa, sinto que é irresponsável jogar tudo pro alto, algo até de uma pessoa mimada, já que tenho em tese tudo que todas as pessoas almejam aqui (dinheiro, moro bem, filhos em boas escolas, amigos etc.).
Aí nesse contexto, naquela depre poa ferias, trabalho muito morto com muito ócio, hoje caí na P pesada, que ha tempos nao fazia. Passei a tarde toda e nao conseguia parar. Nao teve M, quero eatar bem hj a noite pra transar com minha mulher e quando tem M eu sei q meu emocional piora ainda mais.
Eu nao sei como vencer de vez isso. Parece que qualquer tédio e frustraçao me fazem voltar pra isso.
Alguem me ajuda? Como parar com isso pra sempre?
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Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade - Página 2 Empty Re: Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade

18/7/2023, 18:04



Eai mano, blz?
Cara que relato, li tudo e me identifico em mtas partes.
Começo dizendo que isso aqui é na verdade algo que gostaria de ter pessoalmente, esse desabafo, olhar no olho de algum amigo e jogar tudo pra fora, mas me custa muito confiar nas pessoas pq é um segredo que carrego há 22 anos. Hoje com 36 anos, ainda não me casei e sou virgem, infelizmente, pois meu sonho sempre foi o de construir uma família linda, esposa e filhos para eu amar muito.
Acontece que, como vc, eu tive um amigo mais velho na infância que incitava a mim e a outros a ir a uma casa abandonada para nos mostrarmos uns aos outros, as vezes nos tocávamos, naquela época não sabia o que era M, mas rolava uns esfregas sem penetração, o mais velho tinha diferença de 2 anos e tinha o P maior que o meu e dos outros dois amigos que iam junto.
Após uns 2 anos, essa cara mais velho numa outra situação, numa brincadeira de rua e também numa casa abandonada, me ensinou o que era M, ele praticou isso na minha frente enquanto eu tentava também, ele gozou mto e eu nada, pois tremia demais... tive que ir embora e em casa concluí tento mto O. A princípio achei algo espetacular, era inocente, não sabia o que era aquilo que saiu, não sabia o que era aquilo que senti, mas defino como a pior descorberta da minha vida. Esse cara em dias posteriores perguntou o que achei, e também na mesma casa abandonada chegou a sentar em um tijolo com o P duro e pedir para eu sentar no colo dele, não tive coragem e sai dali. Depois disso cortei contato e até hoje nunca mais conversei com ele, deve ter uns 20 anos já.
Bom, ressalto que desde a quarta série já tive namoradinha na escola, sempre dávamos uns beijinhos antes de ir embora, fiquei poucas vezes depois disso, aquela menina foi mto especial, depois disso me apoixonei por uma garota, fiquei anos e nunca fui considerado uma possibilidade por ela, chorava mto e me decepcionei, depois daquilo, nunca mais amei alguém.
Acontece que hoje eu sinto prazer por quase tudo, até coisas de animais já vi, eu conto isso com mta vergonha, arrependimento e tristeza! Hoje com 36 anos, virgem e solitário, me vejo lutando contra a P e M que dia após dia me sugam logo pela manhã, durante a tarde quando faço homeoffice, de noite e até de madrugada, é um extremo absurdo. Desenvolvi HOCD, eu que sempre imaginei e ainda imagino, construir uma família, luto também com a ideia de ser gay, algo que não me vejo assumindo nunca.
Sou cristão, amo a Deus e acredito no plano dele para mim, esse plano diz respeito a ser homem, ter uma esposa, criar filhos e ser feliz, não aceito, mesmo com tudo isso que tenho enfrentado, ser gay, tampouco bi.
Bom estou limpo há 8 dias apenas, meu máximo foram 36 dias há 1 ou 2 anos atrás, depois disso foi só queda atrás de queda. Hoje inicio novamente o processo pq quero encontrar uma mulher para amar, ter contato sexual pela primeira vez com alguém do sexo oposto, descobrir como é esse relacionamento que eu nunca descobri. Esses 22 anos viciado só trouxeram solidão, não sinto vontade em sair de casa, em me relacionar com amigos, em buscar uma namorada, tenho mta insegurança, medo de me aproximar de uma mulher, cara eu me vejo como um doente as vezes, desenvolvi um complexo de inferioridade absurdo, e confesso que não sei o que será de mim.
Enfim... se eu fosse contar aqui tudo o que passei, as experiências, as vezes que fui taxado de gay por ser cristão e não andar no mesmo rumo dos demais, eu passaria horas escrevendo. Mas voltei a lutar, não tenho nada físico pelo que lutar como uma esposa ou um filho, eu só tenho a Deus, só tenho ao Senhor que nesses 8 dias tem me dado forças, pois na minha própria não daria conta.
Eu nunca tive contato físico com homem, mas sempre fantasiei, como ativo e passivo, vi mta P homo, mas não é algo que eu quero, parece que lá no fundo, no meu interior algo me diz fortemente que essa não é a minha natureza, acredito que seja Deus, que seja Ele dizendo que ainda há chance de mudar e viver o que ele planejou para mim.
Cara talvez não seja o que esperava como comentário em seu post, mas o que vc escreveu me incitou a desabafar e colocar algumas coisas pra fora que ninguém nunca soube.
Desejo sucesso a vc em sua jornada, que vc vença e seja mto feliz ao lado da sua família. Lute por eles![/quote]

Fala, meu querido! Tudo bem? Desculpe a demora na resposta, fiquei um tempo sem entrar aqui.
Cara, que bom que pôde desabafar aqui, fico feliz mesmo.
Essa descoberta sobre a própria orientação quando há conflitos, é algo meio solitário, mas certamente faz bem conversar.
Pelo seu relato, a sua primeira experiencia com o amigo foi algo um pouco traumático, já que te marcou e veio à tona em seu relato. Talvez a primeira vez que alguém "te desejou", e isso deixa uma marca profunda, mesmo que vc nao seja gay. Se você tem esse desejo de se relacionar com mulheres, se é a elas que sua afetividade naturalmente corre, e se a ideia de ser homo te nao te traz tranquilidade e vontade de ser, nao me parece um relato de um homossexual.
Mas para alem disso, me parece que você precisa urgentemente de um lugar seguro, com alguém de confiança, para você olhar pra você, desabafar, se analisar, se autoconhecer melhor.
Lembre que esse Deus que você serve não é um severo juíz à espreita e fiscal de seus pecados, mas é um Deus que te ama do jeito que você é.
Faça terapia com alguém de confiança, continue na luta contra a P. Peça a Deus pra ele te devolver o maravilhamento pela vida, pelas coisas pequenas, ande pela natureza, busque relacionamentos reais, escute as músicas que vc ama, escreva, cante, louve ao seu Deus.
E sempre que precisar venha aqui pra gente conversar.
Abs.
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nabusca
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Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade - Página 2 Empty Re: Casado, traumas sexuais, HODC, possível bissexualidade

18/7/2023, 19:06


Fala ai,nabusca!

Bom cara, a questão da bissexualidade está diretamente ligada a relacionalidade das interações, e não a questão sexual. Aliás, a bissexualidade não está, nem de longe, ligado a questão meramente sexual. Assim como a hetero/homossexualidade.

Acredito que sim, há muito tabu nas relações heterossexuais. Mas aí é questão de você quebrar esses tabus na sua vida.
Para mim, é absolutamente normal um hétero sentir prazer no toque anal, por exemplo. É cientificamente provado ser uma área erótica do homem também.
E está tudo bem.

Pensa melhor sobre isso, converse com seu terapeuta.
Entenda, bissexualidade não tem haver com sexualidade.

Quanto ao consumo da P. De fato você está condicionado há anos.
Sem dúvidas você vai sempre associar o uso a sua disposição sexual.
Mas isso é questão de treino e persistência. Você vai ter que se reeducar sexualmente.
Eu também tinha essa visão, de que só sentia tesão quando assistia.
Mas depois que comecei a concentrar essa visão para o real, isso mudou.
Sem falar que, se você não está com tesão, qual o problema? Não é todo dia que estamos mesmo, isso é normal.
Deixa o negócio fluir naturalmente, sem forçar.
A prática de exercícios, musculação, alimentação; ajuda muito também. Não só a melhorar a libido, como a distração.
Talvez seja saudável você se abster da P por um tempo.
E esse tempo, que não seja algo calculado, para não te gerar ansiedades e compulsão.

Concentre a sua energia sexual no seu relacionamento!

Abç![/quote]

Fala, Karnal!

Mano, nao tinha lido sua resposta porque fiquei longe daqui.

Cara, cada vez mais certo disso que vc colocou. Eu estava fazendo uma confusao com a sexualidade, resposta sexual, com orientaçao sexual, que sao coisas distintas.

Desde que isso ficou claro pra mim, o HOCD está absolutamente melhor (nao digo superado pq messe mundo da mente as coisas as vezes voltam)

Mas é isso, melhorando, algumas quedas, mas querendo melhorar cada vez mais.

E vc, como esta?
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